Castillo e Marino - 03

Um conto erótico de Luís Castillo
Categoria: Homossexual
Contém 3563 palavras
Data: 02/08/2025 21:33:11
Última revisão: 03/08/2025 11:37:57

Eu era um adolescente com umas acnes na cara quando reuni coragem para me mostrar de verdade ao mundo. No começo, achava estranhos os meus desejos por homens. Sem ter com quem conversar, ficava pelos cantos, preso num emaranhado de pensamentos que não pareciam ser meus.

Lendo sobre o universo gay, assistindo a alguns vídeos de transa entre machos e observando como viviam alguns veados muito donos de si, aprendi a conviver bem comigo mesmo. Mais do que isso: passei a gostar ainda mais de mim. Havia problemas e conflitos em ser bicha, mas também era gostoso fazer parte do grupo que se desviou do caminho traçado para todos os homens.

Quando ainda era um gayzinho virgem, eu ficava mole só de pensar em como seria abrir a bunda para um cara meter o cacete. Minhas punhetas de menino safado me deixavam com mais e mais vontade de ficar de quatro para ser empalado por um caralho violento. Minha sede de gala foi precoce: fui um garoto que desejava morrer com uma pica dura entalada na garganta.

No dia em que fodeu minha boca e arrombou o meu cu, o sacana do Douglas ficou impressionado com minha fome de rola. Ele disse que nem mesmo as putas gostavam tanto de macho quanto eu.

— Bunda gulosa da porra essa sua, Luizinho! Mastigou minha pica pra valer; arrancou dela uma puta gozada. Você nasceu pra tomar no cu, veadinho gostoso do caralho!

Minha primeira vez não foi um conto de fadas, mas foi boa para eu me conhecer de verdade. A dor de perder as pregas foi grande, lembro-me de que sangrei. Naquele momento de aflição, cheguei a pensar que Douglas só pararia de me varar quando eu estivesse morto. Mesmo assim, eu não pedi arrego. Para seguir em frente na vida de gay, eu queria passar com louvor pelo ritual de iniciação. Sofri, gemi, gritei e até derramei lágrimas, mas aguentei até o fim — e gozei como se estivesse nascendo de novo.

Dessa primeira transa, saí com as pernas bambas, a bunda vermelha e o cu esfolado e cheio de gala. Voltei para casa muito alegre e meio desconfiado. Durante alguns dias, sem poder sentar direito, fiquei com a impressão de que todo mundo percebia que eu já era um veadinho descabaçado.

Não sei por onde Douglas anda agora; quase não me lembro da cara dele. Depois que tirou minha virgindade, ele sacaneou comigo. Não nego, porém, que foi bom ter sido iniciado por seu caralho.

Douglas era um daqueles caras que têm um talento nato para fazer os veadinhos desabrocharem. Depois dele, fiquei com outros carinhas, com os quais aperfeiçoei as artes de chupar rola e de dar o cu.

Há quase trinta anos, revelar-se gay era bem mais difícil do que é hoje. No meu caso, não foi tão traumático. De início, eu me preocupava com o que os outros pensariam, como se eu dependesse da aprovação de alguém. Depois compreendi que só devia satisfações à minha mãe e ao meu pai. De uma forma que surpreendeu até a mim mesmo, eles não fizeram disso uma tragédia.

Seu Antero e dona Celine já sabiam que o único filho era gay, mas esperaram que eu falasse. Um belo dia, sentados para jantar, despejei na mesa a minha verdade — e eles ficaram até a meia-noite dizendo que me amavam e me dando conselhos. Minha mãe disse que eu não deveria me envolver com homens que quisessem me maltratar; meu pai me alertou para a importância de sempre usar preservativo.

Qualquer gayzinho adoraria ser filho do casal Celine e Antero. Eles tinham a mente aberta e me deixaram à vontade para ser quem eu era. A única exigência era que eu seguisse suas orientações.

Apesar de ter toda liberdade, nunca levei um parceiro para dentro de nossa casa. Eu ficaria meio travado se um cara me fodesse no quarto ao lado da suíte onde o meu pai estaria fodendo com a minha mãe. Seria um constrangimento se eles ouvissem os meus gritinhos de dor e de prazer ao agasalhar uma pica no cu. Meu paizão, que nunca me deu uma palmada, ficaria indignado ao ouvir os estalos dos tapas que eu gostava de levar na bunda enquanto meu parceiro me varava.

