“Kátia” deixou cair a água do chuveiro sobre seu corpo e permaneceu parada. As mãos de Camila deslizavam pelo seu corpo, ensaboando-o. Cada mancha de tinta e maquiagem de seu corpo era removida enquanto beijos eram distribuídos em suas costas. À medida que os beijos desciam, Julia abria suas pernas e oferecia seu corpo para o mesmo beijo íntimo que recebera junto ao caminhão. Foram mais orgasmos em um banho duplo que levou muito mais tempo do que precisava.
Júlia chegou em casa ainda com as sensações dos toques e beijos de Camila em seu corpo. Passou a tarde inteira e parte da noite se entregando de várias formas àquela mulher sem ter o controle da situação por nenhum momento. Era assustador, mas libertador ao mesmo tempo. Se entregar à curiosidade de Camila sobre seu corpo a fez sentir prazeres que nunca sentiu em suas missões, em que fazia sexo para conseguir informações. Aquilo, porém, era um sinal claro de que estava perdendo o controle de sua missão. Não era, inclusive, o único sinal. O comportamento evasivo de Eduardo poderia ser um problema. Júlia precisava daquele homem comendo em sua mão, e não com medo dela.
Com todas essas reflexões, ela se lembrou de seu treinamento e da diretriz principal dele: sempre ter o controle da situação. O dia seguinte seria dedicado a isso. Escolheu um vestido verde, solto para ir trabalhar e assim que entrou no escritório, foi direto em Eduardo. Enquanto o chefe olhava apreensivo para ela, deu a volta pela mesa para se aproximar dele.
— Eduardo, preciso conversar com você… — “Kátia” fez uma pausa, respirando fundo. — Ontem fiquei nervosa com você e acabei exagerando. Não queria ter gritado daquele jeito com você. Parecia uma louca, eu não sou assim.
Eduardo soltou o ar, aliviado. — Tudo bem, Kátia. Sei bem que agi errado. Não devia ter subido o seu vestido.
“Kátia” sentou-se no colo de Eduardo e o beijou na boca. — Vou te confessar uma coisa: você é muito gostoso e me excita quando faz essas coisas. Só que se fizer isso ali, todos vão ver. Imagine como seria ruim trabalhar aqui com todos aqueles caminhoneiros me tratando como se eu fosse uma puta qualquer. Você quer que eu seja só a sua puta, não é?
A mão de Eduardo subiu pela coxa de “Kátia” até lhe alcançar a bunda, carregando a barra do vestido consigo. — Você tem razão, quero você só para mim.
“Kátia” gemeu manhosa — então você me perdoa?
Eduardo puxou a calcinha de sua funcionária — Claro que te perdoo, meu amor.
Entretanto, “Kátia” segurou a calcinha. — Que bom, Edu. Só que continua cedo para a gente fazer isso aqui. De noite, deixo você tirar a minha calcinha, tudo bem?
“Kátia” se levantou do colo do chefe e, de costas para ele, suspendeu o vestido até a cintura. Ajustou a calcinha no quadril lentamente, enquanto olhava para Eduardo por cima dos ombros. Sorriu, maliciosa, ao terminar de ajustar a roupa e continuar com o seu trabalho. Ainda assim, foi uma manhã recheada de trocas de olhares, onde Eduardo parecia se conter. Enquanto isso, “Kátia” seguia seu trabalho enquanto ignorava as mensagens de Camila. Em algum momento, é claro, ele iria se levantar e “conferir” a evolução do trabalho de sua funcionária. Ele se debruçou sobre ela, com uma das mãos mergulhando no decote. “Kátia” arfou.
— Edu, eles vão ver!
— Estamos no fundo, ninguém tem vista para cá. Me conta, como foi o ensaio com a Camila? Ela me disse que pintou você nua.
Os dedos se esfregavam no mamilo de “Kátia”, que soltava um gemido baixo, manhoso. — Ela me deixou peladinha, Edu. Fiquei toda empinada para ela me pintar.
— Que delícia! Estou louco para ver a obra pronta.
“Kátia” viu naquele gesto cheio de desejo do chefe uma oportunidade. Ela abriu o decote por inteiro, expondo ambos os seios, permitindo ao chefe apalpá-los simultaneamente. Beijou Eduardo na boca, o deixando suscetível a responder o que ela quisesse.
— Aquele caminhão que ela usa nas pinturas é da sua frota antiga, não é?
Eduardo apertava os seios de “Kátia” com cada vez mais força, enquanto chupava o pescoço dela. — Sim, ela queria um caminhão para usar nas suas pinturas, então dei aquele para ela. Ela inclusive o usa para transportar as obras dela para clientes.
