Um homem tem exames médicos ruins e passa a frequentar a mesma academia que a sua esposa. Talvez ela tenha planos em mente sobre isso.
(Essa é uma história de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa história são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa história.)
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O olhar do médico lendo com atenção os meus exames é mais severo do que eu esperaria e isso estava me deixando nervoso.
Eu já havia verificado as medições e opiniões na internet e sabia que a minha situação não era das mais agradáveis.
Elisabeth, a minha esposa, já havia feito diversas críticas a minha vida sedentária e pouco saudável. Trabalhando em casa isso se torna um agravante.
— Você deve saber que os seus exames não estão nada seguros para um jovem de apenas vinte e quatro anos.
Olhei por um momento para a expressão séria da minha esposa. Como tudo parecia ter mudado tanto de um ano para o outro? Eu me sinto bem, como sempre, e não esperava que meus exames de rotina pudessem estar ruins.
Elisabeth e eu temos apenas alguns meses casados. Nos conhecemos profissionalmente, ela é a advogada que cuidou das transferências de bens com o falecimento dos meus pais. O nosso namoro foi curto.
Embora sejamos diferentes, temos vários gostos em comum. Foi muito bom encontrá-la e ela me ajudou muito durante a fase difícil após o acidente. Não tenho parentes próximos e nos mudamos para um novo país a uma década atrás.
O médico continuou com muitas explicações técnicas. Fiquei feliz quando deixamos o seu consultório com algumas receitas médicas e muitas recomendações.
Entramos no carro da minha companheira em silêncio. Ela está visivelmente irritada e assim que entramos em movimento ela disse:
— Está vendo, eu vivo te dizendo para sair mais, fazer mais exercícios.
Eu sempre fui uma pessoa saudável, raramente estive doente na vida, mas realmente engordei um pouco. Ela continuou:
— Eu vou deixá-lo em casa, passo na farmácia e vou te inscrever na nova academia que estou frequentando.
***
Li a lista de trabalhos que eu poderia pegar para fazer e descartei todos, abandonando o computador.
Eu sou programador de computador independente e pego serviços de diversos países em alguns sites na internet. Isso não consegue nem de longe pagar as nossas contas, mas eu tenho alguns imóveis de locação que herdei dos meus pais, além de uma boa poupança, e isso deixa a nossa situação financeira tranquila. O meu trabalho, diferente de Elisabeth, é mais um hobby do que algo que poderia nos sustentar.
Peguei na mão um dos potes da farmácia que Elisabeth havia comprado. São três remédios de manipulação que tem poucas informações em seus rótulos, além do meu nome e dos horários que deveriam ser consumidos. Para quem poucas vezes tomou remédios na vida isso me pareceu um pouco assustador.
Ainda faltavam dez minutos para o horário do remédio da tarde. Querendo resolver logo isso, peguei um copo de água e o engoli rapidamente. Ele tem um sabor levemente amargo, mas que desaparece em poucos minutos.
Decidi voltar ao computador e tentar me distrair um pouco. Elisabeth chegaria em uma ou duas horas para me levar conhecer a academia. Eu havia comprado um novo jogo de computador há alguns dias e não havia instalado ele ainda.
***
Elisabeth chegou com algumas sacolas. Eram algumas roupas novas de ginástica masculinas do meu tamanho.
A minha esposa e eu temos praticamente a mesma altura, embora eu seja mais pesado. Por um momento achei engraçado o meu pensamento que poderia usar as suas roupas de ginástica, mas elas são femininas.
Seguimos para a academia no carro dela. Ao contrário da saída do médico pela manhã, agora ela está bem humorada. Isso me faz relaxar mais e quase esquecer o desastre dos meus exames.
Andamos por pouco mais de trinta minutos. Chegamos a um lugar discreto parecendo um galpão com um estacionamento com alguns carros. A liberação da entrada foi feita pelo rosto de Elisabeth. Eu jamais poderia imaginar que uma academia funciona no local. A minha companheira pareceu adivinhar os meus pensamentos e falou:
— Essa academia é excelente e bastante exclusiva, apenas funcionando atrás da indicação para novos membros. É o que você precisa!
Entramos por uma porta de metal através de um controle também feito pelo rosto da minha esposa. Tudo parece bastante automatizado.
Entramos por um corredor com uma música suave e agradável. O cheiro leve de suor e ar condicionado está presente.
