Meu patrão, homem de família 14 (Onde isso vai chegar)

Um conto erótico de Tg
Categoria: Homossexual
Contém 2025 palavras
Data: 11/07/2025 12:37:05
Última revisão: 11/07/2025 18:12:48

Dois dias. Só isso. Dois malditos dias longe dele e parecia que minha pele já tinha esquecido o calor das mãos dele, como se o corpo tentasse apagar qualquer traço, qualquer lembrança. Mas não dava. Ele ainda tava em mim, em cada silêncio, em cada noite mal dormida ao lado de uma mulher que confiava em mim mais do que devia. A patroa voltou antes da hora, a desculpa foi a mãe, mas eu vi nos olhos dela que o motivo era outro. Ela sentia. Sentia que tinha alguma coisa errada, mesmo que não conseguisse explicar. E eu… eu era o erro inteiro. Tentava manter a cara limpa, fingir normalidade, mas por dentro tava desmoronando.

Quando o celular vibrou e vi o nome dele, meu coração travou por um segundo. “Preciso de te ver. Só conversar. Sem pressão. Só a gente.” Eu não devia. Mas fui. Porque mesmo com todo o peso, o corpo ainda queria. E mais do que o corpo, a alma tava implorando. Cheguei no lugar marcado, atrás do supermercado, onde ninguém passava à noite. Ele tava lá, de braços cruzados, aquele jeito calado de quem tava segurando uma tempestade por dentro.

Ele me encarou e não disse nada por alguns segundos. Só respirou fundo. O olhar dele me atravessou inteiro.

— “Teu silêncio me matou mais do que qualquer palavra. Tu não tem ideia.”

Fiquei em pé ali, sem saber o que responder. Senti o peito apertar, a culpa e o desejo dançando dentro de mim como faca e fogo. Ele deu um passo em minha direção, os olhos mais tristes do que nunca.

— “Tu pensou em mim esses dias? Pensou na gente?”

Assenti com a cabeça, mas isso não era o suficiente. Então falei.

— “Pensei. Não parei de pensar. E mesmo assim, achei que ignorar ia apagar. Que bastava me afastar pra tudo isso morrer. Mas não morre. Só cresce.”

Ele suspirou, aliviado e ao mesmo tempo ferido.

— “Então por que fugiu? Por que me deixou sozinho com tudo isso?”

Fechei os olhos por um segundo. Precisava dizer a verdade, por mais feia que fosse.

— “Porque quando tô com você, esqueço quem sou. Esqueço dela. Esqueço do mundo. E isso me assusta. Não devia ser assim... mas é.”

Ele se aproximou mais, e quando os dedos dele tocaram os meus, eu senti o corpo inteiro tremer. Era como se só aquele toque fosse capaz de acalmar tudo e ao mesmo tempo bagunçar o que ainda restava de certo dentro de mim.

— “A gente não escolheu se encontrar. Mas agora que aconteceu, me diz… tu consegue voltar a viver sem isso?”

Fiquei em silêncio. E ele completou.

— “Porque eu não consigo.”

O beijo veio depois disso. Lento, cheio de tudo o que a gente não disse. Um beijo que misturava raiva, saudade e uma vontade desesperada de apagar a dor. Não teve sexo. Só a entrega. O abraço dele foi abrigo. Ficamos dentro do carro, as mãos entrelaçadas, os olhos fixos em nada. O mundo parecia parado, como se a gente vivesse numa bolha de tempo emprestado.

Quando ele já tava prestes a sair do carro, antes de abrir a porta, respirei fundo e deixei sair a pergunta que queimava há dias na minha garganta:

— “Você teria coragem de largar ela e viver isso comigo? Encarar tudo? Ser meu de verdade, sem segredo, sem medo?”

Ele ficou imóvel. A mão na maçaneta. O olhar no nada.

E ali, naquele segundo, o mundo inteiro parou de novo.

Ele ficou parado. A mão ainda na maçaneta, os olhos presos em algum ponto lá fora, como se a pergunta tivesse atravessado mais do que só a noite. Como se tivesse rasgado alguma parte dentro dele que ele tentava esconder até de si mesmo. Eu esperei. O coração acelerado, a respiração presa na garganta. Esperava qualquer coisa — um sim, um não, uma negação, uma fuga. Mas ele não disse nada.

