Minha esposa Maha virou atriz (2)

Um conto erótico de Sabrino (Por Leon Medrado)
Categoria: Heterossexual
Contém 4638 palavras
Data: 19/08/2025 00:27:14
Última revisão: 19/08/2025 01:34:47

Parte 2.

Da série: Maha – esposa e atriz

Naquele dia, eu fiquei sabendo de como era o curso e como a minha esposa estava aprendendo a ser tão mais liberada e solta. Mas, ela tinha uma sinceridade e uma transparência que me deixavam surpreso. Eu a adorava, e mesmo com uma boa dose de ciúme, tentei me convencer de que era eu o errado, ela tinha razão, a vida artística era mesmo muito mais liberal, e havendo respeito e seriedade, não cabia eu colocar maldade onde ela dizia que não havia. Porém, eu sei que sempre tem um pouco de maldade, malícia e tesão, em todo lugar, e por isso, fiquei mais atento.

Eu tomei a decisão de ligar para o Gênio, e perguntar como ele estava e ver se o amigo falava alguma coisa, sem eu ter que perguntar.

Numa hora perto do horário do almoço, por volta de 11h50, ao terminar uma reunião, dei um toque no telefone perguntando como ele estava. Logo ele ligou:

— E aí seu cu-de-ferro? Só pensa em trabalho?

— Não, penso em vagabundo também! Por isso lembrei de ti.

Ele deu risada, e perguntou:

— Vamos almoçar? Hoje tenho um pouco mais de tempo, folga de gravações, e a gente bem que poderia se ver.

— Eu topo, eu convido. Ali no centro. Rua da Quitanda, esquina com a Rua São José. Tem um restaurante pertinho, na São José, bem legal, Casa Urich, alemão, muito tradicional, com preços honestos. Podemos comer lá? – respondi já sugerindo.

— Eu topo. Estou aqui no Jardim Botânico. Tenho que sair daqui agora, senão, não chego. Até lá levo uns 40 minutos. – Ele respondeu.

Olhei na agenda, vi que não tinha marcado nada após as 14h, e confirmei:

— Então, em 50 minutos espero lá. Até.

Ele confirmou e desligou. Eu não estava longe, então, aproveitei para ficar estudando como deveria abordar o assunto que me interessava, com ele. Decidi ir tateando, como se soubesse pouco. Avisei a secretária que só voltaria às 15h.

Quando faltava apenas uns vinte minutos para a nossa hora, segui para o ponto de encontro, andando a pé. Nossa agência ficava num prédio de salas comerciais do centro, e era bem próximo. Cheguei, pedi ao chefe uma mesa para dois, e em menos de 5 minutos ele me chamou. Fui me sentar e disse que receberia um amigo. O Gênio levou apenas mais dez minutos e pontualmente às 12h45 ele apareceu. Nos cumprimentamos e pedimos um suco de abacaxi com hortelã, para refrescar, enquanto escolhíamos nossos pratos. Acabamos os dois num Picadinho de Filé Mignon acompanhado de arroz, ovo frito, batatas fritas e ainda banana frita.

Dando um gole no suco de abacaxi, eu perguntei:

— Então, como andam as coisas?

— Tudo na paz, “bro” … Agora as coisas melhoraram mais um pouco. – Ele disse, sem precisar coisa nenhuma. Era mesmo a cara dele.

— A Maha me contou que tu está com ela no curso. – Já cutuquei para ele começar a contar.

Ele foi logo reportando:

— Então! Eu vi esse curso que ia começar, e no dia, encontrei a Mah, numa filmagem. Eu que tinha indicado para ser ela a modelo do comercial. Aí, ela me disse estar sem motivação na faculdade. Eu sugeri para ela fazer o curso.

Eu fui deixando iscas para ele pegar:

— Pois, é! Ela está muito contente. Diz que é o que ela sempre quis. Mas, e tu? O que está fazendo lá? Vai virar ator?