Entramos em um salão com vários aparelhos de academia. Algumas pessoas usavam alguns deles. Caminhamos para um homem e uma mulher conversando.
Elisabeth os cumprimentou com beijos em seus rostos como se fossem amigos de longa data. O homem é alto e tem um corpo musculoso e a proximidade da minha esposa com ele me incomodou um pouco. A garota parece ser um pouco mais alta do que eu, é musculosa para uma garota, tem cabelos castanhos curtos e um generoso par de seios.
A minha companheira nos apresentou. Seus nomes são Carlos e Cássia, eles são instrutores na academia. Eu me senti um pouco intimidado por eles com o meu corpo fora de forma.
Sob indicação de Elisabeth fui para o vestiário masculino com a minha mochila, olhando a conversa animada que eles começaram.
Diferente da minha esposa, eu sou mais tímido e menos comunicativo. Eu sou difícil de fazer novos amigos e me sinto um pouco incomodado em um lugar novo como esse.
O vestiário não é grande, tem alguns chuveiros, bancos e armários. Felizmente não havia ninguém no local. Os chuveiros não oferecem privacidade.
De forma um pouco apressada tirei as minhas roupas e me vesti com o traje de ginástica. Eu não queria cruzar com mais ninguém desse lugar.
Cássia quase esbarrou comigo na porta. Ela sorriu e me explicou que ela seria a minha personal trainer. Ela me passaria a minha rotina inicial de exercícios. Por um momento pensei o quanto isso deveria custar.
Segui para os aparelhos junto dela, mas a minha visão procurou Elisabeth sem sucesso. Eu não pude deixar de reparar um pouco no belo físico da minha instrutora. Ela é mais musculosa e peituda que a minha esposa, embora essa seja muito mais bonita de rosto e de corpo.
***
Sinto dores no corpo como não lembro de ter sentido antes. Estou suado como não fico a anos.
Com o incentivo e a companhia de Cássia passei por alguns aparelhos e fizemos ginásticas e exercícios juntos. Não fiz exercícios levantando pesos que ela me disse que isso seria apenas em outra etapa, antes eu precisaria emagrecer um pouco.
Ainda pensando em Elizabeth e onde ela estaria, eu segui para o vestiário. O salão principal da academia é cercado do que parecem ser várias salas e ela deve estar em uma delas.
Eu preferiria tomar banho apenas em casa, mas estou muito suado e terrivelmente cansado. Uma água quente fará bem para os meus músculos doloridos.
Um homem desconhecido está se vestindo e me comprimentou de leve com a cabeça quando eu entrei. Eu já o tinha visto nos aparelhos. Felizmente ele me deixou sozinho pouco depois.
Tomei um banho mais apressado do que eu gostaria, tentando evitar a entrada de um próximo ocupante. Ninguém mais apareceu.
Deixei o vestiário e encontrei Cássia e Elizabeth conversando. Os elogios de Cássia sobre o meu treino me deixou animado e a minha esposa feliz.
Elizabeth e eu fomos para o que parecia ser uma lanchonete simples. Uma atendente já parecia nos esperar e me serviu um copo com líquido amarelo e outro com vermelho para a minha esposa, que falou:
— Experimente, é uma ótima vitamina para a reposição do que você perdeu no treino.
Experimentei um gole e senti o gosto de banana. Aos poucos as minhas energias foram retornando.
***
Nas últimas três semanas estabeleci uma rotina de academia três ou quatro vezes na semana. Elizabeth passa por ela quase todos os dias, se dedica muito aos seus exercícios.
Eu tenho dormido bem melhor que antes e me sentindo mais disposto. Perdi um pouco de peso.
Acordei animado, hoje é nosso dia de fazer sexo. Toquei as costas macias e nuas da minha esposa.
Ela sabia o que eu teria. Se espreguiçando um pouco virou para o meu lado e nossos lábios se tocaram.
Eu adoro sentir o seu sabor. Nossos corpos se aproximaram mais e se tocaram sob as cobertas.
A minha mão tocou e acariciou o peito de Elizabeth. Eu amo tocá-la e sentí-la.
Ela puxou a minha cabeça em direção ao seu sexo. Eu adoro chupá-la e ela também gosta muito. A minha língua deslizou pela sua barriga sentindo toda a maciez da sua pele.
Beijei e mordisquei a sua xoxota. Ela gosta muito disso. Com prazer coloquei a minha língua em sua xoxota.