Só agora, com mais de quarenta anos de vida, eu tive coragem de colocar um macho dentro do sagrado lar da família Zamora. Tarso Marino seria o primeiro homem a foder o meu cu sob o mesmo teto em que dormia o meu pai.

Depois de passar pela minha suíte um olhar de reconhecimento, meu jovem namorado me agarrou pelos quadris e colocou nossas picas para se pegarem. Em pé ao lado da cama, ficamos nos beijando sem pressa, até que um saciasse a sede do outro. O tesão estava nas alturas, mas era gostoso ficar namorando como se tivéssemos a vida inteira para foder.

Dando tapas na minha bunda, Tarso mandou que eu me deitasse e se deitou sobre o meu corpo. Depois de mamar nos meus peitos, ele se ajoelhou em torno do meu pescoço, segurou no meu queixo e socou a pica na minha garganta. Enquanto eu chupava, ele jogou uma mão para trás e começou a me dar uma punheta lenta e morna, para controlar o meu tesão.

Quando pensei que iria ganhar uma leitada na garganta, o putinho deu um pequeno salto para a frente. O pau babado saiu da minha boca e minha língua se enfiou no meio da bunda dele.

Resguardado por uns pelinhos macios, o cu de Tarso era uma tentação: roxinho, apertado, parecia uma boquinha pedindo beijo. E eu beijei muito. Também lambi, chupei, arranhei com os dentes e tentei meter a língua. O machinho ficou louco: rebolou muito na minha cara. Os gemidos abafados dele me deixavam com mais vontade de tirar o seu juízo.

Depois de esfregar o caralho na minha cara, Tarso girou com cuidado sobre o meu corpo e meteu a boca no meio das minhas pernas. Como se fosse uma competição, um se dedicou a mamar a pica do outro. Quando a língua dele lambeu meus ovos e avançou na direção do meu cu, tremi todo: estava chegando a hora de ser fodido.

O novinho sabia como amaciar a carne que queria comer. Os beijinhos no meio da minha bunda eram tão gostosos, que o meu cu começou a morder a ponta da língua dele.

Sentindo a minha agonia de macho que não dá o cu há um bom tempo, Tarso saiu de cima de mim. Como se fosse o dono da minha suíte, pegou um preservativo na mesinha de cabeceira e se preparou para me abater. A cara dele estava séria, os olhos vermelhos, a voz rouca.

— Bota essa bunda pra cima, Castillo.

No mesmo instante, obedeci. Cravando as mãos nas minhas coxas, ele escancarou minha bunda e meteu a cara lá dentro. Depois de dar umas boas linguadas, montou nas minhas costas e, com firmeza, enterrou a madeira.

— Tarso… ai…

Lambendo o meu pescoço, ele ficou rebolando devagarzinho. Quando sentiu que o engate estava no ponto, ele ergueu o peito, colocou uma mão sobre a minha nuca e passou a dar as caralhadas. Com a cara enterrada no travesseiro, eu gemia feito um menino sendo comido pela primeira vez.

Tarso, o anjo pecador, sabia como castigar o cu de um macho experiente como eu. Como se quisesse me partir ao meio, ele fincava a pica, dava uma rebolada, cravava, puxava quase toda para fora e socava mais fundo. Roçando no lençol, a minha tora ardia, pulsava, babava. Segurar a gozada era uma provação.

Por um instante, ele parou de me arrombar e se deitou nas minhas costas. Respirando no mesmo ritmo, ficamos sentindo as pulsações do caralho enterrado no cu. Quando pensei que meu novo macho iria me engravidar, ele se jogou para o lado e desfez o engate.

— De frente, vamos.

Durante a foda, Tarso ficava nervoso, mandão, do jeito que eu gostava. Assim que me virei na cama, ele dobrou minhas pernas para cima e meteu um dedo no meu cu. Para avaliar o estrago, meteu outro dedo e ficou fazendo movimento de tesoura, parecia querer rasgar de vez. Para me deixar mais louco, começou a passar a tora no meu rego ardido, como se estivesse serrando a minha bunda.

— Meta essa porra de novo, Tarso. Vai caralho!

— Quer mais pica, doutor? Quer? Toma, veado!

— Isso, veadinho! Lasque tudo. Me coma, porra! Vai, caralho!

Meu desespero deixou Tarso enfurecido. Sem parar de surrar meu cu, ele cuspiu dentro da minha boca e fechou a mão em torno do meu pescoço, como se fosse me enforcar. Desafiando a morte, lambi a palma da outra mão dele e revirei os olhos. No mesmo instante, o putão me deu o que eu estava pedindo: um tapa na cara.

