Ela aceitou uma proposta inusitada e me fez uma Contra-Proposta

Um conto erótico de Marlon
Categoria: Lésbicas
Contém 2352 palavras
Data: 16/07/2025 06:17:23

Uma aventura casual não costuma render grandes histórias no dia seguinte, a não ser numa roda de amigos, onde cada um aumenta um ponto em sua vantagem, para aumentar a moral entre os companheiros. Porém em meu caso, em se tratando de uma aposta, e com um casal de lésbicas, coisa que não é lá muito usual( pelo menos para mim) , minha rotina não seria muito afetada por conta de uma aventura com duas mulheres… só que não, hihihihihihihehehehehahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha!

Meu nome é Marlon. E eu voltei para contar como ficou a relação de trabalho entre mim e a Julião. Lembram dela, né!? Julião é uma negona, como eu, que trabalha comigo no setor de segurança privada. Anteriormente, eu trouxe aos senhores como nosso entrosamento e confiança nos levou a concordar com uma aposta inusitada. Apostamos com sexo. Eu ganhei. E de quebra ainda levei a Thaísa, namorada dela, para a cama.

Não esperava grandes mudanças , para o retorno ao trabalho. Além disso, quando se trata de uma aventura casual, ninguém espera marcar um date, apresentar pra família, e gastar dinheiro com jantares, presentes. Ainda mais nos termos que foi combinada a aposta: que ninguém soubesse desse envolvimento.

Mas a vida tem lá, suas surpresas. E a pílula do dia seguinte vinha quente. Julião chegou ao trabalho com a mesma cara de sempre: poucos amigos, focada no serviço, e pra mim tava tudo certo. Na minha cabeça, teríamos a velha parceria de sempre, as brincadeiras dentro da medida certa, ninguém tocaria no assunto da noite anterior. Mas quando pudemos estar a sós, ela tava mais radiante do que de costume. Deu um sorriso expressando leveza, satisfação. Trocamos um aperto de mãos dentro da cordialidade, mas é lógico que algo tava mudado. Seus olhos brilharam.

Julião: E aí, nego? Dormiu bem na noite anterior?

Eu: Muito bem. Obrigado por perguntar. Parece que a noite foi muito restauradora pra você. Tá mais leve.

Julião: A gente fica chateada quando o time perde. Lógico. Mas nada melhor pra tirar o estresse que um consolo do love.

Eu( dei um sorriso) : tá certo, hehehehe!

Julião: Escuta, depois eu queria trocar uma idéia contigo, mas a gente precisa sentar fora daqui do ambiente de trabalho, pode ser!?

Eu: Algo de errado aconteceu!?

Julião: Fica sussa. É uma idéia que a gente teve, e aí a gente pensou em você. Quero pedir sua … opinião, já que a gente tá bem próximo. E você é a única pessoa que confio.

Eu: Okay, se não for nada sério, já fico despreocupado.

Julião: Na verdade, é sério. Bem sério.

Eu: Nega, tu não tá arrumando problema não, né!?

Julião: Confia em mim!?

Eu: Confio.

Julião: Eu vou querer te colocar em furada por quê!? Nós é parceiro, não é!?

Eu: A julgar pelo tom da sua voz, não é nada grave.

Julião: Que bom que confia em mim. A gente entra em detalhes depois.

E aí o dia seguiu dentro da normalidade, sem maiores complicações. Acompanhei a manutenção das câmeras de segurança, ela ficou na sala de controle, só que fiquei pensando na conversa, principalmente no jeito como ela passou a me olhar.

Quando finalmente chegou o final do expediente, troquei-me e fiquei esperando Julião no bar da esquina , onde a gente costuma comer um espetinho de gato e tomar uma cerveja. Ela chegou, nem quis demorar. Falou pra gente ir para outro lugar. “ Dessa vez, o assunto é algo realmente top secret. Mas que diabos está havendo?”

Eu: E aí, Nega, vai desenrolar a parada ou não vai!? Tá cheia de mistérios, pow!