As suas mãos fortes seguraram a minha cabeça. Eu sei como ela gosta que eu faça sexo oral e a lambi com dedicação. Gosto do sabor da sua xoxota em minha boca e conheço os seus pontos sensíveis.
Ela não demorou para ter um orgasmo. Eu sempre sentia um sabor um pouco diferente nesse momento, a contração de sua musculatura e um aumento em seus líquidos.
Subi novamente na cama e beijei os seus peitos. Foi quando ela falou:
— Parece que alguém não está animado hoje.
Levei um momento para entender. O meu pinto, que nessa hora normalmente já estaria rígido, se encontra completamente flácido. Ela sorriu e falou:
— Eu vou ajudá-lo.
A sua gostosa mão tocou o meu membro. Com habilidade ela o estimulou. Em outras situações assim ela me levaria rapidamente a um orgasmo, mas dessa vez o meu pinto parecia assustadoramente morto. Após um tempo ela desistiu e se levantou falando:
— Hoje acho que não vai rolar. Eu vou tomar um banho para trabalhar. Mais tarde vamos juntos para a academia.
Não temos o hábito de ir juntos à academia, embora já tenhamos nos encontrado por lá algumas vezes. Assim que ela saiu para o banheiro eu tentei me estimular sozinho. Eu gosto de uma masturbação solitária eventual e quero gozar, mas nenhuma estimulação foi capaz de enrijecer o meu pinto. Exausto, acabei desistindo. Eu nunca fui uma máquina sexual e ninguém pode funcionar sempre.
***
Elizabeth chegou mais cedo que o habitual. No geral ela não gosta muito quando chega e eu estou no videogame, mas não pareceu se importar.
Eu não passei um dia muito agradável, a lembrança da minha impotência matinal retornou várias vezes aos meus pensamentos. Fiz algumas estimulações sem nenhum sucesso e pensei que deveria ligar para marcar um médico. O dia não foi nada produtivo.
Conversamos um pouco sobre nada especial, Elizabeth trocou de roupa e logo estávamos seguindo rumo a academia.
Quando entramos encontramos imediatamente Carlos, mas Cássia não estava em minha linha de visão. Geralmente ela me acompanha nos exercícios. Ele pareceu adivinhar os meus pensamentos e falou:
— Hoje a Cássia está de folga, mas não se preocupe, é dia de avaliação.
A informação me desanimou um pouco. Eu gosto da companhia da minha personal. Mas parei de pensar nisso quando seguimos para uma sala que eu nunca tinha entrado.
A sala parecia um consultório médico simples. Nos acomodamos nos bancos e ele sentou-se do outro lado da mesa. De forma simpática explicou:
— Gostamos de conversar um pouco com novos alunos após algumas semanas. Está gostando do seu treino?
Cássia e eu conversamos às vezes sobre algo assim, mas a situação atual parece mais formal. Até hoje Carlos e eu trocamos poucas palavras e eu estou pouco à vontade com ele. Elizabeth reforçou:
— Carlos é um profissional qualificado e muito dedicado, confio bastante nele.
Suspirando falei:
— Estou muito contente, me sinto melhor e perdi algum peso extra que tinha ganho.
Ele fez algumas perguntas mais específicas sobre meus treinos e por fim falou:
— Muito bem, tira as suas roupas um pouco, pode ficar de cuecas, suba na balança.
Por um momento olhei para a minha esposa. Acho que imaginei que ela poderia dizer que isso não é necessário, mas apenas encontrei o seu olhar severo. Sem ver opções, fiz o que ele pediu.
O homem fez anotações. Tirou medidas minhas de uma forma muito similar ao que o médico havia feito semanas antes. Não gostei de sentir a sua mão tocar na minha pele algumas vezes.
Ele avisou que terminou a avaliação e eu me vesti. Comentou que eu estou progredindo muito bem. Tirou uma pequena caixa de uma gaveta e explicou:
— Esses fones sincronizam com a playlist da academia. Nem sempre a Cássia estará disponível, mas pode ser mais tranquilo fazer exercícios ouvindo música.
Peguei e abri a pequena caixa por um momento, olhando os dois pequenos fones sem fio. Já vi pessoas usando eles aqui na academia, mas Elizabeth não. Ele falou:
— Pode ir para o seu treino, vou realizar a avaliação da sua esposa, não se preocupe.
Fiquei inseguro por um momento, mas aliviado depois que deixei a sala. Segui me trocar no vestiário e depois fazer bicicleta.