— Pensei que essa cliente era a primeira dela. — Disse “Kátia”, entre gemidos.
Eduardo chupou a orelha de sua funcionária — É a primeira importante. Por que a pergunta?
— Preciso registrá-lo também, né?
— Sim, claro. É o caminhão do Rafael.
— Ele que leva as obras da Camila?
— Sim.
Havia algo estranho em um caminhão tão grande levar uma coleção pequena para clientes sem expressão. Reconhecer essa estranheza não faria bem ao seu disfarce, sendo assim, “Kátia” não fez mais perguntas. Ela saiu de sua cadeira e se ajoelhou na frente do chefe, abrindo sua calça. Pôs o pau dele na boca e o chupou enquanto massageava os seios nus. Fez questão de que ele gozasse rápido e engoliu tudo. Lambeu todo o resquício de porra naquela rola e devolveu o chefe, saciado, para suas tarefas. Com ele feliz, ela poderia sair sem ter que responder perguntas.
Ao circular por todo o pátio de manobras, “Kátia” não encontrava Rafael. Apesar de seu novo caminhão estar estacionado, ele não se encontrava por perto. Ao perguntar aos demais caminhoneiros, teve respostas vagas. A verdade era que Rafael vivia escondido nas sombras, sendo esse o motivo de seu apelido. Ninguém sabia dizer onde, mas todos tinham certeza de que ele estaria descansando. Por mais de uma vez, ela subiu as escadas do caminhão e bateu na porta, imaginando que ele estivesse dormindo lá dentro. Não teve resposta do interior em nenhuma vez, mas na terceira, foi cercada por ele enquanto descia dos degraus.
— Me disseram que a lindeza estava me procurando. — disse ele, ao se manter junto aos degraus de entrada. Sem espaço, “Kátia” desceu quase roçando seu corpo ao do caminhoneiro.
— Sim, eu queria te perguntar uma coisa.
O olhar de Rafael percorreu as curvas de “Kátia” sem a menor discrição. — O que quer me perguntar? Quer ver meus documentos de novo?
Um calculado e debochado sorriso se formou no rosto de Kátia”, deixando o caminhoneiro levemente constrangido. — Seu bobo. Queria saber que cargas o senhor leva para a Dona Camila, no caminhão velho.
Rafael franziu o cenho enquanto torcia os lábios — olha, para ser sincero, eu não sei. Sempre me entregam esse caminhão carregado e me dizem para onde levar.
— Sério? Então, não te dão recibo de nada?
— Aprendi na minha profissão a não fazer perguntas — Rafael se aproximou ainda mais de “Kátia”, com os olhos fixos no decote. Perguntas têm custo, sabe?
Com os dedos médio e indicador, “Kátia” puxou levemente o decote do vestido para o lado, permitindo a Rafael um vislumbre de seus seios. — É uma pergunta para o seu chefe, o Sr. Eduardo. Por que isso teria custo?
O gesto de “Kátia” era discreto, porém poderoso. No vai e vem dos dedos no decote, ela puxava um pouco mais, expondo por instantes o seu mamilo. A respiração de Rafael acelerava. — É o seguinte, eu levo o caminhão para onde o Sr. Eduardo manda, deixo as chaves e sumo de lá. Volto uma hora depois, pego o caminhão e trago de volta.
— Sua última viagem com esse caminhão foi assim? — perguntou “Kátia”.
Um sorriso malicioso brotou no rosto de Rafael — essa informação tem mais custo ainda.
— Por favor, Rafael, eu preciso preencher um monte de planilhas ainda hoje. — implorou “Kátia”, apalpando o seio por cima do vestido enquanto mordia os lábios.
Rafael engoliu em seco — a última foi perto do quartel. Disseram ser doação de material de pintura para a Dona Camila, mas sobre isso não perguntei. — disse ele, com as mãos inquietas, sem esconder o desejo de tocar aquela mulher — mais alguma coisa?
— Era só isso, querido. Obrigada! — respondeu “Kátia”, ao ajustar o vestido e acariciar o rosto do caminhoneiro. Virou as costas e foi, deixando-o sozinho e cheio de desejos.
