Provoco meu irmão mas a brincadeira sai do controle - Parte 10: Recomeço

Um conto erótico de Confissões secretas
Categoria: Heterossexual
Contém 1770 palavras
Data: 14/07/2025 15:28:15
Última revisão: 14/07/2025 19:13:12

Tudo continuou assim até agora, quarta à noite. Ele está vendo TV sozinho na sala e eu estou no meu quarto, evitando ser vista com ele.

Minha mãe aparece e o manda dormir. Me levanto da cama para espiar, abrindo uma fresta quase imperceptível na porta do meu quarto.

- Estou sem sono. Vamos ver um filme juntos, igual aqueles dias que a Camila esteve doente?

- Não menino, já está tarde e você tem aula amanhã – ela responde, já saindo do cômodo, mas é impedida por ele, que segura seu pulso e pede para ela esperar. Quando ele a toca, ela fica paralisada, sem se virar para ele.

- Por favor, mãe. Tem algo acontecendo e eu não sei o que é. Pelo amor de Deus. Eu fiz alguma coisa?

- Não é nada filho. Pode assistir então, mas só um pouco – ela fala, um pouco rouca.

- Mãe, olha para mim – ele diz, e como ela não se mexe, Pedro, que já é mais alto, a força a ficar de frente a virando pelos ombros.

Ela encara com assombro as mãos dele em seu corpo.

- A gente combinou de sermos sempre sinceros daqui para frente, lembra? Mas do nada você está me tratando com frieza, e eu nem sei o que fiz! Isso é muito cruel.

Mamãe sustenta seu olhar, mas não responde. Nunca a vi tão desarmada. Parece que vai sair correndo a qualquer momento.

Não sei se por coincidência ou caso pensado, ele está usando a mesma bermuda azul, que deixou arreadas nas coxas nos seus péssimos nudes (agora com a cabeça fresca percebo como as fotos eram ruins, sentado no vaso sanitário da casa do amigo. O que salva é o ‘conteúdo’).

- Vamos nos sentar – ele diz em seguida, puxando-a pela mão. Ela o segue languidamente. Antes de sentar-se, ela olha para trás, para meu quarto. Pela ausência de reação, concluo que ela não pode me ver. A casa está bem escura, iluminada apenas pela luz da TV pausada.

- E então? – ele pergunta.

- Já disse que não tem nada. Eu estou muito cansada, não tem nada a ver com você.

- Mãe, corta essa, essa semana você nem olhou para o meu lado. É por eu estar sem camisa? Eu posso parar de novo se quiser.

- Não é nada disso, meu lindo, pode ficar como quiser.

- É o que então?

Novo silêncio.

- É por causa do que aconteceu entre mim e a Camila? Você disse que nos perdoou! Se for isso, pode ficar tranquila. Na verdade, já deve ter percebido que nos últimos dias nem estamos nos falando mais.

- Por que não estão se falando? – ela diz.

- Bem... Estava indo tudo bem entre nós, até que quase tivemos uma “coisa” * na quinta-feira.

[* Os nossos amassos que mamãe flagrou semana passada].

- Que ‘coisa’? – ela pergunta.

- Você sabe… Coisas que irmãos não deveriam fazer... Então decidimos nos afastar, para evitar as tentações. Quando achei que eu e você finalmente tínhamos retomado o carinho de antigamente, você passa a me evitar. Está muito difícil viver assim, me sinto isolado nessa casa. É claro que os seus motivos para me evitar são diferentes dos da Camila, pois eu sei que você jamais me olharia com malícia. Pelo menos me diz o que está acontecendo.

Mamãe desvia seu olhar e engole em seco, antes de responder:

- Oh meu filho, não precisa ficar assim. Não tem nada a ver com você... Só dá um tempo para a mamãe. Eu estou passando por muita coisa no trabalho… - ela mente.

- Então não é sobre mim e a mana?

Mamãe suspira e o encara.

- Olha filho, eu não quero ver vocês separados. Fiquei tão feliz com a sua união nos últimos tempos. Mas, é claro que eu não quero que vocês... - ela não conclui a frase. - Na verdade, realmente estou chateada com você. E é porque soube do seu caso com a Amanda, ela me contou tudo - mamãe diz, omitindo a parte das fotos.

- Ah, ela contou? - Pedro fala, fingindo espanto. - Mas mãe, o que tem eu beijar na boca? Eu já sou um homem. Só posso ficar em casa vendo o tempo passar?

Mamãe agita o pezinho no ar sem parar, ansiosa.

- Não é essa a questão. A questão é a quebra de confiança. Por que você não me falou? Fora que eu coloquei dentro de casa uma mulher que seduziu meu próprio filho.

- Mãe, não é como se fosse uma babá seduzindo uma criança. Desculpa, mas o erro foi você contratar uma babá para nos vigiar na nossa idade. E eu não te contei do caso com Amanda porque isso foi antes de eu e vocês fazermos as pazes*. Além disso eu e a Amanda só ficamos, nem temos mais contato.

[*Conferir o final da parte 3].

- Você me garante? – ela pergunta.

Ele cruza os indicadores e beija dos dois lados, indicando promessa.

- Mas por favor mãe, não briga com a Amanda. Fui eu que a beijei para começo de conversa. E assim como você não quer que eu e a Camila briguemos, também não quero que você se afaste de sua amiga por minha causa. Fiquei muito feliz, e posso falar pela Camila também, de ver você sair com a Amanda e aproveitar um pouco a vida. Você ainda é jovem e atraente para ficar só presa em casa.

