Becca - Ao vencedor o troféu

Um conto erótico de EuBeccaEeles
Categoria: Heterossexual
Contém 1972 palavras
Data: 18/07/2025 18:30:37

Depois de alguns encontros entre Becca e o Vinícius — sempre fora, sempre escondidos no ritmo das academias, motéis baratos e silêncios carregados —, os dois aceitaram, enfim, trazer a coisa pro lar. Pro nosso quarto. Pra nossa cama. Foi ela quem disse com aquele olhar calmo e malicioso: "Acho que tá na hora de você ver." E ele topou. Sem medo, sem cerimônia. E agora, com tudo combinado, eu aqui — no lugar que sempre sonhei estar. Porque, vamos falar a verdade: todo corno tem esse desejo escondido. Ver. Presenciar. Confirmar com os próprios olhos que sua mulher virou puta. Não mais só nas palavras, nas mensagens, nos gemidos à distância — mas ali, no lençol de casa, no espelho do guarda-roupa. É aqui que o sonho se realiza. É aqui que a fantasia vira altar.

O sonho de todo comedor é simples, primitivo, quase mítico: comer a mulher na casa do corno, na cama do corno, na frente do corno — e sair de lá ovacionado, suado, com o pau lavado em glória. E Vinícius, claro, não era diferente. Mas Rebecca, com aquela inteligência que mistura crueldade e charme, lançou uma condição. Uma aposta. Ele teria uma luta no sábado à noite, em outra cidade. Um desafio importante. E ela, rindo enquanto passava o dedo no peito dele, disse com a calma de quem segura o jogo nas mãos: “Se você vencer, e só se vencer… aí sim, vai me comer na cama que é nossa. Com ele ali, assistindo.” Ele aceitou na hora. Porque comer é bom. Mas comer com conquista é épico.

Ela seria o troféu dele, outra vez.

Finalmente chega o sábado da luta – no card principal o amante da minha mulher contra sei lá quem. Ela sentou comigo no sofá e colocou a luta ao vivo na TV. De top branco e shortinho, com uma taça de vinho na mão, assistiu Vinícius entrar no octógono como se estivesse entrando em cena por ela. E torceu. Vibrava a cada soco, mordia o lábio quando ele derrubava o oponente.

Durante a luta, Rebecca não conseguia ficar parada. Sentada no sofá ao meu lado, com as pernas dobradas sob o corpo, ela vibrava a cada golpe de Vinícius como se o sentisse na pele. A taça de vinho esquecida na mesa, os olhos fixos na tela, o rosto vermelho...

Quando ele encaixou um golpe, a povo gritou “uh vai morrer, uh vai morrer”... ela soltou um gemido contido — não de torcida, mas de tesão bruto. Olhou pra mim de lado, com aquele olhar carregado de fogo e desafio, e sem pedir licença, enfiou a mão por dentro do shortinho que usava. Os dedos deslizaram e ela começou a se tocar ali mesmo, do meu lado, como se fosse natural. Como se o mundo tivesse parado e só existisse aquilo: ela, se masturbando enquanto o amante vencia na TV.

O oponente pediu arrego... três tapinhas no tatame... vitória...

A respiração dela ficou pesada, os olhos semicerrados, e ela sussurrou, como quem reza: "Agora ele pode... agora ele vai me foder na nossa cama..." — e gozou em silêncio, mordendo o lábio, o olhar fixo na tela onde o vencedor erguia os punhos.

Quando ele venceu, levantando os braços como um gladiador, ela me deu os dedos como mel dela...colocou na minha boca... orgulhosa. Me olhou com os olhos brilhando, quase menina, quase selvagem.

— Meu lutador venceu… — disse baixinho, como quem morde uma fantasia. — Agora ele vem me buscar com sede. Imagina o que esse corpo vai fazer depois de uma vitória assim?

E eu imaginei. Imaginei demais. O sábado seguinte virou promessa. Meu corpo já não sabia mais se tremia de tesão ou de medo. Mas uma coisa eu sabia: eu estava pronto. Para vê-los. Para vê-la. Para ver meu desejo tomando forma diante dos meus olhos.

