A Minha Confissão - O Segredo dos Olhos Azuis

Um conto erótico de N.Castanheira
Categoria: Heterossexual
Contém 1576 palavras
Data: 12/08/2025 19:25:58
Assuntos: Heterossexual

Parte 1 — A Espera Antes Dele Chegar

A ansiedade tomou conta de mim horas antes dele chegar. O coração acelerado, as mãos trémulas a preparar cada detalhe, o pensamento a correr desenfreado.

“Será que ele vai gostar de mim? Será que me vai querer assim, com todos os meus medos e desejos?” — pensei.

O som da porta a abrir fez o meu corpo arrepiar. Ele estava ali, real, presente, pronto para me levar onde eu nunca pensei ir.

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Parte 2 — O Encontro que Mudou Tudo

Hoje, quando a porta do meu marido se fechou atrás dele, senti o ar pesar, como se o mundo à minha volta tivesse parado. O silêncio da casa tornou-se um convite ao proibido, ao desejo, à loucura que me esperava do outro lado daquela porta.

Ele entrou — o homem que nunca imaginei que me pudesse fazer perder a cabeça. Gordinho, com olhos azuis que me capturaram de imediato, e um corpo que, longe de ser o que a sociedade considera perfeito, era o templo da entrega mais pura que já recebi.

O tamanho dele? Pequeno, quase tímido, um segredo que contrasta com a força selvagem da sua entrega. Ele não precisou de nada mais para me dominar; a intensidade dos seus toques, o calor da sua pele e a paixão nos seus olhos foram a maior arma que um homem pode ter.

Ele tocou-me como se cada parte do meu corpo fosse um mapa a explorar, e eu deixei-me levar por aquela viagem sem destino, sem regras, sem pressa. O seu corpo contra o meu, as suas mãos a segurar-me como se eu fosse a única coisa que importasse naquele instante.

Quando finalmente parámos, exaustos, ele olhou-me nos olhos e, com uma ternura que partia o coração, disse-me:

— Eu sou o que precisavas. Eu sou o que ele não foi.

Naquele momento, ele não era só o amante inesperado, mas o meu marido disfarçado num corpo que sabia amar sem limites.

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Parte 3 — Sensações e Diálogos

O cheiro dele ainda está impregnado na minha pele — uma mistura de masculinidade quente, suor e algo doce, quase como um segredo guardado entre nós.

Sinto as suas mãos novamente, firmes mas ternas, a explorar cada curva do meu corpo, sem pressa, sem pressões. Cada toque seu era um fogo que me queimava por dentro, fazendo-me esquecer tudo o resto.

Ouço o sussurro do seu nome, suave e rouco, a entrar nos meus ouvidos e a incendiar a minha pele.

— Estás linda assim, despida e entregue — disse ele, com aquele sorriso que fez o meu coração disparar.

E eu respondi sem palavras, só com o corpo a pedir mais, a desejar mais.

A nossa dança silenciosa continuou, um jogo de vontades e desejos que se entrelaçavam, onde cada suspiro, cada gemido, era uma confissão de prazer e entrega.

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Parte 4 — A Conversa que Nos Desnudou

Depois, enquanto o calor do momento ainda nos envolvia, sentámo-nos lado a lado, as mãos entrelaçadas, os corpos ainda tremendo da entrega e do prazer.

Falámos. Por horas. Não havia pressa, nem medo, só uma urgência de partilhar tudo, de saber tudo um do outro.

Eu soube do que o afligia: um amor que nunca esqueceu, um coração partido guardado em segredo, a solidão de um homem solteiro que, apesar de amar alguém no passado, nunca deixou de querer dar tudo a quem realmente se entregasse.

Ele abriu-se, mostrou a sua vulnerabilidade, e eu senti que não estava só a receber prazer físico, mas a tocar a alma de alguém que sabe amar verdadeiramente.

E eu, pela primeira vez em muito tempo, falei sem máscaras, sem barreiras, deixando que ele conhecesse o que sou, o que sinto, o que tenho medo e o que desejo.

Foi um encontro de almas, não só de corpos.

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Parte 5 — A Carta Nunca Enviada

Ele,

Hoje foste mais do que um homem. Foste o meu refúgio, o meu segredo, o meu desejo mais sincero.

Não precisas de tamanho para me fazer sentir inteira. Não precisas de prometer para me dar tudo.

O teu olhar, o teu toque, a tua entrega foram mais do que o corpo pode conter.

Eu não sei onde isto vai acabar. Talvez nunca saibamos.

Mas agradeço-te por esta tarde, por esta entrega que quebrou todas as barreiras dentro de mim.

Por me mostrares que, às vezes, o verdadeiro amor e desejo não têm forma, nem tamanho — só têm intensidade.

Ela.

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Parte 6 — A Despedida Que Não É Adeus

Quando chegou a hora de ele partir, ficámos ali, abraçados, num silêncio confortável, onde palavras pareciam desnecessárias, mas ao mesmo tempo inevitáveis.

