Quatro Meses para Faturar a Sobrinha

Um conto erótico de Sérgio
Categoria: Heterossexual
Contém 1849 palavras
Data: 22/08/2025 23:46:59

O Calor do Quintal

Era um sábado de dezembro, o sol torrando o quintal onde a fumaça da churrasqueira subia em espirais. Eu, Sérgio, 42 anos, virava espetinhos com uma concentração forçada, a mente vagando. Casado com Cíntia há 18 anos, eu a amava — ou pelo menos era o que me dizia todos os dias. Cíntia era o alicerce da nossa vida: prática, com um sorriso que ainda iluminava a casa, mas previsível. Nos últimos anos, ela parecia quase assexuada, e eu, resignado, aceitava. A piscina que construí no quintal virou o ponto de encontro da família, e naquela tarde, Cíntia convidou sua irmã Clara para um churrasco. Com ela, veio Sabrina, a filha de 19 anos de Clara, que eu não via desde que era uma pirralha desengonçada.

Quando Sabrina atravessou o quintal, com um vestido leve e um chapéu de palha, não dei muita atenção. Mas, quando deixou o roupão deslizar dos ombros, revelando um biquíni azul que abraçava suas curvas — pernas torneadas, cintura fina, seios firmes —, senti um aperto no peito. O jeito confiante com que caminhava até a piscina me pegou desprevenido. Ao se abaixar para pegar uma toalha, o fio dental do biquíni revelou a curva delicada do seu corpo, a borda do cuzinho desenhada sob o tecido fino. Meu pudor evaporou; meus olhos grudaram nela, e o desejo me acertou como um soco. Meu filho, Cristiano, 20 anos, estava ao meu lado, vidrado no celular, torcendo pelo Corinthians. “Vai lá, curte a piscina com ela,” sugeri, tentando desviar minha atenção. Ele riu, com um olhar malicioso. “Cuidado, pai. Tô vendo que é você quem tá de olho na prima.” Fiquei vermelho, disfarçando com um tapa leve na nuca dele. “Cala a boca, moleque.” Mas, no fundo, ele estava certo. E isso me assustava.

O Conflito Interno

Eu amava Cíntia. Lembrava dos nossos primeiros anos, das noites rindo até o sol nascer, das viagens improvisadas. Mas a paixão virou rotina. Cíntia, com seus cabelos cacheados e jeito firme, ainda era linda, mas o fogo de outrora era apenas uma brisa morna. Ver Sabrina mergulhar na piscina, com gotas d’água escorrendo pela pele bronzeada, despertou um desejo cru, quase animal, que eu não sentia há anos. Era errado? Claro. Eu era casado, quase o dobro da idade dela, e ela era filha da irmã da minha esposa. Mas a ideia de Cíntia me flagrando, ou de Cristiano percebendo algo, só aumentava a adrenalina.

“É só uma fantasia,” repetia para mim mesmo, como um mantra. “Não vou fazer nada.” Mas cada visita de Sabrina, atraída pela piscina, tornava essa mentira mais frágil. Imaginava Cíntia entrando no quintal, seus olhos feridos, ou Cristiano me olhando com desprezo. A culpa era um peso no peito, mas o desejo era uma corrente mais forte. “É só um jogo,” pensava. Mas eu sabia que estava perigosamente perto da linha.

A Dança do Flerte

Sabrina começou a aparecer com frequência, às vezes com Clara, às vezes sozinha. No início, parecia inocente. Pedia um suco, perguntava sobre a água da piscina, e suas risadas eram leves, quase infantis. Mas havia um brilho em seus olhos castanhos que eu não conseguia decifrar. Um dia, enquanto secava o cabelo na beira da piscina, ela mencionou ser são-paulina fanática. “Sério? Time de fraco,” provoquei, entregando um copo de suco. Ela riu, jogando o cabelo molhado para trás. “Fraco é o Palmeiras, que leva surra do meu tricolor,” retrucou, a voz carregada de desafio. Não era só futebol — era um jogo, e eu queria jogar.

