O. Barman e o confeiteiro 2

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Heterossexual
Contém 2406 palavras
Data: 15/08/2025 05:24:53

YKARO 2

— Você precisa de um lugar e o Adriano é super legal — Stella continua tentando me convencer a aceitar o convite de um dos clientes do bar.

— Eu sei, mas Stella nem conheço o cara.

— Mas eu conheço, ele sempre vem aqui com os amigos Ykaro, tô te falando não foi por acaso que ele está precisando de alguém justo quando você também precisa de um lugar! — Stella é muito esotérica pro meu gosto, mas tenho que admitir que sua intuição costuma estar certa.

— Tá bom, se você diz, vou conversar com ele então!

Preciso de um lugar para morar e aparentemente Adriano precisa de alguém para dividir as contas de casa, de primeira ele não queria que eu pagasse aluguel só compartilhasse as dispesas de casa, mas acho que seria abusar de sua boa vontade, acredito que o justo é pagar um aluguel e arcar com metade das contas como tem que ser e verdade seja dita vai sair muito mais barato para mim do que continuar me mantendo sozinho no apartamento que estou agora.

Nem sempre estive nesse aperto, na realidade estava tudo indo bem, mas uma mulher ciumenta apareceu na minha vida e tudo foi desmoronando depois disso. Sendo um pouco mais claro a culpa meio que foi minha também, afinal “não cobiçarás a mulher do teu próximo! Deus foi bem enfático nessa. É só que as coisas foram acontecendo e quando dei por mim já estava no meio de algo que eu pensei que nunca aconteceria comigo.

Tudo começou quando meu pai ficou puto comigo por ter largado a escola, já era meu último ano, só que a escola não fazia mais sentido algum para mim, eu tinha um amigo que estava trabalhando de garçom em um restaurante chique e me arrumou uma vaga para ser cumim — alguém responsável por limpar mesas — eu era novo e a grana não era tão ruim. Acontece que meu pai não me lançou um ultimato em que eu deveria largar o trabalho e me formar, mas acontece que quando se é jovem e começa a ganhar dinheiro as prioridades começam a mudar. No fim meu pai me expulsou de casa e eu fui morar com meu amigo.

No restaurante eu fui crescendo com o tempo, com menos de seis meses fui promovido para garçom, com um ano tive a oportunidade de virar barman, com a grana que eu ganhava como garçom investi em cursos e me tornei o barman oficial do restaurante. Foi aí que minha vida começou a mudar, como barman passei a receber muitas cantadas de mulheres e até de homens — mas sou macho, nunca fiquei com homem e nem vou ficar — eu não dava moral, o chefe era rigoroso com esse lance de pegarmos clientes e gostava muito do meu trabalho, só que uma noite a mulher do meu chefe começou a dar em cima de mim sem ele perceber, fiquei na minha e me fiz de desentendido, mas acontece que ela era muito gostosa e foi investindo cada vez mais forte nas cantadas.

Resistir por dois meses, porém na semana em que meu chefe viajou e deixou a esposa tomando de conta de tudo ela aproveitou, no final da noite era dia de receber minha quinzena fui até o escritório, ela me deixou por último na lista de pagamento, a safada avançou pra cima de mim e não deu mais para dizer não, até então eu era quase virgem, já tinha transado, mas nunca com uma mulher tão experiente, foi uma coisa de louco. Ela me levou pro seu apartamente o posso dizer que macetei ela a semana toda, todos os dias saiamos do restaurante e fomos para casa dela. Transei com ela em todos os compartimentos da casa, ela me ensinou muita coisa e posso dizer que fui um ótimo aluno.

Quando meu chefe voltou pensei que nosso caso chegaria ao fim — não vou mentir, fiquei meio mal por pensar que não foderia mais ela — só que minha amante era insaciável, passamos a nos encontrar durante o dia em moteis, no almoço, nos dias das minhas folgas passamos o dia inteiro juntos, ela dizia que seu marido não sabia fazê-la gozar como eu fazia, isso me deixava nas nuvens, me sentia o mais fodão de todos por deixá-la louco por mim. Com o tempo ela começou a me presentear, até um apartamento pequeno ela me ajudou a alugar, segundo ela era melhor se morasse só, seria mais seguro para gente manter nosso caso.

Uns seis meses se passaram e foi aí que seu marido começou a desconfiar, éramos muito cautelosos, mesmo assim o corno começou a marcar colado em cima dela, a essa altura eu já começava a pensar que seria melhor terminar, mas ela não queira, me dizia que precisávamos fazer algo para despistá-lo e foi aí que teve uma ideia que colocaria todo o nosso rolê a perder. Para despistar o corno ela me jogou para uma amiga sua que também era casada, assim justificaria para seu marido que os segredos que ela estava guardando eram da amiga e não dela, não sei como mais seu plano funcionou, só que para ser convincente tive que ficar com essa amiga para que o corno visse e ficasse convencido de fato.

