Entre as coisas que mais detesto na vida as piores são vazamento hidráulico e abrir mão da minha nudez dentro de casa. O universo, entretanto, conspirou contra (pelo menos assim eu li) e precisei tomar uma decisão: água minava no meu banheiro, a clamar por um encanador, o que, por sua vez, me obrigava a suspender minha nudez – principalmente num dia de temperatura tão agradável, nublado e frio.
Mas seria “ou isto ou aquilo”! Evoquei a poética de Meirelles e convoquei o profissional para o devido reparo, ao mesmo tempo em que passava a mão em algum short que estivesse disponível, para me cobrir, civilizadamente. Uma mínima peça, que escondia o necessário, enquanto deixava-me as partes íntimas praticamente livres.
Ao atender a porta, um senhor de seus 50 ou 60 anos, acompanhado de um auxiliar, na certa um aprendiz, na faixa dos vinte, apresentou-se para resolver meu problema. Encaminhei-os até o banheiro, mostrei o vazamento e disse que estava à disposição para algo de que precisasse. Me esparramei no sofá, sonhando com o final do conserto e o fechar da porta atrás deles, para finalmente voltar a minha interrompida nudez.
Ouvi batidas, ordens e perguntas. Alguns minutos depois, o encanador vem até mim, dizendo que o problema era na parte externa, e que ele iria identificar. Para isso, o auxiliar ficaria fazendo as devidas conexões. “Tudo bem” – murmurei, indiferente, mais para informar que ouvira do que por qualquer outra coisa. Revirei-me para o recosto espumado, mergulhando na navegação virtual do celular.
“Moço, pode me dar um copo d’água, por favor?” Caralho! Que impertinência! Reuni todo meu escasso estoque de paciência e me levantei para hidratar o jovem. Servi-lhe o líquido, e somente então notei o quanto ele era interessante: imberbe, corpo bem distribuído, dentro do real de um cara de sua idade; a bermuda jeans até pouco acima do joelho revelavam escondidas coxas que pareciam carnudas e uma bunda fornida; a rola estava de lado, em descanso. Eu até pegaria, pensei, se não estivesse tão estressado com aquela invasão em minha tarde.
Ele terminou a água e correu a atender o patrão, que o chamava de baixo, mandando-o fazer duas coisas impossíveis de serem feitas ao mesmo tempo, pela distância que as separavam; então o rapaz, num tom de voz que parecia meio sem jeito, pediu-me para segurar determinado cano, enquanto ele cumpria a outra ordem do velho. Conformado que já perdera a concentração do sofá, avaliei a altura do que eu seguraria e constatei que precisava de um banquinho. Subi e me estiquei para segurar.
Habituado a não me preocupar com roupa, e sem aquela nóia que as mulheres têm de vestirem roupa curta para ficar puxando e repuxando o tempo todo, sequer me dava conta de que, ao estender meu corpo, a sumária peça de roupa permitia ampla visão de minhas nádegas, testículos e mesmo do pênis. Também não percebi de imediato os olhares do rapaz ante aquela exibição involuntária, só os notando quando ele não mais se preocupava em disfarçar, nem mesmo a natural arrumação da sua rola, sua mão sobre o tecido.
Obviamente, agora sabendo-me secado e objeto de observação, quiçá de desejo, não tive como controlar a ereção que foi aos poucos se pronunciando, e sem contenção (minhas mãos estavam ocupadas), atingiu rapidamente seu auge, armando minha roupa e expondo toda minha nudez até então contida.
Uma ligeira olhadela me fez constatar o também completo mastro que se erigia sob a bermuda do trabalhador. Procurei fingir naturalidade, enquanto minha rola pinotava sob o tecido esticado.
Concluída a sua tarefa, ele dirigiu-se até onde eu me equilibrava sobre o banquinho e o senti roçar minha coxa com seu braço. Falando aleatoriamente sobre o serviço percebi sua mão acariciando minha perna, arrepiando-me os pelos, enquanto seu nariz afundava-se em minha bunda, enfiando o tecido do meu short entre minhas nádegas. Meu inevitável gemido foi a senha da minha aquiescência: sua mão subiu por entre minhas coxas e atingiu suavemente minha pica, acariciando ao mesmo tempo em que me puxava para si.
Meu pau escapou pela perna do short e ele o punhetava devagar, em seguida pondo-o na boca e passando a chupar delicadamente, enquanto a outra mão me segurava a bunda, para que eu não despencasse do banquinho. Eu ainda segurando o cano, meu dorso num estendido para cima, sendo acariciado com sofreguidão e suavidade, ao mesmo tempo.
A iminente volta do encanador fazia tudo apressado, sangue agitando-se nas veias, sugando avidamente os segundos que teríamos.
Mas o Universo... sempre ele... Ouvimos a voz do homem lá fora, dizendo que precisava comprar uma peça para trocar, e que já voltaria. Meu coração disparou de felicidade. Eu soltei o que estava segurando e deslizei meu corpo roçando no corpo do rapaz, sentindo a dureza de sua rola sob a bermuda. Nossas bocas encontraram-se e se fundiram num longo e agoniado beijo, enquanto eu abria o zíper e extraía o belo falo do ajudante, passando a acaricia-lo. Ele já descera completamente meu short e seus dedos vadiavam pelas bordas do meu cu e enfiando-se acintosamente.
Arrastamo-nos, agarrados, até o sofá, onde fui me deitando languidamente, abrindo as pernas e expondo meu buraquinho piscante. O rapaz, já sem a bermuda, fazia sua rígida rola chegar a minha bunda, acariciando-a e, em seguida, forçando a entrada e penetrando-me com competência até sentir-se completamente dentro de mim.
Eu gemia, de bruços, com aquela delícia dura dentro de mim, estocando-me com firmeza, mas sem machucar. Minha rola babava sob minha barriga. Eu sentia o corpo dele todo em cima do meu, seus braços nas minhas axilas, e os movimentos de homem me comendo continuamente, ritmicamente, até parar de repente, enfiar-se mais profundamente e crescer dentro de mim, explodindo em jatos de líquido e espesso prazer.
Nossas respirações apressadas, voltando ao normal, alertaram-nos de que precisávamos nos recompor, antes de o encanador voltar – o que de fato aconteceu minutos depois, encontrando-nos vestidos e em inocente e aleatório bate-papo, nossos corpos satisfeitos e felizes.