Na bicicleta decidi testar os fones. Não existe um controle, eu poderia tentar sincronizar eles com o meu celular, mas no momento apenas os ajeitei em meus ouvidos.
Eles despertaram do nada logo depois. A melodia é agradável. Ela me pareceu imediatamente muito familiar. Levei algum tempo pensando nisso e percebi que já tinha sonhado com ela, como isso pode ser possível?
Alguém sentou-se na bicicleta à minha frente, os nossos olhares se cruzaram apenas por um momento.
Eu não tenho nada contra gays, mas também nada muito a favor. O rapaz franzino usando uma roupa de ginástica mais feminina que masculina me incomodou um pouco. Ele também está usando fones de ouvido.
Tentei não olhar e pensar muito nisso. A melodia agradável que estou escutando parece puxar os meus pensamentos.
Um dos personais da academia se aproximou do rapaz, embora já o tenha visto várias vezes eu não sei o seu nome. Eles trocaram sorrisos e o personal tocou o seu corpo.
Algo me incomodou ainda mais, mesmo sem eu saber a razão. Eu nunca fui uma pessoa preconceituosa, mas sem pensar muito a respeito, interrompi o exercício antes do tempo, para seguir para as esteiras. O meu olhar buscou Elizabeth, mas ela ainda não veio realizar exercícios.
***
Estávamos trocando de roupa para ir ao shopping center. Elizabeth me ouviu resmungar em baixo volume em frente ao espelho e perguntou:
— O que foi?
Eu pensei um pouco e falei:
— As minhas calças estão mais apertadas nas coxas e mais largas na cintura.
A minha companheira parou ao meu lado e falou:
— Você está ótimo, não se preocupe. Como a Cássia disse, o seu corpo pode ganhar contornos e pode ficar estranho, mas depois tudo vai ficar certo.
Por um momento percebi que eu havia caminhado para um corpo mais parecido com o de Elizabeth e menos parecido com o de Carlos ou um dos outros personais homens. A minha esposa completou:
— Como Cássia disse, você logo estará com um corpo de sonhos.
Parei de pensar bobagens e me vesti logo para sair. Elizabeth quer ver algumas lojas e vamos jantar depois. É muito bom sairmos juntos.
Antes de sair usei o banheiro. Embora eu sempre tenha preferido urinar em pé, tenho preferido fazer sentado nos últimos tempos.
***
Algo está errado, mas felizmente Elizabeth conseguiu marcar uma consulta emergencial com o médico. Havia pouco mais de dois meses que eu havia passado com ele e depois começado a academia.
As minhas calças jeans normais não me servem mais a alguns dias, as minhas coxas ficam muito apertadas. Eu passei a usar moletons mais largos. Mas as notícias ruins não param por aí.
Mesmo constrangido tirei a minha blusa larga. O médico olhou com atenção para os meus pequenos e um pouco salientes peitos. Eles estão um pouco inchados.
Não pude conter um gemido quando o médico os tocou. Eles são terrivelmente sensíveis. Depois falou:
— Pelo que posso ver, Sr. Costa, tudo está normal.
Um pouco irritado falei:
— Mas como normal, esses peitos até parecem de uma adolescente.
Ele falou em uma voz quase paternal:
— É comum alguns desequilíbrios temporários na mudança de uma vida sedentária para uma ativa e de exercícios. Eles logo passarão, fique tranquilo.
Algo dentro de mim se acalmou, mas a sensação de que algo está errado continua presente. Eu juntei forças e falei:
— Mas e a impotência? Não consigo mais ter uma simples ereção? Isso também é comum?
Os olhares de Elizabeth e do médico se cruzaram por um momento. Por um instante eu achei que a minha esposa me apoiaria. Nós sempre tivemos uma vida sexual razoável.
Eu amo chupá-la e fazer sexo oral nela. Ela nunca reclamou, mas sinto falta de algo mais e de fazer sexo como antes. Foi Elizabeth que falou:
— O seu corpo está ficando mais saudável e com isso algumas mudanças temporárias estão te afetando, vai passar. Fique tranquilo.
Eu sinto algo estranho quando me pedem tranquilidade. Eu quase esqueço do porque estou aqui. O médico falou:
— Eu vou passar mais um remédio diário que vai diminuir esses pequenos sintomas temporários.