Descobri que Sabrina era viciada em Mortal Kombat, e eu tinha um Xbox Series X que Cristiano ignorava e Cíntia detestava. Eu, o “tiozão nerd” sem companhia, vi a oportunidade perfeita. “Você joga? Duvido que seja boa,” desafiei, apontando para a sala. “Me dá dez minutos que eu te destruo, Sérgio,” ela respondeu, com um sorriso confiante. Assim começou nossa rotina. Durante quatro meses, de dezembro a março, as tardes no sofá, com o ar-condicionado ligado e o som do jogo ecoando, viraram um ritual. No início, Sabrina era apenas uma adversária divertida, rindo alto quando me vencia. Mas, aos poucos, ela mudou. Seus comentários ganharam duplo sentido, seus movimentos ficaram mais calculados.

Quase sempre, ela vinha direto da piscina, ainda de biquíni, a pele úmida brilhando sob a luz. Meus olhos captavam cada detalhe: a forma como se mexia, o fio dental revelando a borda do cuzinho quando se abaixava, os seios se destacando ao ajustar a alça do biquíni. Quando eu apelava no jogo, ela me dava tapinhas brincalhões, rindo, mas seus toques começaram a se demorar. Certa vez, após me vencer, ela fingiu decepção, deitando a cabeça na minha perna. “Que dó, tio, que dó,” disse, rindo, enquanto seu cabelo roçava meu colo. Duvido que ela não sentisse meu pau duro sob a calça, mas ela não recuou. Semana após semana, ela intensificava: se inclinava mais perto, roçava a perna na minha, e uma vez, ao se levantar, deixou a mão deslizar pelo meu ombro, os dedos leves como uma promessa. “Tá gostando da vista, Sérgio?” perguntou uma tarde, ajustando o biquíni com um olhar provocador. Quase engasguei, mas retruquei: “A piscina tá ficando cada vez mais interessante.” Ela riu, e aquele som ficou ecoando na minha cabeça por dias.

Momentos de Tensão

O risco de ser pego aumentava a cada encontro. Uma tarde, estávamos na sala, Sabrina rindo alto após um fatality brutal, quando Cíntia entrou com uma bandeja de limonada. “Tá divertido o jogo?” perguntou, o tom casual, mas seus olhos fixos em mim por um segundo a mais. Meu coração parou. Estávamos no chão, eu de pernas abertas, Sabrina deitada para trás, as costas roçando meu volume. Com uma calma irritante, ela respondeu: “Tô ensinando o Sérgio a perder com classe.” Cíntia sorriu, mas havia algo no olhar dela que me fez engolir em seco. Quando ela saiu, Sabrina me olhou, um brilho malicioso nos olhos. “Quase, hein?” sussurrou, inclinando-se ainda mais, o calor do corpo dela me queimando. O perigo só fez meu desejo crescer.

Outra vez, Cristiano resolveu se juntar a nós. Ele se jogou no sofá, pegando um controle e falando sem parar sobre o Corinthians. Sabrina ficou visivelmente frustrada — depois, ela confessou que estava molhada naquele dia, mas a presença dele a “secou”. Eu sentia o mesmo; meu próprio desejo recuava com cada risada dele, cada comentário sobre o jogo. Era uma barreira entre nós, matando o clima. Quando ele finalmente saiu, Sabrina se recostou, a perna roçando na minha de propósito. “Seu filho é um estraga-prazer,” murmurou, a voz carregada de intenção. Meu coração disparou, mas não respondi. O calor da pele dela contra a minha era suficiente para me desarmar.

O Fogo do Desejo

Quatro meses de flerte culminaram em uma noite de março. Após uma partida acirrada, Sabrina jogou o controle no sofá e se recostou, tão perto que o perfume dela — baunilha com um toque floral — invadiu meus sentidos. “Você é bem mais legal do que eu imaginava, tio Sérgio,” disse, a voz baixa, quase um sussurro. Meu coração batia tão forte que eu podia ouvi-lo. “E você é bem mais perigosa do que eu imaginava,” respondi, a voz rouca. Ela riu, inclinando a cabeça, os olhos fixos nos meus. “O que foi, Sérgio? Parece que viu um fantasma.” Engoli em seco, a sala encolhendo, o ar pesado. “Não é um fantasma,” murmurei. “É só… você.”

