A infiltrada 08 — Quem manda sou eu

Da série A Infiltrada
Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 3625 palavras
Data: 26/08/2025 07:00:49

Era tarde da noite quando o carro parou na rua de algum bairro residencial. Naquela hora, não havia nenhuma pessoa andando por ali. Ninguém estava lá para ver o beijo longo e lascivo entre as duas mulheres no interior do veículo. As mãos, percorrendo os corpos, não foram notadas e nem mesmo os gemidos foram ouvidos. Aliás, nada do que foi dito foi ouvido por ninguém, principalmente a última frase, dita à Patrícia quando saía do carro.

— Me chame de Júlia.

Estava longe da Logística Sul, de Eduardo, Camila, César ou qualquer um de seus alvos. Era a primeira vez em dias que usava seu nome verdadeiro. Em algum momento, se viu obrigada a compartilhar informações com aquela jornalista e a confiança nela foi uma necessidade. O que aconteceu nesse momento no ateliê foi ainda mais forte do que acontecia com Camila. A esposa de Eduardo era um alvo e com ela ainda era necessário assumir um papel e enganá-la. Patrícia, naquela altura dos acontecimentos, era uma cúmplice. O envolvimento improvisado das duas para distrair César de seus reais objetivos as aproximou de uma forma inesperada. Havia uma parceria entre as duas, selada com aquele beijo. Júlia entregou seu nome verdadeiro, assim como Patrícia entregou o endereço de sua casa. Cada uma deu uma parte importante de si.

Nem por isso, Júlia se sentia menos confusa. Ainda nutria sentimentos por Camila, pois uma agonia se abatia em seu coração sempre que lembrava dela. Ela também temia por César, pois, por mais que tivesse sucesso em comprometê-lo em sua atividade irregular, não fazia ideia de como aquele homem reagiria. Tinha a certeza de que ele seria mais uma pessoa a manipular, deixando tudo mais difícil. O quebra-cabeça estava se fechando, mas ainda não se sabia onde estavam as armas roubadas e nem quando seriam transportadas. Ao menos, Júlia sabia que as armas seriam transportadas com as pinturas de Camila, o que dava a certeza de que as armas ainda estariam em posse da Logística Sul.

Naquela noite, Júlia demorou a dormir. Pensar em Patrícia e Camila a perturbava, pois ser dissimulada e fria era parte essencial de sua missão. O sucesso dependia do quão egoísta poderia ser, ao manipular as pessoas com quem convivia. Não devia perder tempo fazendo julgamentos de terceiros e, principalmente, de si própria. Suas emoções tornavam aquela missão mais difícil do que deveria. Ela custou a pegar no sono e dormiu pouco, sendo acordada por uma ligação.

— General Mendes! — disse Júlia ao se levantar com o telefone junto ao rosto.

— Capitã, quero relatório da missão.

— Sim, senhor! Descobri que as armas estão em algum dos galpões da Logística Sul. A empresa recebeu uma injeção de recursos que serviu para quitar as dívidas e permitiu investir em caminhões novos. A responsável pelo empréstimo é uma agricultora chamada Elisabeth Barbosa, que também contrata a esposa do dono da empresa para fazer pinturas para ela. Descobri que as armas foram desviadas do quartel com material de pintura entregue a ela. As armas serão enviadas para Elisabeth, muito provavelmente com as pinturas finalizadas.

— Elisabeth Barbosa. Você está me dizendo que…

— Sim, senhor. Ela é a Baronesa.

— Tem alguma prova disso?

— Terei quando conseguir as armas de volta.

— Onde elas estão?

— Ainda não sei, senhor.

— Então você não tem nada. Está aí há dias e não descobriu nada. O alto comando está em cima de mim, querendo essas armas de volta e tudo que você me traz é uma teoria envolvendo uma das maiores agricultoras do país. Quando digo que está no caso, tudo que ouço é a preocupação de você não estar se dedicando à missão.

