PARTE 15 – Interface Em Modo Selvagem
O primeiro tempo já estava quase acabando.
Simone, vestida daquele jeito, provocante, com aquele olhar direto, carregado de intenções. Era o nosso “código” — eu sabia que naquela noite ela não queria beijos demorados, palavras doces. Ela queria algo mais direto, mais bruto. Eu entendia isso.
Eu tava tentando segurar a onda, tentando não deixar o ciúme falar mais alto. Ela me jurou que não tinha nada com o médico, ficou de me dar uma explicação melhor, mas ainda assim… alguma coisa dentro de mim doía.
Começou a dançar, lentamente, com um sorriso provocante nos lábios. As luzes da TV projetavam sombras no corpo dela, e por um momento, juro, esqueci de respirar. Ela se aproximou, se abaixou, sentou-se no meu colo com uma leveza quase coreografada. Colocou os braços ao redor do meu pescoço.
— Hoje… eu sou toda sua — sussurrou, com os lábios quase encostando nos meus.
O sangue ferveu. O corpo respondeu, meu pau deu sinal de vida… mas lembrei: Fernando.
Ela não tinha me explicado sobre o “caso sigiloso” que discutia com ele. Aquela cena no hospital ainda estava nítida na minha cabeça.
Tentei disfarçar. Sorri de leve, acariciei a cintura dela, mas segurei o impulso.
Desviei o olhar pra TV.
— Espera... tá quase acabando o primeiro tempo. Deixa só eu ver esse lance.
Senti o corpo dela murchar um pouco. Um silêncio curto, mas que doeu. Ela ainda estava ali, esfregando a bunda no meu colo, o que me desconcentrava mais do que qualquer drible bem feito.
Ela não desistiu, e disse, com uma voz suave, que faria o que eu quisesse…
Eu não soube o que responder de imediato.
“Qualquer coisa, amor. É só mandar.”
Não era a primeira vez que ela me provocava assim, mas hoje... mas o peso do dia, o maldito Fernando ainda rodando na minha cabeça feito replay de gol anulado.
Virei o rosto pra TV de novo, sem encarar aqueles olhos que estavam me pedindo sexo.
— Então pega uma cerveja pra mim — soltei seco. Nem sei por quê. Só queria testar. Ver até onde ela ia com essa “qualquer coisa”.
Ela hesitou por meio segundo. Só meio. Depois se levantou devagar e caminhou em direção à cozinha. A roupa de puta que usava era sensual demais pra quem ainda estava tentando bancar o ofendido.
Voltei os olhos pra tela, mas minha cabeça já não estava mais no jogo. Senti o arrependimento se esgueirando. Podia ter puxado ela de volta, podia ter dito “fica aqui comigo”, mas me calei.
Minutos depois, ela voltou. Completamente nua. Trazia a cerveja numa mão e, na outra, uma caixa pequena, decorada com corações vermelhos. Sentou-se ao meu lado, com um meio sorriso.
— Aqui está, senhor. E... trouxe um bônus.
Abriu a caixa. Dentro, um gel de massagem, venda, chicotinho, duas algemas, um vibrador e um pênis de borracha.
— Vai continuar me mandando pegar coisa na geladeira… ou vai me deixar cuidar de você?
Parte de mim queria jogar a cerveja longe, tomar ela nos braços e deixar o mundo explodir. Mas outra parte, a ferida, a que ainda sentia aquela pontada de dúvida, falou mais alto.
— Tá no intervalo — falei, sem emoção. Dei um gole na cerveja. — Aproveita e chupa o meu pau.
Vi algo brilhar nos olhos dela.
— Como o senhor quiser — respondeu, suave. Se ajoelhou na minha frente, abaixou minha bermuda e começou a mamar na minha vara.
E ali fiquei, no sofá, sentindo sua boca deliciosa. Molhada. Quente. Mas dentro de mim, o frio continuava.
A boquinha dela deslizava pelo meu pau, de um modo tão prazeroso que me fazia arrepiar. Prazeroso. Relaxante. Quase me fez esquecer tudo.
Quase.
O apito do segundo tempo me trouxe de volta.
— O jogo voltou — anunciei, levantando um pouco o corpo. — Agora preciso me concentrar.
Senti a sua boca parar. Ela ficou em silêncio por um segundo, depois soltou:
— Sério, Anderson? Vai preferir ver um monte de homem correndo atrás de uma bola do que ficar comigo?
Eu virei o rosto pra ela, tentando não deixar a impaciência transparecer. Mas já estava entalado. Soltei:
— Simone… eu posso te comer a qualquer hora. Mas o jogo é ao vivo. Só acontece agora.
O silêncio que veio depois foi diferente. Não era o mesmo de antes. Era carregado.
Ela se inclinou devagar, com aquele olhar enigmático. Um sorriso no canto dos lábios. Chegou com o rosto, bem perto do meu pau novamente
— Então tá — ela murmurou, com a boca perto do meu pau — Vai ver teu joguinho.
E aí, num segundo, quando eu pensei que ela ia começar a chupar de novo...ela mordeu. Forte.
