Capítulo 10 – Ressaca Ardente

Um conto erótico de Dominus Codex
Categoria: Heterossexual
Contém 3336 palavras
Data: 21/09/2025 03:27:22
Última revisão: 21/09/2025 12:57:09

As Crônicas da Luxúria - Ressaca Ardente

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Este é um universo de ficção erótica adulta.

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Amelia ainda se apoiava na mesa, o corpo arfando, tentando juntar pedaços de dignidade que já não existiam. O pescoço trazia marcas vermelhas como colar de posse, a boca borrada de batom denunciava os beijos brutais, e a calcinha rendada, empapada, colava-se às coxas abertas demais para se fechar. O escritório inteiro respirava o mesmo ar pesado: cheiro de suor, de porra seca, de madeira impregnada. Era impossível disfarçar.

Ela tentou ajeitar o cabelo, mas os fios continuavam grudados, denunciando cada estocada. Passou a mão pela saia curta, mas o tecido não escondia o inchaço das coxas marcadas. Cada gesto era inútil, cada tentativa de se recompor só realçava o que havia acontecido. Ainda assim, um sorriso bobo escapou, quase infantil, como se fosse uma travessura de menina que sabe que será castigada de novo.

— Até segunda, mestre… ainda sinto tua pica brincando aqui, como se não tivesse saído. — murmurou, puxando discretamente a calcinha para o lado e mostrando a mancha escura que descia pelas pernas.

Cael a cortou com voz grave, seca, sem mudar a expressão:

— Você não aguenta até segunda.

O impacto da frase a fez rir nervosa. Ela passou os dedos na própria boceta e os levou à boca, chupando-os com naturalidade, como quem prova doce roubado da cozinha. O gesto, que parecia inocente, soava como confissão escandalosa.

Ela deu alguns passos em direção à porta, mancando, as pernas denunciando a foda funda que a quebrara. Parou no batente, apoiando-se com o quadril, e olhou por cima do ombro. Os olhos brilhavam com malícia e medo misturados. A boca se abriu outra vez, a voz arrastada e mole, carregada de tesão inocente e sujo:

— Sabe, eu gosto quando você me deixa assim… Parece até que meu corpo virou teu brinquedo de foder.

Cael não se moveu. O olhar dele era resposta suficiente. Amelia, mordendo o lábio, soltou um risinho manhoso, atrevido, e então se virou de frente para a porta. Com um gesto ousado, ergueu a saia curta até a metade das coxas, puxou a calcinha para baixo e deixou-a cair no chão, empapada e brilhante.

— Leva de lembrança, mestre… tá toda melada de mim. — disse, mostrando o pano encharcado antes de escorregar dois dedos pela bucetinha aberta. O brilho úmido escorreu, e ela ergueu a mão melada para que ele visse. Só então afastou as nádegas com força, exibindo o cuzinho vermelho e intocado. Os olhos faiscavam, e a voz saiu doce como segredo proibido: — Hihi… ninguém nunca comeu meu cuzinho… mas eu quero tua pica me rasgando todinha, mestre.

Em seguida, afastou a saia ainda mais e abriu a bucetinha com os dedos, mostrando o interior molhado. Brincou de abrir e fechar devagar, como se testasse um brinquedo novo. O som molhado encheu o silêncio do escritório, e Amelia arfou baixinho, o rosto quente, como se não percebesse o quanto se exibia.

A voz saiu manhosa, carregada de desafio sujo:

— Ai, mestre... segunda vai meter na minha bocetinha encharcada ou vai rasgar meu cuzinho que tá piscando por você?

Ela gargalhou rouca, deslizou os dedos mais uma vez pela boceta escorrendo e só então os levou à boca, chupando devagar, lambendo cada vestígio como quem saboreia doce proibido. Um sussurro debochado escapou entre os lábios melados:

— Hmmm, ta docinho… quer provar também?

Cael inclinou levemente a cabeça, e a voz saiu baixa, mas pesada como ferro:

— Esse cu já tá latejando por mim, mesmo sem nunca ter sido usado.

O silêncio durou alguns segundos, até que ele completou, cortando o ar como lâmina:

— Hoje não... Segunda eu arrombo esse teu cuzinho sem piedade... Até lá, quero ele piscando pra mim, cadela...