A semana se arrastou como um castigo doce. Cada dia parecia mais longo que o anterior, como se o sábado — o dia marcado, o dia em que Vinícius viria me foder a vida (e a Rebecca) — estivesse sendo empurrado por algum deus sádico. Eu mal dormia. Me pegava no trabalho com a mente longe, vendo flashes, montando cenas na cabeça: ela na cama, ele de pé, eu assistindo. Mas o pior não foi a espera. O pior foi o vazio dos dias. Ela não se encontrou com ele naquela semana. Ele ainda não tinha voltado. Nenhuma transa. Nenhum encontro. Nada.

O dia chegou. Finalmente, o sábado prometido — o dia em que Vinícius viria buscar o troféu dele. O clima na casa estava denso, elétrico, como se cada objeto soubesse o que estava prestes a acontecer. Era um marco: o comedor realizaria o sonho mais íntimo, comer a fêmea na casa do marido; o corno, enfim, veria com os próprios olhos aquilo que sempre imaginou de porta fechada — sua mulher sendo tomada, usada, glorificada por outro. Era mais do que sexo. Era liturgia. A meta era clara e perfeita: macho aliviado, fêmea satisfeita, corno feliz. Nenhum dos três sairia dali o mesmo.

O sábado à tarde parecia suspenso no ar — uma mistura de nervosismo e excitação que preenchia cada canto da casa. Rebecca andava de um lado pro outro de calcinha e camiseta velha, sem maquiagem ainda, mas com os olhos acesos. Eu estava na sala, fingindo ler, mas relia o mesmo parágrafo há meia hora. A cumplicidade entre nós era silenciosa, mas viva — como se estivéssemos esperando uma visita sagrada. Ela passou por mim e parou na porta, mãos na cintura, rindo nervosa.

— Você tá quieto... com medo ou com tesão?

— Um pouco dos dois. Tipo medo de altura… mas querendo pular.

Ela mordeu o lábio, veio até mim e sentou no meu colo, me olhando nos olhos.

— Sabe o que é pior? — sussurrou. — Eu também tô nervosa. Parece que vou apresentar minha defesa de tese… nua, de quatro.

— E o orientador vai meter sem dó?

Ela riu alto, jogou a cabeça pra trás e me beijou no rosto.

— Exatamente. E você na plateia… com o pau duro e o coração na mão.

Ficamos em silêncio um instante, sentindo o calor do outro. A tarde corria devagar, mas a noite se aproximava como um animal. E nós dois sabíamos: nada seria igual depois dela.

Ela ficou ali no meu colo por mais alguns segundos, se aninhando como uma gata mansa prestes a mostrar as garras. Roçou o nariz no meu pescoço, cheirou minha pele devagar e soltou, dengosa:

— Amor... posso te pedir uma coisa? Uma fantasia boba minha…

— Boba vindo de você sempre esconde uma armadilha — respondi, passando a mão pela coxa dela.

— É sério — ela disse, fazendo biquinho. — É uma coisa simples... mas que ia me deixar muito, muito feliz hoje.

— Fala, vai. O que a minha deusa quer?

Ela fez uma pausa dramática, como quem prepara o feitiço, e depois disse baixinho, com voz de quem confidencia um segredo sujo:

— Se você gostar do show... se sentir que eu mereci... quero que você aplauda de pé.

— Aplaudir de pé? Como assim?

Ela mordeu o lábio, encostou os lábios no meu ouvido e sussurrou, manhosa, cheia de charme:

— Você levanta... me olha... bate uma... e goza de pé. Sem vergonha. Como homenagem. Como quem reconhece uma performance... deusa, fêmea, estrela pornô particular.

Fiquei sem resposta por um segundo. O pau endureceu só com a ideia. E ela sentiu.

— E aí? Vai aplaudir?

— Se você fizer o que prometeu, Rebecca… eu bato palmas com o corpo inteiro. Pode apostar.

Ela olhou pro relógio no canto da sala, respirou fundo e se afastou devagar do meu colo. Os olhos se estreitaram, como se estivesse sentindo o tempo apertar no peito.

— Já são cinco da tarde...

— É... — respondi, a voz meio presa na garganta.

Ela ficou em pé por um instante, olhando pro nada, as mãos nos quadris, o corpo já vibrando num outro ritmo. Depois virou pra mim, com um sorrisinho nervoso, quase infantil.

