Na viela abafada da favela, o sol mal batia, mas o calor estava no ar. Theo encostado no muro, cigarro na boca, bermuda larga e chinelo de dedo, olhava de canto para Brian. Tinha jeito de maloqueiro marrento, desses que mete nas novinha, faz filho e some. Mas aquela bunda empinada por baixo do pano fino da bermuda já tinha chamado atenção de mais de um.
Brian, por outro lado, era outro papo. Moreno, alto, corpo seco, mas forte. Barba e bigode aparado, camisa regata e um volume que chamava atenção de quem passasse. Diziam que era hétero. Ele só ria. Na real, ele era. Mas também curtia macho que pagava de machão. Queria ver eles gemendo no pau dele, sofrendo, jurando que era só uma vez. Nunca era.
– Aí, Theo… tá precisando de dinheiro, né? – Brian falou baixo, chegando perto.
Theo deu uma tragada, encarou.
– E se tiver?
– Trezentão. Agora. Cê sabe do que eu tô falando.
O silêncio caiu seco. Só o estalo de um grilo na beira do mato. Theo riu pelo nariz, nervoso. Olhou pro bolso de Brian, onde a nota aparecia dobrada. Passou a língua nos lábios, pensou em dizer não. Mas o bolso dele tava vazio fazia dias.
– E vai ser como? – murmurou, com a voz rouca.
Brian sorriu torto, um sorriso sujo.
– Eu mando, você geme. Vira e abaixa essa bermuda. Aqui mesmo.
Theo hesitou. Só um segundo. Depois virou de costas, abaixou devagar a bermuda frouxa. A cueca seguiu junto. A bunda morena, redonda, saiu à mostra. Lisa, apertada, do jeito que Brian gostava.
Brian chegou por trás, já tirando a pica pra fora. Grande, grossa, cabeçuda. Cuspiu na mão e começou a bater, olhando praquela visão.
– Nunca deu, né?
– Nunca. – Theo respondeu, mas a voz falhou.
– Vai dar hoje. E vai pedir mais.
Brian tirou o pau da bermuda devagar, deixando a cabeça latejante roçar nas costas de Theo.
— Ajoelha — ele disse, a voz grave, baixa, cheia de comando.
Theo virou o rosto, com aquele olhar dividido entre vergonha e fogo. Se ajoelhou no chão da viela, ali mesmo, entre o muro de reboco descascado e o mato. O chão tava quente, o ar pesado. Mas quando viu aquele pau grande, grosso e pulsando na frente dele, não pensou duas vezes. Segurou com as duas mãos, passou a língua devagar pela cabeça.
— Isso, pivete... mama esse caralho — Brian murmurou, colocando a mão na nuca dele.
Theo começou a chupar com fome. Metade do pau entrava, ele babava, olhava pra cima com aquela cara de macho rendido, e Brian só gemia baixo, segurando firme, rebolando na boca dele.
— Quem diria, hein... maloqueirinho metido a hétero, mamando minha rola assim...
Theo não respondia. Só gemia com a boca cheia, o rosto vermelho, engasgando, mas não parando. A saliva escorria, a pica encharcada estalava nos lábios dele.
Brian começou a gozar no olhar, a respiração falhando, mas antes de deixar vir, puxou com força a cabeça de Theo pra trás.
— Chega.
Theo, ofegante, com a boca molhada, olhou confuso.
— Que foi, cara?
Brian riu. A rola ainda dura, ainda latejando.
— Aqui não, porra. Tu vai engolir meu leite lá em casa. Quero comer tua bunda no colchão, sem risco de ninguém passar e ver.
Theo limpou a boca com o braço, ainda com o gosto do pau na língua. Levantou.
— Vai mesmo me levar?
— Vou. Hoje tu vai aprender a dar direito. E vai pedir mais.
Brian puxou ele pela cintura e deu um tapa na bunda.
— Bora. Que lá o vizinho não escuta nada.
E os dois sumiram na viela, o som dos chinelos ecoando pelo morro.
O barraco de Brian ficava numa ruela mais afastada, escondido atrás de um portão de ferro enferrujado. Dentro, tudo era simples: um sofá rasgado, uma geladeira barulhenta, e no fundo, um colchão de casal direto no chão. Mas o cheiro era bom, de homem. Incenso apagado, perfume barato, cigarro e pau.
Theo entrou calado. Ainda com a boca molhada, a cueca frouxa, o olhar perdido. Brian trancou a porta, tirou a camisa e jogou longe.
— Tira tudo — mandou.
Theo obedeceu. Lento. Primeiro a camisa, depois a bermuda e cueca. Ficou nu ali, no meio da sala, o corpo bronzeado, a bunda redonda, firme, que Brian já tinha visto em sonho.
— Vira e rebola. Quero ver.
Theo virou. Deu aquele passinho pra frente, rebolando devagar, provocando e ao mesmo tempo envergonhado.
— Tu vai me foder de verdade, irmão?
— Vou abrir teu cu no pau — respondeu Brian, já tirando a bermuda dele também. A pica estava ainda mais dura, grossa, com a cabeça vermelha brilhando de saliva. — Vem de quatro no colchão.
Theo se ajoelhou, apoiando os cotovelos, a bunda empinada, respirando fundo. Tava nervoso, mas duro também.
Brian chegou por trás, se ajoelhou e começou a passar a rola nas bandas, encaixando.
— Esse cuzinho nunca viu pau mesmo, apertadinho...
— Sou macho, cara...
— Sei que é, cara. E vai lembrar pro resto da vida.
Cuspiu direto no cu dele, passou o dedo, forçando devagar. Theo gemeu. Tentou segurar.
Brian foi fundo com o dedo, massageando aquele cuzinho quente, apertado.... depois dois, e logo a cabeça do pau já encostava.
— Segura. Se doer, respira. Eu vou meter devagar... só o começo.
Mas Brian mentiu.
Empurrou com força, fazendo a cabeça entrar de uma vez. Theo deu um grito rouco, o corpo tremendo.
— Aah caralho... porra, vai com calma, mano!
— Calma é o caralho — rosnou Brian, segurando firme na cintura dele e começando a meter. — Tu quer trezentão? Então aprende a ser putinha de macho.
Os estalos começaram. A rola entrando cada vez mais. O barulho da bunda batendo no quadril. Theo gemendo, tentando fugir e Brian puxando de volta, segurando pelos cabelos.
— Olha pra trás, Theo. Olha pra rola que tá te arrombando.
Theo virou, os olhos marejados, mas com a boca aberta de tesão.
— Tu tá me viciando nessa porra, Brian...
— Já tá viciado. Agora geme meu nome.
— Brian... aaah... Brian, caralho!
Brian socava com mais força. Até o colchão ranger. Até os testículos baterem no cu de Theo. Até o corpo do marrento rebolar sozinho.
E quando veio, gozou fundo, lá dentro, com o pau pulsando. Encheu o cu do Theo sem tirar. Depois caiu por cima dele, suado, mordendo o ombro.
— Agora cê é meu, entendeu?
Theo, deitado, com a bunda ainda aberta, só conseguiu responder com um gemido baixo, sorrindo de canto, viciado naquela rola que ainda pulsava, cravada dentro dele.