Ele segurou o meu rosto com a delicadeza de quem conhece cada curva da minha alma, e olhou-me nos olhos, como se quisesse gravar cada detalhe daquilo que vivemos.

— Hoje foste tudo para mim — disse, a voz cheia de ternura. — Não é um adeus, só um até já.

Os seus dedos deslizaram pelo meu cabelo, enquanto ele se inclinava para um beijo lento, quente, um beijo que levava tudo o que não foi dito, toda a promessa guardada no silêncio entre nós.

Senti o calor dos seus lábios, a doçura do seu toque, e soube naquele instante que esta despedida não era um fim, mas uma pausa cheia de esperança.

Ele sussurrou no meu ouvido:

— Guarda-me no teu coração até eu voltar.

E eu, com o coração apertado, respondi em pensamento:

Aqui estarás, sempre.

E assim, ele partiu — não para sempre, mas para dar tempo ao amanhã, ao futuro, ao que quer que esteja guardado para nós.

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Parte 7 — O Monólogo da Alma

Agora, sozinha, enquanto a noite me abraça, o meu coração está em guerra.

Como pude? — pergunto-me.

Porquê agora? Porquê ele?

Não é só o desejo que me consome; é a urgência de me sentir inteira, amada, desejada — algo que há muito me foi negado.

O meu marido, distante, ausente, tornou-se um fantasma na minha vida. O seu toque frio não aquece, os seus olhos não procuram os meus, e as palavras que trocamos são ecos vazios.

E ele, o homem de olhos azuis e corpo gordinho, sem um pênis grandioso, mostrou-me que o verdadeiro poder está na entrega, no querer dar tudo, no saber amar com alma.

Sinto-me loucamente apaixonada, perdida num sentimento que me escapa, que me transcende.

E ainda assim, tenho medo. Medo do que isto pode fazer ao meu casamento, à minha vida, ao que julgo ser eu.

Mas sei que nada será igual depois de hoje.

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Parte 8 — O Confronto Interior

Eu: Estou a trair-me ou a encontrar-me?

Eu: Como posso sentir-me tão viva e tão perdida ao mesmo tempo?

Eu: O que é que eu quero realmente? Voltar àquele silêncio frio com o meu marido, ou abraçar esta paixão louca e descontrolada?

Eu: Ele não é perfeito. Não tem o corpo ideal. Não tem o que muitos julgam essencial.

Eu: Mas tem alma. Tem fogo. Tem o que o meu marido nunca teve.

Eu: Será que o amor pode mesmo ser assim? Imperfeito, intenso, proibido?

Eu: Talvez o amor verdadeiro seja isso. Um salto no vazio, uma confissão sem rede.

Eu: E eu estou pronta para cair.

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Parte 9 — O Desejo que Não Me Deixa Respirar

As horas passaram, mas o meu corpo ainda carrega a memória dele como se tivesse ficado gravada na pele.

Cada toque, cada beijo, cada suspiro… estão a repetir-se na minha mente como um filme que não consigo — nem quero — parar.

A cama parece grande demais sem ele. As minhas mãos, inquietas, procuram na escuridão algo que sei que não vou encontrar esta noite. O calor que ele deixou em mim tornou-se um vício, um chamamento impossível de ignorar.

O meu telemóvel está ali, ao alcance. Basta um toque para lhe escrever, para lhe dizer que o quero agora, que preciso sentir de novo a sua respiração colada à minha, que o meu corpo está a implorar por ele.

Mas não faço. Ainda não.

Fico a lutar contra essa vontade, ao mesmo tempo que imagino as suas mãos a explorarem-me outra vez, os seus lábios a incendiarem a minha pele, a sua voz rouca a chamar o meu nome.

Fecho os olhos e o desejo transforma-se em urgência.

Quero dizer-lhe que nenhum homem me fez sentir assim, que ele despertou em mim algo que julgava morto.

Quero confessar que, mesmo sabendo o perigo, eu iria outra vez — mil vezes — ao encontro dele, porque o meu corpo já o reconhece como quem sabe exactamente onde tocar para me desfazer.

E enquanto tento adormecer, percebo que não estou só a pensar nele.

Estou a desejar-lhe de uma forma que me queima por dentro, como se a minha alma tivesse encontrado no seu corpo a casa que sempre procurou.

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Parte 10 — O Futuro nas Minhas Mãos

Deitada, ainda sinto o calor dele a arder na minha pele, uma chama que não se apaga com a distância física.

O silêncio do quarto é apenas uma pausa, um momento suspenso entre o que foi e o que poderá ser.

Ele não partiu, nunca partiu — ficou em cada pensamento, em cada desejo, em cada suspiro que escapa sem querer.

Agora, a escolha é minha.

Se o quero perto outra vez, se lhe deixo entrar na minha vida, se me abandono àquela paixão que me consumiu hoje.

E enquanto fecho os olhos, sinto a urgência dessa decisão, o peso doce da tentação, e a certeza inabalável de que nada será igual depois de hoje.

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Comentários

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Belo Conto.. Se quiser contar mais de suas confissões.. cmg_rs@outlook.com

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