Por um momento pensei o que mais remédios poderiam fazer. Uma parte minha acha que o certo seria parar com tudo. Parece que tudo ficou estranho após a minha outra consulta e o meu ingresso na academia.
***
A calça deslizou pelas minhas pernas como se fosse feita sob medida. Eu me olhei no espelho mais um pouco e ouvi a minha companheira perguntando:
— E aí, como ficou?
Abri a cortina e deixei Elizabeth me apreciar por um momento. Ela gostou muito e fez alguns elogios. Um pouco inseguro falei:
— Eu não sei, ela é um pouco estranha como as outras, parece mais feminina.
Ela riu e falou:
— Deixa de besteira, são unissex e tem um caimento melhor que as suas calças velhas. Prefere usar moletons?
Ela sabia que não. Logo depois a vendedora chegou trazendo algumas blusas. A loja a qual estamos fica a alguns quarteirões da academia. Cássia me falou muito bem desse lugar. Eu sempre preferi comprar roupas em shoppings centers.
Vesti uma das blusas. Ela não tem mangas e é algo que nunca pensei usar. O seu tecido é macio. A minha esposa parece ter adivinhado os meus pensamentos, pois falou:
— Está ótima, você precisa variar um pouco o seu visual.
Eu me olhei mais um pouco no espelho. A blusa parece combinar bastante com a calça, mas como ela me parece mais feminina que masculina.
Algumas calças e blusas depois e deixamos a loja carregada de sacolas. Apesar da nítida mudança de visual, fiquei contente com as compras.
***
Da lanchonete e tomando o meu shake observei a interação de Elizabeth com o seu personal Carlos. Ele a está auxiliando com o levantamento de alguns pesos.
Eu gosto de olhar o fluxo das pessoas. Procuro reparar nas elegâncias femininas, é uma fonte de inspiração para presentes para a minha esposa.
— Olá, tudo bem?
Cássia se sentou na mesa.Já fazia mais de uma semana que eu não a via e fiquei contente com a sua aparição. É mais chato fazer os meus exercícios sem uma companhia.
Eu sorri e nos abraçamos. Ela fez elogios para a minha roupa nova. Com uma voz um pouco chorosa falei:
— Você não está mais aqui para me acompanhar.
Pensativa ela disse:
— Eu tenho andado ocupada em outros horários, infelizmente. Mas pode pedir outras ajudas se precisar.
Eu assisti ao longe Elizabeth e Carlos se abraçarem por um momento. Os seus rostos às vezes ficam mais próximos do que deveriam. Cássia falou:
— Eles fazem uma boa dupla de exercícios.
Elizabeth pareceu terminar o exercício e eles seguiram em direção ao vestiário de mãos dadas. Eu me senti um pouco incomodado e falei:
— Eles parecem ser tão próximos.
— Carlos é um professor muito dedicado e um ótimo profissional, fique tranquilo.
Eles desapareceram do meu campo de visão e eu bebi o final do meu shake, já começando a ficar ansioso em ir logo embora. Mas Cássia parece ter outros planos, fez um gesto para alguém, ao mesmo tempo que falou:
— Vou te apresentar uma pessoa.
O homem não poderia ser um frequentador da academia. Destoando de todos, ele deve ter cinquenta anos ou mais, é um pouco barrigudo e seus cabelos apresentam sinais de estarem ficando grisalhos. Cássia falou:
— Esse é o Dr. Ramirez.
Eu me levantei para cumprimentá-lo com educação. Por um momento pensei que é bom estar diante de alguém mais normal.
O homem se acomodou na mesa conosco. Por alguma razão ele parece mais interessado na minha pessoa, do que em Cássia. Com uma voz grave comentou:
— É um prazer conhecê-lo. Cássia comentou bastante sobre a sua evolução.
Por um momento olhei com estranheza para a minha personal. Que interesse esse estranho poderia ter. Cássia falou rapidamente:
— O Dr. Ramirez é um dos patrocinadores daqui. É muito interessado na melhora dos nossos alunos.
O homem falou:
— E tudo está me parecendo bastante promissor. Gosta da academia?
A minha resposta saiu sem pensar:
— Eu adoro, é muito bom fazer exercícios aqui.
O olhar do homem em minha direção me incomodou um pouco, mas felizmente ele e Cássia logo se retiraram e pouco depois Elizabeth apareceu para irmos embora.
***
É bom sentir a água quente escorrendo pelo meu corpo.