— Senhor, eu estou dando o meu melhor, estou quase…

— Sei bem o que está dando, capitã. Já fodeu com quantos até agora?

Júlia engoliu em seco antes de responder — Quatro pessoas, senhor.

— Essa boceta devia conseguir informações mais valiosas. Você não tem nada. Se eu souber que está usando a missão só para foder, eu acabo com a sua carreira. Entendido?

— Sim, senhor. Vou conseguir hoje a informação sobre a localização das armas.

O telefone desligou e o coração da capitã estava acelerado. Tinha se dado conta da lágrima escorrendo em seus olhos e se espantado com o próprio abalo. Era normal o General Mendes gritar com ela, sugerindo que ela se envolvesse pessoalmente nas missões, pois era a forma dele manter a pressão sobre os subordinados. Provocá-la com julgamentos morais sobre a sexualidade dela também era um jeito de mantê-la “motivada” pela raiva. Com o tempo, aprendera a ignorar tudo isso, pois seu treinamento a ensinava a ignorar julgamentos alheios. Aquela vez, entretanto, era diferente. Júlia de fato estava envolvida com Patrícia e Camila e os julgamentos morais de Mendes, de fato, faziam sentido. Pela primeira vez, Júlia se sentia suja.

A capitã desabou na cama e o tempo que lhe restaria de sono passou chorando. Se perguntava se fazia sentido sentir aquilo tudo. Fora treinada para manipular pessoas e sentia-se constantemente julgada pelo fato de ser excelente no que fazia. A disciplina rígida a impedia de exigir reconhecimento pelos seus serviços, mas pela primeira vez ela enxergava as cobranças como abuso.

Convencida de que aquela missão tinha que terminar logo. Júlia voltou a se levantar assim que as lágrimas secaram. Voltou a ser “Kátia”, usando um vestido azul-marinho, de mangas curtas, sem decote, mas bem marcado na cintura. Chegou no escritório um pouco atrasada, mas o encontrou vazio. Era a oportunidade de vasculhar os arquivos da empresa e ver se havia alguma informação sobre onde poderiam estar aquelas armas. Sua busca, porém, não durou muito tempo, pois César apareceu.

— O Eduardo está te chamando no galpão da Camila — disse o segurança.

O antes sisudo funcionário exibia um sorriso malicioso. “Kátia” conhecia aquele sorriso. Era o mesmo dos homens que achavam que a dominavam. Ela retribuiu o sorriso no mesmo tom de malícia e o acompanhou até o ateliê. Lá estavam Eduardo, Camila e uma terceira e desconhecida pessoa. Era uma mulher de uns cinquenta anos, com os cabelos pretos, curtos e olhos azuis. Vestia um blazer de linho cor bege e uma blusa com uma leve transparência por baixo e uma calça de linho da mesma cor do blazer. Exibia um sorriso largo de alguém que se divertia em ser o centro das atenções ali. O caminhão já não estava mais no galpão e todos os quadros estavam descobertos. A atenção dos três, entretanto, se dirigia a apenas um, até “Kátia” chegar.

— Então, essa é a modelo? — disse Elizabeth ao cumprimentar a assistente — você é mais linda pessoalmente.

— Obrigada! — respondeu “Kátia”, pega de surpresa com o elogio, para só depois entender o motivo: de todos os quadros, o que mais despertou a atenção dela foi o seu, em que estava nua e debruçada sobre o motor do caminhão.

— Falei, ela é linda! — disse Camila ao abraçá-la e dar-lhe um beijo na bochecha. “Kátia” retribuiu o abraço carinhosamente. Podia sentir o aperto cheio de desejo da esposa de seu chefe.

— Linda desse jeito, quero você para mim, ao invés do quadro — disse Elisabeth.

— Eu não deixo — brincou Camila, apertando ainda mais o abraço em “Kátia”.

— Creio que a namorada dela é quem não vai deixar. — disse Eduardo.

