PARTE 2 - CLAUDIO
Droga. Eu não sabia o que fazer da minha vida. Tinha perdido o emprego, não conseguia nada fixo, e meu dinheiro tinha acabado.
Marcelo estava bancando tudo na nossa casa, e isso simplesmente não era justo. Eu sabia que ele não se importava — acho que sempre foi acostumado a cuidar de mim. Mas nem por isso deixava de me sentir um fardo, um peso em cima dele.
Lembro que Celo não pensou duas vezes quando eu disse que ia embora daquela cidadezinha e tentar a vida no Rio de Janeiro. Ele apenas juntou as coisas e veio comigo.
Dividimos o aluguel, rachamos cada conta, fizemos faculdade, nos formamos, e seguimos em frente — como sempre, juntos.
***
— O que foi, Claudio? — perguntou Marina, ofegante.
— Só tô pensando que não é justo o Celo sustentar a casa sozinho.
Tínhamos acabado de transar. Ainda nus, ela já segurava meu pau, massageando com malícia, pedindo mais.
— Sabe... Você é muito gostoso. Tem esse pau delicioso que sabe exatamente como usar. Você devia aproveitar mais isso.
— Eu não vou virar garoto de programa — falei, me afastando um pouco.
— Não tô falando disso, bobinho. Mas conheço alguns sites onde as pessoas usam o corpo, se exibem, e ganham dinheiro com isso. É diferente.
Ela pegou o celular, digitou algo com agilidade e me mostrou a tela.
— Já ouviu falar?
Duas semanas depois, eu estava me exibindo pela primeira vez na internet. Adotei uma máscara e o codinome “Lobo”.
***
— Bom dia, Celo — disse quando ele entrou na cozinha. Eu, como sempre, já estava de pé fazia tempo.
— E ai. Você comprou pão? — ele perguntou, surpreso.
— Comprei. Não consegui dormir. Saí cedo, andei um pouco, fui ao banco também. Minha parte da grana tá ali na bancada.
Finalmente, eu estava voltando a contribuir com a casa.
Celo tomou o café e depois foi verificar o dinheiro.
— Claudio, que grana é essa?
— Ainda não é todo o atrasado, mas já ajuda, né?
— Não, cara... de onde saiu isso?
— Hum... pedi emprestado pro meu pai.
Ainda não tinha coragem de dizer a verdade. Ele sabia que eu e meu pai mal nos falávamos.
— Tá tudo certo mesmo? — Ele me perguntou desconfiado.
— Claro. — disfarcei.
— Você sabe que pode falar comigo, né? - Marcelo continuou insistindo.
— Eu sei. Você sempre esteve aqui. - respondi com honestidade — Ah, hoje vou sair com a Marina.
Mudei de assunto. Eu odiava mentir pra ele. Mas como ele gostava da Marina, aceitou a mudança de assunto.
***
O tempo foi passando, e eu continuei ganhando dinheiro na internet. Quase todo dia entrava no site, ligava a câmera, e deixava “O Lobo” tomar conta.
Fui ganhando prática, brincando com luz, ângulos, jogos e provocações. Meus fãs cresciam. Pagavam para ver meu pau, minhas expressões, meu gozo.
Às vezes, Marina participava. A máscara dela era de Ovelha, e os caras adoravam. O dia em que ela usou um vibrador que funcionava conforme as fichas chegavam foi o dia em que entendi: havia dinheiro de verdade ali.
E tudo mudou na primeira vez que coloquei o vibrador dentro de mim.
As propostas de programas começaram a pipocar — do Brasil todo, até de fora. Os valores subiam.
Mas eu ignorava todas. Eu gostava daquele jogo do anônimo, do desejo entre telas.
***
Numa sexta-feira, Marcelo me chamou para um barzinho. Eu queria muito ir. Mas ainda não tinha contado a verdade — então ele achava que eu estava quebrado. E eu morria de vergonha de mentir de novo.
Marina não viria. Inventei qualquer desculpa pro Celo e me tranquei no quarto.
Separei os itens da noite: o óleo, o vibrador limpo, toalhas, a luz vermelha posicionada atrás da câmera. Quando ouvi Marcelo gritar que estava saindo, coloquei a máscara e liguei a câmera.
Cinco minutos depois, eu estava nu da cintura pra cima, de frente pra webcam. Mais de duzentas pessoas online, e o número crescendo.
Respirei fundo e comecei.
— Lobo: Boa noite, gente gostosa. Prontos pra brincar? Hoje tô sozinho, mas com muito tesão. Cês sabem como funciona, né? É só mandar fichas que a brincadeira começa. Tô louco pra mostrar o que tenho aqui.
Ajustei a câmera. Estava só de short. Meu pau já crescia sob o tecido. Comecei a me tocar lentamente por cima, provocando. A música rolava baixa — uma batida sensual, ambiente. O som das fichas chegando fez meu pau pulsar mais.
Kat9: vc é muito lindo
fabii: tira esse short dlç
max123: ñ vejo a hora de ver esse seu pauzão solto
safadin: queria ter uma chance contigo
kat9 enviou 10 fichas
kat9: ainda quero ver o rostinho atrás dessa máscara
max123 enviou 15 fichas
Obedeci. Tirei o short devagar. Meu pau saltou, duro, latejando. Peguei o óleo, deixei escorrer pelas mãos e comecei a me masturbar devagar, olhando fixo pra lente.
O chat explodia.
Gemidos começaram a sair da minha boca. Lentamente, me deitei na cama, de costas, com as pernas abertas. Uma mão no pau, a outra deslizando pelo peito, barriga, coxas.
Depois de quase duas horas, eu já tinha gozado uma vez. Mas meu pau ainda estava rijo, pedindo mais. Estava deitado, nu, suado, com a máscara do Lobo colada ao rosto.
Foi então que ouvi a porta da frente abrir.
Parei por um segundo. Ouvi a voz do Marcelo. Depois, risadas. Um som abafado de beijos.
E, segundos depois, gemidos.
Gemidos reais. De mulher. Marcelo estava transando na sala.
Senti o corpo inteiro reagir. O pau, antes semi-mole, enrijeceu com força. Uma onda quente me atravessou.
Levantei, ajustei a câmera para um ângulo mais provocante. Fiquei de joelhos na cama, de costas para a lente, com a bunda empinada. Peguei o vibrador e passei óleo.
Do lado de fora, ouvi a mulher gemer alto. Marcelo arfava.
Meu cu latejou. Encostei o vibrador e fui pressionando. Primeiro só a pontinha. Depois, devagar, até metade. O chat adorou e mostrou isso enviando mais fichas.
— Isso, mete esse vibrador fundo – Alguém digitou no chat.
Me masturbei como um Lobo em cio. Mãos trêmulas, quadris rebolando contra o brinquedo. O pau escorria pré-gozo. Gemia alto, sem vergonha. Barulho da sala tinha passado, mas eu minha excitação não.
O orgasmo veio intenso. Gozei com força, jatos espirrando pelo peito. Arfei, tremi, gritei. Ainda com o vibrador dentro. O suor escorria pelas costas.
Desliguei a câmera. Eu estava suado e gozado, tirei a máscara e peguei uma roupa para tomar banho, quando abro a porta para ir ao banheiro, Marcelo estava parado na porta. Me encarando.
— Precisamos conversar — ele disse, com o rosto fechado.
CONTINUA...
Coloquei o conto no Wattpad, de uma olhada
https://www.wattpad.com/user/F_Liannn