— Hora de começar a me arrumar. Hora de virar... fantasia.

— Tá mesmo acontecendo, né?

Ela assentiu devagar, os olhos brilhando.

— Tá, amor. A gente inventou tanto... agora vai acontecer. Ele vai entrar por aquela porta. E eu... vou ser dele. Aqui. Com você vendo.

— E você tá pronta?

Ela sorriu, meio doce, meio cruel:

— Tô pronta faz meses. Hoje só vou me enfeitar.

E saiu pro quarto, o som dos passos leves, mas a tensão... a tensão tremia no ar.

Ela saiu do banho com a toalha baixa, grudada no corpo molhado, escorrendo vapor quente pela pele dourada. Os cabelos pingavam nas costas e o cheiro de shampoo doce misturado ao suor de antecipação me deixou zonzo. Parou no meio do quarto, me olhou com aquele jeitinho de quem sabe o que tá fazendo e estendeu o frasco de creme com a maior naturalidade do mundo.

— Amor… passa nas pernas pra mim? Tô com preguiça. E você passa melhor.

Me ajoelhei quase sem perceber, como um bobo hipnotizado, e comecei a espalhar o creme nas coxas dela, sentindo cada músculo firme, cada curva marcada. E só conseguia pensar: aquela nerd que usava moletom no verão agora era uma máquina de sedução ambulante. Uma bomba-relógio sexual. E pior… não era eu quem ia desarmar hoje.

— Rebecca… você tem noção do que virou? Isso aqui… isso aqui é uma arma de destruição masculina em massa.

Ela riu, revirando os olhos, se apoiando no armário pra não rir mais alto.

— Ihhh, ...vai reclamar que eu fiquei gostosa demais?

— Não, vou reclamar que eu viro a noite te esperando enquanto um novinho de vinte anos te vira do avesso. Eu te ajudei a chegar nesse corpo. E quem vai comer é ele!

Ela se virou, rindo, tirou a toalha com calma e ficou completamente nua na minha frente. Me olhou de cima, com aquele olhar moleca, provocadora.

— Amor… Ele só come porque eu sou sua. Porque foi você que me deu coragem. Você que me provocou. Me mostrou o espelho. Me ensinou a ser assim.

— E agora vou assistir a aula prática, é isso?

Ela deu um tapinha na minha bochecha e piscou.

— Vai, sim. E se for boa… se você achar que eu mereço o troféu, faz aquele favor que prometeu.

— Qual?

Ela se inclinou, sussurrou no meu ouvido:

— Levanta… bate uma… e goza de pé. Aplaude o show. De verdade. Sem vergonha.

— Você acha que eu vou conseguir?

— Amor… você vai implorar pra bater palma. Porque hoje… eu vou dar tudo de mim.

E saiu, com a bunda balançando leve, pegando a lingerie no armário como quem escolhe armas pro duelo. A casa inteira sabia: era hoje.

— Sabe o que é mais engraçado nisso tudo? — perguntou, ajeitando os seios no sutiã. — Ele que me ajuda na academia, né?

— Eu sei… — murmurei, engolindo seco. — Ele é teu estagiário favorito.

— Não é só isso, amor. Ele que me corrige nos agachamentos, pega nos pesos, ajusta a postura... — virou-se, e com uma risadinha debochada, completou — E agora, olha só… ele colhe o fruto do próprio trabalho.

— Ah não, peraí — levantei as mãos, indignado e excitado ao mesmo tempo — eu que te incentivei, eu que paguei a porra da academia, eu que comprei os tops apertados, os suplementos…

— E ele que vai comer o resultado — ela cortou, rindo com gosto. — Você planta, amor. Ele colhe. Acha justo?

— Não. Mas é a coisa mais gostosa e errada que eu já vi na vida.

— Exatamente. Por isso que dá tesão.

Ela se aproximou, passou a mão no meu peito, beijou de leve o canto da minha boca e disse baixinho:

— Hoje, cada vez que ele me virar de costas, você vai lembrar: foi ele que me treinou. Mas fui eu que quis. E você… você que deixou.

E voltou a se arrumar, como se não tivesse acabado de me deixar tremendo no lugar.

- Repita, como um mantra - Macho aliviado. Fêmea satisfeita. Corno feliz.

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