Julião: Calma, despreocupa. Na verdade, eu tô bem mais ansiosa que você, pra poder contar!

“ Ansiosa?”, pensei. Aí, parou no ponto de ônibus, ficou olhando no celular, eu mais perdido que cego em tiroteio, comecei a me emputecer.

Eu: Julião…

Julião: Já tá chegando.

Eu: Chegando quem!?

Não demorou muito, aí chegou um carro, com aplicativo. Entramos. Dirigiu até chegar sabe onde!? Na casa dela. Cheguei lá, Thaísa já nos aguardava. Também me recebeu com um sorriso leve, mais coradinha.

Thaísa: Tudo bem!?

Eu: Eu acho que sim.

Thaísa: Relaxa. A gente queria só levar um papo contigo.

Julião: O negão odeia suspense, amor.

Thaísa: Ficou pensando que fosse algo grave?

Eu: Pode apostar que pensei um monte de coisas.

Thaísa: Tira essa mochila dos ombros, eu fiz algo pra gente comer. Tá com fome!?

Eu: Pra falar a verdade, a curiosidade pelo assunto não me deixa pensar em comida.

Thaísa: Nossa… melhor a gente falar logo, né Juliana?

Eu vou colocar algo mais leve. Espera na sala, negão.

A porra da espera estava me matando. Não gosto de ficar esperando por um assunto que envolve meu nome. Fico puto, cara! Julião saiu do quarto com uma fragrância super agradável, uma maquiagem leve, um tomara-que caia branco, sem sutiã, deixando seus mamilos livres e um short rosa, curtinho, fazendo volume na buceta. Aposto que tava sem calcinha, também.

Julião: Vou acabar com o suspense, negão. Primeiro, queria te agradecer pela noite anterior. Foi maravilhosa. E na verdade, eu não páro de pensar em como era bom sentir o cheiro, a pegada de um homem, principalmente um que sabe como tratar uma mulher, sem vê-la como um objeto.

Sentindo um misto de alívio com curiosidade, agradeci o elogio. Mas ainda tinha algo mais por trás de tudo aquilo.

Eu: Juliana… posso te chamar assim, já que a gente tá em um ambiente mais íntimo?

Juliana: Contanto que você me chame no trabalho de … Ah, me chama do jeito que quiser.

Eu: Okay: Juliana. Por que não vem aqui pra perto de mim, pra gente conversar mais descontraído, então!?

Juliana: Uhum…

Ela sentou perto de mim, e eu não pude deixar de reparar no brilho dos lábios, no decote que favorecia a minha visão. Algo tinha mudado. Ela não tinha mais as carapaças de defesa.

Eu: Me conta : por que eu tô aqui!?

Juliana: Porque eu precisava te contar uma coisa.- a voz saiu mais rouca, sexy, sedutora.

Eu: Sou todo ouvidos.

Juliana: Me sinto muito na sua. Já não é de hoje.

Eu: O quê!?

Juliana: A nossa amizade significa muito pra mim. Só que desde o dia da aposta, eu passei a te enxergar de um jeito… especial.

Eu: Não posso negar que sempre fui amarradão na idéia de saber quem era a mulher escondida debaixo da couraça. Mas respeito relacionamentos, sejam eles quais forem.

Juliana( chegou mais perto de mim) : Eu sei. Você sempre me tratou como igual no trabalho. Sempre senti segurança em trabalhar com alguém que … nunca me tratou como inferior só por eu ser diferente. Mas de lá pra cá, será que você não me vê como mulher, também?

Eu: Juliana, depois da última noite eu tive certeza de que você era uma mulher incrível. Mas qual é seu compromisso com a Thaísa? É um relacionamento aberto!?

Juliana: A gente fecha noThaísa significa muito pra mim. Mas a verdade é que

… Eu já falo em você, aqui em casa, há mais tempo do que pensa. E… não, ela não ficou Full putaça com a aposta. Na verdade, por coincidência ou não, quando você fez a proposta, eu mal pude acreditar que no fundo daquela brincadeira, você queria algo comigo. Ainda que fosse… um lance.