Nem o próprio caminhoneiro sabia da carga que seria carregada naqueles caminhões. A operação foi toda montada para nenhum envolvido ter a informação completa. Havia, porém, uma informação nova: para Rafael, o armamento desviado do quartel seria material de pintura doado para Camila. “Kátia” voltou ao escritório e lá se aproveitou de sua tarefa de organização para examinar mais documentos. Eduardo saiu no meio da tarde para uma reunião, avisando que não voltaria. Ela então aproveitou para olhar o computador dele, mas nada de informações. Não viu as horas passarem, só se dando conta do horário ao olhar para fora e ver as estrelas. Aquele seria um dia pouco produtivo e provavelmente ela só conseguiria mais informações conversando com Eduardo. Desligou seu computador, apagou as luzes e deixou o escritório. Cruzou o estacionamento até o seu carro, quando ouviu uma voz conhecida.
— Oi, Kátia! Pode me dar uma carona? O Edu foi para uma reunião e me avisou em cima da hora. Não vim com meu carro — disse Camila. A esposa do chefe já não vestia o macacão das sessões de pintura. Usava outro macacão, mais delicado. De linho, marcava bem a cintura e tinha alças finas, exibindo os ombros e os braços e um decote discreto.
Negar carona àquela mulher e deixá-la sozinha seria a pior das escolhas. “Kátia” a chamou para o seu carro e dirigiu pela rodovia. Um silêncio incômodo se fazia naquele veículo e “Kátia” torcia para que ele se mantivesse a viagem toda. Camila, entretanto, pediu para entrar em uma estrada de chão, que cruzasse a estrada. “Kátia” guiou o veículo por alguns minutos no meio do nada, naquela via cercada apenas por plantações. Estava em dúvidas se aquele era mesmo o caminho da casa de Camila, quando ela pediu que parasse o carro.
— Preciso conversar contigo — disse Camila.
Júlia sabia bem o que Camila queria com seu alter ego, “Kátia”. Ainda assim, fazer o papel da mulher confusa parecia a melhor estratégia. — Sobre? — disse, fingindo uma expressão assustada.
— O que está acontecendo com você?
— Como assim? — perguntou “Kátia”, fingindo não entender.
— Você não me respondeu o dia todo. Fiz algo de errado?
Ela de fato havia feito, mas “Kátia” não podia ser sincera quanto a isso. Pelo menos não completamente. — Me desculpe, Camila — “Kátia” cobriu o rosto com as mãos para depois jogá-las sobre o volante — É que me sinto muito confusa com relação a isso. Você é casada com o meu chefe, sinto que estou estragando o relacionamento de vocês e, ao mesmo tempo, pondo em risco o meu emprego. Me sinto muito culpada.
“Kátia” simulou seu choro o melhor que pôde e conseguiu convencer Camila, que acariciou seu rosto, compreensiva.
— Meu amor, me desculpe. Eu que pedi para você ser minha modelo e te envolvi. Por isso, estive te procurando, eu também estava confusa com tudo isso, sabe? Nunca havia traído meu marido, mas, ao mesmo tempo, o que fizemos foi maravilhoso.
— Sim, foi… incrível — disse “Kátia” com mais sinceridade do que gostaria.
— A gente fica presa a um monte de regras, para ser uma boa artista, uma boa esposa. Preciso me libertar disso, sabe?
— Entendo bem — disse “Kátia” ao lembrar coisas que precisou fazer em sua profissão.
— Sabe, a empresa do Edu tem crescido e tal, mas ele está cada vez mais distante. Hoje mesmo apareceu essa reunião do nada e ele me deixou sozinha.
— Bom, eu tenho certeza de que ele não faz por mal. Ele também tem as amarras dele.
— Pode ser. — respondeu Camila, cabisbaixa. Você tem as suas também?
“Kátia” pensou, respirou fundo. — Tenho. Todos me veem como excelente no que faço, mas, no fundo, não há prazer algum. Quanto mais a gente se doa na tarefa atual, parece que temos que nos esforçar ainda mais na próxima. No fim, somos só uma ferramenta, ninguém nos valoriza.
Camila repousou a mão na coxa de “Kátia” — Não sabia que se sentia assim.
— Acho que todo trabalhador se sente assim. Às vezes eu queria ser uma artista, como você.
Um sorriso sem muita energia brotou no rosto de Camila — Não queria, até com artista a gente vive presa, sabe? Eduardo conseguiu essa cliente que me pressiona para terminar a coleção a tempo para ela e quanto mais pressão recebo, menos criatividade eu tenho.
— Não pode negociar o prazo? Se ela gosta de arte, deveria entender.
— Quem me dera. Ela me doou os materiais de pintura. Eu nem precisava de doação, mas o Eduardo disse que deveríamos aceitar porque ela é uma cliente importante dele. Agora nem posso dizer que não entrego porque os materiais são dela.
A menção a quem entrega os materiais para uma cliente fez “Kátia” se lembrar do que Rafael havia dito mais cedo. — Quem é essa cliente?
