Antes desses acontecimentos chamava-me Hugo, atualmente tenho outro nome. Quando tudo isso me ocorreu foi um pesadelo, mas não saberia como no fim tudo isso revelaria minha verdadeira eu.
Era uma manhã fria. Coloquei minha roupa de inverno e saí de casa apressado para chegar à escola, precisava chegar logo. No caminho, sinto uma brisa em meu rosto. Ando correndo pois estava atrasado, no entanto meu fôlego acaba e preciso parar um segundo para descansar. Passa por mim uma van preta que estaciona do meu lado, do veículo sai um homem branco, alto, barbado e musculoso. Ele vem de encontro a mim e questiona:
– Está cansado meu jovem? Onde está indo?
– Estou indo pra escola que fica daqui uns quarteirões. – Digo isso ainda com a respiração ofegante.
– Que tal eu lhe dar uma carona? Pode entrar na van por trás. A parte dos bancos está cheia de coisas.
Eu estava atrasado. Era um ótimo aluno e não era comum para mim que isso acontecesse. Aquele homem estava me oferecendo carona e estávamos já de manhã. “Não haveria de acontecer nada demais” – Assim eu pensei. Aceito a gentileza daquele homem como se fosse um simples ato de boa vontade.
– Nossa! Muito obrigado! Pode ser então! Você sabe onde fica não é?
– Sei sim, pode deixar! Deixe-me acompanhar você.
Ele coloca sua mão em meu ombro e me guia até a parte de trás da van, e então abre a porta. Porém antes que eu pudesse entrar ele puxa de seu bolso um pano e o coloca em minha boca, o que me deixa desacordado. No meio do caminho abro meus olhos e vejo de longe o mesmo homem dirigindo a van. No entanto, a droga usada por ele para me adormecer era mais forte que mim, assim só voltaria a acordar novamente em outro lugar. Vejo uma parede branca e percebo estar em um quarto, com cama e um guarda roupas vazio. Me encho de desespero e aflição e tento gritar para que alguém me ajudasse:
– SOCORRO! SOCORRO!
Tento olhar em meu bolso para ver se meu celular ainda estava lá, mas esse havia sido pego. Percebo que o meu sequestrador deveria ter se preparado meses antes de colocar seu plano em prática. O lugar acabaria por ter isolamento acústico e estar no subsolo de algum lugar. Com receio, tento abrir a porta de madeira que havia no quarto julgando que esta estaria trancada. No entanto, abro com deveras facilidade e me deparo com uma espécie de sala/cozinha e uma outra porta que dava para um banheiro, havia uma pequena casa no lugar. Uma parede inteira era reservada para uma porta de metal que não consegui abrir. Volto a explorar o local, que possuía sofá com uma televisão antiga na sala e uma cozinha com geladeira, fogão e alguns utensílios, no entanto não havia nenhuma faca para que eu pudesse me armar. No instante em que explorava aquele local, a porta se destranca, revelando o homem que me havia sequestrado atrás de uma longa escadaria que levava para onde eu estava.
Eu me assusto e ele olha para mim de forma intrigada e fecha a porta rapidamente. O medo toma conta de mim naquele momento, meu corpo paralisa. O homem fecha a porta e então diz:
– Você deveria ficar em paz, não farei nada de mal para você. A única condição é que você continua aqui e não tente fugir, ou então haverá consequências.
Eu ainda imóvel o encaro na procura de consolo e tranquilidade naquela situação, pois temia que algo ruim acontecesse comigo.
– Tome um banho. Há toalhas e outros produtos de higiene no armário do banheiro. Logo te trarei roupas novas.
Eu o ouvi na esperança de que se o obedecesse, se jogasse por suas regras, ele logo poderia me libertar. Sentia que ele tinha algum interesse sexual em mim, do contrário não havia motivo para me sequestrar. Eu então entro no banheiro e retiro minhas roupas. Abro os armários do banheiro e pego um sabonete e um shampoo. Rapidamente me lavo, me esfregando como se quisesse tirar algo de mim. Meu sentimento era de desespero. Logo termino meu banho e me seco. Sento-me na sala à espera de que aquela porta se abrisse. Alguns minutos depois ele então aparece com uma sacola que me entrega. Abro-a e tenha uma surpresa: eram diversas roupas femininas, saias, vestidos, croppeds, calcinhas e sutiãs. Meu sequestrador então diz:
– Quero te ver vestindo alguma das coisas da sacola. Pode ir no banheiro se trocar e voltar aqui. Quero que traga também a roupa que você estava, eu vou leva-la embora.
Já havia entendido, ele pretendia me feminizar. Iria me fazer vestir somente roupas femininas. Eu não tinha outra escolha pois ele podia me “castigar” ali mesmo. Meu sequestrador era forte e poderia me fazer sofrer em sua mão. Eu vou ao banheiro carregando a sacola e fecho a porta. Olho para a sacola ainda com receio. Não me seria confortável vestir aquele tipo de roupa, eu era um homem masculino seguro de si. Por outro lado pensei: “Farei isso pela minha sobrevivência”. Pego então a calcinha fio dental e visto-a vagarosamente, sinto o fio se alojando em minha bunda. Não sabia como colocar um sutiã, seria a minha primeira vez usando um, mas após um tempo consegui colocá-lo. Olho-me no espelho e não me reconheço. Era hora do vestido, acabo por escolher um vermelho. Ouço batidas na porta seguida da voz daquele homem dizendo:
– Quero te ver. Saia logo.
Eu abro a porta e mostro-o o visual escolhido por ele. Meu sequestrador morde seus lábios ao me ver daquele jeito.
– Levanta o vestido, quero ver se está usando calcinha.
Eu obedeço-o revelando a calcinha que estava usando.
– Boa garota.
Ele vai até a porta de metal abre-a, me olha por um último segundo e fecha. Me deixando sozinho novamente. Eu não tinha boa noção do tempo naquele lugar. As horas foram se passando e quando tive sono, decidi ir dormir. No entanto havia tirado a calcinha e o sutiã, acreditava que ele não haveria de voltar. Decidi dormir sem nada, não gostava da sensação de usar aquilo. Quando acordei, me deparei com várias sacola de comida na mesa, junto delas havia um recado:
“Seja uma boa garota e vista sempre as calcinha e sutiãs por baixo da roupa. Deixei mais uma sacola com roupas para você.”
Como imaginei só haviam roupas femininas na sacola. O homem havia vindo até mim e deixado todas aquelas coisas, mas eu estava dormindo quando isso aconteceu. A partir disto eu fui obrigado a me acostumar a usar calcinha e sutiã todos os dias por baixo da roupa, com o tempo iria percebendo que não era tão ruim. O fiozinho em meu bumbum era gostosinho e me sentia quase pelado quando não usava sutiã. Por vezes olhava no espelho e me admirava. “Nossa eu pareço uma garota” – Eu pensava. Meu sequestrador só me aparecia para me levar comida ou roupa, eu seguia sozinho na maior parte dos dias, passava o dia inteiro assistindo à televisão velha que havia lá, nisso já haviam se passado meses provavelmente. Porém, um dia tudo mudou, a partir desse episódio ele começaria a me usar para seu prazer.