Para me bater, Tarso aplicou a medida certa entre a dor e o prazer. De tanto tesão, minha pica estava a ponto de estourar. Virando o rosto, eu pedi outro tapa — que ele deu com gosto.

Incrível como, na primeira vez, a gente já estava se entendendo tão bem. Tarso metia e puxava a rola com tanta vontade, que parecia querer virar o meu cu do avesso. O veadinho fodia gostoso demais.

Como se fosse um pedido de desculpas por ter deixado meu rosto ardendo, ele lambeu minhas bochechas e me deu muito cuspe para beber. Depois voltou a me foder sem pena, não sei como ele conseguia segurar a gozada por tanto tempo.

O nosso tesão atingiu um nível insuportável. No fundo do meu cu, o caralho de Tarso estava pegando fogo. Olhando nos meus olhos, ele começou a espremer minha pica, para gozarmos juntos. Dando-lhe tapas nos peitos e apertando seus mamilos, eu me contorcia todo sob o seu peso.

— Tarso… Marino…

— Goze comigo, Luís. Vamos… Porra!

Nossa esporrada foi tão forte, que morremos. Quando voltamos à vida, Tarso sorriu feito um menino que havia acabado de foder um coroa. Com seus cabelos de anjo caindo sobre os meus, ele me deu a boca. Depois do beijo de celebração da foda, dei um tapa na bunda redonda dele e assumi o comando.

— Vamos, Tarso, antes que o seu pau amoleça de vez.

Rindo como quem se garante, ele desfez calmamente o engate e tirou a camisinha.

— Caralho! Galada da porra seu cu extraiu do meu pau. Você é foda demais, Castillo.

Passando a mão no meu ventre, eu chamei sua atenção para a esporrada que eu havia liberado. Nossa primeira foda rendeu mesmo muito leite.

Depois do prazer, veio o sono, mas ainda tivemos força para tomar um banho. Enquanto Tarso se ensaboava, sentei num canto do box e fiz minha cara de macho submisso. Com um sorrisinho de garotão que sabe tudo o que o parceiro deseja, ele jogou a cintura para a frente, apontou a pica para o meu peito e me batizou. O jato dele era forte, quente, ardia gostoso na pele. Erguendo a cabeça, deixei que ele lavasse o meu rosto.

Depois de me dar um banho dourado, Tarso me colocou em pé e, muito carinhoso, passou sabonete em meu rosto, no peito, na pica e na bunda. Abraçados sob o chuveiro, deixamos que a água levasse a espuma embora. Diante do espelho, a gente se secou. Estávamos limpos, cheirosos e prontos para outra foda — mas precisávamos dormir.

Faltava pouco para amanhecer, mas ainda namoramos um pouco na pequena sacada da minha suíte. Olhando para o jardim e para a piscina, esperamos que o vento secasse nossos cabelos. Soltando um longo bocejo, Tarso pegou na minha mão e me levou para a cama.

Assim que me deitei, ele grudou o peito nas minhas costas, passou uma perna sobre as minhas e guardou o caralho no meio da minha bunda. Transar com ele foi melhor do que eu poderia ter imaginado. Ficar para dormir comigo era sinal de que ele estava gostando de mim tanto quanto eu estava gostando dele.

Eu ainda não sabia como seria daí para a frente, mas queria construir uma bonita história com Tarso. Ele era o namorado por quem eu procurava desde que fiquei viúvo.

Quando eu estava quase entregue ao sono, um pensamento se formou no fundo da minha mente. Tarso era um homem tão interessante que, durante nossa foda, eu esqueci quem era o pai dele. Por ironia do destino, apesar de serem muito parecidos fisicamente, o filho conseguiu apagar da minha memória o desejo que, no passado, eu nutri por Renan. Feliz com o meu namoradinho, dormi muito bem.

Ao abrir os olhos, quase não acreditei que aquilo era real. Havia um rapaz de corpo bonito e cara de anjo deitado ao meu lado. Com cuidado para não acordá-lo deixei a cama e fui tomar banho.

Quando saí do banheiro, Tarso estava meio sentado na cama. Com as costas apoiadas na cabeceira, as pernas cruzadas e o celular na mão, ele se mostrava muito à vontade na minha casa. Abrindo um sorriso, falou como se fôssemos casados.

— Posso saber por que você não me esperou para a gente tomar banho juntos?