— Uma tal de Elisabeth. Eu nem sei com o quê ela trabalha, mas ela contrata muita coisa com o Edu e desde então a empresa tem crescido. Ele se sente muito grato a ela e me usa para retribuir com o meu trabalho. Recebo recados de cobranças dela quase diariamente.
O nome Elisabeth poderia ser o suficiente para continuar as investigações nos registros de clientes. Camila, de qualquer forma, não parecia saber muito sobre ela. “Kátia”, então, continuou a conversa normalmente.
— Seu marido não poderia pedir a ela para cobrar menos?
— Ele não se importa, Kátia. Você deve achar estranho eu trair meu marido com você e ignorar para isso, mas a verdade é que ele não liga para mim. Tenho certeza de que ele tem uma amante.
“Kátia” engoliu em seco — Por que diz isso?
— Ele está mais distante do que nunca. Agora aparecem essas reuniões do nada. Aposto que está indo encontrar outra mulher.
Aliviada, “Kátia” afagou o rosto de Camila — Não diga isso. Casamentos são assim. Às vezes, um está trabalhando demais e dá pouca atenção ao outro. Não quer dizer que ele esteja me traindo. Você está criando uma justificativa para o que fizemos ontem.
— Você tem razão — disse Camila, cabisbaixa, para voltar sua atenção a “Kátia”. — É tão ruim o que fizemos?
Um sorriso discreto brotou no rosto de “Kátia” — bom, ruim para mim, com certeza não foi — disse, roubando um sorriso de Camila — mas é ruim para o Eduardo. Nós duas estamos traímos ele. Pode não ser um bom marido, mas é um bom chefe.
— Esquece o Eduardo, Kátia.
— Não posso esquecer, ele é meu chefe. Me sinto culpada pelo que aconteceu.
— Então é isso? É só culpa, o que você sente?
— Não é assim… eu…
Camila a interrompeu. — Eu também sinto culpa pelo que fiz. Era o meu marido. Só que ontem não foi uma transa qualquer. Aquilo mexeu comigo de uma forma que não imaginava. Me senti mais viva, como se a minha criatividade tivesse renovado. Não paro de pensar em ideias para quadros novos e toda vez que lembro de você sinto uma alegria que nem sabia que tinha mais. — Camila apertou os lábios com agonia, olhando para os lados em uma expressão triste. — Queria que você tivesse sentido o mesmo. — Camila abriu a porta e desceu do carro — pode deixar que volto andando daqui.
O coração de “Kátia” disparou ao ver aquela mulher sair do carro. Não estava acostumada a esse tipo de emoção, muito menos a reagir intempestivamente, mas ela saiu do veículo, chamando por Camila. Na frente do carro, a puxou pelo braço e a beijou na boca. — Me escute, Camila, não é isso. É que aprendi desde cedo a ser uma máquina para fazer meu trabalho, sendo fria e eficiente. Ao longo dos anos, esqueci da minha própria identidade e toda vez que estou com você parece que redescubro quem eu sou. Isso me assusta.
Camila a olhou nos olhos — meu amor, não tenha medo. Comigo, você pode se soltar e fazer o que quiser.
As mãos de Camila seguraram a bunda de “Kátia”, que retribuiu a carícia. As duas se beijaram por longos minutos, esfregando suas línguas entre si. “Kátia” desceu a alça do macacão de Camila até expor o seio. Seu toque a fez arfar enquanto olhava para os lados.
— Disse para eu fazer o que quisesse — brincou “Kátia”.
— É que estamos no meio da estrada.
— Uma estrada vazia. Não sei se poderei fazer isso de novo, então vou quebrar todas as regras com você agora.
“Kátia” abocanhou o seio exposto de Camila, roubando um tímido gemido dela. Ao esfregar lentamente a língua naquele mamilo, afastou a alça do outro ombro, expondo o outro seio. Ambos os seios foram delicadamente chupados, com o toque macio da língua circundando a cada um dos bicos. Mais um beijo na boca e “Kátia” suspendeu Camila em seu colo e a carregou até próximo ao carro. Iluminadas pela lua e o farol do veículo, os beijos continuaram intensos enquanto “Kátia” abria o zíper de Camila para a despir em seguida. Primeiro o macacão, depois a calcinha. A cada peça caída no chão batido da estrada, Camila olhava para os lados, apreensiva. “Kátia” a fez se deitar no capô e abriu suas pernas. O beijo, delicado e vagaroso, na boceta, fez Camila se curvar enquanto tampava a boca para seu grito não ecoar muito longe.