Amelia estremeceu, puxou a saia para baixo sem nem se preocupar com a calcinha caída e soltou uma risada suja, como quem acabara de contar um segredo vergonhoso. Soprou um beijo melado na direção dele e acrescentou:

— Hmmm… vou passar o fim de semana inteirinho com a bocetinha pingando por tua causa… vou deixar meu cuzinho pronto pro senhor brincar como quiser, mestre.

Cael não desviou o olhar. Apenas deixou escapar, frio, a sentença final:

— Boa cadela.

Saiu mancando pelo corredor, cada passo ecoando como gemido abafado. O clique suave da porta não apagou o cheiro, nem o calor. Amelia se foi, mas deixou atrás de si a atmosfera de sujeira e devoção, uma promessa encharcada de retorno. O escritório, saturado, guardava agora o eco da despedida como um feitiço, prenúncio dos dias que viriam.

A noite avançou. Cael atravessou a cidade em silêncio. Quando empurrou a porta de casa, o ar não era mais o mesmo. O cheiro de madeira havia sido substituido por um cheiro adocicado, pesado,era cheiro de vinho espalhado pelo ambiente.

A sala estava em desordem. Duas garrafas de vinho vazias jaziam tombadas sobre a mesa de centro, e uma terceira, pela metade, ameaçava tombar também. O tapete simples estava manchado em vários pontos, absorvendo respingos escuros. O ar pesado tinha cheiro de álcool adocicado, que se misturava ao perfume de Evelyn e tornava o ambiente sufocante.

Ela estava afundada no sofá, a cabeça recostada para trás, a respiração pesada demais para alguém que sempre cultivava rigidez. O vestido preto justo colava-se ao corpo, já molhado em vários pontos pelo vinho derramado. A renda do sutiã aparecia pelo decote desalinhado, úmida. O batom forte manchava a boca, borrado de tanto rir e beber sozinha. O salto ainda estava nos pés, mas toda a postura que costumava sustentá-la tinha se dissolvido.

— Você demorou demais… — murmurou primeiro, sem conseguir esconder a frustração. Depois ergueu a cabeça e deixou escapar, a voz mais alta, arrastada e suja: — Demorou tanto que eu acabei me entupindo de vinho. — A risada que veio em seguida era rouca, sem freio, mais quente do que irada.

Tentou erguer a taça, mas a mão trêmula falhou. O líquido escorreu pelo canto da boca, desceu pelo queixo e mergulhou no decote. O resto caiu no colo, marcando o vestido preto com manchas rubras que brilharam sob a luz fraca. Evelyn olhou para baixo, soltou um riso curto, quase amargo.

— Nem segurar uma taça… — disse baixo, esfregando o tecido úmido. O gesto que deveria limpar acabou espalhando o vinho ainda mais pela pele, até atingir a renda da calcinha. O contraste do preto com o vermelho e a pele clara era gritante.

Cael observava da porta, imóvel. O silêncio dele pesava, um julgamento mudo que fazia Evelyn se mexer ainda mais. Tentou endireitar o tronco, erguer o queixo, mas o corpo traía a intenção.

— Vai ficar aí, só me olhando? — ela soltou, a voz arrastada. — Parece que gosta de me ver assim… quebrada.

As pernas escorregaram, abrindo além do necessário, e a fenda do vestido revelou a lingerie rendada, também marcada de vermelho. Evelyn demorou alguns segundos para se dar conta da exposição: talvez tivesse sido descuido, talvez provocação inconsciente. O riso baixo que soltou em seguida não deixou claro qual das duas coisas a traía. — Deve estar adorando… ver a mulher certinha desse jeito.

Passou os dedos pela boca borrada, lambendo o gosto ácido de vinho e batom, e encarou Cael com olhos semicerrados. — Eu não devia ter feito isso… — a voz embargada saiu firme, mas falhava nas bordas. — Não sou mulher de me arrumar para ficar em casa, mas você anda diferente, Cael. Tem algo em você que eu não reconheço… eu pensei, se ele mudou, talvez eu devesse mudar um pouco também. — Ela riu seco, sem alegria, antes de completar com um sussurro torto, quase zombando de si mesma: — Mas você deve estar rindo por dentro agora… a certinha não aguenta nem um pouco de vinho.

O corpo ainda tentava se sustentar no pouco de rigidez dos ombros, mas tudo abaixo estava entregue: vestido manchado, calcinha aparecendo, pernas abertas. Evelyn respirava pesado, o calor denunciando que não era só álcool.