A chegada de alguém me alarmou por um momento. Tirei o sabão dos meus olhos e olhei de forma discreta.
Um dos personal trainer parece ter finalizado as suas aulas do dia. De forma despreocupada começou a tirar as suas roupas. Por um momento não pude deixar de olhar para o grande pênis do homem.
Não pude deixar de olhar para o meu próprio pinto. Ele me parece tão pequeno.
O homem se instalou no chuveiro ao meu lado. Isso nunca tinha acontecido. Ele é mais alto do que eu.
Olhei para os seus músculos bem definidos. Eu não sou gay, o que está acontecendo comigo.
Com pressa e preocupação desliguei o meu chuveiro e segui me enxugar. Por um momento os nossos olhares se cruzaram, mas se o homem ficou incomodado com algo em relação a minha presença eu não pude perceber. Só fiquei aliviado quando consegui me vestir rapidamente e deixar o vestiário.
***
— Pela última vez, nós não vamos no Zé. Eu não gosto do Zé!
Desisti da nossa discussão e fiquei em silêncio. Já faz algum tempo que estou querendo cortar o cabelo, mas Elizabeth insistiu que eu deveria esperar mais.
Zé é meu barbeiro desde que eu possa me lembrar e cortava também o cabelo do meu pai. Para evitar maiores discussões acabei por concordar e cortar em outro lugar.
Quando adolescente eu cheguei a usar cabelos mais compridos por algum tempo, mas o comprimento atual está maior do que eu posso me lembrar.
A pequena casa onde funcionava uma espécie de salão é próxima da academia. Duas mulheres de meia idade nos receberam. Não havia outros clientes.
As mulheres pareciam mais acostumadas com cabelos femininos que masculinos. Lavaram a minha cabeça os shampoos muito perfumados. A minha esposa acompanhou tudo com atenção.
Aos poucos eu vi o meu novo corte tomar forma. Eu ficaria contente com um corte curto que procurava usar, mas a minha esposa tinha outros planos.
A outra mulher cuidou das minhas mãos. Eu nunca havia estado numa manicure e com curiosidade assisti as minhas unhas serem bem cuidados e pintadas com esmalte incolor.
Enquanto Elizabeth adorou o meu novo corte eu fiquei um pouco incomodado com ele. Ele me pareceu muito feminino para o meu gosto, mas preferi não comentar, ela ficaria irritada.
Eu já estava querendo me levantar quando a minha esposa falou:
— Espere, eu tenho uma surpresa para você.
Eu aguardei e junto com as cabeleireiras Elizabeth seguiu para mais longe. Ela estava escolhendo algo que eu não podia ver.
Uma das mulheres preparou algo e depois estava ao meu lado. Pediu para eu me manter imóvel e estava ajeitando algo ao lado da minha cabeça.
Eu senti uma picada rápida que causou uma dor razoável. Eu quase soltei um palavrão, mas a curiosidade no espelho foi mais forte.
Eu me aproximei do espelho para olhar melhor o coração dourado cercado por minúsculas pedras avermelhadas na minha orelha. Com extrema preocupação olhei para Elizabeth que falou:
— Eu sempre desejei te ver de brincos.
A minha voz saiu um pouco insegura quando falei:
— Mas eu não quero usar isso.
Quando adolescente alguns amigos colocaram um brinco. Eu pensei fazer o mesmo, o que irritou bastante o meu pai. Depois disso desisti.
Elizabeth riu e falou:
— Não se preocupe. Se você quiser pode tirar daqui a alguns dias. O buraco fecha rápido. Agora vamos ao outro.
Para a minha insatisfação a mulher já se encontrava do meu outro lado e pronta para me furar.
***
Eu estava muito inseguro com a sugestão de Cássia. Essa parecia animada e insistiu:
— Eu tenho certeza que Elisabeth vai adorar.
Olhei para a depiladora que parecia um pouco impaciente já. Tirar os meus pêlos corporais me parece tão errado.
É verdade que os meus novos cremes corporais parecem ter deixado os meus pêlos mais finos, embora eu nunca tenha sido dos mais peludos. Mas uma remoção total me pareceu algo muito radical. Inseguro falei:
— Eu não sei não.
— Você já viu os peitos masculinos no vestiário. Alguns retiram os pêlos para realçar os músculos.
A afirmação é verdadeira, mas eu ainda não tenho músculos a serem exibidos como eles. Não tenho muitos pêlos no peito e mais nos braços e nas pernas.
