Sou Alice de Bulhões, e vou de contar o que houve nos últimos dias acerca de meu casamento com Sérgio de Saramago. Somos portugueses morando no Brasil, já há 20 anos, mas de maneira independente, e fui conhecê-lo a partir de seu filho Mateus, meu aluno do ginásio. Este não me sai da cabeça até hoje.
Acordei com o corpo elétrico. Meu marido já tinha saído para o trabalho, e eu fiquei ali, nua na cama, passando a mão entre as pernas, pensando nos olhares que troquei ontem com Cláudio, meu vizinho. Não demorou muito para ele me mandar mensagem: “Café da manhã ou sobremesa?”
Fui até a casa dele de camisola fina, sem calcinha. Bastou ele abrir a porta para me agarrar. Senti sua boca faminta, suas mãos puxando meus quadris, e em minutos eu já estava montada nele, na mesa da cozinha, gozando alto, sem medo de ninguém ouvir. O cara é maluco, e por ser marceneiro desafia que a mesa, madeira pura, não vai se partir na minha cavalgada sobre o teu pau gostoso.
Passei o dia tentando me concentrar nas tarefas de casa, mas minha cabeça só rodava entre vontades, e também no garoto. À tarde, encontrei um antigo amante, Renato, no bar. Ele me olhou como quem reconhece um vício, o de chupar pau por exemplo. Eu deixei que sua mão subisse por minha coxa, por debaixo da saia. Fomos ao banheiro. A pressa dele me excitou: enfiou a boca entre minhas pernas, de joelhos, sem cerimônia. Quando ele entrou em mim ali mesmo, contra a parede, eu gemi o nome dele tão alto que alguém deve ter ouvido.
No dia seguinte, acordei com mensagens de dois amantes pedindo para me ver. Eu ri sozinha. Decidi que não negaria nada a mim mesma. De manhã, encontrei Cláudio de novo — dessa vez no carro. Ele me fez sentar no colo dele, sem roupas íntimas, depois dirigiu pela estrada, enquanto eu trabalhava com a boca, a ereção dele, mordiscando a cabeça do cacete, arriscando tudo, tomar uma repelida e/ou sofrermos um acidente. Ele me traçou na estrada, junto ao milharal.
À tarde, fui até Renato. Me recebeu com vinho e língua. Fiquei horas explorando seu corpo, chupando-o até deixá-lo implorar: “Por favor, não seja malvada!”. Mas eu tava treinado pra ele, e não dei créditos à apelação. Tive que engolir a gosma, de tão repentina que veio.
À noite, voltei para casa. Meu marido parecia mais apaixonado – a minha cara denunciava algo. Ele me puxou pela cintura, e eu deixei que me possuísse ali mesmo, na sala e pelo traseiro. Puxou a minha calcinha e a sua vara foi direta no meu reto – se quer reconquistar o macho, engate na traseira! Sorri, porque ele achava que era uma reconciliação. De certa forma, era.
De madrugada, aquele cuja porra eu engoli pela primeira vez teve a ousadia de apertar minha campainha. No corredor, me abraçou diferente, revelando que babaca se conquista engolindo o produto. O abraço semelhante me avivou a falta “dele”. Voltei pro quarto, e fiz amor com meu marido, como não fazíamos há meses: eu me entreguei de quatro para ele, implorando por força, querendo que sentisse que eu ainda era dele. Gozamos juntos, exaustos.
Hoje decidi escrever. Estou deitada, nua, ainda molhada do banho que tomei depois de mais uma manhã ardente. Meu marido dorme satisfeito, pensando que me reconquistou. Mal sabe que todo esse jogo teve outro motivo. Porque, na verdade, quando me casei, não foi por ele. Foi pelo enteado.
Foi por aqueles olhos jovens que me desnudaram no primeiro almoço de família. Desde então, tudo que faço — cada amante, cada traição, cada reconciliação — é só uma preparação. Eu me casei, me entreguei, me aperfeiçoei… mas no fundo, esperava pelo dia em que teria coragem de atravessar a porta do quarto “dele” e realizar o verdadeiro desejo que me consomia.
Chegou o Julho, e com ele, as férias. Mateus estava na sala. Entrei apenas de calcinha, deixando que o tecido mínimo marcasse minhas curvas, sentando-me ao lado dele, encostando meu corpo com naturalidade, deslizando a mão sobre sua coxa. Ele me olhou surpreso, e eu sorri, sentindo o desejo aumentar em ambos. Cada toque era calculado, provocativo, intenso. O calor do nosso contato subia lentamente, e a tensão entre nós tornou-se quase insuportável. Ali, só eu conhecia o verdadeiro motivo de todo o meu comportamento, de cada amante, de cada reconciliação com meu marido. Era por ele, por esse segredo que ardia dentro de mim.
Enquanto me perdia nos olhos dele, nos toques e na proximidade, senti que todo o jogo de sedução, todos os dias de entrega e provocação, finalmente convergiam para esse momento que eu esperava desde o começo. Eu me entregava, completamente consciente, saboreando cada segundo de um desejo proibido, intenso e profundo, sabendo que só agora a história começava a ser realmente minha.
Por ideia dele, e em respeito ao pai, a cena só se repetiu em um motel. Entrei no apartamento e senti meu corpo tremer sozinho, ainda nua, pensando nos olhares que troquei com Cláudio, sem saber que é amante-corno, coitado! A camisola fina que escolhi não escondia nada, e assim que ele abriu a porta, suas mãos me agarraram, percorrendo cada curva, cada centímetro da minha pele. Num dado momento, agarrei e abocanhei o pau, já sabendo que pertence à mamãe aqui, mesmo que compartilhado. Montei nele também, de virada, mas diferente do pai, não me botou abaixo da superioridade talvez hereditária. Eu que tive de encaminhar a rola ao orifício traseiro, mas isso é questão de querer dar consentimento.
Depois, a sede de contar a novidade me levou a encontrar Renato no bar. Ele me olhou como se eu fosse um vício antigo que finalmente podia consumir de novo. Fui para o banheiro, encostada na parede fria, e enquanto sua língua explorava cada milímetro do meu grelinho, eu confessava que estava apaixonada pelo meu enteado. Isso dava mais tesão a ele, em ter a exclusividade de ouvir isso, estando “em poder” de me levar às nuvens pelo simples fato de ser “decidida”.