Provocações no Silêncio: O Filho do Meu Melhor Amigo

Um conto erótico de Brian69
Categoria: Gay
Contém 1345 palavras
Data: 18/07/2025 17:00:44

A casa de campo cheirava a madeira antiga e sabão de coco. Era fim de tarde, o sol atravessava as folhas e riscava de ouro o chão da varanda. Ricardo estava sozinho na cozinha, de cueca e camiseta larga, secando a louça com os olhos meio perdidos no nada — ou quase isso. Escutava passos vindos do lado de fora.

Marcelo entrou.

A pele ainda molhada depois do banho de piscina reluzia sob o calor do sol poente. Os ombros largos, o peito firme, a barriga marcada... Ricardo tentou não encarar, mas foi inútil. O short preto grudado nas coxas de Marcelo deixava tudo muito visível. Um vulto de desejo percorreu o pensamento do garoto antes mesmo que pudesse controlar.

— Teu pai foi buscar gelo — disse Marcelo, casual, abrindo a geladeira como se aquele lugar fosse seu.

— Sei… — respondeu Ricardo, sem saber bem onde enfiar os olhos.

Marcelo pegou uma garrafa d'água, virou de costas, e naquele momento Ricardo não resistiu: encarou. As costas largas, a curva dos glúteos sob o tecido colado… Aquilo era quase crueldade. E o pior: Marcelo era gentil. Sorria com sinceridade. Sempre tratava Ricardo como um moleque, um protegido. Mas agora Ricardo era maior. E sabia muito bem o que queria.

— Tá calor aqui, né? — Marcelo comentou, puxando a gola da própria camiseta e abanando o pescoço.

— Uhum…

— Tu tá estranho, moleque. Aconteceu alguma coisa? — perguntou, se aproximando.

Ricardo prendeu a respiração quando Marcelo ficou perto demais. O cheiro do sabonete, o calor do corpo, aquela presença… Era como se o mundo ficasse embaçado nas bordas. Os olhos de Ricardo pararam nos lábios de Marcelo por um segundo longo demais.

Marcelo reparou.

E foi ali que algo mudou.

Um silêncio desconfortável tomou conta da cozinha, como se o tempo tivesse hesitado, confuso.

Marcelo afastou o olhar, mas não antes de encarar os olhos do garoto como quem vê algo que não deveria — ou talvez, que estava tentando não ver há tempo demais.

— Vou tomar outro banho — disse, com a voz ligeiramente rouca, e saiu sem esperar resposta.

Ricardo ficou parado, o pano de prato nas mãos, o coração batendo no pescoço.

O barulho do chuveiro preenchia a casa vazia, abafado pelas paredes grossas de tijolo e madeira. Ricardo estava no corredor. Parado. Um passo antes da porta do banheiro semiaberta.

Não sabia exatamente o que o fazia ficar ali — se era curiosidade, coragem, ou o risco. O vapor escapava pelas frestas, trazendo o perfume quente do sabonete recém-usado. O mesmo cheiro que ele havia sentido no pescoço de Marcelo, minutos antes.

Dentro do banheiro, o som da água caindo era constante.

Ricardo fechou os olhos. A mente criou a imagem sozinha. O corpo de Marcelo ensaboado, as gotas escorrendo por cada músculo, cada curva. As mãos grandes passando lentamente sobre o próprio peito, descendo pela barriga, pelos quadris...

Ele engoliu seco.

Sabia que era errado. Sabia que Marcelo tinha namorada, que era amigo do seu pai, que não era — supostamente — o tipo de cara que olharia para ele daquele jeito. Mas também sabia o que viu no olhar dele na cozinha. Um instante. Uma hesitação. Um silêncio cheio demais.

Ricardo deu um passo para trás e se encostou na parede, sentindo o coração martelar no peito como se tivesse feito algo terrível.

Mas não tinha feito nada. Ainda.

Quando o chuveiro desligou, ele se afastou.

Foi para o quarto e se jogou na cama, o lençol ainda amassado do dia anterior. Tentou pensar em outra coisa. Mas tudo no seu corpo parecia em alerta. A pele sensível, os lábios secos, a respiração curta.

Minutos depois, Marcelo bateu na porta.

— Posso entrar? — perguntou, a voz mais firme do que antes.

— Pode — Ricardo respondeu, rápido demais.

Marcelo entrou com outra camiseta, mas ainda com o mesmo short molhado que grudava nas coxas. Carregava dois copos com refrigerante.

— Toma. Trouxe pra gente — disse, entregando um dos copos, como se aquilo fosse o bastante pra fazer o ar voltar ao normal.

Ricardo pegou. As mãos se tocaram por um segundo.

— Tá mais calmo? — Marcelo perguntou, sentando na beirada da cama.

— Eu tô bem — respondeu Ricardo, tentando sorrir, mas o olhar escapava sozinho para os braços grossos, para o suor ainda fresco na pele do outro.