Lentamente, ele virou o rosto na minha direção. O olhar escuro, intenso, carregado de algo que eu não soube decifrar na hora. Ele se aproximou devagar, sem pressa, como se cada movimento fosse um teste da minha resistência. E antes que eu entendesse o que vinha, a mão dele já tava na minha nuca, firme, decidida, me puxando pra baixo. Não houve palavras. Só o som do zíper descendo e o cheiro dele invadindo o espaço entre nós. Quando meu rosto encostou no colo dele, eu entendi que aquela era a resposta. Crua. Direta. Sem promessas.

Ele socou a minha boca com tudo, os quadris indo fundo, a respiração dele pesada, arfante. Me segurava com força, gemendo baixo, como se aquele momento fosse o único que ele tinha controle. E eu deixei. Porque também queria aquilo. Queria que ele descontasse a confusão, o medo, a dúvida, tudo ali. No silêncio abafado do carro, com os vidros fechados e o mundo lá fora desaparecendo.

Ele gozou fundo na minha garganta, sem tirar, sem hesitar. E quando terminou, ficou ali por alguns segundos, respirando forte, os dedos ainda na minha nuca, o corpo tenso. Depois soltou, puxou a calça de volta e saiu do carro sem dizer uma única palavra.

A porta bateu suave. Eu fiquei ali. Sozinho. Com a boca ainda quente, o gosto dele em mim, o coração acelerado. E a pergunta que eu fiz, ecoando no vazio, sem resposta.

Eu fiquei ali. Sozinho. Com a boca ainda quente, o gosto dele em mim, o coração acelerado. E a pergunta que eu fiz, ecoando no vazio, sem resposta. Só que, mesmo sem dizer nada… ele respondeu tudo.

Enquanto a porta se fechava e o silêncio tomava conta do carro, minha mente começou a rodar feito um turbilhão. Cada toque, cada gemido, cada momento roubado daquela loucura descontrolada apareceu na minha cabeça como um filme que eu não conseguia desligar. Eu sabia que aquilo não podia continuar — não daquele jeito. Eu tava arriscando meu emprego, minha vida, por causa de um homem que, até agora, só me dava pica e me deixava confuso pra caralho.

Mas, no fundo, eu tava amando. Amando o perigo, amando o jeito dele me dominar, amando a falta de promessas e a intensidade brutal daquele sentimento que não tinha nome. Era loucura? Com certeza. Mas também era verdade. Era a única coisa que fazia meu peito bater forte depois de dias mortos no escritório, a única coisa que fazia valer a pena aguentar a rotina podre e o medo constante de ser descoberto.

Eu me arrependo? Não. Nem por um segundo. Porque mesmo que tudo parecesse errado, mesmo que eu estivesse cavando minha própria cova, aquilo me fazia sentir vivo. E no meio daquela confusão toda, entre o desejo e o medo, eu percebia que não tinha mais volta. Eu já tinha me perdido nele.

E foi nesse momento, naquela solidão sufocante, que eu entendi: o que eu sentia por ele era muito maior que qualquer razão, maior que o risco, maior que o silêncio que ainda ecoava na noite. E por mais que eu tentasse fugir dessa verdade, ela já tava cravada dentro de mim, queimando, pedindo pra ser vivida.

Levantei do banco do carro com o corpo tremendo, tentando afastar o gosto dele da minha boca, mas aquela mistura de raiva, desejo e desespero não deixava. Eu precisava de algo mais, de alguém que me comesse com vontade, que não deixasse espaço pra dúvida, que me fizesse esquecer por algumas horas dessa merda toda que eu tava vivendo. E eu sabia exatamente onde procurar.

Peguei o celular, o dedo tremendo enquanto eu rolava a lista de contatos. Não queria conversa, nem enrolação. Queria só alguém que me comesse duro, rápido e sem frescura. Liguei pra ele, o garoto de programa que sempre atendia no meio da madrugada, aquele que não fazia perguntas, só resolvia.