— Ah… Eu gosto! Sempre tive vontade. Trabalhando na produção das novelas eu tive mais contato com os atores e atrizes, diretores e produtores. Muitos me sugeriam que eu deveria fazer o curso. É a porta de acesso. – Ele contou.

Cutuquei:

— Desconfio que tu quer mesmo é passar o rodo no elenco feminino. Seu safado.

— Hahaha! – Ele deu uma sonora gargalhada. Depois falou:

— Uma coisa só ajuda a outra. Que mal tem? Elas gostam do menino, eu também gosto delas.

Era a deixa que eu queria. Falei:

— Olha lá, seu sacana! Minha mulher está no curso!

O safado era mesmo um folgado:

— Assim que é bom! Tenho o álibi perfeito para dar um pega naquela gostosa! – E deu outra gargalhada.

Eu peguei uma pedra de gelo pequena do meu copo de suco de abacaxi e joguei nele dizendo:

— Tomá no cu! Vou te capar seu sacana!

Ele rindo falou:

— Qual é... “Bro” … Mulher de amigo meu, é ótima! Hahaha, eu trato com muito carinho e respeito. Não vou arrancar pedaço. Hahahaha...

— Fala sério seu merda! – Exclamei. E já emendei rindo:

— Sei que tu não vai te meter a besta com a minha esposa, mas não confio cem por cento nessa tua fidelidade às amizades… Tu não vale nada.

O sacana estava se divertindo:

— Porra! Que mal tem umas apalpadas, umas esfregadas? – Não arranca pedaço, já disse. É tudo em nome das artes cênicas. E deixa com um puta tesão. Hehehehehe...

Eu ia responder torto, mas, naquele momento chegou o nosso Filé com tudo que tinha direito. Eles foram rápidos na cozinha e os pratos ficaram prontos. O cheio era ótimo. Começamos a nos servir e a conversa deu uma pausa.

Eu já ia desistir de falar com ele sobre aquilo. Vi que o amigo ia sacanear direto, era o jeito dele, e achei que não ia dar em nada. Só ia me deixar mais invocado. Mas o Gênio deu umas garfadas para provar a comida, mastigou e ficou sério. Disse:

— Amigo, agora, falando sério! Tua mulher tem muito talento, está dando show no curso, e já falam em chamar a Mah para uma nova peça que estão preparando. Ela nasceu para isso, vai ser uma atriz de sucesso, tenha certeza. Com aquela beleza e completamente desinibida, vai crescer na carreira. Não me diga que tu vai dar uma de marido ciumento.

Aquela fala dele me deixou com a pulga atrás da orelha. Perguntei:

— Não diga! Ela dá show no curso? Desinibida? Como assim?

Ele, comendo, fez sinal de positivo, mastigou, engoliu, e eu nem tinha ainda tocado na minha comida. Falou:

— Quando fizemos os primeiros laboratórios de dramaturgia, e com cenas de nudez, ela foi a mais descontraída. Parecia que sempre andou nua na vida. Não tem timidez ou vergonha nenhuma de se despir. E olha que alguns exercícios deixam muitos dos outros, meio constrangidos no começo.

Eu finalmente estava comendo. A comida estava deliciosa, mas o assunto me instigava. Fingi desconhecer aquilo, fiz cara de espanto, e comentei:

— Caralho, tem disso? Agora eu já sei por que tu está no curso!

Ele respondeu firme:

— É sério. Esse curso não é brincadeira. Dali, sairemos profissionais. É muito respeitado. É que tu não é do meio, pensa só em safadeza, mas é tudo muito natural.

— O que é tudo natural? – Questionei.

— Tem dias que ficamos mais de hora, todos juntos, sem roupa, fazendo os exercícios. Não é safadeza não. No começo ainda tinha gente meio travada, mas agora, algumas semanas depois, está todo mundo solto, sem ter vergonha, bem à vontade.

