Parte 1
A tarde de quinta-feira caía cinzenta, com gotas finas riscando os vidros do táxi que levava Luiza até o consultório da Dra. Helena. O frio suave da serra pedia um casaco leve, mas ela manteve o visual discreto: jeans escuro, tênis preto e uma camisa social masculina. Por dentro, no entanto, o corpo dizia outra coisa — escondia uma calcinha rendada vinho, presa firmemente sob o cinto de castidade. Era a forma mais íntima que ela tinha de afirmar quem era… ou quem estava se tornando.
Na recepção elegante do edifício comercial, Luiza se identificou com voz baixa e sentou-se. Estava sozinha. Pela primeira vez, Aline não a acompanhava. O som de uma porta abrindo interrompeu seus pensamentos. Uma moça alta, de quadris largos e salto fino, surgiu da sala da Dra. Helena.
Era uma menina trans. Linda. Passável. Corpo modelado, rosto delicado. Bianca, ouviu alguém sussurrar. Elas trocaram um olhar rápido. Bianca sorriu de leve, aquele tipo de sorriso que diz "eu te vejo". Luiza sentiu algo apertar no peito — ou seria no peito do estômago? Não sabia. A porta permaneceu aberta, e logo veio o chamado:
— Pode entrar, Luiza — disse Dra. Helena, ainda segurando a maçaneta e despedindo-se com um carinho visível de Bianca. Seu jaleco branco ainda estava abotoado. O tom de voz, doce e acolhedor.
Luiza entrou, sentou-se na poltrona confortável diante da mesa de madeira clara, onde a médica guardava prontuários e pastas perfeitamente organizadas. Ao fechar a porta, Helena tirou o jaleco e pendurou no cabide. Abaixo dele, vestia uma blusa bege de tecido leve e translúcido. Sem sutiã. Os seios grandes e naturais se moviam suavemente sob o tecido, e Luiza desviou o olhar com timidez.
— Está tudo bem, Luiza? Como tem se sentido? — perguntou a médica, cruzando as pernas com elegância.
Luiza engoliu seco. Sentia-se segura, mas vulnerável.
— Eu… tenho me sentido diferente. Mais sensível… acho que é normal, né?
Helena sorriu de lado.
— Mais do que normal. É o esperado, querida. E os hormônios… tem tomado direitinho?
— Todos os dias — respondeu com firmeza. — No horário certinho. Aline cobra, sabe como ela é.
— Ah, sei… ela gosta de tudo nos trilhos — riu Helena.
— Notou mudanças no corpo? Alguma dor nos mamilos, sensibilidade?
Luiza tocou o topo do seio esquerdo discretamente por cima da blusa, sem nem perceber o gesto.
— Eles doem... de leve. E ficam... duros às vezes. Os bicos.
Helena anotava enquanto observava as pequenas reações.
— E cresceram? Um pouquinho?
Luiza riu sem graça.
— Eu acho que sim. O top que usava antes ficou mais apertado.
— Tem percebido mudança no rosto, na pele?
— Sim, minha pele tá mais lisa... mais sensível. E meu rosto... sei lá. Parece mais suave.
— E o emocional? Chora com mais facilidade?
— Muito mais. Até com comercial bobo na TV.
Dra. Helena sorriu, balançando a cabeça em empatia.
— Você tem sentido desejo sexual? Por homens? Mulheres? Ambos?
Luiza hesitou. A garganta secou.
— Por homens... Eu... tenho pensado mais nisso do que queria.
Helena pousou a caneta, recostou-se um pouco na cadeira.
— E a masturbação?
— Eu tento. Mas com o cinto... — Luiza olhou pro colo, sem jeito. — E quando consigo... penso em coisas que antes eu jamais pensaria.
— Coisas como?
Luiza engoliu seco.
— Estar de quatro. Sentir... um homem forte me segurando. Entrando... mesmo se for muito grande.
Dra. Helena sorriu de forma acolhedora.
— Tem usado plug anal?
Luiza assentiu, quase imperceptivelmente.
— Pequeno. Às vezes... pra dormir.
— Como se sente ao se olhar no espelho?