Aquela frase inesperada fez o coração de “Kátia” acelerar. Se Eduardo sabia daquilo, foi porque César contou. A partir daquele momento, percebeu-se sem o controle da situação, pois não sabia o quanto da noite anterior tinha sido revelado a ele. O abraço de Camila se desfez imediatamente e os olhos alegres da pintora mudaram completamente.

— Que pena! — respondeu Elisabeth — mas pelo menos ela gosta de mulher, quem sabe a namorada não gosta de dividir.

— Parece que a namorada dela é bem liberal. Não é, César?

— Sim, senhor. Ela é bem… “moderna”, como falam.

O rosto de “Kátia” enrubesceu.

— Ela é uma sortuda, isso sim — disse Elisabeth antes de voltar os olhos para o quadro.

A cliente olhava para o quadro, mordendo os lábios sem esconder seu desejo. “Kátia”, pela primeira vez, não sabia o que responder ou como agir naquela situação. De repente, havia perdido o poder de influência sobre todos ali, restando apenas Elisabeth. Pensou em jogar um charme para cima daquela mulher, mas se sentia estranhamente constrangida em fazer aquilo na frente de Camila. Por sorte, ou azar, o interesse daquela mulher nela era incomum.

— Eu não acredito que esse bumbum é todo seu. Pensei que a Camila tinha aumentado no quadro — brincou Elisabeth, ao olhar a bunda de “Kátia”.

De repente, não apenas ela, mas Eduardo e César também olhavam o bumbum de “Kátia”. Parecia não ter como ficar mais constrangedor, mas piorou.

— Que lindeza, hein — disse Rafael, ao aparecer do nada. — Eu sempre reconheci o talento da “Katinha”.

César e Eduardo riram e, pelas expressões em seus rostos, “Kátia” percebia que eles a olhavam como uma vagabunda. O olhar melancólico de Camila dava a entender que ela pensava o mesmo. Sem saber como reagir, se deixou levar pela situação, enquanto era exibida por Elisabeth e, ao mesmo tempo, ridicularizada por aqueles homens. A presença repentina de Rafael parecia piorar tudo, além de não fazer sentido o fato dele estar ali. Apesar disso, foi justamente o caminhoneiro que fez a conversa mudar de rumo.

— Você é o tal sombra, que vai levar minha mercadoria?

— Sim, senhora. Vou levar quando estiver tudo pronto.

O assunto mudou radicalmente para a contratação da Logística Sul para o escoamento da produção de soja, tirando “Kátia” do foco da conversa. O alívio, entretanto, não foi absoluto, pois enquanto Elisabeth e Eduardo falavam sobre cargas e rotas, “Kátia” desviava seu olhar para uma desolada Camila. A expressão de tristeza dela fazia seu coração doer. Enquanto lidava com a inédita dor de ter magoado alguém, “Kátia” tentava entender porque Elisabeth falava tanto de soja e nada da entrega daquele conjunto de quadros que havia encomendado. A conversa terminou, sem respostas.

De volta ao escritório, “Kátia” percebeu seu chefe mais silencioso do que o normal. Tinha certeza de que tinha relação com o que César teria dito a ele e decidiu provocar alguma conversa para ver a reação dele.

— Sr Eduardo, eu não tenho os dados da Dona Elisabeth no sistema. Poderia me passá-los.

— Vou passar quando ela nos contratar — disse Eduardo, em tom seco.

— Pareceu tudo certo, ela inclusive disse que o Rafael levaria a mercadoria dela.

— Eu não sei nada dessa mercadoria.

— Como assim?

— Me diz uma coisa, Kátia, além dessa sua namorada e o Rafael, quem anda te comendo aqui dentro sem eu saber?

A assistente engoliu em seco, mas fez sua melhor expressão de indignação.

— Que pergunta é essa, Sr Eduardo?

— O César viu você com sua namoradinha no ateliê e agora vejo o Rafael cheio de intimidade contigo. Eu nem fazia ideia de que você conhecia os caminhoneiros.

— Conversei com todos eles para coletar as informações e atualizar o sistema, o Senhor não lembra?