Eu estava começando a me arrepender de ter concordado com a Maha dela fazer o curso. Eu era liberal mas não estava preparado para aquele caso específico. Por dentro meu sangue fervia um pouco. Para puxar mais assunto, falei:

— Mas que malandragem. Todo mundo nu e junto, encenando? Que porra de cena é essa? É suruba? Cenas de Calígula? E vai dizer que não tem gente que fica cheia de tesão?

Ele sorriu, parecia tranquilo, deu de ombros, e respondeu:

— Ah, isso é natural. Bate uma excitação sim, mas a gente controla. E a turma é cabeça aberta. Quem está ali não está nem aí para esse tipo de questão.

Como assim? – Questionei.

— Ali, com aquela gente, quem estiver a fim de trepar com outro, trepa quando desejar, sem esquentar a cabeça. Nas aulas é só exercício mesmo. – Respondeu.

Eu notei que estava começando a chegar aonde eu queria. Tinha que conseguir uma informação dele. Perguntei:

— Tu acha que a Mah pensa assim também?

O Gênio não respondeu logo, porque estava levando uma bela garfada de comida à boca. Mastigou balançando afirmativamente a cabeça e só depois que engoliu disse:

— Acho que sim. Se ela quisesse… Ela é muito bem resolvida, “bro”. A Mah faz o que tiver vontade… Não esquenta. Mas, é a tua mulher, te adora, e não vai dar mole para nenhum otário. Isso é muito difícil.

Eu estava a fim de provocar e cutuquei:

— Ainda bem. Mas, diga lá, o que fazem pelados nesse curso? Muita gente?

Ele deu um gole no suco e negou com a cabeça.

— Somos quinze alunos, só seis homens e três de nós são gays. Tem mais o professor e a professora também. Dezessete pessoas. E ficamos pelados só em algumas aulas de laboratório, para perder a vergonha, desinibir. No mais é de cueca e calcinha.

— Assim que são as aulas? – Perguntei.

— Tem gente que ainda acha que é pecado ficar nu diante dos outros, amigo. Como querem fazer teatro ou filme desse jeito? Por isso, nos laboratórios, vão se descondicionando. Mas a Mah já chegou sem trava nenhuma. – Ele explicou.

— Como que é? – Questionei.

— Ela já posava para fotos de catálogo de roupa íntima, tu deve saber, fica nua no estúdio, troca de roupa na frente dos outros, antes de fazer o curso. Ela não teve nenhuma dificuldade. Por isso, acho que ela se encontrou fácil nesse curso. Vai se soltar ainda mais.

Me fiz de besta:

— Ah, qual é! Não diga. Como sabe disso?

Ele estava comendo e eu esperei, comi um pouco também e ele finalmente falou:

— Ela mesma que me contou. Tivemos no curso, uma sessão inicial onde nos apresentamos para os outros. E respondíamos algumas questões dos professores. Quando perguntaram se tinha vergonha de se despir diante de estranhos ela disse que não, e contou que já ficava nua para fotos. Falou até que já foi em praia de nudismo, contigo.

Eu fiquei calado, olhando para ver a reação dele, mas ele parecia estar sossegado. Resolvi questionar um pouco para ver o que mais ele me contava:

— Quando a Mah me contou dessas aulas, eu fiquei meio invocado. Achando que era safadeza. Todo mundo nu...

Ele fez um gesto vago com a mão e explicou:

— Ah, safadeza tem em todo lado. Mas lá não é tanta. É sério. Estamos mesmo estudando e aprendendo, para valer. E descondicionar as mentes deformadas pelo moralismo cristão, é complicado.

Ele respondeu aquilo enquanto preparava a nova garfada de comida.

Eu sentia uma postura bem franca do amigo, não parecia ser de alguém que tivesse coisas a esconder. Então, entre uma garfada e a outra, procurei ir mais fundo:

— Amigo, ficar nu no meio de umas mulheres também nuas, se forem jovens e gostosas, é complicado, não é? Eu ficaria de pau duro o tempo todo, ainda mais se forem umas deliciosas como a Mah.