— Dividida. Tem dias que gosto. Tem dias que queria voltar atrás. E tem dias que fico... excitada com o que vejo.
— E o medo de perder completamente a masculinidade... ainda sente?
Luiza fechou os olhos por um instante.
— Sinto. Mas... também sinto vontade de perder.
Dra. Helena se inclinou para frente, falando em tom mais íntimo:
— Se eu te dissesse que podemos acelerar esse processo... você deixaria? — perguntou a dra Helena, cruzando lentamente as pernas sob o jaleco aberto, com a blusa fina marcando os seios livres por baixo.
Luiza sentiu o rosto esquentar. Hesitou. Mas respondeu com sinceridade:
— Depende… do que seria isso exatamente.
A médica sorriu, como se esperasse por isso.
— Existe um pequeno procedimento que eu já fiz em algumas pacientes. Nada cirúrgico, mas sim um reforço estético e funcional. Aplicamos uma técnica de sutura interna — fios absorvíveis, quase invisíveis — que fixam a virilha em uma posição de tucking perfeito. O pênis posicionado para baixo,com a glande exposta, os testículos reposicionados. Isso dá à região uma aparência lisinha, feminina, mesmo sob roupas íntimas.
Ela se inclinou para frente, com expressão paciente e segura:
— É algo reversível, caso a pessoa um dia decida voltar atrás. Mas até hoje… nenhuma voltou.
Luiza manteve o olhar preso nela, boquiaberta por alguns segundos.
— E… você faz isso aqui mesmo? No consultório?
— Faço. Com anestesia local. Leva menos de uma hora. E, diferente do cinto de castidade, não machuca, não marca, e permite que você vá ao banheiro sem medo. Além disso, o tecido da calcinha não irrita mais, porque fica tudo suavemente acomodado.
Luiza engoliu seco.
— E a aparência… é mesmo tão natural?
Helena sorriu com doçura. Abriu a gaveta inferior do armário e retirou uma pasta transparente com fotos clínicas. Nada explícito. Apenas registros da virilha de diferentes pacientes em tucking permanente, com a genitália totalmente oculta, como se nem estivesse ali. Nenhuma sombra, nenhum volume. Apenas dobras femininas sutis e delicadas.
Luiza observou as imagens com atenção. O coração disparado.
— Isso parece… uma virilha de mulher de verdade…
— É pra parecer mesmo, meu bem — respondeu a dra, em tom baixo, como se dividisse um segredo entre “mulheres”.
Ela então cruzou as pernas novamente e acrescentou:
— Muitas pacientes optaram por isso por não estarem prontas para assumir publicamente. Mas desejavam viver a feminilidade em segredo, sem medo de serem notadas. A calcinha não denuncia mais nada. Você pode até usar uma legging ou uma saia leve sem esboço algum.
Luiza apertou os joelhos. Estava completamente em silêncio, mas os pensamentos explodiam.
— É mais confortável que o cinto? — perguntou, com a voz mais baixa do que pretendia.
— Muito mais. E muito mais bonito também — respondeu Helena com um sorriso. — Sem contar que… esse pequeno “clitóris” que se forma… é muito sensível. Se você ouvir as palavras certas, no tom certo… pode reagir como nós reagimos, Luiza.
A forma como ela disse “nós” atingiu Luiza como um sussurro dentro do peito. Um arrepio atravessou sua pele.
Helena se inclinou um pouco mais, com ternura nos olhos.
— Você está começando a entender, não está?
Luiza apenas assentiu com a cabeça, sem conseguir falar.
Helena então pegou sua prancheta e disse num tom suave:
— Eu só te mostro isso porque vi a sinceridade nos seus olhos. E porque sei que, dentro de você, já existe uma noiva pronta para desabrochar. Só falta… o primeiro passo definitivo.
Luiza caminhou em silêncio até a maca, como a dra. Helena havia pedido. Seus passos eram contidos, quase tímidos, o coração batendo forte. Estava apenas com o cinto de castidade sob a roupa, mas já sabia que em instantes estaria completamente nua diante da médica. Ao chegar, Helena sorriu com naturalidade, como se o que viria a seguir fosse apenas mais um passo no caminho de tantas mulheres que ela havia ajudado.