Eu: qual foi a sensação que sentiu , ao acordar, depois da nossa aposta?

Juliana: Que eu queria de novo… e de novo… que não imaginava que era tão foda sentir o calor de um homem!

Eu: Você… tem sentimentos por mim, Juliana!? Como uma mulher!?

Juliana: É diferente, sabe. Eu sempre fui a forte, a que não podia deixar ninguém na mão, a protetora. Eu só queria saber se… ai, me foge as palavras! Mas eu gosto de você! E eu confessei pra Thaísa.

Eu: Juliana, eu fico imensamente lisonjeado, de verdade. Agora fiquei … nossa!

A gente parou pra se olhar, agora como homem e mulher. Parceiros opostos. Procurei imaginar como seria uma vida com ela, mas aí veio o choque:

Juliana: Eu senti nossa energia tão sintonizada. Tão na mesma vibe. Então conversei com a Thaísa. Ela também curtiu.

Eu: Espera, aonde você quer chegar!?

Juliana: Pode esperar ela voltar?

Thaísa: Euzinha de volta! Acho que deu tempo de ela soltar o rolo contigo.

Eu: E tá tudo de boa, pra você!?

Thaísa: Tá. E por que não estaria, se eu também curti. E tô curtindo.

Eu senti algo meio louco pra vir daquele encontro… a três. E não era aposta. Era o prenúncio de algo muito louco que eu não havia ainda experimentado.

Sentamo-nos para um lanche. Bem gostoso, por sinal. E pra ser sincero, eu comi bastante. A Thaísa também estava bem feminina, com uma camiseta básica, mas o shortinho bem curto, que dava pra aparecer parte do glúteo. Aquilo me abriu o outro apetite. Agradeci ao lanche, mas precisava me retirar para lavar a boca. Elas recolheram a mesa, e quando retornei à sala, já me aguardavam para continuar, agora em três, a conversa que teve começo entre mim e Juliã…ana, hehehehe!

Thaísa: Agora a gente vai terminar essa conversa como adultos, responsáveis, que sabem bem o que querem, Marlon.

Eu: É claro.

Thaísa: Perfeito.

Sentei-me entre as duas. A Juliana estava mais colada comigo. Thaísa estava num ponto mais distante, observando a nós. Eu a trouxe pra perto, também.

Eu: Se você faz parte de tudo isso, eu quero você aqui. Entre nós.

Juliana: Marlon…

Eu: Pode falar sem medo.

Juliana: Eu te vejo mais que um amigo, um colega…

Eu( engoli seco ): Aham.

Juliana: Eu não sou uma mãe solteira, isso é óbvio,claro, hahahahahahahaha.

Eu( sorri contido): Estou ouvindo.

Juliana: Eu quero saber, se eu tenho chances com você. Porque acho que nunca mais vai ser a mesma coisa entre nós. E pra você, eu quero ser essa Juliana. Eu quero ser mulher. E quero saber se isso pode ter um futuro.

Eu: Essa pergunta está completa!?

Juliana: Você…

Eu: Você quer que eu aceite você, mas sabendo que você tem um lance com a Thaísa!? É isso!? Thaísa, o que você acha disso!?

Thaísa: Eu acho que ela tem que ser feliz, independente de como ou quem ela estiver. Só isso.

Eu: Olha, isso é bem complicado.

Thaísa: Acredito que sim- aproximou-se de mim - Mas eu também quero te falar uma coisa.

Porra, deu um frio na barriga. Ali eu bolei. Mas bolei de verdade. Eu olhei pra Juliana, olhei pra ela, o coração tava chegando a picos de sentir que ia rasgar o peito.

Eu: Qual é, garotas!? Agora eu …eu fiquei…

Thaísa: Shhhh! Posso falar!? Se você aceita ela como mulher, e eu sinto que sim, a próxima pergunta é: Pode aceitar o pacote completo? Porque ela não vai entrar sozinha nessa. Eu tô junto.