O Gênio deu outra gargalhada com a boca cheia e quase jogou a comida para fora. Ele disse:

— Hahaha, verdade. É... meu “bro”! Aí tu falou tudo. Pior que tem uma prova de apalpação no escuro, todo mundo se tocando, uns aos outros, no corpo, nas partes íntimas, para tentar saber quem é a pessoa. Não tem como não ficar arretado.

Pronto, ele tinha chegado aonde eu queria. Exclamei:

— Caraca! Não diga! Depois diz que não tem safadeza? Então, quer dizer que tu já andou apalpando a minha mulher, né safado? E ela, te apalpou também?

O Gênio me olhou mais atento, para ver se eu estava puto, mas eu estava sorrindo, de propósito, enquanto por dentro estava invocado, queria que ele se sentisse à vontade. Ele disse:

— Não vou negar, “bro”, apalpei. Claro. Mas, a Mah eu já tinha apalpado antes, quando a conheci, faz tempo. Antes de te apresentar minha caloura.

Ele deu uma paradinha, viu que eu continuava normal e disse:

— Pena que ela não quis nada comigo na época. Ela preferiu ficar contigo.

Eu provoquei:

— Mas tu tirou umas casquinhas, fala a verdade. Tu não ia deixar barato.

Ele riu, e disse:

— Tu é meu irmão. Vou abrir. Tentei de tudo, peguei nos peitos, beijei o pescoço, apalpei a xana. Ela se esquivava. Era uma teteia. Novinha. Não quis nada comigo. Eu não ia forçar.

Parou e me olhou firme, antes de continuar:

— Mas, falando sério. Agora, foi sem sacanagem, era exercício de aula.

Eu fingi estar meio sacaneado:

— Seu safado! Apalpando a mulher do amigo no escuro, e vem com esse papo de exercício de aula, sem malícia! Vai enrolar outro. Te conheço faz muito tempo. Contigo sempre tem malícia.

Ele deu risada, divertido. Disse:

— Quem manda se casar com mulher bonita e sem vergonha?

— Sem vergonha é a tua mãe, seu merda. – Falei rindo.

— Eu disse que ela não tem vergonha de fazer as coisas. – Ele explicou.

— Mas, me diz, ela te apalpou também? De pau duro?

Ele deu de ombros, e sorrindo, falou:

— Faz parte. Desculpa. Tive que ficar na minha, quieto, enquanto ela pegava no meu. E eu estava “duraço”. Pior é que a danada sabia que era eu, pois pegou, segurou um pouco, e depois acertou os nomes de todos.

— Mas que putaria deslavada! Esse curso é uma pouca vergonha! - Exclamei, sem achar graça.

— Não teve maldade. – Ele falou.

Eu expliquei:

— Tá zoando? Mas, relaxa, não estou bravo. Ela me contou. Comigo tu pode falar a verdade.

Gênio deu outra gargalhada, disfarçou, deu um gole no suco, pensando no que ia dizer. E sorriu:

— Tu me conhece bem, e sabe que eu gosto muito de ti. Não vou negar que a tua mulher é mesmo uma tentação, dá vontade de cair matando em cima dela, mas estou respeitando. Juro. Sempre respeitei. Até porque, ela nunca vai dar mole para mim. Ela te respeita também, é apaixonada em ti. Nem sei por quê. Tu é muito certinho para ela.

Eu já tinha a resposta pronta. Fiz expressão de sacana e falei:

— Sei... Também conheço a figura. Me respeita, mas fica apalpando o amigo pelado. Ela é sem-vergonha dissimulada. Acho que todos são um bando de safados. Com essa desculpa de teatro. Estão loucos para fazer uma surubinha.