— Pode tirar a roupa, querida. — disse com leveza, virando-se para pegar alguns instrumentos.
Luiza obedeceu. Tirou a blusa, as calças, dobrando com cuidado e deixando ao lado. Sua calcinha de renda foi abaixada com dedos leves, revelando o cinto de castidade. Helena se aproximou calmamente, segurando uma pequena chave.
— Esse modelinho é mais discreto... mas continua sendo uma prisão, né? Vamos dar um alívio hoje — disse, e com precisão encaixou a chave no fecho. Com um clique, o cinto se abriu.
O pênis de Luiza, pequeno e atrofiado, estava murcho, pressionado contra o corpo. A médica não fez nenhum comentário constrangedor. Apenas sorriu.
— Está bem atrofiado... o que é ótimo — disse com profissionalismo. — Quer dizer que o tratamento está funcionando muito bem. Isso aqui já não pensa mais como um órgão masculino, não é?
Luiza sentiu o rosto esquentar.
— Deita de costas pra mim, isso... vamos começar com o exame físico geral. Vou avaliar mamas, abdome e depois a parte íntima.
Com movimentos cuidadosos, Helena apalpou o corpo de Luiza. Os mamilos estavam sensíveis, e um leve gemido escapou quando a dra. apertou um pouco mais.
— Ótimo sinal. A prolactina está atuando. Se continuar nesse ritmo, em algumas semanas pode até haver produção de leite. Os ductos estão começando a se formar. — Ela olhou Luiza com doçura. — Você gostaria disso, não é? Ter seios pesados, macios, femininos... como os meus, por exemplo?
Luiza apenas assentiu com um olhar de admiração e desejo contido.
— Agora de bruços pra mim, por favor.
Luiza virou-se lentamente, sentindo a pele arrepiar ao contato frio do lençol da maca. Helena calçou luvas e passou o gel lubrificante.
— Relaxa, tá? Vou fazer o toque retal. Precisamos avaliar a próstata. Ainda é importante nessa fase. Me avisa se sentir desconforto.
O dedo da médica deslizou com precisão. A pressão era firme e experiente. Luiza mordeu os lábios, tentando se conter, mas o estímulo na próstata foi demais. Um gemido suave escapou e, involuntariamente, um fio de sêmen ralo escorreu entre suas coxas.
Helena não se espantou.
— Isso é absolutamente normal, Luiza. Sua próstata está saudável, mas agora, essa aqui — ela pressionou suavemente de novo — vai ser sua fonte principal de prazer. Por isso precisa ser bem cuidada... e estimulada. — Tirou o dedo devagar. — Sexo passivo regular vai ser fundamental pra sua saúde, tá bom, princesa?
Luiza ainda estava ofegante quando Helena preparou a injeção.
— Agora vem mais uma dose de reforço. Essa vai acelerar os efeitos. Um novo blend, mais potente. Vai te deixar muito mais sensível, emocional, mais conectada com o que nós, mulheres, sentimos. Um pouco de dor, tá? Mas só um instante.
A agulha penetrou sua nádega com precisão. Luiza gemeu baixo.
— Pronto. Já está a caminho de virar uma princesinha ainda mais completa.
Helena retirou as luvas, lavou as mãos e sentou-se diante de Luiza, ainda deitada de bruços.
— Senta um pouquinho, vem aqui... quero te mostrar uma coisinha.
Luiza obedeceu, cobrindo-se levemente com o lençol. As duas ficaram na mesma altura, rosto a rosto. Helena respirou fundo, desabotoou discretamente a blusa e puxou para o lado.
Seus seios fartos e firmes surgiram à vista, sem sutiã, sob a luz suave do consultório. Luiza arregalou os olhos.
— Você olha tanto para os meus seios durante a consulta que achei melhor te mostrar de verdade. Quer saber como é ter algo assim? — Ela pegou a mão de Luiza e a guiou até um dos seios. — Sente o peso... a maciez... Isso aqui também vai ser seu.