— AAAAAI! — gritei, levantando e levando a mão à virilha.
O susto fez com que eu jogasse a cerveja voasse da minha mão e se esparramasse no chão. Levei uns dois segundos pra entender o que tava acontecendo.
— Caralho, Simone! Tá maluca?!
Ela riu. Um riso seco, irônico.
— Ah, desculpa. Foi sem querer... é que me distraí com o joguinho ao vivo.
Ainda de joelhos na minha frente, ela fez um movimento com a cabeça para engolir meu pau de novo. Instintivamente a peguei pelo pescoço para impedi-la.
Me arrependi de ter apertado seu pescoço, estava prestes a soltá-lo e pedir desculpas.
Mas então Simone soltou um som que não era dor — era algo mais profundo, mais instintivo. Um suspiro de prazer, um sussurro arrancado do fundo da garganta. Seu corpo, até então em tensão, se entregou. Os ombros relaxaram, os braços escorregaram e ficaram soltos. O corpo todo repousou. Ela jogou a cabeça levemente para trás, expondo mais o pescoço.
Foi um gesto pequeno, mas cheio de significado. O pescoço exposto, os fios do cabelo escorrendo entre meus dedos, e aquela curva delicada da garganta se revelando para mim — como uma oferenda silenciosa. E a expressão em seu rosto…
Era de um prazer calmo, sereno, que parecia vir de dentro. Os olhos fechados, a boca entreaberta com a respiração quente e ritmada. Era como se ela estivesse flutuando por um instante.
O apertão no pescoço lhe proporcionou um orgasmo.
Naquele momento, mais do que qualquer toque, foi o olhar que veio depois que me marcou — Ela abriu os olhos devagar e me olhou de um jeito que nunca tinha olhado antes. Um olhar de confiança, de entrega — mas também de descoberta. Era como se dissesse, sem palavras, que estava tudo bem. Que aquele momento nos pertencia. E que havia mais nela — mais em nós — do que conhecíamos até então.
Meu olhar desceu lentamente pelo pescoço dela, nunca tinha pensado que um gesto de segurar seu pescoço pudesse abrir uma porta tão íntima.
— Foi demais? — perguntei, com a voz mais baixa do que imaginei.
— Não — ela disse, num sussurro. — Foi... certo. Eu quero mais!
Eu fui até a caixa, peguei os dois pares de algemas. Fiz Simone ficar deitada de costas no chão e algemei suas mãos atrás das costas.
- A piscina – disse ela – Me fode na piscina!
Eu já tinha comido a Simone em todos os cômodos da casa, pelo que lembrava, só faltava a piscina mesmo.
Fiz a Simone ficar de pé, ainda com os dois braços algemados atras das costas e fui a conduzindo até a piscina.
Chegando lá, usei também o outro par, as duas mãos ficaram algemadas em uma barra de ferro que fica fixada na parede próxima a piscina.
Vendei seus olhos!
- Aí que delícia Anderson! Adoro quando você tá bem machão! Fode a tua puta!
Embora estivesse cheio de tesão, resolvi ser bem mau com Simone:
- Eu já falei que eu só vou te comer depois que terminar de assistir meu jogo! Você vai ficar aqui me esperando.
- Eu faço tudo que me mandar!
- Ótimo, eu vou ver o jogo e depois eu volto!
Eu voltei para a sala, mas não conseguia me concentrar no jogo. Tem uma câmera na piscina, que consigo acessar do celular, Simone permanecia algemada e vendada, me aguardando.
Aguentei ficar 15 minutos na sala, e retornei.
Ao entrar na área da piscina, procurei ser o mais silencioso possível para surpreendê-la. Somente quando cheguei bem próximo, que ela notou minha presença.
Coloquei a mão atrás de sua cabeça, e conduzi seu rosto em direção ao meu pau.
Simone, ainda algemada e vendada, começou a chupar com vontade.
Ela foi percorrendo meu pau com a língua, desde o saco até a cabeça. Sugou, chupou, mamou de uma forma sedenta.
Fez uma garganta profunda que me fez sentir que ia gozar.
Arranquei a sua venda, e finalizei no seu rosto. De forma esfomeada ela engoliu meu leitinho.
- Parabéns minha putinha! Fez do jeito que teu macho gosta!
Libertei suas mãos das algemas. Ela se levantou e me abraçou e sussurrou no meu ouvido:
- Para contar de verdade, você tem que me comer dentro da piscina!
- Tem razão – respondi – enquanto pegava ela no colo.
Saltei na piscina, com Simone em meus braços.
Caímos na água, e eu mergulhei para encaixar minha boca na boceta de Simone, que estava de pé na piscina.
Chupei sua boceta debaixo da água o quanto pude.
Simone então começou a boiar de costas na piscina. O que foi a posição perfeita, pois continuei a chupá-la, podendo respirar ao mesmo tempo.
Por fim, Simone se colocou de pé novamente, apoiou as mãos na escada da piscina e inclinou o corpo para trás. Segurei sua cintura e comecei a penetrá-la debaixo d´água, até gozar dentro da piscina.
