No domingo seguinte, a casa estava cheia de novo. A mãe do Gabriel na cozinha, ele no videogame, eu jogado no sofá com uma cerveja na mão tentando fingir que nada demais havia acontecido. Mas cada vez que cruzava os olhos com o Carlos, era como se meu corpo inteiro piscasse.
E o pior: ele também sabia. O jeito como ele me olhava agora tinha uma malícia explícita. Às vezes deixava a mão repousar demais no meu ombro, ou se aproximava por trás e deixava o corpo roçar no meu sem pressa. Ninguém percebia. Mas eu sentia cada centímetro da provocação.
Até que, à noite, Gabriel virou pra mim e soltou, de forma completamente aleatória:
— Cê tá estranho, mano. Andou fumando o beck do meu primo?
Eu congelei.
— Estranho como?
— Sei lá... distraído. E toda hora olhando pro meu pai.
Carlos, do outro lado da sala, deu uma risada abafada e fingiu que não ouviu. Mas os olhos dele brilhavam de safadeza.
— Tô de boa, cara. Relaxa — disfarcei, com o coração acelerado.
Mais tarde, quando Gabriel foi dormir, Carlos passou pelo corredor e sussurrou no meu ouvido, rente à minha orelha:
— Te espero no banheiro de baixo em cinco minutos. Se tu não vier... nunca mais vai sentar nesse pau.
Quase deixei a cerveja cair.
Cinco minutos depois, desci pé ante pé, coração batendo no pescoço. Abri a porta do banheiro devagar e lá estava ele: encostado na pia, só de toalha, com o pau semi-ereto apontando por baixo do tecido.
— Achei que tu ia amarelar.
— Nunca.
Fechei a porta, travei a maçaneta e fui direto ao ponto. Me ajoelhei e puxei a toalha. A rola dele saltou pra fora como se estivesse esperando a minha boca. Sem falar nada, enfiei ela inteira na garganta, salivando, gemendo, ouvindo ele grunhir alto demais pro horário.
— Porra, moleque… que boquinha de puta. Vai fazer eu gozar assim, porra…
Continuei, chupando com força, descendo a mão no meu próprio pau. Ele me puxou pelos cabelos, me ergueu e me virou de costas.
— Vira e empina. Hoje eu te deixo sem andar.
Ele cuspiu na mão, passou na minha bunda e no meu cu, e sem mais aviso, empurrou só a cabeça, fazendo meu corpo inteiro arquear.
— Caralho, Carlos…
— Quieto. Só sente.
Ele começou devagar, depois aumentou. Cada estocada era mais forte, mais suja. O som da pele batendo ecoava no banheiro. O risco de alguém ouvir só deixava tudo mais insano.
— Tu gosta de ser comido escondido, né, seu putinho safado? — ele sussurrava, enfiando até o talo.
— Gosto! Porra… fode mais, me arrebenta…
Ele me segurou firme e estourou dentro de mim, com um gemido abafado no meu pescoço. Eu gozei junto, me tremendo todo, com o corpo colado ao espelho.
Nos olhamos ofegantes, suados, sujos de tesão.
— Isso aqui tá indo longe demais — eu disse, puxando a cueca.
— E tu acha que eu me importo?
Antes que eu pudesse responder, ouvimos passos no corredor. Gelamos. Carlos me empurrou pra dentro do box e ligou o chuveiro. Em segundos, Gabriel bateu na porta:
— Pai? Tá aí?
— Tô cagando, caralho! — ele respondeu com a cara mais tranquila do mundo.
Gabriel riu e foi embora.
Carlos desligou o chuveiro, me olhou nos olhos e disse:
— Semana que vem, tua bunda é minha de novo. Mas dessa vez… vou comer com a porta destrancada. Quero ver se tu geme baixinho.