Luiza tocou com reverência, os dedos deslizando como se tocassem um segredo antigo. O desejo era evidente, mas sem vulgaridade. Era um desejo de pertencimento, de feminilidade completa.
— É isso que você quer, não é? — sussurrou Helena.
Luiza apenas assentiu, com um suspiro silencioso, os olhos fixos naquela promessa viva entre seus dedos.
Parte 2
Luiza ainda sentia o calor da pele da Dra. Helena em seus dedos quando afastou a mão, meio sem jeito, puxando levemente o lençol para cobrir o colo. O desejo estava ali — latente, crescente — mas a sensação de não ser totalmente “ela” ainda pesava. Aquilo tudo era demais. Rápido demais.
Helena percebeu o recuo. Sorriu com carinho, sem constrangimento. Recolheu a blusa com um movimento suave e começou a abotoá-la, uma pérola por vez.
— Está tudo bem, meu bem. Não precisa decidir nada hoje — disse com doçura, olhando nos olhos de Luiza. — Eu só queria te mostrar o que pode ser seu. Nada mais.
Luiza respirou fundo, assentindo com um sorriso tímido.
— Eu... queria pensar mais um pouco, sabe? Ainda me sinto... entre lugares.
— Claro. Isso é um passo grande. E só deve ser dado quando o coração estiver em paz com ele. — Helena se levantou e caminhou até o armário, pegando o cinto de castidade.
Luiza desceu da maca devagar, os joelhos ainda levemente trêmulos. A médica se aproximou, ajoelhou-se e encaixou novamente o cinto com cuidado.
— Pronto. De volta à sua camadinha de proteção — disse com voz baixa, quase maternal.
— Obrigada… — murmurou Luiza, ajeitando a calcinha por cima.
A médica a ajudou com os botões da blusa, e logo Luiza estava vestida novamente. Caminharam juntas até a poltrona de onde tudo havia começado. A luz já era um pouco mais dourada do lado de fora, filtrada pela janela de persianas claras.
Helena sentou-se à frente, cruzando as pernas, dessa vez com o jaleco por cima da blusa. Pegou sua prancheta com anotações, mas não olhou para ela. Fixou os olhos em Luiza.
— Me deixa fazer umas perguntas um pouquinho mais... íntimas? Coisas que ainda não conversamos?
Luiza assentiu, com um sim calado. O coração batia mais devagar agora.
— Já pensou no tipo de mulher que você gostaria de ser? Não fisicamente, mas... em personalidade?
Luiza olhou para baixo, pensativa. Depois, encarou a médica.
— Às vezes me vejo sendo mais doce. Outras vezes, mais provocante... como se dentro de mim houvesse duas versões se moldando.
Helena sorriu, encantada com a resposta.
— E na cama? Você já se imaginou dominando alguém… ou sendo dominada?
Luiza ruborizou.
— Sendo dominada... quase sempre. Gosto da ideia de ser guiada. De... me entregar.
— Isso combina com você. Mas, olha, ser submissa não te torna menor, tá? — disse a dra, firme e doce. — Só significa que você confia.
Ela anotou algo rapidamente, depois continuou:
— E posições? Já teve alguma fantasia muito específica?
Luiza mordeu o canto do lábio.
— Já me imaginei montando... mas me sentindo passiva ainda assim. Como se fosse pra agradar, não pra comandar.
Dra. Helena inclinou-se devagar, como quem compartilha um segredo íntimo, e deixou que o rosto chegasse perto:
— Tem homem que gosta de ver a gente por cima… montada, rebolando toda linda, fingindo controle. Mas os que realmente dominam… esses não deixam escolha. Eles prendem. Deitam a gente de bruços ou de barriga pra cima, prendem os braços, seguram firme pelos quadris... e só soltam depois que gozam dentro. Quer você queira… ou não. O corpo vira deles. Só deles.
Ela deu uma pausa curta.
— E o pior — ou o melhor — é que a gente termina pedindo. Gemendo. Tão molhada que nem percebe mais o medo… só a entrega.
Quando se afastou, o silêncio era úmido. Luiza engoliu seco, o rosto completamente ruborizado. A médica apenas ajeitou os óculos e voltou ao tom clínico, como se tivesse acabado de dizer que a pressão estava ótima.