Os cremes parecem ter deixado a minha pele muito mais macia e isso agradou bastante Elizabeth. Mas ela nada comentou sobre retirar pêlos.
— Fique tranquilo que ela vai gostar muito.
Acabei cedendo. A depiladora me pareceu habilidosa. Passou cremes com cheiro um pouco forte pelo meu corpo. A minha pele ardeu um pouco, mas logo ela retirou os produtos com o auxílio de toalhas. Pouco a pouco eu observei a minha pele ficando livre.
A depiladora roçou algumas vezes no meu peito me causando alguns arrepios e isso não passou despercebido por Cássia. Eu quase perdi o fôlego quando ela tocou o meu peito e perguntou:
— Você tem tocado suas regiões mais sensíveis?
A pergunta me surpreendeu. Eu pouco converso sobre assuntos mais pessoais com ela. É muito gostoso tocar os meus próprios peitos, mas isso me deixa um pouco envergonhado. Um pouco tímido gaguejei:
— Eu… eu… às vezes.
Ela massageou e acariciou um dos meus peitos e depois o outro. A sensação é ótima e gemi involuntariamente. Mas me senti um pouco incomodado quando a minha esposa surgiu nos meus pensamentos.
***
Cássia me chamou até o vestiário assim que eu cheguei. Com um pouco de hesitação, parei na porta do vestiário feminino. Ela percebeu e falou:
— Pode entrar, não tem ninguém aqui.
Eu nunca tinha entrado num vestiário feminino na vida. Ele tem mais espelhos e pias que o masculino, mas de resto é bastante similar.
Vendo a minha insegurança Cássia comentou que a academia está praticamente vazia e que não seríamos incomodados.
— Eu tenho um presente para você.
Ela estendeu a sacola e eu retirei as peças de seu interior. É uma roupa de ginástica feminina. Sem entender falei:
— Eu dou para a Elizabeth depois.
Ela riu e falou:
— Não, bobinho. É para você.
Eu olhei as peças rosas e completamente femininas. Seria muito estranho eu usar algo assim. Eu falei:
— Mas são trajes de mulher.
— Isso mesmo.
Ela pegou o seu celular e pouco depois eu ouvi a melodia. Eu me senti muito relaxado e feliz por um momento. Até esqueci o meu desconforto no vestiário feminino. Ela falou:
— Tire as suas roupas. Todas elas.
Eu me senti no automático quando realizei o que ela pediu. Apenas me senti envergonhado quando já estava nu em sua frente.
Cássia me ajudou. Vesti uma espécie de calcinha muito macia. Coloquei uma calça mais apertada do que tudo que já usei. O tecido parece aderir a minha pele. Quando ela me entregou um sutiã esportivo eu fiquei um pouco indeciso. Ela me ajudou a colocar. Eu adorei a pressão nos meus peitos e a minha barriga à mostra.
Cássia me ajudou a prender os meus cabelos. Eu sempre faço isso sozinho na academia e foi bom ter uma ajuda. No lugar dos tênis que costumo usar, Cássia me deu uma espécie de sapatilhas.
Segui para a academia para começar os meus exercícios. Fiquei muito contente que pela primeira vez em muito tempo faríamos juntos.
***
Nós já estávamos terminando a minha bateria de exercícios, quando percebi a atenção do homem me olhando. Levei um tempo para me lembrar do Dr. Ramirez, acomodado em uma poltrona.
A minha primeira reação foi de incômodo, mas logo eu me senti bem por estar sendo apreciado.
Um pouco depois duas pessoas se juntaram ao homem, um pouco alarmado eu olhei para a chegada de Carlos e da minha esposa Elizabeth. Eles estão conversando algo que não posso escutar.
Cássia e eu terminamos. Ela me conduziu para os nossos observadores.
Por um momento eu olhei para Carlos e a minha esposa abraçados e sentados juntos na poltrona. Mas a minha atenção se voltou para o Dr. Ramirez. Algo nele me preocupa.
Nos cumprimentamos. Dr. Ramirez fez questão de me beijar levemente na bochecha e após se acomodar novamente perguntou:
— Quando ela estará pronta?
Percebi Cássia um pouco incomodada com a pergunta que eu não havia compreendido. Não tive muito tempo para pensar nisso, Cássia que puxou dizendo que precisávamos tomar algo gelado e seguimos para a lanchonete.