— Não lembro. — disse Eduardo.

Seduzir o chefe o fez prestar mais atenção em suas curvas do que em seu trabalho. A tática de atraí-lo sexualmente se virou contra ela.

— Pode perguntar a qualquer um dos caminhoneiros. Entrevistei todos eles e o Rafael, desde o primeiro contato, tenta ter essas liberdades comigo. Se perguntar a eles, vai ver que eu o cortei na hora. — disse “Kátia”, com indignação genuína.

Eduardo olhou para ela, descrente. — Não importa. Só quero que saiba que estou de olho no que anda fazendo por aqui. O sistema novo ainda não está implantado e a empresa continua uma bagunça. Eu achava que você fazia hora extra trabalhando e agora não sei mais no que esse tempo foi gasto. Se esse sistema não for implantado logo, não terei motivos para continuar com você — disse Eduardo.

— Isso é ciúme, Eduardo?

O chefe riu — você não vale o ciúme.

O sangue de “Kátia” ferveu, como poucas vezes em sua vida. Eduardo não apenas a humilhava, mas o fazia igual ao General Mendes, julgando moralmente ao mesmo tempo, em que se aproveitavam dela e sua flexibilidade moral. Os homens, os chefes, eram todos iguais. Por um momento, “Kátia” pensou em subjugar aquele homem com facilidade e obrigá-lo a engolir cada palavra. Entretanto, se manteve calada e sentou em seu lugar, reiniciando o trabalho. Pouco tempo depois, César apareceu e Eduardo saiu com ele.

O sorriso sarcástico do segurança assim que saiu fez entender o que acontecia. César não contou a Eduardo sobre tudo o que aconteceu, apenas o suficiente para afastá-la de Eduardo e Camila ao mesmo tempo. Como um homem de confiança, não queria a concorrência de uma mulher que seduzia seu chefe. César era um rival que ela não previu, talvez por estar preocupada demais com Camila. Eram muitos erros naquela missão.

Outra coisa a intrigava. Eduardo parecia muito relapso para alguém que traficava armas. Dizer não saber sobre a entrega da mercadoria de Rafael a Elisabeth poderia até ser um gesto de desconfiança, mas era estranho ele se esquecer de ela ter cadastrado todos os caminhoneiros. De fato, o chefe se comportava despreocupadamente, fiscalizando pouco o trabalho de sua assistente. Ela começava a se perguntar se a imagem de um chefe distraído fosse apenas a fachada para um sócio de uma organização criminosa complexa. “Kátia” se culpava por não fazer aquelas reflexões antes, pois naquele momento já não fazia mais a diferença.

Havia algo mais urgente para pensar. Elisabeth visitar a empresa significava que as armas seriam enviadas a ela logo. Era necessário saber onde elas estão e quando seriam enviadas, pois nem Eduardo e muito menos Camila lhe dariam respostas devido à manipulação de César. Havia, entretanto, uma única pessoa que poderia ajudá-la a responder essa pergunta, que ainda poderia ser influenciável.

Se aproveitando da saída de Eduardo, desceu até o pátio de manobras. Cruzou a área aberta algumas vezes, fazendo perguntas aos caminhoneiros até ser direcionada a um galpão menor, fechado como o ateliê de Camila, mas do lado oposto. Passando pelo portão, o fechou atrás de si. O cheiro de óleo e graxa tomou suas narinas assim que entrou. Havia dois caminhões estacionados e um no centro, com a cabine tombada. Ela conhecia bem aquele veículo.

— Oi, “Katinha”, está me procurando? — disse Rafael, ao aparecer das sombras com uma chave de boca na mão. Vestia uma calça jeans e uma camisa surrada. Tinha manchas de graxa pelo corpo, as quais faziam o faziam carregar o mesmo odor.

— Sim, eu preciso de umas informações suas.

— Precisa, é? — disse o caminhoneiro, com um sorriso sarcástico no rosto.

— Sei que vai fazer uma viagem para a Dona Elisabeth.