Marcelo encarou o copo, mas depois levantou os olhos. E ali ficou. Observando Ricardo em silêncio.

— Tu cresceu — murmurou, como quem fala sem pensar.

Ricardo arregalou os olhos, surpreso com a frase.

— Como é?

— Nada… só… faz tempo que eu te via como o filho do João. Um moleque. Agora…

O silêncio caiu outra vez, pesado.

Ricardo não piscou. Não respirou.

— Agora…? — ele perguntou, a voz quase falhando.

Marcelo se levantou, como se fosse fugir de si mesmo. Mas, ao invés disso, ficou parado ali, de pé, diante da cama. O corpo alto e forte sombreando Ricardo.

— Agora tá mais difícil fingir — disse, finalmente. Baixo. Quase um sussurro.

Os olhos dos dois se encontraram. E não havia mais dúvida no ar.

Marcelo se inclinou. Tocou o rosto de Ricardo com as costas da mão, depois passou os dedos pelo maxilar até o pescoço. Os lábios se encontraram num beijo hesitante — depois urgente, cheio de fome, cheio de tudo que fora reprimido.

O copo caiu no chão.

Marcelo o empurrou devagar sobre a cama, colando seu corpo no dele. A camiseta de Ricardo foi puxada e jogada de lado. As mãos de Marcelo exploravam sua pele quente, subindo pela barriga até o peito. Beijou cada centímetro, com calma. Quando chegou ao umbigo, olhou pra cima.

— É isso mesmo que tu quer?

— Quero — Ricardo respondeu, arfando. — Quero tudo.

Marcelo então tirou a própria camiseta. Depois o short. Estava nu, forte, a pele brilhando, o membro ereto entre as pernas. Ricardo prendeu o fôlego.

O homem subiu outra vez na cama, posicionando-se entre as pernas do garoto. Beijou-lhe o pescoço, o ombro, o peito. As mãos seguraram suas coxas e as abriram devagar.

— Relaxa — murmurou. — Deixa eu cuidar de ti.

Com firmeza, inclinou-se para baixo. Ricardo estremeceu quando sentiu a língua quente tocar seu centro. Um gemido grave escapou. Marcelo chupava com precisão, explorando cada detalhe, cada reação. A língua circulava, provocava, entrava.

— Meu Deus… — sussurrou Ricardo, tremendo.

— Tu tem um cuzinho tão apertado — Marcelo disse entre lambidas. — Tão gostoso.

Ricardo arfava, sem conseguir se conter. O corpo se abria mais a cada segundo, entregue, vulnerável e excitado. Marcelo sabia o que fazia. Sabia exatamente como deixá-lo à beira.

Quando sentiu que o garoto estava pronto, Marcelo subiu. Puxou a camisinha da gaveta. Rasgou com os dentes. Se vestiu.

— Me avisa se doer, tá?

Ricardo assentiu, ofegante.

Marcelo posicionou-se e começou a pressionar, devagar. A glande deslizou pela entrada já lubrificada. O corpo de Ricardo se retesou, mas não recuou.

— Respira fundo — Marcelo murmurou.

E entrou. Centímetro por centímetro. Até estar todo dentro.

O gemido de Ricardo ecoou abafado contra o pescoço dele. Doía. Mas era um tipo de dor que vinha junto de algo maior. Algo novo. Algo dele.

Marcelo se moveu com calma. Ritmo crescente. Estocadas profundas, envolventes. Os corpos colados, suados, encaixados com perfeição.

Cada movimento fazia o colchão ranger. O quarto inteiro cheirava a sexo, calor, desejo. E naquele instante, nada mais existia.

Só o som das peles se encontrando.

E o silêncio... cheio demais para ser apenas silêncio.

O ritmo aumentava. Marcelo gemia baixo no ouvido dele. A respiração dos dois era pura urgência.

— Tá quase… — Ricardo arfou, os músculos das pernas tremendo.

— Goza pra mim, vai — Marcelo sussurrou. — Goza sendo meu.

Aquelas palavras bastaram. Ricardo gemeu alto, o corpo arqueou, e ele gozou — forte, entregue, o corpo todo sacudido pela intensidade. Sem encostar. Só sentindo.

Marcelo segurou firme. Estava quase. Bastaram mais algumas estocadas para ele enterrar fundo e gozar também, com um gemido grave, intenso, possessivo.

E então, silêncio.

Mas um silêncio diferente.

Agora preenchido.

Marcelo se deitou ao lado, puxando Ricardo para perto, colado às costas dele.

Nada foi dito.

Mas entre corpos suados, entre respirações lentas, um novo tipo de silêncio nascia.

O tipo que não se disfarça mais.

O tipo que marca.

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Comentários

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Uuuaauu ! Tudo muito fôfo e prazeroso . . .vale um dez e as merecidas três estrelas.

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