O dedo de Carol se enroscou com força no pulso de Bruna, os dedos afiados quase cravando-se na pele macia enquanto a arrastava pelo corredor estreito em direção ao banheiro das mulheres. O salto alto de Bruna batia contra o piso frio, um ritmo irregular que ecoava a sua respiração ofegante. Ela tentou puxar o braço, mas a pressão de Carol era implacável, uma mensagem clara: não há escapatória. A porta do banheiro se fechou com um estalo seco, e o som da tranca sendo girada pareceu um tiro no silêncio carregado. Bruna sentiu o corpo colar na parede de azulejos brancos, as costas pressionadas contra a pia de mármore gelado enquanto Carol avançava, o corpo quase colando no dela, o hálito quente e mentolado roçando sua bochecha.
— Você sabe o que acontece se eu contar seus segredos, não sabe? — A voz de Carol era um sussurro áspero, os lábios tão próximos do ouvido de Bruna que ela sentiu a umidade da respiração dela. Uma das mãos de Carol deslizou pela cintura de Bruna, dedos ágeis encontrando o zíper lateral do vestido justo que João Paulo a obrigara a usar naquele dia. O tecido, já apertado demais nos quadris, cedeu com um chiado quase imperceptível, e Bruna estremeceu quando os dedos frios de Carol penetraram a barra, roçando a pele. — Todo mundo vai descobrir como você é putinha mesmo, não é? Como gosta de ser humilhada, de ser usada... — A outra mão subiu, agarrou o queixo de Bruna com força suficiente para doer, forçando-a a encará-la. — Diz que não é verdade.
Bruna tentou engolir em seco, mas a garganta estava seca. Seu corpo reagia traidoramente, os mamilos endurecendo sob o sutiã de renda, a umidade entre as coxas aumentando a cada palavra de Carol. — Eu não... — começou, mas a voz falhou quando os dedos de Carol afundaram mais, agora pressionando contra seu clitóris latejante. Um gemido escapou, abafado, e Carol riu baixo, um som cruel e satisfatório.
— Mentirosa. — Carol não esperou mais. Com um movimento brusco, ela girou Bruna, empurrando-a contra a pia. O mármore frio cutucou as costelas de Bruna enquanto as mãos de Carol trabalhavam nos botões da blusa — a mesma que João Paulo escolhera, transparente o suficiente para deixar os contornos do mamilo visiveis. Um por um, os botões de nácar saltaram, e a blusa se abriu, expondo os seios cheios de Bruna. Carol não perdeu tempo. Uma mão agarrou um dos seios, apertando com força suficiente para fazer Bruna arquear as costas, enquanto a outra descia, arrancando a saia do vestido para cima, deixando as coxas nuas à mercê do ar condicionado. — Olha só você, toda molhadinha, toda necessitada... — A voz era um veneno doce, pingando em cada sílaba. — Diz que não gosta. Vamos, diz
Bruna mordeu o lábio até sentir o gosto metálico do sangue. — Não gosto — sussurrou, mas o corpo mentia. Quando Carol inclinou a cabeça e mordeu a curva do seu pescoço, os dentes afundando na pele macia até deixar uma marca vermelha, Bruna não conseguiu segurar o gemido que escapou, longo e trêmulo. As mãos de Carol eram implacáveis: uma espremia seu seio, beliscando o mamilo, enquanto a outra deslizava entre as coxas, dois dedos pressionando o lado de sua intimidade antes de afundarem dentro dela sem aviso. Bruna gritou, as unhas arranhando o mármore, as pernas tremendo quando Carol começou a bombear os dedos, devagar, tortuosamente, enquanto sussurrava no seu ouvido:
— Você é minha agora, entendeu? Só minha. — Os dedos saíram de repente, e Bruna quase caiu, mas Carol a segurou pelo cabelo, puxando sua cabeça para trás com força. — De joelhos.
O comando foi uma faca no peito. Bruna hesitou por um segundo — apenas um — antes de obedecer, os joelhos batendo no piso de cerâmica com um baque surdo. O frio do chão subiu pelas suas coxas, mas era o calor no rosto de Carol, logo acima dela, que queimava mais. Carol não se moveu. Só ficou ali, olhando para baixo com um sorriso torto, enquanto desabotoava a própria blusa com movimentos lentos, deliberados — Chupa. — A ordem foi seca. — Mostra o quanto você quer isso.