— Relaxa, amor, ninguém vai te ouvir aqui. — disse “Kátia” enquanto alisava as coxas de Camila em uma pausa, para em seguida voltar a chupar a boceta dela.
A língua investigava a intimidade de Camila, arrancando dela gemidos descontrolados. Usar a mão para tampar a boca ou até mesmo mordê-la era os artifícios para soar menos escandalosa. Uma mão lhe apertava a coxa enquanto a outra apalpava seu seio. Camila nunca havia feito algo tão inusitado. Transar com sua modelo no ateliê até então havia sido o sexo mais extraordinário que já tivera. Ficar exposta, ao ar livre, podendo ser vista por qualquer carro que passasse por ali, a preocupava. O toque gostoso daquela língua, porém, a prendia àquele carro e o máximo que poderia fazer era abafar seus gemidos. Se no dia anterior ela surpreendeu “Kátia”, dessa vez estava sendo dominada pelo prazer.
Quando a língua começou uma dança lenta com o seu clitóris, Camila socou o capô do carro e gemeu, livre, sem tentar se abafar. O grelo, enrijecido, era envolvido pelo toque úmido daquela língua que se esfregava nele lentamente. A respiração esquentava sua intimidade enquanto o capô lhe aquecia as costas. O vai e vem lento da língua em seu grelo acelerava seu coração, fazia sua respiração aumentar o ritmo e seus gemidos se tornaram um grito escandaloso enquanto suas costas arquearam com ainda mais amplitude. As coxas de Camila prenderam a cabeça de “Kátia” entre elas. A respiração ofegante se misturava aos gritos descontrolados daquela mulher que ficou por um bom tempo jogada naquele capô, recuperando a respiração.
Camila escorregou pelo capô, sendo abraçada por “Kátia”. As duas se beijaram na boca mais uma vez, roçando as coxas entre si. O vestido de Kátia foi retirado, deixando-a apenas de calcinha. A mão mergulhou naquela peça e “Kátia” gemeu. Ao contrário de Camila, “Kátia” gemia despreocupada, sem se importar se seria vista ou ouvida. “Kátia” rebolou na mão de Camila enquanto a beijava na boca. Depois, subiu no capô. Engatinhando sobre o carro, ela tirou a calcinha e se pôs de quatro. Ao encostar o rosto no metal quente do capô, ela afastou os joelhos, deixando sua bunda empinada e aberta para Camila. “Kátia” não seria surpreendida dessa vez, ao invés disso, queria se entregar por completo.
— Me chupa aqui de novo!
As mãos de Camila se apossaram das coxas de “Kátia” e a língua lhe separou os lábios. Ela não gemeu e sim gritou desde o início. Não queria, de forma alguma, se limitar ao papel que seu disfarce lhe impunha. Dessa vez, “Kátia” não se deixou levar, mas se entregou por inteiro àquela mulher. Ao degustar o prazer de se arreganhar ao ar livre para ter a boceta chupada, “Kátia” se libertava das amarras de sua missão, nem que fosse por apenas uma noite. Era uma rendição completa ao prazer, ao ar livre.
— Isso, meu amor, me chupa!
O quadril de “Kátia” balançava, ajustando-se ao toque macio e úmido da língua que investigava. “Kátia” gemia descontrolada, mas com um sorriso no rosto que encostou no capô. Ao parar de rebolar, subiu um pouco a cabeça para olhar por sobre os ombros, buscando Camila.
— Bate da minha bunda.
Um sorriso sapeca brotou no rosto de Camila, que acertou forte as nádegas de sua amante.
— Bate mais forte, amor! — gritou “Kátia”
Camila acertou mais dois tapas com mais força.
— Isso, amor. Bate na minha bunda!
Ao se divertir estapeando aquela bunda farta, Camila abriu aquelas nádegas e passeou a língua em outro lugar sensível.
— Que delícia essa língua no meu cu! — Gritou “Kátia”
Ao ouvir o grito de “Kátia”, Camila investiu no beijo grego, passando a língua pelas pregas, medindo pelos gemidos dela o jeito mais prazeroso. “Kátia”, voltou a rebolar, implorando que sua amante continuasse lhe chupando o cu. Levou os dedos à boceta e começou a se masturbar com o rosto de Camila enfiado em sua bunda. “Kátia” gozou e, como da outra vez, segurou Camila pelo cabelo, puxando-a contra si. Ela gritou o mais alto que pode. Sentiu-se livre como nunca. “Kátia” havia deixado de ser um disfarce de Júlia para se tornar o meio para expressar sua verdadeira identidade.