O último vagão

Um conto erótico de Senhora Dominic
Categoria: Heterossexual
Contém 557 palavras
Data: 16/07/2025 17:17:30

O trem seguia quase vazio, fim de noite ou começo do dia.

Entrei no último vagão só pra fugir da multidão. Meu corpo ainda suado da balada, o som pulsando dentro do peito.

Sentei perto da janela, observando o reflexo das luzes borradas. Parecia um filme. Um daqueles que a gente assiste e fica se perguntando se é real.

Foi quando ele entrou.

Alto, pretinho, com um olhar que parecia saber segredos que nem eu sabia que escondia.

Sentou do outro lado do vagão, mas não tirava os olhos de mim.

Fingi que não vi. Mas vi.

Ele usava uma camisa entreaberta, um colar de contas no pescoço, mãos grandes — daquelas que parecem saber exatamente o que fazer.

Na próxima estação, ninguém entrou.

Na seguinte, éramos só nós dois.

Ele se levantou, devagar, como quem respeita o perigo.

E veio na minha direção.

— Posso sentar aqui? — perguntou, a voz rouca, como quem fumou algo bom e forte.

Disse que sim com a cabeça.

— Você uma aura de ousadia, sabia?

— E você tem cara de quem gosta — respondi, sem olhar direto pra ele.

O silêncio entre nós era denso.

Ele chegou mais perto, roçando a coxa na minha.

A respiração dele já era parte da minha.

E quando o trem entrou num túnel, ele encostou os lábios no meu ouvido e perguntou:

— Se eu te tocar agora, você deixa?

Não respondi. Só abri as pernas. Bem devagar.

A mão dele subiu quente e decidida, mas com uma delicadeza que doía. Como quem toca uma obra de arte antes de destruir.

Os dedos dele deslizaram por dentro da minha calcinha, enquanto ele sussurrava coisas de outro mundo. Falava o que queria fazer comigo, como ia me deixar sem ar, como eu ia implorar pra ele não parar.

O trem balançava.

E eu tremia.

Ele tirou os dedos e lambeu sorrindo.

— Teu mel tem gosto de desafio — disse. — Quero mais.

Me encostou na parede do vagão e abaixou. Ali mesmo.

A língua dançando na minha buceta, achou rapidinho o clitóris. As minhas pernas tremiam na velocidade do trem.

Eu quase gritei, mas mordi a boca segurando.

E foi isso que deixou tudo mais insano, eu tava quase gozando quando o puxei.

Sentei no colo dele, ali mesmo, enquanto o trem andava.

Nossos corpos se encaixaram como se fossem parte de um feitiço antigo.

Ele segurou minha nuca e mordeu meu pescoço como quem sela um pacto.

Me esfregava devagar, sentindo o pau duro dele sob a calça.

— Quero gozar no seu colo — sussurrei.

— Aqui?

— Aqui.

Tirei a calcinha como quem tira um véu sagrado.

Abri seu cinto, zíper e coloquei aquele pau pra fora. E que pau lindo... Com experiência ele puxou uma camisinha do bolso e encapou em um segundo.

Eu sentei.

Lenta. Forte. Intensa. Profundamente.

O barulho do trem, os trilhos, as luzes… tudo virou batida do meu quadril.

Ele gemia no meu ouvido, me chamando de bruxa, deusa, maldita.

— Nunca mais vou esquecer essa sentada — ele disse, quase chorando de prazer.

Não consegui mais controlar meus gemidos, só os deixei sair e então

Gozei primeiro.

Ele veio logo depois, mordendo meu ombro, como quem precisava se prender a alguma realidade.

Quando o trem parou, ele me olhou com olhos de oração.

Dei um beijo lento e molhado de despedida, nessa paixão de último vagão, e fui embora.

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