“Chega aqui,” eu disse quando ele atendeu, a voz grossa, carregada de desejo e um pouco de raiva que eu nem sabia direito de onde vinha. Não queria esperar. Queria aquilo agora. Queria me foder até não aguentar mais, até a dor virar prazer, até o corpo pedir mais e mais, até a cabeça ficar vazia, sem espaço pra pensar no meu patrão, na patroa, no emprego, em nada.

Quando ele chegou, nem precisei dizer muito. As mãos dele já agarravam meu pau com força, o jeito brutal de me tocar me arrancava gemidos que eu nem sabia que tinha. Ele me comeu duro, sem dó, me fez gozar até perder o ar, até esquecer o mundo, até sentir que naquele momento, pelo menos ali, eu podia ser só eu — selvagem, despedaçado, inteiro.

Ele me agarrou de novo assim que entrou no carro, sem nem fechar direito a porta. A mão dele deslizou por dentro da minha camisa, puxando meu corpo contra o dele com uma força quase agressiva. O ar já tava pesado, o cheiro dele invadindo cada espaço, e eu sentia a vontade queimando por dentro como fogo que não se apaga.

Ele me empurrou contra o banco, as mãos segurando firme nos meus ombros, os dentes roçando no meu pescoço, deixando marcas que ardiam na pele. Sem cerimônia, ele abriu minha calça, arrancou minha cueca e não perdeu tempo. O pau dele duro já estava na minha mão, me exigindo, querendo mais, me dominando com aquele ritmo bruto e animal que me fazia perder o controle.

O som da respiração pesada, dos gemidos baixos, das mãos que se agarravam, tudo se misturava naquele carro apertado, como se a gente fosse só dois animais caçados pelo desejo. Ele me fodia com uma violência que me fazia doer, que arrancava cada gota de mim com intensidade. Eu agarrava o banco, mordia os lábios pra não gritar, pra não entregar o que aquele foda me fazia sentir.

Quando ele me virou, me empurrando pra cima dele, o pau dele enfiando fundo, brutal, eu deixei escapar um gemido rouco, abrindo as pernas, me entregando completamente. Era sujo, era selvagem, era urgente — sem tempo pra pensar, sem tempo pra sentir medo. Só a gente, aquele calor absurdo e o corpo dele me dominando por inteiro.

Quando a tensão explodiu dentro de mim, eu gozei forte, sentindo tudo vibrar, os músculos se contraindo, o prazer me deixando zonzo. Ele não aliviou nem por um segundo, me levando junto na fúria daquele gozo bruto, até a gente ficar ali, suados, ofegantes, perdidos no silêncio que só a gente entendia.

Ele ajeitou a calça, pegou a jaqueta no banco e saiu do carro, deixando a porta aberta pra trás. Eu fiquei ali um segundo, o corpo ainda quente, a mente acelerada, sentindo o gosto dele ainda na boca. Fechei a porta com força, liguei o motor e acelerei, deixando pra trás aquela madrugada insana, sabendo que eu tinha acabado de fugir, mais uma vez, do que não podia encarar.

No dia seguinte, acordei com o peso daquela noite ainda colado na pele. Mal tinha tempo de processar quando ela apareceu, a patroa, com aquele olhar fixo que já me queimava. Sem rodeios, ela foi direto ao ponto.

— Sei que você sabe de alguma coisa. Não adianta negar. Tá escondendo de mim, e eu quero saber o que é — falou com aquela voz firme, mas carregada de uma raiva contida que me fazia engolir seco.

Eu tentei manter a calma, desviar o olhar, pensar rápido numa desculpa que não me entregasse. Como contar que o cara que ela chama de marido tá fodendo em mim? Que eu tô ali, todo ferrado, perdido entre o medo e o desejo, enquanto ela acha que sou só um empregado fiel?

— Não sei ainda, não descobri nada — soltei, tentando soar mais convincente do que me sentia.

Mas ela não se deixou enganar. O olhar dela perfurava, buscando qualquer falha, qualquer sinal de que eu tava mentindo. A tensão no ar era quase palpável, como se aquele silêncio entre a gente fosse uma bomba prestes a explodir.

Eu queria gritar, contar tudo, mas o medo me calava. Se eu abrisse a boca, não teria volta. E naquele momento, manter o segredo parecia ser a única forma de continuar respirando naquele inferno que eu mesmo tinha me metido.

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