— Se tivesse chegado antes… eu não estaria nesse estado. — disse, com um riso seco que mais parecia confissão. — Agora tô tão bêbada que não sei se consigo sentir raiva de você...

O silêncio dele foi a única resposta. Evelyn fechou os olhos por um instante, recostando-se de novo, mas a boca ainda tremia com palavras que não deveriam ter escapado. Estava bêbada, sim, mas também excitada. O vinho e o veneno não a haviam apenas embriagado; haviam dissolvido o verniz frio, deixando o desejo exposto como ferida aberta, impossível de ser escondida.

Evelyn tentou ajeitar-se no sofá, mas o corpo se recusava a obedecer. O vinho deixava tudo mole demais, quente demais. As mãos trêmulas apertavam o tecido do vestido preto, já manchado de vermelho, como se ele fosse capaz de segurar sua dignidade. A respiração vinha pesada, entrecortada, e quando abriu a boca, as palavras saíram antes que pudesse controlá-las.

— Eu… eu vi… você… aquela noite… — tropeçou, rindo nervosa. — No escritório… da casa… a porta tava entreaberta… eu passei… e não consegui… não consegui ir embora.

Cael não se mexeu. O silêncio dele pesava como corrente, e cada segundo arrastado era tortura. Evelyn piscou várias vezes, tentando afastar a névoa do álcool, mas as imagens vinham claras demais para serem esquecidas.

— Você… você tava mudando… eu juro… eu vi. — Ela apertou a saia contra as coxas, mas o gesto só denunciava o calor crescente. — Os ombros… ficaram maiores… a pele brilhava de suor… a respiração… tão forte que parecia encher o quarto. E o pau… — a voz falhou, um soluço abafado — …o pau cresceu na minha frente… tão grosso… tão pesado… que parecia impossível caber em mim.

As pernas dela tremeram, abrindo além da fenda do vestido. O riso curto escapou, meio soluço, meio confissão.

— Oito anos, Cael… oito anos vivendo com você e eu nunca tinha visto nada disso. Nunca. — Ela ergueu a cabeça, borrão de batom e olhos marejados. — Você nunca me mostrou nada assim… e agora eu só lembro disso… só lembro daquele pau latejando na tua mão… como se fosse tudo que importa.

Cael inclinou levemente o queixo, e a voz grave escorreu como ferro:

— Engraçado… você lembra mais do meu pau do que de qualquer jantar nosso.

Evelyn estremeceu, as mãos apertando o sofá como se buscassem apoio. A boca tentou negar, mas o corpo se adiantou: as coxas se esfregaram, a saia subiu um pouco mais. O vinho soltava a língua, mas era o desejo que escorria sem permissão.

— Eu… eu devia ter ido embora… mas fiquei parada… olhando. — O peito arfava, quase soluçando. — A tua mão descendo… devagar… depois mais rápido… o som molhado… eu lembro, Cael… lembro como se tivesse grudado em mim. — Mordeu o lábio borrado, a voz caiu num sussurro sujo. — Eu fiquei molhada só de ver… gozei sem nem tocar em mim.

O silêncio dele a atravessou. Cada segundo era punição e domínio. O predador não precisava avançar; bastava observar a presa tremer.

— Depois eu sonhei… sonhei que tua rola tava na minha cara… tão perto que eu podia sentir o cheiro, o gosto… eu acordei encharcada… mais do que em qualquer noite nossa. — A risada dela era rouca, sem alegria, uma confissão despedaçada.

Cael deu um passo lento, e a sombra dele se projetou sobre o corpo dela. A voz veio carregada de corte, provocação cruel que soava como sentença:

— E se não foi sonho? E se eu deixar você comparar a lembrança com a realidade agora?

O gemido baixo escapou antes da resposta. Evelyn fechou os olhos, tentando manter a rigidez que sempre sustentou, mas falhou. As mãos se enroscaram na renda úmida do sutiã, os dedos tremeram, e as pernas se abriram ainda mais. O corpo inteiro tremia, o rosto ruborizado, o peito arfando.

Ela não respondeu. Não precisava.

Cael deixou que o canto da boca se curvasse num sorriso frio. A voz saiu baixa, mas tão pesada quanto corrente:

— Eu sabia… teu corpo fala por você.

A fivela se abriu com estalo seco. O couro do cinto deslizou, caindo devagar, e o som preencheu a sala abafada. Evelyn ergueu os olhos, as pálpebras pesadas de vinho, mas não desviou.