O Gênio percebeu que eu estava na base da gozação e entrou no clima, relaxou e disse:

— Isso é verdade. Quem está ali não tem muita dificuldade em se soltar, e se rolar uma suruba, um “grupalzinho” de repente, acho que a maioria engata. Todos são cabeça bem aberta. Mas, volto a explicar. Não estamos lá para isso, e a Mah é séria e não está a fim de safadeza. Isso eu garanto.

Eu tentava fazer com que ele continuasse falando. Então soltei:

— Tá bom! Garante? Tua garantia é igual nota de três Reais, genuinamente falsa. Se ela der mole, tu “créu”, sem nem pensar no amigo. Tu não vale a bosta que caga.

Falei e continuei comendo. Sabia que ia mexer com ele. Enquanto eu comia, ele finalmente passou a ser o Gênio que eu sabia que era. Falou:

— Ô Sabrino, pensar isso de mim? Que é isso!

Ele deu uma pausa, depois disse:

— Mas, tu virou um ciumento moralista? Que papo mais conservador... Tu nunca foi inseguro, e agora está com medo da Mah dar umas voltinhas por fora? Que mal tem isso? Achava que tu era muito mais desencanado até do que eu. Afinal, Tu já deixa ela posar de lingerie, ficar nua no estúdio, estudar teatro. Ela vai fazer cena de nu e de sexo, pode crer. Achei que tu tinha um casamento bem liberal com ela.

— Uma coisa é uma coisa, sou bem liberal, mas, só agora que eu fiquei sabendo dessas aulas de nu e apalpação. Não sou conservador, mas não tenho muita vocação para ser corno... – Respondi.

Eu mantinha o sorriso, para ele ver e entender que eu estava mais de provocação do que falado sério.

O Gênio me olhou, meio intrigado, e disse:

— Não é para tanto. Também não é isso. Mas... Pensa bem. Não tem como, a Mah, com o curso vai se soltar mais, e depois, se ela virar atriz, o que é quase certo, vai se soltar cada vez mais. Ela ama essa vida de representar. Já viu o entusiasmo dela? Tu tem que desencanar disso. Acho que a cabeça dela é bem livre nesse sentido. Tu tem que deixar a estrela brilhar.

Como assim? – Questionei.

— Ah, ela vai topar fazer cena erótica, fácil. Nos laboratórios, na hora de aprender beijo técnico, já beija outro sem nenhuma frescura, já dançou nua se esfregando no parceiro, e pegou no pau de todos os homens, sem ficar de mimimi. É a aluna mais aplicada. Depois sentou-se no colo, só de tanguinha, fez tudo que foi desafio do laboratório, numa boa. Nem fica vermelha. Ela está feliz assim. É a cara dela. E te ama, não está ali para fazer safadeza. Posso garantir.

Quando eu ouvi aquilo, me arrepiei inteiro, e fiquei tenso. Estava sabendo de detalhes de como eles faziam. Por dentro eu queimava de ciúme. Eu disse:

— Isso para mim já é um pouco de safadeza. Fala que não é... Sentar-se no colo, sem roupa.

Ele explicou:

— Não, no colo não foi sem roupa. Estava de tanguinha. E eu de cueca. Mas o meu pau ficou tinindo de duro, não tem como evitar. Fingimos que não aconteceu nada. É mesmo para aprender a fazer cena sem se deixar contagiar.

— Porra, caralho! Vou acabar brigando contigo, seu puto! – Falei parecendo irritado. Ele caiu na gargalhada:

— Estou exagerando um pouco. Só para te sacanear.

Acabei dando risada, mas por dentro, sabia que ali devia ter alguma coisa de verdade. Continuei comendo. O Gênio estava acabando de comer. Cruzou os talheres sobre o prato, e disse:

— Amigo, desencana. Se a Mah quisesse dar, já teria dado, pois nunca faltou cantada em cima dela, em todo lugar. Ela é assediada constantemente, até na produtora onde trabalha.