Bruna sentiu as lágrimas ardendo nos olhos, mas não havia mais resistência. Suas mãos tremiam quando subiram, agarrando os quadris de Carol para se firmar, enquanto a boca se fechava em torno de um mamilo. O gosto salgado da pele de Carol explodiu em sua língua, e ela sucumbiu, chupando com uma fome que a envergonhava, os dentes roçando levemente, os lábios apertando enquanto Carol gemia baixo, os dedos enredando-se em seu cabelo. — Isso, sua vadia. Chupa como se fosse a última vez. — Bruna obedeceu, alternando entre os seios, lambendo, mordiscando, sentindo o cheiro de Carol — perfume caro misturado com suor, com excitação. Quando Carol puxou sua cabeça para trás pelo cabelo, ela nem tentou resistir. Sabia o que vinha a seguir.
— Abaixo. — Carol empurrou Bruna para o chão, e desta vez, não houve gentileza. As coxas de Carol se fecharam em torno da cabeça de Bruna, o tecido da saia sendo puxado para o lado em um movimento brusco. O cheiro era intenso — almiscarado, úmido, inconfundível. Bruna sentiu o coração bater tão forte que doía, mas quando a língua tocou o clitóris inchado de Carol, qualquer pensamento coerente evaporou. Carol era salgada, quente, e cada lambida fazia com que os quadris dela se movessem, pressionando Bruna mais fundo. — Isso, sua cachorra. Lambe direito. — As palavras eram chicotes, e Bruna obedeceu, a língua traçando círculos, os lábios sugando, os dedos afundando nas coxas de Carol enquanto ela se contorcia, os gemidos ficando mais altos, mais desesperados.
Quando Bruna tentou levantar a cabeça, buscando um beijo, um toque de reciprocidade, Carol a empurrou de volta com um tapa no ombro. — Que porra você tá pensando? — A voz era um rosnado. — Eu não sou lésbica, sua idiota. Você é só um brinquedo. — Bruna sentiu o rosto queimar, mas antes que pudesse reagir, Carol a agarrou pelos cabelos novamente, forçando-a a ficar de joelhos, as costas coladas na parede. — Agora se toca. E não para até eu mandar.
As próprias mãos de Bruna tremiam quando deslizaram entre as coxas, os dedos encontrando o clitóris latejante, já inchado de necessidade. Carol não tirou os olhos dela enquanto começava a se masturbar, os dedos de Bruna movendo-se em círculos desesperados, o corpo arqueando a cada toque. Carol se aproximou, uma perna apoiada no banco ao lado da pia, a outra ainda pressionando o ombro de Bruna contra a parede. Com um movimento lento, ela puxou a calcinha para o lado e enterrou a mão no próprio sexo, os dedos trabalhando enquanto observava Bruna se desmanchar. — Isso, sua putinha. Goza pra mim. — A voz era um comando, e Bruna não teve escolha a não ser obedecer, os dedos acelerando, a respiração saindo em soluços enquanto Carol se masturbava acima dela, os quadris se movendo em ritmo com os gemidos.
Quando Carol gozou, foi sem aviso — um grito abafado, as coxas tremendo, os dedos pressionando fundo enquanto o orgasmo a sacudia. Bruna sentiu o jorro quente atingir seu rosto, primeiro nas bochechas, depois na testa, pingando pelos lábios entreabertos. Não houve tempo para reagir. Carol não parou, esfregando-se contra a própria mão até o último espasmo, os olhos semicerrados, a respiração pesada. Só então ela soltou Bruna, que desabou no chão, as pernas abertas, os dedos ainda trabalhando entre as coxas, desesperada pelo próprio clímax. Carol observou, indiferente, enquanto se arrumava — abotoando a blusa, passando os dedos pelo cabelo como se nada tivesse acontecido.
— Acabou. — A voz era fria. — Lembre-se: isso nunca aconteceu.
A porta se abriu e fechou com um clique final. Bruna ficou ali, sozinha, o corpo tremendo, os dedos ainda molhados, o rosto sujo. O orgasmo a atingiu como uma onda, arrancando um grito mudo de seus lábios, as costas arqueando contra o piso frio enquanto as contrações a sacudiam, intermináveis. Quando finalmente parou, ficou deitada, ofegante, os olhos fixos no teto, a mente um turbilhão de vergonha e desejo. As palavras de Carol ecoavam, misturadas aos gemidos que ainda soavam em seus ouvidos.
E o pior de tudo? Ela sabia que queria mais.