***
Eu olhei confuso para o interior do guarda roupa em meu quarto. As roupas novas e as não tão novas são muito bonitas, mas pensei por um momento onde estão as minhas roupas velhas.
Eu ouvi a melodia atrás de mim. O forte relaxamento quase me fez sentar sobre o chão. Elizabeth havia entrado no meu quarto e eu não havia visto. Com delicadeza ela perguntou:
— Algum problema?
Eu sorri olhando para as minhas roupas e respondi:
— Não, nenhum.
Na verdade, algo nas roupas me incomodou por um momento, mas não consegui saber o motivo.
***
Agora você pode praticar um pouco mais sozinha. Eu tenho que sair um pouco, mas a Cássia vai passar te pegar em duas horas.
Elizabeth é uma boa amiga. Já faz alguns dias que estamos praticando maquiagem, entre outras coisas, e estou aprendendo muito.
Na hora determinada Cássia passou me pegar. Eu me vesti para ficar bonita, usando uma mini saia em uma blusa elegantes. A minha amiga me ensinou a combinar roupas e a me vestir de forma adequada.
Eu nunca havia andado de carro com ela. Ela está animada. Durante o percurso Cássia tocou a minha coxa e me fez elogios. Embora eu tenha gostado do seu toque, eu não sabia muito como reagir a isso.
Chegamos à academia. Eu me lembrei que não trouxe uma roupa para fazer ginástica e Cássia me tranquilizou dizendo que eu não iria precisar.
Quando entramos eu vi a minha amiga Elizabeth junto de Carlos. Eles se beijaram intensamente um pouco. Eu fiquei contente, não sabia do relacionamento deles.
Um outro homem se aproximou. Ele é um dos instrutores da academia, mas nunca conversamos.
Ele pegou a minha mão. Mesmo sem tê-la apertado eu pude sentir a sua força e o seu calor. Eu fiquei imóvel e inseguro em como reagir, até que Cássia falou:
— Seja boazinha e vá com ele.
O homem me conduziu para dentro do vestiário masculino. Eu nunca entrei nesse lugar. Ele falou:
— Vocês estão cada vez melhores.
Não tive muito tempo pra pensar nessas palavras. Os nossos lábios se encostaram e ele me deu um demorado e delicioso beijo.
As suas mãos fortes seguraram a minha cintura e ele me abraçou com força. É muito bom sentir o calor dos nossos corpos juntos.
A sua mão apertou o meu peito sobre a minha blusa me fazendo gemer. A sua outra mão deslizou sob a minha saia segurando a minha bunda. As suas mãos são tão fortes e gostosas.
Ele tirou a sua blusa exibindo belos peitos musculosos. Eu não resisti em tocá-los. Eles são duros e fortes.
O personal retirou a minha blusa e me admirou por um momento. É gostoso me sentir desejada.
O homem sentou no banco e abaixou a sua calça e depois a sua cueca. Por um segundo eu olhei com desejo o seu pinto semi ereto.
Eu fui me virar e dar as costas ao homem por instinto, mas ele me segurou por um momento e falou:
— Não, ainda não.
Ele me fez ajoelhar. O seu pinto diante do meu rosto me pareceu ainda maior e mais gostoso.
Eu não pude mais resistir ao desejo. Abocanhei o seu pinto como se fosse o último petisco da Terra.
O sabor agradável me invadiu. Acariciei o seu saco e lambi o seu pinto. As suas agradáveis mãos tocaram a minha cabeça.
Ele conduziu os movimentos da minha cabeça. É bom sentir a pele do seu pinto deslizar pelos meus lábios. Eu ouço os seus gemidos contidos. Quero muito proporcionar prazer.
O líquido explodiu em minha boca quando o homem deu um gemido mais alto. O seu sabor é bom, levemente salgado e o engulo completamente.
Limpo o pinto do homem sem deixar perder nada do seu esperma. Eu quero mais, mas ele afasta a minha cabeça.
Eu olho para o seu rosto. Ele parece feliz. Eu estou muito feliz!
Continua…
Eu já escrevi outros contos com o cenário de uma academia, então espero não ter sido repetitivo nesse conto.
Eu tinha imaginado ele em uma parte apenas, mas durante a sua escrita novas ideias foram surgindo e, por enquanto, ele será em 2 partes.
Depois dele estou querendo reler meus contos, para continuar os inacabados e relembrar sobre o que já escrevi para evitar repetições. Quem sabe…
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