Capítulo 7 - Vingança.3º ato.

Um conto erótico de O S.N
Categoria: Heterossexual
Contém 2064 palavras
Data: 22/08/2025 17:19:02

Ainda tem mais história com a Duda mas o importante é a vingança. Voltamos a ela então...

Haviam se passado 6 meses. E descobrimos que Marcela estava grávida de DG. Isso deveria complicar as coisas mas mostrei pra ele a paixonite dele em festas liberais, junto com Murilo. Fotos onde ela se divertia no glory hole, dava pra dois ou três de uma vez. Peço desculpas aos leitores por talvez ter passado a idéia de que eu era uma boa pessoa. Essa pasta de foto montagens, a destruição do coração de uma das melhores pessoas que conheci, sentenciavam minha condição: eles tinham matado algo em mim e, mesmo com pena de fazer o que fiz com Casé, sabia que se preciso fosse, agiria de maneira muito pior e muito mais covarde pra punir os dois.

Duda era um outro problema. Não sei em que ponto que a informalidade se transformou em possibilidade. E isso não era só por parte dela. Depois do adeus, me peguei anseando por um retorno que nunca viria. Quis ligar pra ela, ligar pra Mário e Lívia, mas ela não merecia aquilo. Naquele momento, eu era um homem quebrado. Eu a usei como alívio e conforto então ela tinha o meu melhor naqueles poucos dias em que passávamos juntos. Algo mais duradouro... Ela veria o que me tornei. E a pessoa ruim e manipuladora que me tornei me dava vergonha mas eu precisava dessa pessoa ainda sim.

Depois de quebrar Casé, intensificamos as coisas com Marcela. Passou a ganhar presentes caros, recebendo a todos eles com um sorriso que mal cabia em sua face. Assinava os recebidos ansiosa pela próxima surpresa de DG. Entre flores e jóias, ela ia me entregando tudo que eu queria. Aquelas assinaturas nem sempre eram recebidos. Após um tempo, comecei a colocar permissões de acesso e comecei a ter absoluto controle sobre a vida daquela infeliz. A gravidez tornou as coisas mais difíceis mas uma criança não ia me parar. Assim eu pensava.

Por outro lado, Murilo fora burro o bastante pra continuar o "Desvio" que eu havia começado. Aquela conta era rastreada e era uma conta do governo que o imbecil, ao ver tanto dinheiro, sequer notou. Monitorava da minha posição toda movimentação, inclusive o roubando sem o idiota saber. Ele se sentia muito seguro escondendo o dinheiro em bancos virtuais. E com um pouco de ajuda, consegui ter acesso as contas dele. Tava na hora de fazer um pouco da mesma sacanagem que fizeram comigo e que levou André ao suícido: eu ia começar a fodê-los.

A movimentação tinha que ser rápida e toda em uma manhã só. Falei para DG mandar Murilo averiguar uma das contas da empresa em um bando pequeno, uma conta de salvaguarda. Em um banco ao qual o próprio Murilo tinha conta. Assim que ele saiu, fizemos nossa jogada. Informamos a polícia federal sobre desvios de uma conta do governo que estavam em responsabilidade de um certo advogado. Demos o nome dele e onde ele estaria.

Rapidamente, sumimos com toda a papelada da empresa falsa: destruímos todas as provas, físicas e virtuais. Já não existia mais DG ou a empresa do alterego de Casé. Minha empresa voltou ao local onde já tínhamos uma investigação interna aberta a respeito de um desvio milionário de verbas de contas do Estado. Tudo previamente documentado e monitorado. Parece simples e foi. Na verdade, tudo é muito simples quando se tem dinheiro o bastante pra fazer outra pessoa resolver.

Ainda naquela tarde, recebemos a ligação do Murilo:

- DG!! QUE PALHAÇADA É ESSA?! POR QUE A POLÍCIA FEDERAL QUER ME PRENDER?! O QUE VOCÊ FEZ?!! - dizia Murilo enquanto corria.

- calma, Murilão. Me encontra na Marina da Glória! Sabe onde fica meu veleiro! É só me esperar lá. - disse Casé, condescendente.

Eu sorria mas era um riso malévolo, vil. Cruel. Em minha mente e coração distorcido, minha vingança tinha começado e eu destruiria os dois. Com calma. Com parcimônia. Com deleite.