— Como pode saber? – Perguntei.

— Eu sei, já vi. Ela também me contou. Mas ela não se abala com isso, sabe levar tudo na boa, sem se comprometer. A Mah é esperta, escolada.

Ele deu uma parada, respirou e finalmente disse:

— Mas, eu acho que tu devia começar a desencanar, e se preparar para aceitar mais essas coisas. Carreira de atriz... É um caminho sem volta. - Falou, enquanto se preparava para dar um último gole no suco de abacaxi. Nosso almoço estava terminando.

Eu dei de ombros.

— Não é fácil fingir que não incomoda. Me incomoda sim.

Ele disse:

— Com o tempo tu vai costumar, e relaxa. Não faz mal, nem arranca pedaço.

Fiquei calado. Não achei prudente continuar cutucando. Na hora me deu uma sensação de que se eu prosseguisse naquele papo iria ouvir coisa que me obrigaria a ter que me posicionar. E eu ainda não queria que o Gênio pensasse que eu daria alguma brecha, pois achava que ele poderia aproveitar como um endosso para tentar algo.

Terminamos nosso almoço, pedimos café, e fiz questão de pagar por ter sido quem convidou. Ele falou que na próxima vez ele pagaria. Nos despedimos amigavelmente, e eu voltei para a minha agência. Estava municiado das informações que eu desejava. E confesso que não estava muito à vontade com tudo aquilo.

Durante a tarde, eu trabalhei com a sensação de que eu estava desenvolvendo um “fantasma”, gerado por insegurança e ciúme da minha esposa. Estava dividido e de certa forma o Gênio foi sincero. Eu teria que ser flexível, me acostumar, ou ser sincero com a minha esposa, e contar que não estava à vontade com aquilo. Decidi ter um pouco mais de paciência, e ver melhor como a situação se desenrolava.

Naquele dia, eu procurei encarrar o meu expediente mais cedo, e voltar para casa antes da Maha chegar. Passei num restaurante de comida pronta, e levei para casa um estrogonofe de frango, com arroz, babata palha e salada Cesar. Sei que a Mah adora esse prato e eu queria agradar.

Logo que cheguei, perto das 20h30, fiz umas torradas com azeite e orégano, para trincar, esperando que ela chegasse. Depois fiquei vendo noticiário na TV. Eram 23h quando a Mah, chegou, eu já estava rachando de fome. Quando ela entrou em casa, já senti emoção pelo jeito que estava vestida. Uma sainha verde musgo, bem curta, rodada, cheia de babados de renda, em camada, e uma camiseta regata, de malha de algodão canelada cor de Salmão, que mal cobria os seus lindos seios. Estava de sandálias rasteirinhas. Trazia uma sacola de papelão na mão, além da bolsa a tiracolo.

Admirado, dei um beijo de boa noite e perguntei:

— Foi trabalhar assim hoje?

— Não, amor. A roupa do trabalho está na sacola. Esta foi a roupa que usei para ir para o curso de teatro. Bem mais à vontade.

— É verdade, muito à vontade mesmo. - Eu disse. E emendei:

— Já trouxe o jantar para nós.

Ela pediu:

— Vou tomar um banho rápido e jantamos.

Eu fui retirando a camisa e falei:

— Então, vou aproveitar e tomar banho também.

Maha despiu a camiseta enquanto seguia para o quarto e entrou no banheiro. Entrei atrás a tempo de ver que ela despia a saia e estava sem a calcinha. Vi as marcas vermelhas em suas nádegas enquanto ela jogava as roupas no cesto de roupas usadas. Me despi e entrei com ela no box do banheiro, e perguntei:

— Tomou muitos tapas na bunda hoje?

Ela estava abrindo a torneira do chuveiro, parou sorrindo, virou-se e falou:

— Hoje foi chicotinho e chineladas. Estou muito marcada?