Sem resistir ao seu jeito de dono do meu território, sentei ao seu lado e beijei suas coxas. Jogando os braços para cima, ele se espreguiçou feito um gato e ficou olhando para o dia que passava pela janela. Aproveitando sua distração, meti a cara na axila dele. Fazendo carinho nos meus cabelos, ele esperou que eu cheirasse.

— A foda foi pesada, não foi, Luís? Depois da gozada, o sono veio fácil. Perdi a noção do tempo, já é quase meio-dia.

— Hoje é domingo, Tarso. Não há hora para sair da cama.

— Estou com vontade de dar um mergulho na sua piscina. Vamos, Castillo?

Desde que voltei ao Brasil, por causa das preocupações e do trabalho, eu ainda não havia pulado na piscina. Parece que eu estava esperando uma boa ocasião para fazer isso. Na companhia de Tarso, seria perfeito.

— Gostei da ideia. Tenho muitas sungas, posso lhe emprestar uma. Você vê problema nisso?

Num salto, ele ficou em pé. Andando em direção ao banheiro, soltou uma gargalhada e me deixou ainda mais apaixonado.

— Que problema teria eu guardar a pica na sua sunga? Eu até já meti o pau na sua bunda. O doutor tem um cu gostoso da porra. Estou feliz pra caralho com o nosso namoro. Vamos fundo, Luís!

Enquanto Tarso tomava banho, eu sorria feito um bobo. Quando ele saiu do banheiro, mostrei as minhas sungas e mandei que escolhesse uma. Elogiando minha coleção, ele analisou algumas peças e decidiu vestir uma na cor cenoura com uma listra branca. Batendo palmas, aprovei seu bom gosto e peguei uma preta para mim.

De frente um para o outro, a gente meteu a bunda e a pica nas sungas. Ficamos tão gostosos, que deu vontade de foder de novo, mas resistimos à tentação.

Quando saímos da suíte, avisei a Tarso que o meu pai deveria estar na área da piscina. Passando a mão por meu ombro, ele deu um beijo na minha boca e se mostrou tranquilo quanto a isso.

— Legal. Já vou conhecer o meu sogro. Vamos ver se ele me aprova.

Abraçados, descemos a escada e saímos pela porta da cozinha Sentados nas espreguiçadeiras, o meu pai e o enfermeiro acompanharam de camarote o nosso desfile pelo jardim.

Depois de trocar umas palavras comigo, o enfermeiro se despediu. Pegando na mão do meu namorado, fiz as apresentações.

— Pai, esse é Tarso, o meu namorado. Tarso, esse é o doutor Antero, o meu amado genitor.

Com um sorriso cativante, Tarso estendeu a mão para o sogro.

— Bom dia, doutor Antero Zamora. É uma honra conhecer o senhor. O seu nome já foi citado algumas vezes no curso de Direito que estou fazendo. O senhor é uma lenda.

Para o meu espanto, meu pai abriu um sorriso e apertou com firmeza a mão de Tarso. Seu Antero gostou tanto do genro, que até brincou.

— Fico lisonjeado, meu jovem, mas não diga que eu sou uma lenda. A primeira condição para um homem se tornar uma lenda é morrer, e isso eu não quero que me aconteça tão cedo.

Sob o sol do meio-dia, três gargalhadas ecoaram na superfície da piscina. Por algum tempo, ficamos conversando sobre a advocacia. Depois, pedimos licença ao meu pai e pulamos dentro da piscina.

Esquecidos do mundo, eu e Tarso nadamos por muito tempo. Sentado sob um guarda-sol, meu pai ficou nos olhando. Eu ainda estava impactado pela naturalidade com que ele recebeu o genro novinho. Eu só não sabia como ele reagiria ao saber que o meu namorado era filho do meu melhor amigo da adolescência.

Seu Antero conhecia Renan. No passado, nossas famílias tinham muita aproximação. Isso não tinha importância agora; depois eu falaria com ele sobre esse assunto.

Quase às duas da tarde, fui à cozinha fazer comida para a gente. Dona Salete, nossa cozinheira, sempre deixava alguma coisa preparada. Eu gostava de cozinhar, mas fiz algo simples: arroz, bife grelhado e muita salada, tudo quase sem sal e com pouquíssimos temperos. Eu estava seguindo a mesma dieta do meu pai.

Enquanto fazia um suco, alguém entrou na cozinha e me abraçou por trás.

— Hummmm… Você cozinha bem, o cheiro está chegando lá na piscina.

Virando de frente, dei um beijão na boca de Tarso e ele ficou se esfregando em mim. Dentro das sungas, as rolas endureceram e nossa situação ficou complicada. Namorar um rapaz de vinte e três anos era uma gostosa provação. Muito afoito, ele apoiou a bunda numa banqueta e botou a pica para fora.

