Entre Pecados e Silêncio - Parte 1: O Flagra

Um conto erótico de S. Occultus R.
Categoria: Gay
Contém 1282 palavras
Data: 15/07/2025 06:50:56
Última revisão: 15/07/2025 07:00:21

Essa é a minha história.

E também são os meus desejos.

Algumas coisas aqui aconteceram de verdade. Outras, eu imaginei tantas vezes que já não sei mais separar.

O que sei é que tudo ainda me excita quando lembro.

Esse conto é parte de um diário meu diário.

Onde guardo o que vivi, o que escondi, e o que ainda desejo em silêncio.

Se você quiser continuar, faça isso por sua conta e prazer.

Porque nem todo pecado quer perdão.

Alguns só querem ser contadosA roça dos meus avós sempre teve um cheiro próprio. Mistura de mato molhado, barro seco, fumaça de lenha e silêncio antigo.

A casa era de madeira, com frestas entre as tábuas, dessas que deixam a luz e os olhos passarem. Tinha quatro quartos, um de cada lado do corredor. Aos fins de semana, a casa enchia com os primos, mas naquela noite, só fiquei eu.

E Vitória.

Ela era criada pelos meus avós desde pequena, um pouco mais velha que eu, filha da minha tia, que tinha uma outra filha mais velha na qual dava muito trabalho, e uma outra mais novo do seu novo casamento.

Tinha corpo de mulher e olhar sério, apesar da pouca idade. Dormia no quarto do fundo, sozinha.

Quem também ficou foi Marcos, marido atual da minha tia, que vivia indo lá ajudar com as coisas. Nunca soube bem por que ele era tão presente, diferente dos outros genros do meu avô que só iam lá em ocasiões especiais e datas comemorativas. Talvez porque meus avós gostassem dele. Talvez porque ele gostasse de estar ali.

Marcos tinha uns 38 anos. Moreno, braços grossos, barba curta.

Usava sempre camisa apertada, e quando sorria, mostrava os dentes e algo que parecia perigo.

Era o tipo de homem que falava baixo, olhava direto e me deixava... confuso.

Desde que comecei a entender o que era desejo, ele me provocava um incômodo que eu não sabia nomear.

Não era medo. Não era ódio. Era outra coisa.

Alguma coisa que eu não sabia onde colocar, mas que me fazia reparar nele mais do que em qualquer outro homem.

Ele chegou com lanche e uns brinquedos antigos na mochila.

Bagunçou meu cabelo e falou daquele jeito dele:

— “Menino tem que brincar com menino… largar essas coisas de panelinha.”

Falava sorrindo, mas tinha algo por trás daquele sorriso. Algo que eu sentia, mas não sabia explicar.

Desde moleque, ele me causava esse tipo de desconforto. Eu não sabia o nome daquilo ainda, só que... era diferente.

Quando ele ficava por perto, eu ficava mais quieto, mais alerta. Reparei cedo demais no jeito que ele se mexia, no volume na calça quando se abaixava, no som da voz dele quando ficava rouca.

Eu sabia que tinha alguma coisa errada comigo.

Com minha tia viajando, ele disse que ia dormir ali. Eu fiquei num quarto com a porta entreaberta. Meus avós no outro. Vitória sozinha no dela.

Depois do jantar, fui dormir cedo. O som dos grilos era o que preenchia o ar.

Acordei no meio da madrugada com a bexiga apertada. Fui devagar pelo corredor escuro, só com a luz da cozinha acesa. E quando passei pelo quarto de Vitória, vi a fresta aberta.

Tinha luz lá dentro. Uma lâmpada amarela, fraca. E foi por ela que eu vi tudo.

A porta não estava trancada. Tinha uma fresta larga.

E foi por ali que eu vi tudo.

Vitória estava deitada de costas, nua.

Pernas abertas, barriga ofegante. E Marcos por cima dela, sem camisa, o corpo suado.

Ele já tava metendo nela, devagar. Um entra e sai molhado, lento, firme.

Ela mordia os lábios, gemia baixo.

Sem dizer nada continuou metendo.

Com força.

Com ritmo.

Como se quisesse que ela sentisse tudo, mas não deixasse escapar som nenhum.

O corpo dele batia contra o dela com estalos abafados. A cama rangia, mas eles estavam atentos.

Pareciam ensaiados. Ou talvez já tivessem feito aquilo outras vezes.

O jeito como ele pegava nela não era de quem tava transando. Era de quem tava mandando. Dava pra ver tudo.

O pau dele era grosso, do tipo que chamava atenção. Uns 18 cm, talvez mais. A cabeça era rosada, o corpo rígido, latejando cada vez que ele saía quase todo e entrava de novo.