Admirado com a simplicidade dela com aquilo perguntei:

— É normal isso? Esposa chegar marcada de chicote? Ou eu que estou por fora.

Ela continuava sorrindo. Me abraçou e me deu um beijo. Disse:

— Não é o que está pensando. Tivemos um laboratório com encenação de BDSM, para a preparação de um Sketch, que será uma das nossas provas do curso.

Como assim? – Perguntei.

Ela explicou:

— No teatro esse termo, sketch, se refere a uma cena curta, geralmente de caráter cômico, realizada por um número mínimo de atores, que podem ou não utilizar o improviso. Com aproximadamente 10 minutos de duração, formamos duplas de encenação, e tinha um questionário que era feito, sobre a história do teatro. Cada vez que a gente errava uma questão, tomava umas chicotadas. Não é forte, mas vai marcando a pele. No fim, ficamos de bunda vermelha e meio ardida. Mas não incomoda.

Não consegui controlar e senti uma ereção imediata, e como a Mah estava abraçada comigo, sentiu o pau duro entre as coxas. Ela abriu um pouco as pernas e o pau se encaixou no vão das coxas. Ela falou:

— Nossa, ficou taradinho, já? Só porque contei isso? Gosta de chicotada?

Eu sorri e respondi:

— Pensei na sua bunda tomando umas chicotadas, no BDSM. Não é a minha praia, mas fiquei excitado porque é sua bunda. É linda, e vi que levou boas chicotadas.

— Safado! Imagine se visse a cena do Gênio me dando chicotadas na bunda. O safado adorou poder bater. Xinguei ele bastante depois. E descontei. Na vez dele, eu desci o chicote pra valer, ele até berrou.

Ao ouvir a Mah contando da cena, meu pau deu uma outra repuxada, e encostou na bocetinha que estava muito melada e babada. Eu exclamei:

— Nossa! É safadeza mesmo! Tu está toda melada na boceta. Esse curso é uma putaria da boa. E tu de bunda empinada para o Gênio chicotear.

Ela sorria sem se mostrar acanhada. Contou:

— Deixa de ser moralista. Que safadeza nada! Hoje, fiz dupla com ele, amor. Seremos nós dois juntos na prova. Temos que ensaiar para a prova. E o curso aproveita fazendo o questionário, para a gente memorizar conteúdo de história do teatro e das artes.

Eu estava meio picado de ciúme na hora, e mesmo excitado, me sentia um pouco irritado. Falei:

— Tu e ele estão muito íntimos para o meu gosto. Não estou gostando muito.

Maha, ainda levando na gozação, deu risada e me deu um beijo, olhou nos meus olhos e disse:

— Puro ciúme bem bobo, amor. Somos amigos. Eu prefiro fazer dupla com ele do que com outro que não conheço tanto. E tu está de pau duro por quê? Ficou excitado com isso?

Respondi:

— Abraçado com a minha esposa gostosa, nua, se eu não ficasse de pau duro seria uma ofensa.

— Hahaha, safado, o Gênio falou a mesma coisa. Na prova de dança. Ele estava de pau duro o tempo todo. Esfregava em mim. Eu perguntei o que era aquilo, e ele me respondeu isso:

“Abraçado com uma deusa desta, com essa sua bunda deliciosa, se não ficasse de pau duro seria uma ofensa”.

Ela continuava rindo, e comentou:

— Os dois pensam bem parecido, não é à toa que são amigos.

— Amigos? Ele está é abusando da minha esposa. - Falei, já meio invocado.

Ela perguntou:

— Tu ficou excitado, quando eu contei. Não ficou? Estou vendo e sentindo aqui.

A Maha estava esfregando a bocetinha na cabeça da minha pica e eu estava a ponto de gozar. Eu tentava dizer que estava com tesão nela, mas a Mah pediu:

— Pode falar amor. Senti que tu fica muito excitado quando conto dos meus exercícios no curso. Mas, parece que em vez de se divertir, está achando mesmo que é só safadeza.