— Agora, me diz uma coisa, Luiza: você gostaria que sua voz fosse mais aguda? Já pensou em modificar isso permanentemente?
— Já… mas... isso dá pra fazer?
— Dá sim. Tem uma cirurgia vocal, feita por poucas especialistas no Brasil, mas bem segura. A gente consegue elevar os harmônicos e afinar o tom, sem perder naturalidade. É uma coisa pra pensar mais adiante. Mas com treino de fono, seu timbre já vai suavizando bastante.
— Eu não sabia que podia ser tão natural...
— Com tempo, tudo se encaixa. — Helena se inclinou um pouco. — E os seios… você tem perguntado muito sobre isso. O que mais te encanta neles?
Luiza respirou fundo.
— O peso. A maciez. E... a forma como os homens olham. Me assusta, mas também me excita.
Helena assentiu com empatia.
— É um símbolo de poder feminino, Luiza. E o seu corpo está indo muito bem. A gordura já começa a se acumular no tórax, o volume tá surgindo. Se você continuar nesse ritmo, em três meses podemos avaliar um preenchimento adicional com ácido hialurônico. Nada exagerado. Só pra você ter... o gosto do futuro.
Luiza sorriu, encantada com a ideia.
A consulta se encaminhava para o fim. Helena levantou-se, caminhou até a mesa e pegou dois frascos pequenos e um papel dobrado.
— Esses são os analgésicos e a pomadinha cicatrizante. Só pra manter o conforto após as aplicações de hoje. E aqui — entregou o papel — minha ficha de instruções. Se precisar de algo, me chama no WhatsApp. Vou te passar meu número pessoal.
Luiza pegou o celular na hora. Trocaram os contatos ali mesmo.
— Pode mandar mensagem sempre que quiser. Seja pra tirar dúvida, pra desabafar... ou só pra conversar, tá?
Luiza se levantou. Estavam frente a frente. A médica abriu os braços e a puxou para um abraço apertado, quente, que durou mais do que o habitual. Uma troca silenciosa de cumplicidade.
— Você está linda, Luiza. Mesmo por baixo de tudo isso. E vai ficar ainda mais.
— Obrigada… de verdade.
Helena deu um beijo leve na testa dela e abriu a porta.
— Semana que vem? Ou prefere daqui a quinze dias?
— Quinze dias… acho melhor. Dá tempo de eu pensar.
— Estarei aqui. E te esperando — respondeu com um sorriso doce e provocador.
Luiza saiu do consultório com as pernas leves, o corpo quente, e um desejo novo crescendo por dentro — não era mais só sobre ser mulher. Era sobre ser aquela mulher que havia nascido dentro dela. E agora… ela sabia disso.
Parte 3
Quando Luiza saiu da sala com o receituário e os frascos em mãos, encontrou a secretária organizando a agenda digital no tablet. Era belíssima. Pele morena clara, cabelos lisos e castanhos escuros caindo até a metade das costas. Devia ter uns 25 anos. Corpo enxuto, busto médio realçado por um vestido de tricot claro que marcava cada curva. O sorriso era simpático e sensual ao mesmo tempo.
— Oi, Luiza… tudo certinho com a consulta? — perguntou, levantando o olhar com um brilho curioso.
— Tudo sim… a dra. pediu pra marcar retorno pra daqui a quinze dias.
— Perfeito. Vamos ver aqui... — ela deslizou o dedo pela tela, depois apontou. — Tenho quinta às dez ou sexta às onze e meia. Qual prefere?
— Sexta… — disse Luiza, engolindo seco. — Pode ser onze e meia.
— Agendado — respondeu a secretária, tocando na tela. — Até lá, então... e qualquer coisa, é só me chamar no WhatsApp da clínica.
Luiza acenou com um sorriso tímido. Quando se virou para sair, teve certeza de que sentia os olhos da secretária a acompanharem pelas costas. E gostou disso.
[ CONTINUA ....]
Obrigada aos comentários. Peço que comentem. Isso me motiva muito a continuar a escrever a história.