Na hora marcada, quem estava lá era eu.sentado na proa do MEU veleiro. Bebericava um bom uísque enquanto o aguardava. E quando finalmente chegou e me viu, ficou em um misto de estupefação e confusão:

- como eu esperei por essa sua cara... Se fosse você, eu guardaria um pouco desse medo e confusão. Ainda vai precisar - girava o copo e Bebiano mais um pouco - eu te prometi que eu te tiraria tudo e finalmente hoje começou, seu filho da puta

Murilo tinha medo de mim sempre teve. Mas pela primeira vez tomou uma atitude e tentou me dar um soco que foi prontamente esquivado. Voltei dando um tapão na cara dele que o fez quase cair tamanha a força e o balançar de cabeça que o acometeu.

- primeiro, estou tirando todo seu dinheiro. Ou você acha que eu não monitorei o que vinha me roubando? Felizmente, eu tenho tempo e dinheiro o bastante pra ter acesso a todas as suas contas de bancos. A essa hora seu dinheiro já deve ter sumido. - falei pra ele enquanto se escorava em um banco.

- segundo, tomarei sua liberdade. A polícia já foi avisada que vinha pra cá. A minha sorte é que você é burro e não precisei me esforçar demais pra nada disso. Agora, vai viver o resto da vida pensando quando foi que se achou tão esperto e não viu que era tão burro. - ri jocosamente.

- terceiro. Vou tirar sua mulher assim como tirou a minha.

Nesse momento, ele ri. Um riso de escárnio.

- isso tudo por causa daquela piranha da Luciana? Haha vai matar meus pais de desgosto só porque descobriu que beijou aquela putinha com o sabor do meu pau? Vai fazer o que? Comer a Marcela? Ela nunca te daria... Ela é minha! Sempre foi! Desde a época do frouxo do seu amigo!! - ele gargalha alto e eu o acompanho.

Murilo fica confuso quando percebe que estou gargalhando junto dele. Esse filho da puta não faz idéia do que lhe aguarda

- quem matou seu pai de desgosto foi você quando matou o melhor filho! Quanto a Luciana... Isso é passado, cara... Quanto a Marcela... - não me aguentei - ... Ela já falou contigo quicando no colo do DG, te chamando de amor!!! Tu acha que ela ainda vai ser sua depois que descobrir que tu vai ser preso? Tu acha que o DG deixaria tu assumir o filho dele sendo um rosca frouxa que tu é?

Nessa hora eu vi que feriu. O olhar de Murilo se arregalou e seu queixo caiu. Sinceramente, ele havia recebido todas as notícias puto mas bem, porém descobrir que o filho que a Marcela esperava não era dele, quebrou talvez o único resquício de humanidade que aquele arrombado tinha.

- não não não!!!! O filho da Marcela é meu!!! Eu não sou burro!!! Fiz o teste!!! - sua voz despejava desespero.

- você não. Ela. A mando do macho dela, o DG. Isso foi só pra tranquilizar o corno. Uma mentirinha que te fizesse feliz!! - e ri de forma cruel. - 2 coisas que sua mulher não resiste: rola preta e dinheiro. Não necessariamente nessa ordem.

Eu acho que lembro de ter visto os olhos dele marejados. Mas foda-se! Eu estava feliz demais! Me regozija a do sofrimento dele.

- e ainda tenho uma surpresa pra você.

Disse a última frase enquanto ia embora e escutava o som das sirenes, deixando Murilo pra finalmente começar a pagar pelos seus atos.

Apesar de feliz, foi um dia tenebroso. Tia Maria passou mal e infartou. Por pouco não parte é isso foi a única coisa que me fez repensar tudo o que fiz. Murilo já estava preso e em flagrante. O julgamento e essas coisas demorariam mas o jogo já estava ganho. Só que havia ficado tão cego que não percebi o estrago na mãe do meu melhor amigo. Ela soube da boca dele que o destino dele havia sido selado por mim e talvez isso tenha causado o infarto. Foi o de eu fraquejei.