— Chupe aqui, Luís. Dê um trato nessa pica safada.

Mesmo morrendo de vontade de mamar, fiz cu doce.

— Tarso, meu pai está bem ali. Ele já deve estar com fome.

Empunhando o caralho, ele não se deu por vencido.

— Seu Antero está muito bem. Eu falei para ele que vinha ajudar você a preparar o almoço.

Sem perder tempo, fiquei de joelhos e caí de boca na rola de Tarso. O cheiro e o gosto eram bons demais; eu já estava ficando viciado. Enquanto mamava, puxei a minha pica para fora e passei a espremer meu talo compridão. Se seu Antero cismasse de vir à cozinha, eu ficaria desmoralizado, poderia até ser deserdado.

Na hora de gozar, Tarso tirou a rola da minha boca e esporrou na minha cara. No mesmo instante, meu caralho deu um salto e atirou para o alto um jato de leite ardente, que caiu diante do balcão. Tesão da porra o da gente. Eu e meu namorado éramos dois perdidos.

Assim que a respiração voltou ao normal, entrei no banheiro da cozinha para lavar o rosto. Quando saí de lá, Tarso já havia levado o almoço para a mesa da área. Às pressas, limpei a gala que caiu no chão e fui me juntar a ele e ao meu pai.

Sentados na beira da piscina, como três bons amigos, compartilhamos o modesto almoço que eu preparei. Ao fazer o segundo prato, Tarso elogiou os meus dotes culinários e fez uma piadinha escrota.

— A comida está ótima, quase sem sal, do jeito que eu gosto. A carne está no ponto, Luís; só faltou botar uma calabresa no meio.

Para controlar a vontade de rir, coloquei um pedaço de carne na boca; quase me engasguei. Sem alcançar o espírito da coisa, meu pai fez um comentário inocente.

— Realmente, uma calabresa cairia bem. Eu gosto muito, mas essas coisas não são mais para mim.

Para não soltar a gargalhada, comecei a tossir. Com cara de anjo perdido, Tarso continuou a comer tranquilamente. Moleque safado da porra.

No fim da tarde, ele anunciou que precisava partir. Sem cerimônia, apanhou as roupas, que ficaram jogadas perto da piscina desde que chegamos à noite. Mexendo a bunda de um jeito gostoso, ele foi se arrumar no banheiro que ficava num canto do jardim. Quando saiu de lá, despediu-se do meu pai com um forte aperto de mão e avisou que voltaria muitas vezes.

Já sentindo saudade, fui com ele até onde estavam os carros. Antes de entrar na máquina do seu pai, Tarso me pegou pela cintura e me deu um demorado beijo. De onde estava, seu Antero poderia nos ver, mas nisso não havia problema. Ao me soltar, meu amorzinho olhou para onde estava o sogro.

— Gostei de conhecer o seu pai, Luís. Em breve, você conhecerá o meu. Acho que você e seu Renan vão se dar muito bem.

Sem esperar que eu dissesse alguma coisa sobre isso, Tarso entrou no carro. Quando ele partiu, fechei o portão e fui cuidar do meu pai. Já estava anoitecendo; hora de deixar a piscina.

Andando de braços dados comigo, seu Antero falou algo que eu já esperava ouvir.

— Luís, esse seu namorado me lembra alguém. Minha cabeça ainda não está cem por cento, mas tenho certeza de que já vi esse rapaz antes.

Sem ter nada a esconder, adiantei o assunto.

— Tarso se parece muito com o pai. Ele é filho daquele meu amigo chamado Renan. O senhor se lembra dele?

— Renan…

Revirando a memória, meu pai ficou calado. Quando entramos na sala, ele me encarou e falou algo que me deixou surpreso.

— Luís, você e Renan andavam sempre juntos, não era? Vocês foram namorados? Eu e sua mãe chegamos a imaginar que ele foi o seu primeiro homem.

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Comentários

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A descrição da sua primeira vez com Douglas foi maravilhosa!

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Conto excelente, aguardando o próximo capítulo

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NÃO EXISTEM SEGREDOS OCULTOS QUE PERMANEÇAM SEMPRE OCULTOS. UMA HORA TDO VEM À TONA. E AGORA? E QUANDO TARSO FOR TE APRESENTAR AO RENAN? RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS CURIOSO AQUI DESDE JÁ. CONTINUE...

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Esse conto está ficando muito bom, continua

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