— Isso mesmo, estou preparando o caminhão.

— Pelo visto, vai ser nos próximos dias. Sabe me dizer quando?

Rafael franziu o cenho — Por que quer saber?

“Kátia” ignorou o estranhamento do caminhoneiro — O Sr. Eduardo pediu para colocar no sistema.

Rafael sorriu, irônico. — O Sr. Eduardo não tem nada com isso.

Aos olhos dela, a recusa do caminhoneiro seria apenas uma forma de barganhar algum favor dela. Após ver a pintura da assistente nua, ele ficou mais afoito do que normal. Olhava “Kátia” de cima a baixo o tempo todo, exibindo um sorriso carregado de malícia. Após o que passou com aqueles homens, todos mais cedo, não estava disposta a seduzir ninguém.

— Rafael, por favor, me dê só essa informação. O Sr Eduardo está precisando. Quer que eu diga para ele que está se negando a me falar?

— Eu já falei, lindeza. O Sr Eduardo não me importa. Pode falar o que quiser com ele. Você sabe, minha informação tem preço.

Era inacreditável para “Kátia” que aquele homem estivesse pagando para ver. Parecia saber que Eduardo estava descontente com ela, a ponto de sua chantagem não surtir efeito. Ela se perguntava se César chegou a contar para ele, e talvez aos demais caminhoneiros, sobre o que havia feito na noite anterior. Ela ficou sem alternativas.

— Tudo bem, Rafael. Faço o que quiser.

O sorriso no rosto do caminhoneiro ficou mais largo. Ele olhou para o caminhão e depois para ela. — Foi nesse caminhão que ela te pintou, não é? Fica aqui, do jeito que estava na pintura.

“Kátia” franziu o cenho, com indignação genuína. — Isso é coisa para se pedir, Rafael. Não posso tirar minha roupa aqui para você.

— Tirou para a Camila. Não pode tirar para mim?

— Não é o mesmo. A Camila é uma artista.

Rafael gargalhou — Sei muito bem o tipo de arte que você faz. Se não quiser, tudo bem. Vai saber o dia em que vou sair quando eu já estiver fora.

O caminhoneiro deu as costas a “Kátia”, se dirigindo ao caminhão. Ela não tinha mais o que argumentar.

— Tudo bem. Deixo você me olhar.

O caminhoneiro voltou a sorrir e voltou sua atenção para a assistente. “Kátia” despiu-se do vestido, da calcinha e do sutiã, colocando as peças devidamente dobradas em uma mesa ao lado de ferramentas. Desfilou, sensualmente, até o caminhão, onde se colocou debruçada sobre o motor, da mesma forma que Camila havia registrado em sua pintura. Curvou o pescoço, olhando para Rafael, que se aproximava. — Então, fiz a minha parte. Vai me dizer?

— Não sei se estou satisfeito — disse Rafael, ao tocar as mãos na bunda da assistente.

“Kátia” sentiu aquelas mãos ásperas lhe apertarem as carnes e abrirem sua bunda. Estava exposta. Os toques inquietos percorriam suas costas, deslizavam para os seus seios, os apertando. Podia ouvir a respiração daquele homem se acelerar à medida que explorava mais o seu corpo. As mãos voltaram para suas coxas e depois para o quadril. Uma delas deslizou por entre as nádegas, e aqueles dedos crespos roçaram na parte mais delicada do seu corpo até encontrar seus lábios molhados. O gemido involuntário foi mais autêntico do que ela gostaria.

— A putinha está gostando…

— Já está satisfeito? Não quer me dizer quando vai levar a carga da Elisabeth? — perguntou “Kátia”, impaciente.

— Ainda não.

O roteiro daquela cena já estava escrito e “Kátia” estava cada vez mais certa de que Rafael não lhe entregaria o que queria por pura vontade de humilhá-la. Tudo estava dando errado naquele dia e aquilo só terminaria quando ela recuperasse o controle da situação.