Foi intenso, abracei Simone acariciando seus seios, dei uma mordidinha de leve em sua orelha, e sussurrei nos seus ouvidos:
- Acho que agora… a gente já trepou em todos os cômodos do apartamento — disse, com um sorriso cansado.
Ela não me respondeu nada, saiu da piscina, começou a se enxugar. Fiz o mesmo.
Depois de terminarmos de nos secar, ela me pegou pelas mãos e disse:
- Vamos, amor. Só falta a sacada — disse ela, com aquele brilho safado nos olhos que eu conhecia muito bem.
— Simone… — comecei tentando não sorrir. — A sacada é externa. Não tem privacidade. Não vou ficar me exibindo pra vizinhança.
Ela pareceu não me ouvir, e rumou de mãos dadas comigo em direção à sala, onde fica a sacada.
Ambos estávamos nus, de frente para a porta que dava acesso à sacada:
- Anderson, a gente mora no décimo primeiro andar. Da rua ninguém vê nada. O prédio da frente é longe e a sacada fica virada pro outro lado. E os únicos que podiam ver a gente são os do décimo segundo… mas, convenhamos, já passa da meia-noite. Devem estar dormindo.
- Mesmo assim. Não gosto de me expor — respondi firme, tentando manter o controle.
- Você é mesmo um medroso charmoso — ela provocou, dando um passo em direção à porta de vidro.
Antes que eu dissesse mais alguma coisa, ela abriu a porta e saiu, completamente nua, para a sacada. O vento tocou seus cabelos com leveza. A cidade dormia abaixo, um oceano de luzes tímidas e sussurros distantes.
E então, sem aviso, ela subiu numa mesinha que a gente deixou na sacada.
Com cuidado e equilíbrio, ficou de quatro em cima da mesinha.
- Eu só desço quando você vier comer — disse, a voz firme, brincando com o vento.
— Simone! Desce daí, você vai acabar caindo!
— Não antes do sexo anal. Uma promessa é uma promessa, Anderson.
Cruzei os braços, parado na porta. Olhei pra cima. O apartamento do décimo segundo andar parecia apagado. Mas as janelas eram espelhadas. Eu não conseguia ver nada lá dentro. Não sabia se alguém assistia àquela cena absurda… ou maravilhosa.
Voltei os olhos pra ela.
Ela estava ali, iluminada pela lua, os cabelos dançando com a brisa, de quatro em cima da mesa, empinando a bunda. Uma imagem que grudou em mim.
Linda. Teimosa. Minha.
Não resisti mais.
Fui até a sacada, sentindo o vento noturno tocar meu pau. Dei dois passos lentos, depois mais dois. Me aproximei da mesa. Olhei pra cima uma última vez — Maldita curiosidade — mas os vidros do décimo segundo continuavam negros como espelho. Impossível saber se alguém via.
— Você venceu — murmurei, subindo em cima da mesa.
— Eu sempre venço — ela respondeu, empinando ainda mais a bunda.
E então eu a penetrei com força.
Naquela sacada, no alto do mundo, com a lua de testemunha e o risco dançando em volta da gente, eu a beijei e comi seu cu, como se fosse a primeira vez.
Ou talvez… como se fosse a última vez.
Simone gemeu muito, e eu gozei como nunca.
Depois de terminarmos aquela loucura na sacada, ficamos abraçados, nus, respirando devagar, selando com um beijo.
A brisa noturna acariciava a pele e, por um momento, parecia que tudo estava em paz.
Mas, claro, com Simone… a paz dura pouco.
— Tá vendo? Eu disse que faltava a sacada. Mas… pensando bem… — ela falou, mordiscando o canto da boca — faltou um lugar.
Franzi a testa.
— Como assim?
— O bosque.
— O quê?
— É, ué. O bosque do condomínio. Você nunca me comeu lá
Eu ri, achando que era piada.
— Simone… o bosque não faz parte do apartamento. Combinamos de fazer sexo em todos os cômodos do apartamento.
— Ah, mas faz sim — ela rebateu, séria. — O bosque é área comum do condomínio, e cada condômino é dono de uma fração. Tá na escritura. Ou seja: tecnicamente, parte dele é nosso.
— Ah, não… — balancei a cabeça. — Não mesmo. Tá tarde, vai chover, e estamos sem roupa. Isso não tem o menor sentido.
Ela me encarou com um sorriso afiado.
— Então tá. Se você não vai comigo, eu vou sozinha.
— Nua, assim?
Ela deu de ombros e se virou.
— Ué, por que não?
— Simone… para com isso.
Ela caminhou decidida em direção à porta de entrada. A cada passo, o risco aumentava — e o meu autocontrole diminuía.
- Você não vai — falei, ainda tentando manter a autoridade.
Ela pôs a mão na maçaneta.
- Tô indo.
- Não, você não tá.
Ela girou a maçaneta.
- Tchau, Anderson. Cuida do apartamento que eu vou cuidar da minha parte do bosque.
Foi nesse momento que eu percebi: ela ia mesmo. Aquela mulher era absolutamente capaz de descer no meio da madrugada, nua, só pra provar um ponto.
Continua ...