Muito que bem a amiga não era tão gostosa como minha amante, mas depois que se prova uma mulher madura e aprende o que eu aprendi não fica difícil deixar outras mulheres maduras afins de repetir, durante dois meses fiquei comendo as duas casadas, claro que para minha primeira amante o lance com a segunda já havia se encerrado a tempos, porém para mim era divertido variar um pouco. O que me ferrou foi que essa segunda mulher era um pouco mais desprendida e nem um pouco possessiva, ela praticamente começou a colocar outras mulheres na minha casa, começou com a própria filha dela, que estava infeliz com a falta de atitude no namorado e queria perder a virgindade, de início não quis aceitar, mas ela me ofereceu uma grana para tirar o cabaço da filha dela, ela era de maior e não era de se jogar fora, acabei topando, mesmo relutante de aceitar dinheiro para transar.

A filha dela ficou tão satisfeita que ainda me deu algumas vezes depois disso, incluindo uma vez muito estranha onde eu comi as duas ao mesmo tempo na cozinha de casa enquanto o marido dela estava no trabalho. Acho que elas foram me fazendo normalizar a ideia de receber para trepar com elas e quando surgiu uma proposta de outra amiga viúva aceitei com menos resistência. Daí para frente foi só para trás, eu trabalhava no restaurante a noite e de dia comecei a atender mulheres maduras e outras jovens, qualquer uma que tivesse como pagar uma hora do meu dia, minha segunda amante passou a me “agência” no meu trabalho — que só depois descobrir que se chama michê.

Quatro meses trabalhando com isso comprei uma moto e até fiz uma poupança, era muita grana que rolava, fora os presentes, mulheres casadas com os cartões do marido faziam de tudo para me agradar, era muito loucura como alguém que começou na lida limpando mesas podia ter ganhado tanto dinheiro em tão pouco tempo. Minha agente se é posso chamá-la assim tinha começado a insistir que eu saísse do restaurante, pois a noite poderia atender ainda mais mulheres, enquanto minha primeira amante começou a reclamar que não tinha mais tanto tempo para ela, a coisa foi ficando cada vez mais complicada até que em uma conversa minha agente deixou escapar para minha amante que eu era um garoto do job de luxo! Porra, essa mulher se transformou, ela foi no meu apartamente enquanto eu estava atendendo e me pegou no flagra, fez um escandalo, bateu na minha cliente e ainda quebrou algumas coisas minhas, rapaz a coisa foi feia.

Ela ameaçou me expor e tipo muitas das minhas clientes eram casadas com homens ricos e uns até meio perigosos, foi foda! No fim ela ainda quis continuar, mas eu deveria parar com meu segundo trabalho. Não fazia sentido para mim parar, então falei que o melhor era mesmo terminar, ela não aceitou, fez um inferno até o corno me demitir, só que nesse processo ela contou que o marido da minha agente era corno e isso também não acabou bem, eles se separam, mesmo assim a minha ex amante surtada não se deu por satisfeita e continuou me perseguindo e infernizando minha vida, por medo da exposição achei melhor não pegar mais nenhuma cliente e tentei arrumar trabalho em outros restaurantes, mas o corno se juntou com minha ex e dois começaram a me queimar para todos os donos de restaurantes bons da cidade até que me vi em uma situação onde meu dinheiro estava acabando e eu não conseguia trabalhar.

Isso tudo me deixou bem deprimido, tudo que tinha construído desmoronou bem diante dos meus olhos, o sentimento de impotência era devastador, estavam me fodendo e eu não podia reagir, não tinha como reagir, então fui me isolando, precisei me mudar para um lugar menor e mais barato — até para fugir da minha ex — troquei de número e sai das redes sociais, por sorte tinha guardado uma grana, foi o que me salvou por um tempo, só que não ia durar para sempre e eu precisava trabalhar.

Estava já sem muita esperança ou perspectiva quando um amigo me convenceu a ir para uma festa, já tava muito tempo dentro de casa sem ver ninguém e acabei topando, nessa festa eu conheci a Stella, nossa ela me chamou atenção de cara, uma mulher bonita, inteligente e muito engraçada, ela me fez rir e era algo que não fazia a muito tempo, no final da noite levei ela pro meu apartamento e transamos a noite toda, porra virei ela do avesso e foi muito gostoso, nem lembrava a ultima vez em que tinha transado por prazer e sem nenhuma interesse financeiro. Na manhã seguinte fiz café da manhã para ela e o que deveria ser só um sexo casual virou uma amizade, não nos desgrudamos mais de lá para cá.