Mamãe se enrubesce muito.

- E se quiser, eu e a Mila podemos até te ajudar mais em casa, para você ter mais tempo de sair.

Ela sorri amorosa e o abraça.

- Ah meu lindo. Eu amo vocês. Desculpa ter ficado fria nos últimos dias. Mas agora entendi seu lado.

Abraçado com ela, ele faz um joinha para a direção do meu quarto. Tenho certeza de que ele não pode me ver aqui, mas conhece a irmã fofoqueira que tem e deve imaginar que eu estou ouvindo tudo.

Depois de alguns segundos, mamãe fica tensa de repente e se afasta do abraço. Começa a se levantar, mas ele a segura pelo braço.

- E o filme? – pergunta.

- Que filme?

- Vamos ver?

- Agora não, Pedro.

- Por que não? Vai me dizer que vai limpar casa essa hora? – ele replica, com voz manhosa de quando quer se fazer de inocente. Nem parece o dono do gemido gutural que dá em meu ouvido quando fazemos sexo.

Ela fica, mas visivelmente incomodada. Em seguida, ele se deita em seu colo, enquanto escolhe algo no streaming. O corpo da mamãe fica duro quando ele faz isso. A tensão em seu pescoço dói só de ver.

Um tempo depois, ele diz que escolheu um filme.

- Esse não, filho.

- Por que não? Se for pela censura, eu tenho 19 (a censura do filme é 16 anos). E você adora romance.

Ela fica em silêncio e ele dá o play.

Cansada de ficar agachada, abafo um bocejo e volto para a cama. Eles não vão transar hoje, penso. Meu Deus, o que eu estou falando?! Eu não tinha saído desse surto coletivo?

***

No dia seguinte, acordo com o barulho deles na cozinha, como de praxe. Ninguém respeita meu sono de beleza. Como sabem, estudo só à tarde. Decido me levantar para “sondar a área”.

Mamãe está quase normal, mas ainda evita encará-lo. Eles vão para a escola e eu toco uma siririca na sala para pegar no sono de novo.

***

Não acontece nada de novo sob o sol até sexta à noite. Vejo uma nova mensagem no grupo “Plano em 6°”. Amanda diz, empolgada, que mamãe a chamou para sair de novo! Ela diz que já estava de pijamas, mas que decidiu fazer esse "sacrifício” por nós.

Ela manda a localização do bar. - É só para, se a sua mãe resolver me matar dessa vez, vocês saberem onde eu estava.

Me levanto para comer alguma coisa na cozinha, e também dar uma espiada na casa, para ver se é verdade mesmo o que Amanda falou.

Confirmo a informação sentindo o perfume caro que mamãe usa raramente, e o barulho do secador no banheiro da suíte.

Preparo um miojo e chamo meu irmão para comer. Dentro em pouco ela aparece bonitona, de vestido e salto.

- Vou no barzinho com a Amanda. Qualquer coisa vocês me ligam, ou chamem o seu Jurandir (porteiro). Beijos.

Ela sai sem nos dar tempo de responder. Meu irmão olha hipnotizado desde que ela apareceu na cozinha. Quando ela bate a porta atrás de si e ele continua olhando feito bobo, golpeio a mesa com força, fazendo-o pular de susto. Rio e ele tenta me atirar uma colher. Um tempo depois dessa palhaçada, pergunto:

- Por que você acha que ela resolveu sair com a Amanda de novo?

- Não faço ideia – ele dá de ombros.

***

Estamos sozinhos em casa, mas afastados. Já decidi de vez que não quero continuar com essa maluquice. Fico orgulhosa da minha força de vontade. Ele entende, sem precisarmos falar nada, e respeita minha escolha.

***

Já passa de meia-noite. Meu irmão está assistindo um filme na sala, enquanto estou rolando o Tiktok no meu quarto.

Amanda manda uma nova mensagem no grupo.

- O Uber acabou de me deixar em casa e está levando a mãe de vocês. Em dez minutos ela está aí, me avisem quando ela chegar. Está um pouco bêbada e meio frustrada com os machos frouxos. Pedro, quando você começar a sair, não seja esse tipo de cara. E já pode treinar o cavalheirismo buscando-a na portaria, para ela não ter que passar a vergonha de subir até o apartamento de vocês cruzando as pernas.

Pedro rapidamente coloca uma camiseta e pega a chave.

- Ei! Vai descer com isso aí “balangando”? – pergunto, direcionando o olhar para a sua cintura.

- Mas eu estou de short – ele olha para baixo como se conferindo que não estava pelado.

- Mas faltou a cueca, besta – digo. - Vou dormir. Juízo, hein? – completo, simulando um ar maternal. Mas na verdade tenho outros planos...

Ele faz um sinal de OK com o polegar e o indicador e se dirige para a porta.

- Espera – grito de novo. – Esqueceu a taça de vinho, que você estava bebendo escondido – falo, com uma sobrancelha erguida e um meio sorriso, expressando que o peguei com a boca na botija.

- Ih é mesmo, obrigado! – ele pega a taça sobre a mesinha da sala e já lava, seca e a guarda no armário da cozinha antes de deixar o apartamento às pressas. Se eu imaginasse o que aconteceria nessa noite...

***

Recados: Capítulo novo na próxima terça-feira (22). E um capítulo bônus essa semana se a vaquinha bater a meta até quinta-feira - 12h. 💫

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