Naquele fim de semana fui a São Paulo. Sabia onde ir e quem procurar. Cheguei até um respeitável condomínio nos jardins. Chovia e fazia frio. Ainda sim, me parecia mais frio do que realmente estava. Eu sentia meu corpo inteiro como um bloco de gelo. Sentei na escada de acesso pensando no que diariamente mas minha cabeça tava acelerada demais, destruída demais, fragmentada demais. E então ela apareceu descendo de um carro no início da tarde.

Duda estava poderosa com uma calça cigarrete e terno. A mera visãi dela tirava meu foco de todos os problemas. Era diferente de como era com Luciana. Luciana era lar, ternura, aconchego. Ela... Ela era o sol. Um fogo que te alimenta mas também te queima. Ela me viu na escada e pareceu bem surpresa mas não escondeu aquele lindo sorriso. Me egou pelo braço e me levou pro apartamento dela enquanto a olhava embasbacado e viajando em sua beleza

Assim que entramos em seu AP, ela tirou meu casaco e correu para me dar uma toalha. Me ajudar a me secar. Eu só queria os lábios dela e ela percebeu. Abriu um sorriso singelo e deixou que me aproximasse, a beijando. Me agarrei ao corpo dela, acho que pela primeira vez de forma não sexual. Só queria sentir o calor dela, sentir o cheiro dela. Ela cheirava como brisa de praia em um dia quente de verão. Entre beijos, ela foi me conduzindo ao chuveiro. Tomamos um banho quente para me aquecer e ali conversamos. Ela veio primeiro:

- você tá bem? - quase sussurrava enquanto alisava meu rosto. - eu nunca te vi assim. Aconteceu alguma coisa?

- aconteceu muita coisa e aí você aconteceu. Acho que há uns meses atrás, eu choraria mas eu me sentia seco.

Contei tudo a Duda. Do meu início com Luciana, passando pelo casamento, traição, o suicídio de André, meu plano de vingança e o fato de ter quase matando tia Maria e destruído o coração do Casé. Falar aquilo fazia com que eu me visse pior. O banheiro parecia uma nuvem ambulante de vapor e eu me sentia meio que uma sombra pantanoso ali no meio. Mas aquela mulher era forte demais.

Duda respirou fundo antes de mergulhar no meu mar de lama. E me beijou. Um beijo forte mas não de tesão. Um beijo de pertencimento. Acho que foi a forma dela me dizer "tamo junto" rs. Eu a abracei com força e quando a soltei, ela colou a testa dela na minha.

- eu agradeço sua ex-mulher por ter te perdido pra que eu pudesse te encontrar. Acho ela burra? Com certeza. Tapada? Nem se fala! Mas agradeço a ela.- disse me arrancando um riso tímido. E continuou:

- sinto por você e seu amigo. De verdade. Não consigo imaginar o que faria se algo parecido acontecesse com um dos meus. - sua mão acalenta a meu peito. De alguma forma, o calor daquele toque era ainda mais quente que a água que descia do chuveiro. Um calor aconchegante, de amparo.

- e por último... - Ela ergueu meu queixo e olhou no fundo dos meus olhos. Naquele momento, eu senti minhas energias voltando. Parecia uma corrente elétrica correndo por todas as extremidades do meu corpo. Ela tinha esse poder, esse comando. - pega. Esses Dois. Filhos Da Puta.

- não esperaria nada diferente do meu homem. Tia Maria vai sobreviver e você vai poder contar a ela tudo. Seu amigo Casé vai ficar melhor sem essa mulher. Haja o que houver, vá até o fim.

Sinceramente, eu não lembro bem como e nem quando começou, sei que quando ela acabou de falar isso com uma voz mais forte e imperativa, ela já estava erguida, com as costas na parede enquanto meu pau entrava furiosamente nela. Seus braços em volta do meu pescoço e nossas bocas em um beijo sôfrego, onde um gemia na boca do outro. A água quente se fundia com aquele mel escaldante que descia da buceta dela. Gozamos ali. Rápido. Juntos. Mesmo sem querer admitir, era isso que eu havia me tornado. O homem dela.

Passamos o fim de semana como namorados e dessa vez, éramos mesmo. Senti novamente meu peito aquecido sabendo que poderia ainda ser uma boa pessoa. E de tudo que ela me deu naqueles dias, a maior dádiva daquela deusa foi a benção pra que eu continuasse. E eu continuei. Havia chegado a vez de Marcela. E eu não ia mais esperar o bebê

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