O espaço entre nós evaporou. Minha mão tocou o pescoço dela, a pele quente e macia. Temi que tudo desse errado, mas ela fechou os olhos, se inclinando para mim. O beijo veio como um incêndio, lento no início, mas faminto. Os lábios dela, macios, com um leve sabor de gloss de morango, me puxaram para um abismo. Minha mão deslizou para a nuca, enquanto a dela subiu pelo meu peito, os dedos firmes, quase possessivos. Minha camiseta caiu no chão, e o biquíni dela logo seguiu, revelando a pele bronzeada, os seios firmes, a curva do quadril.

Ela se ajoelhou, os olhos travessos encontrando os meus. Suas mãos abriram minha calça com uma lentidão provocadora, e quando ela me tomou na boca, senti um choque elétrico. A língua dela, quente e habilidosa, explorava cada centímetro, enquanto seus gemidos abafados vibravam contra mim. Olhei para baixo, vendo-a engolir com uma mistura de delicadeza e voracidade, e quase perdi o controle ali mesmo. Puxei-a para cima, querendo retribuir. Minhas mãos desceram pelas coxas dela, e quando minha boca encontrou sua pele úmida e quente, ela arqueou o corpo, gemendo alto. O sabor dela, doce e intenso, me enlouqueceu, e seus dedos se cravaram nos meus ombros enquanto ela tremia.

Eu a puxei para meu colo, sentindo o peso do corpo dela, a pressão contra mim. Seus olhos, semicerrados, brilhavam com uma mistura de desafio e rendição. Cada movimento era lento, deliberado, como se ela soubesse exatamente como me desarmar. A pele dela deslizava contra a minha, quente e úmida, cada toque uma explosão de sensações — o cheiro dela, os suspiros, o ritmo dos nossos corpos. Quando ela chegou ao orgasmo, seu corpo estremeceu, os gemidos altos ecoando na sala, e eu a segui logo depois, uma onda de prazer que apagou tudo exceto ela. Durante o ato, minha mente era um turbilhão. Enquanto ela me bebia, pensei em Cíntia por um segundo, na dor que isso causaria, mas o desejo engolia tudo. Sabrina era o proibido, a faísca que eu não sabia que precisava.

O Silêncio do Depois

Quando terminamos, ofegantes, o silêncio caiu como uma cortina. Deitei ao lado dela no sofá, a respiração irregular, o perfume dela misturado com o cheiro de suor e desejo. Sabrina me olhou, os olhos brilhando, um sorriso satisfeito nos lábios. “E agora?” perguntou, a voz rouca. A pergunta ecoou na minha cabeça, e eu não tinha resposta. A euforia do momento deu lugar a um peso esmagador. Vi o rosto de Cíntia na minha mente — não a de agora, mas a dos primeiros anos, rindo na praia, com areia nos cabelos cacheados. Um nó se apertou na minha garganta. Olhei para a mão de Sabrina, que brincava com os botões da minha calça, e um calafrio me percorreu.

Aquela não foi a única vez. Nos meses seguintes, nos entregamos outras vezes, cada encontro mais intenso, mais arriscado. Em um canto da garagem, no banheiro durante um churrasco, sempre com o medo de sermos pegos. Cada foda trazia uma onda de prazer, seguida por uma nova dose de culpa. Eu sabia que estava errado, mas o desejo era mais forte. Até que, em julho, Sabrina me contou que tinha arrumado um namorado — um cara ótimo, segundo ela. “Mas não se preocupe, Sérgio,” disse, com um sorriso travesso. “Conheci uma amiga que pode preencher esse vazio que você sente. E, com a gente, não é um adeus. Pode ser só um até logo.” Ela piscou, e meu coração acelerou novamente. A linha que jurei não cruzar estava apagada, e agora eu estava preso num ciclo de desejo e arrependimento, sem saber se queria mesmo escapar.

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