Eu: O quê!?

Thaísa: Não posso negar que um cara como você não se acha em todo canto. A noite passada também foi ótima… não: Perfeita pra mim. Se você disser que não, eu vou super entender, mas aí você teria que dividir ela comigo, porque eu sou amarradona nessa nega.

Juliana: Você pode pensar um pouco, se quiser. Mas isso terá que ser um segredo absoluto.

Eu: Juliana, você tem certeza do que está me pedindo!?

Diante daquele impasse inusitado, pus-me a pensar e fechei meus olhos e recolhi-me dentro da minha caverna. Dava pra ouvir minhas sinapses nervosas gritando no meu cérebro. Eu conseguia sentir o coração sacudindo meu corpo. Fiz uma última pergunta para tirar minhas dúvidas:

Eu: Você quer que Thaísa e eu sejamos como seu marido e mulher!? Ou eu serei o homem das duas!?

Thaísa: Você será meu homem…

Juliana: Eu serei sua mulher.

As duas: Seremos uma da outra.

Eu: Tem muitas variáveis. Muitas mesmo. E se uma mão quiser mais que eu esteja!? E se eu não quiser mais você ou você!? E se as duas não me quiserem? Se uma brigar comigo e outra não quiser dormir comigo!?

Juliana: Marlon, ninguém aqui tá preparado pro que pode vir. Mas eu tô disposta a viver com um homem, sabendo que terei que dividir com outra. Eu nunca passei por isso. Mas eu tô disposta.

Thaísa: Eu também.

Eu: Mas vocês não me responderam: Se eu amar uma e desprezar a outra!? Se eu quiser ser só de um e não de outra!?

Juliana: A gente vai resolver isso agora. É justo, não é!?

Thaísa: Acho que todas suas dúvidas são legítimas. Mas se você não aceitar uma de nós, no caso eu…

Eu: Certamente eu teria de aceitar dividir Juliana com você. Ou vocês voltariam às suas vidas, comigo fora da equação. Entendi. Levantei-me, olhei pras duas, e dei tchau. Juliana veio atrás de mim. Pediu pra que eu ficasse. Desvencilhei-me dos seus braços, sem mostrar-me ofendido com grosseria.

Juliana: Eu sei que parece confuso , agora.

Eu: As chances de eu e você sairmos perdendo é grande demais. Eu gosto dela. Não tenho nada contra. Já vi histórias assim em programas estrangeiros. Eu também sei que minha natureza não é monogâmica. Mas é grande a chance de alguém se machucar. Eu não quero isso.

Juliana: Quer saber a verdade!?

Eu: Vai me dizer agora que foi tudo brincadeira de vocês!? Se foi, parabéns. Colocaram o negão aqui em parafuso.

Juliana: Sempre falamos sobre ter uma família. Filhos. Mas você sabe, né!?

Eu: Procuram o homem geneticamente perfeito!? Se era só isso, a gente pode se ajudar mutuamente. Ainda assim, seria estranho. Eu seria só o doador!? E pagaria por fora!? É meio estranho, né!?

Juliana: Seria o homem. O marido. O pai.

Ali eu me detive. Diante das condições que eu vivia, não conseguiria sozinho. Não mesmo. Mas olhei nos olhos dela. Com carinho, mas cheio de incertezas.

Eu: Tenho 40 anos.

Juliana: eu sei.

Eu: Isso foi o desafio para apostar mais louco que alguém já me fez.

Juliana: Claro que eu sei disso.

Eu: Também já decidiram quem vai carregar minhas sementes!? Meu nome!? Meu legado!?

Thaísa: Sim, Marlon.

Eu: Então… quem?

Thaísa e Juliana: Eu!

Fim da parte 1

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Comentários

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O cara ainda pensou?? A bola sempre cai no pé do pereba pra fazer o gol sem goleiro hahaha

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