O sexo com Stella é muito foda, mas ela meio que ama outro cara, mas o cara é complicado, nas palavras dela já tem mais de um ano que eles ficam nessa de se entenderem, mas não se entendem, quando ele banca o escroto ela fica comigo e a faço esquecer ele por algumas horas, assim como ela me faz esquecer meu passado como michê, é uma troca eu diria, no fim a amizade entre a gente é o que predominou na nossa relação, tanto que foi ela quem me convenceu a recomeçar minha vida, me ajudou a errumar um trabalho como barman no mesmo lugar onde ela trabalha e agora conseguiu me ajudar a achar um lugar mais barato para morar. Faz uns três meses que a gente se conhece e há duas semanas estamos trabalhando juntos e só agora conheci o babaca que ela falou, por coincidência ele é amigo do Adriano, meu novo colega de casa.

— Esse é o Luan?

— Sim, ele é lindo né — seus olhos brilham só de olhar para ele.

— O cara é presença, mas não entendo porque uma mulher gostosa que nem você se prende nesse cara, ele não te assume e até fica mau depois de trepar contigo — não entendo como alguém pode trepar com uma mulher dessas e não agradecer a Deus depois.

— Ele foi criado na igreja Ykaro, não é do mundo que nem a gente.

— Se você diz, mas aí você vai para casa com ele hoje? Eu reparei que ele não tira os olhos de você.

— Não sei, normalmente quando ele bebe rola.

— Você não se sente mal por ficar com um cara que precisa beber para querer te comer? — Temos liberdade o suficiente um com o outro para falar esse tipo de coisa, mas me sinto meio injusto com ela, já que nem Stella sabe do meu passado por inteiro.

— Ele não precisa beber para querer me comer, ele sempre quer acreditar que esse é o problema na cabeça dele, eu sei que parece horrível tá legal, mas se você conhecer ele vai ver que é um pouco mais complicado do que você pensa.

— Olha, sinceramente não sei se quero conhecer esse cara, mas fica espera — me preocupo com ela, Stella é uma mulher incrível que não merece ficar sofrendo por conta de um macho que não sabe o que quer da vida.

— Arrasa, madrinha! Entrega tudo! — Um dos amigos do Adriano grita enquanto ele dança em cima da cadeira, agora realmente não sei se fiz uma boa escolha, ele parece bem diferente de mim, e nem estou falando porque ele claramente é gay, mas não sou do tipo que bebe a passa vergonha nos lugares.

— Stella! — Aponto para o Adriano se requebrando todo em cima da cadeira em tempo de cair.

— Amigo ele é divertido, deixa de ser chato e só aceita tá bom!

— Certo! Mas vou querer uma recompensa depois.

— Oxé ! E você quer mais do que morar em um lugar bacana e barato?

— Você sabe.

— Para seu besta, hoje é a vez do meu namorado — Stella brinca, mas sem saber ela acerta bem no meu ponto fraco, mesmo assim me esforço para não demonstrar que sua piada me atingiu mais do que deveria.

No final da noite Adriano está muito bêbado e Stella deu a ideia de levá-lo para casa, assim já fico sabendo onde vou morar. Antes que eu sequer pense em visitar ou recusar Adriano dar pulinhos de felicidade concordando totalmente com a ideia. Minha amiga pensa que sou bobo, mas saquei exatamente qual foi a dela com isso de carona pro Adriano, ela quer eu leve ele para casa, que assim Luan não vai poder ir com ele, ou seja Stella planeja dar o bote, ela tem me ajudado muito, então vou quebrar essa para ela e também teria que ir nessa casa mais cedo ou mais tarde, talvez quando o Adriano acordar mais tarde ele até mude de ideia sobre morarmos juntos já que ele está evidentemente bêbado agora. Mas no fundo, espero que ele não mude de ideia, Stella está certa, preciso de um lugar barato para morar e no fundo algo me diz que Adriano e eu seremos amigos, ele é meio doidinho — totalmente diferente de mim — mas parece ser gente boa.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive R Valentim a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de R ValentimR ValentimContos: 106Seguidores: 56Seguindo: 3Mensagem não recebo mensagens por aqui apenas por e-mail: rvalentim.autor@gmail.com

Comentários

Foto de perfil genérica

Essa nova versão está com os pontos mais unidos, o ykaro vai deixar de sr um hetero intolerante?

0 0
Foto de perfil de Xandão Sá

já tô vendo Adriano confeitando a rola de Ykaro com glacê de porra...

0 0
Foto de perfil de Jota_

Uau! Por esse passado do Ykaro eu não esperava! Haha

0 0