— Sei o que você quer, deixa eu dar para você. — disse ela, ao sair da posição junto ao maquinário do caminhão e segurar a mão do caminhoneiro para afastá-lo dali.

“Kátia” levou Rafael até um pilar e o empurrou contra ele com força, o assustando. Se ajoelhou na frente dele e abriu sua calça, expondo a rola já dura. Segurou o membro e o lambeu, lentamente, olhando-o nos olhos para depois engoli-lo. O caminhoneiro teve que se segurar no pilar quando perdeu as forças nas pernas com o toque macio daqueles lábios. A assistente o mamou vagarosamente até perceber aquele homem quase gozar e tirou o pau da boca.

— Vai me contar o que quero?

— Quero sua boceta primeiro.

Um sorriso brotou no rosto de “Kátia”. Era carregado de malícia, mas também de sadismo. Ela levantou e derrubou o caminhoneiro no chão para voltar a se sentar em cima dela. — Toma aqui a minha boceta — disse ela ao se sentar e engolir a rola de Rafael. Ela sentou, rebolou e quicou naquele membro duro. A cada movimento diferente, ela media a respiração e as expressões dele, aprendendo o que lhe dava mais prazer. Passou a rebolar, do jeito que ele gostava.

— E agora? Vai me dizer quando sai essa carga? — perguntou ela, com um sorriso lascivo no rosto.

Rafael sorriu — Só quando eu quiser. Primeiro, fica de quatro para mim.

“Kátia” sorriu, mas não obedeceu. Ao contrário, suspendeu um pouco o quadril até ter apenas a glande entre os lábios da boceta e iniciou um lento rebolado, fazendo o caminhoneiro gemer desesperado. Com a respiração dele acelerando e cada vez mais próximo do orgasmo, “Kátia” suspendeu mais o quadril até o pênis sair totalmente de dentro dela.

— E agora, vai me contar.

— Sua puta, me deixa gozar.

O sorriso de “Kátia” voltou a ter um contorno sombrio. Ela voltou a abaixar o quadril, engolindo a rola do caminhoneiro, mas dessa vez o segurou pelo pescoço — acho que você não entendeu, querido. Quem manda aqui sou eu.

Os olhos de Rafael arregalaram quando a mão lhe apertou o pescoço. Ao mesmo tempo, o movimento lento e sensual do quadril fazia os lábios da boceta de “Kátia” deslizarem suavemente em torno da sua rola. O homem gemia fraco, com o pouco ar que passava em sua garganta. O sufocamento aumentava estranhamente o seu prazer e nem cogitava lutar para se soltar. Com o orgasmo próximo mais uma vez, “Kátia” interrompeu seus movimentos e afrouxou a mão.

— Então, vai me dizer quando esse caminhão sai.

Com um pouco mais de ar passando pela garganta, Rafael respirava ofegante — ele sai amanhã cedo, às oito horas.

— Bom menino — disse “Kátia” ao abandonar o pau do caminhoneiro e se sentar em seu rosto. Segurando o homem pelo cabelo, rebolou, sem sutileza alguma, esfregando a boceta no rosto dele. Ela gozou, fechando as pernas contra a cabeça de Rafael, enquanto se segurava para não gritar. Ficou ali, sentada sobre ele por alguns segundos enquanto se recuperava. Ao se levantar, Rafael começou a puxar o ar com mais força depois de quase ser sufocado.

“Kátia” foi até à mesa, vestiu sua roupa com tranquilidade e saiu caminhando naturalmente — obrigada pela informação e pelo resto. Eu estava mesmo precisando disso. — disse ela ao caminhoneiro ainda no chão, com o pau duro apontando para o teto.

Com a informação que faltava, bastava chamar o exército para fazer um flagrante no momento em que o caminhão estivesse sendo carregado. Já tinha o celular na mão quando Camila apareceu na sua frente, ainda com cara de poucos amigos.

— Preciso te levar a um lugar. Venha comigo.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 348Seguidores: 332Seguindo: 122Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

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