Não tinha como sair pela tangente. Resolvi ser sincero:

— Sabe, eu acho que no meio desse curso, tem muita safadeza mesmo, e tu tem o álibi de que são exercícios, e os dois se aproveitam. Quem comanda o curso vai levar todos até o ponto de extrapolar os limites. Eu me excito de ver que todos estão sendo safados, mas, também fico muito puto de perceber que acham que eu sou babaca e não percebo o que está acontecendo. Estão adorando essa safadeza.

Quando eu disse isso, a Mah se afastou de mim, e ficou colada na parede do banheiro. Falou:

— Chega. Vamos parar. Isso assim não está legal. Me diga, se tu não está contente comigo fazendo o curso, eu paro. Não quero ser acusada de fazer nada por safadeza. Estou levando tudo numa boa, seriamente, pois é o único jeito de levar. Ou faço o curso, ou desisto. É essa a sua vontade? Não te quero me julgando desse jeito.

Vi que ela ficou ofendida. Tentei argumentar:

— Mas, o que todos fazem lá, é meio difícil de engolir. Pense na minha posição. Bancando o corno, ou o marido enganado.

Ela respondeu:

Não seja preconceituoso. Estávamos ensaiando, e o Gênio é mesmo teu amigo. Ele me trata com o maior carinho e atenção. Mesmo ele sendo bem safado, não levamos nada na maldade.

O clima de tesão havia sido desfeito, e eu chateado, saí do banheiro, sem tomar banho. A Maha ficou lá, tomou o banho e depois, vestida com uma camiseta branca bem larga, veio para a cozinha, onde eu estava esquentando novamente o jantar.

Ela não disse nada, e se serviu indo se sentar à mesa da copa-cozinha. Comeu em silêncio e eu vi que ela ficou mesmo emburrada. Eu também nada disse. Sabia que se continuasse a discutir seria pior.

Jantamos em silêncio. Quando terminamos de comer ela lavou os patos e disse:

— Amanhã vou pedir para sair do curso. É isso que tu quer?

— Não, eu não quero isso. Tu que quis fazer o curso. E eu não pedi para tu fazer, e nem para parar. Apoiei o que tu queria. Então faça o que tem vontade. Não me deve satisfação. Se parar é por iniciativa tua.

Ela ficou quieta. Eu saí da cozinha e fui tomar o meu banho. Realmente estava invocado e insatisfeito com o andar das coisas. Quando terminei meu banho, ela já estava deitada na nossa cama, e tinha adormecido.

Dormimos meio extremados naquela noite.

Continua na parte 3.

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Foto de perfil de Leon-MedradoLeon-MedradoContos: 378Seguidores: 885Seguindo: 207Mensagem Um escritor que escreve contos por prazer, para o prazer, e com prazer. Quem desejar adquirir meu romance erótico: "Muito Safados - Confissões Eróticas Alucinantes”, basta me pedir o link por e-mail. Tem e-book e edição impressa por encomenda.

Comentários

Foto de perfil de Nanda do Mark

Ok... Respondeu sobre as marcas.

Sabe o que é mais interessante, não senti uma "vibe" de traidora na Maha. Posso até estar enganada, mas acho que não há era nada furtivo.

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* haverá, não "há era" (esse corretor tá afim de me dizer mesmo, só pode!)

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Acho que lembro do conto original,e se for qual estou pensando,era muito mais "avançado". Leon está desenvolvendo uma história muito melhor,embora a original não era ruim não.

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Fiquei tão revoltado que ja vou comentar antes de terminar o primeiro terço da história.

Ir na casa Urich e pedir picadinho de filé mignon com fritas éima heresia.

Desprezar aquele kasller com chucrute maravilhoso, e a "feijoada" alemã irretocável, é inadmissível... Nem sei semvoi terminar de ler....😝

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