A buceta dela escorria. Ele deslizava com facilidade.

— “Mais...” ela sussurrou.

— “Fica quieta,” ele respondeu baixo, com voz grossa. “Se acordarem, acabou.”

E então ele tapou a boca dela com a mão inteira, sem parar de meter Cada estocada fazia a cama ranger de leve.

O som era abafado, mas molhado. Quente.

Eu fiquei ali, duro. Parado.

Com o coração na garganta e a cueca já apertada.

Vi quando ele meteu mais forte, segurando a cintura dela com força, os olhos fechados.

Ela mordeu os lábios, gemendo abafado.

Eu sabia que o que estava fazendo era errado. Que assistir aquilo era cruzar uma linha.

Mas eu não conseguia sair. Nem piscar.

Meu corpo inteiro reagia.

A pele arrepiada, a cueca apertada, o desejo se confundindo com raiva, medo, curiosidade e uma excitação que eu não queria sentir.

E ali estava ele.

O homem que ninguém suspeitava.

Estava com a própria enteada com o pau enterrado fundo, como se o mundo tivesse parado ali entre gemidos, suor e madeira rangendo.

Marcos puxou o quadril dela com força e, num movimento rápido, virou Vitória de barriga pra cima. Ela caiu sobre os lençóis, o corpo arfando, os cabelos grudando no rosto suado. Ele a olhou por um segundo e ali havia algo estranho, algo feroz. Não era carinho, era desejo com raiva, com história. Era como se ele estivesse fodendo um segredo.

— Abre as pernas ele ordenou, com a voz mais baixa e mais suja que antes.

Ela obedeceu sem hesitar.

Ele se posicionou entre as coxas dela, segurando o próprio pau com uma das mãos. Estava ainda maior, grosso, pesado, latejando. A glande brilhava com o gozo que ainda segurava. Com a outra mão, ele passou a ponta entre os lábios molhados da buceta dela, devagar, provocando.

— Tá escorrendo, hein... sussurrou, enquanto olhava fixo pra ela.

Vitória mordia os lábios, ofegante, os olhos semiabertos, completamente entregue.

E então ele meteu.

Fundo. Com força. Sem aviso.

Ele gemia rouco, entre os dentes. Cada estocada era uma batida seca, sem intervalo.

— Gosta de ser usada assim, né? ele rosnou, enfiando até o fim.

— Ahn... ahn... ela só conseguia responder com gemidos quebrados, agarrando os lençóis como se tentasse segurar a si mesma.

— Queria sentir a rola do marido da tua mãe não é? Ela não tinha forças pra responder.

Marcos abaixou o corpo sobre o dela, os dois colados, e começou a bombar com mais velocidade.

As mãos dele seguravam os ombros dela, forçando mais fundo, como se quisesse grudar os dois até o osso.

— Toma tudo… ele sussurrou no ouvido dela. Eu sei que é isso que você quer desde a primeira vez que sentou no meu colo lá fora, fingindo inocência…

Ela só choramingava, gemendo baixo.

E foi nesse instante , nesse exato momento, que ele parou por um segundo, o corpo inteiro contraído.

E gozou.

Não teve pressa. Não saiu rápido. Ele gozou ali mesmo, com o pau latejando por dentro, olhos fechados, como se estivesse descarregando tudo de uma vez.

Gozo quente. Lento. Dentro.

Foi nessa hora que ele olhou pra porta.

E me viu.

A gente se encarou por um segundo.

Um segundo longo, tenso, quente.

Não disse nada. Nem ele, nem eu.

Só que naquele momento, alguma coisa dentro de mim mudou.

Voltei pro quarto com a cueca molhada, o peito queimando, e uma pergunta que ficou martelando a noite inteira:

Por que... aquilo me excitou tanto?

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Foto de perfil genéricaS. Occultus R. Contos: 1Seguidores: 1Seguindo: 0Mensagem Escrevo do escuro. Das frestas onde ninguém entra, das vontades que ninguém admite. Meus contos nascem entre o silêncio e o gemido — onde a carne trai o juízo. Sou o sussurro que atiça. O olhar que perscruta. O autor que transita entre o pecado e o poema. ✦ Erotismo masculino com alma e tensão ✦ Desejo rural, psicológico e simbólico ✦ Contos tabus, homoeróticos, reais demais pra ficção

Comentários

Foto de perfil de Maísa Ibida

Seu texto tá show de muito muitão.

Tamb tenho texto "O amigo do meu marido me enrabou" tá no ranking, se pude comentar ou apenas votar eu agradeço.

E continue escrvendo texto nesse estilo, pois foi bem narrado, enfim, texto bem votadssmo

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