Cael puxou o zíper com calma cruel. A calça cedeu, e o pau surgiu duro, grosso, marcado de veias, a pele avermelhada pela excitação. O ar pareceu mais pesado, com cheiro forte de carne quente, misturado ao vinho que ainda manchava o vestido dela. Evelyn respirou fundo, quase engasgando.

— É… grande demais… — murmurou, a voz tropeçando, saindo quase infantil. — Parece até que não cabe em lugar nenhum…

Cael envolveu a base com firmeza e começou a se punhetar, lento, ritmado, cada estalo de carne soando alto no silêncio. O olhar dele prendia o dela como corrente.

— Não desvia os olhos, mulher. — a voz dele saiu grave, suja, cortante. — Vai assistir até o fim.

Evelyn tentou sustentar firmeza, endireitando os ombros, mas as mãos se fecharam no tecido do vestido, nervosas. — Isso… não devia estar acontecendo… — a frase saiu arrastada, séria, mas falhou no fim, quebrada pelo peso da respiração.

Cael inclinou a cabeça, o sorriso frio, e acelerou o movimento, deixando o som molhado mais claro. — Você ainda tenta parecer séria, Evelyn. — disse, o tom carregado de deboche. — Mas olha pra si mesma… tremendo como cadela só porque eu tiro a rola pra fora.

— Cala a boca… — ela tentou, mordendo o lábio borrado. O tom duro se dissolveu num suspiro que traiu a própria ordem.

— Não adianta. — ele cortou, firme. — Teu corpo já escolheu por você.

O quadril dela se moveu contra o sofá, pequeno gesto, mas evidente. As pernas se apertaram e depois se abriram de novo, como se não conseguissem encontrar defesa.

— Quer que eu goze na sua frente? — Cael perguntou, o tom veneno doce. — Fala.

Evelyn fechou os olhos, mas a mão subiu sozinha até a boca, cobrindo um gemido curto. O corpo gritava, mesmo que a boca não respondesse.

— Não precisa responder. — ele completou, voz baixa e cruel. — Eu já vi no teu olho, já vi no teu corpo. Você quer, mesmo que tua pose tente negar.

O punho desceu mais rápido, cada estalo ecoando sujo no ar. A respiração dele ficou densa, o quadril avançando junto à mão. — Tô perto… — murmurou, a voz arranhada, carregada de tesão. — Mas não… não ainda. Só vou gozar quando tua boca pedir, Evelyn.

Ela mordeu o punho fechado, os olhos marejados, o rosto queimando. O vestido molhado colava nas coxas, e as mãos nervosas não sabiam onde se prender.

O ritmo dele seguiu, mais pesado, mais cruel. Evelyn arfou tão fundo que parecia pedir sem dizer, o gemido preso na garganta.

A cabeça latejava antes mesmo de abrir os olhos. O gosto amargo de vinho velho ainda grudava na boca, e a língua parecia areia. Evelyn rolou para o lado da cama com um gemido abafado, tentando afastar a sensação de peso que colava no corpo. O vestido preto não estava mais ali; alguém — provavelmente ela mesma, sem lembrar — havia deixado a peça jogada no chão.

Levantou devagar, os pés pesados contra o piso frio, e se arrastou até o banheiro. Um borrão vermelho no espelho denunciava o batom da noite anterior, mas ela desviou os olhos antes que a lembrança viesse inteira. Tinha a sensação de estar sendo observada, como se a casa carregasse ecos da noite.

Na cozinha, o cheiro de café recém-passado a golpeou com força. O aroma, ao invés de reconforto, trouxe náusea e desejo na mesma medida. Cael já estava ali, sentado, o jornal aberto como se fosse apenas mais uma manhã comum.

— Preciso de café forte… — murmurou, a voz seca.

Ele não disse nada. Apenas serviu a xícara e, com calma ensaiada, pingou algumas gotas escuras dentro antes de empurrá-la na direção dela. O gesto foi simples demais para não carregar intenção.

Evelyn bebeu um gole apressado. O líquido queimou a garganta como fogo, desceu ao estômago e, ao invés de aliviar, espalhou calor pelas coxas. Tossiu baixo, mordendo o lábio sem perceber. O tremor nas mãos obrigou-a a segurar a xícara com força.

— Está tremendo… — Cael quebrou o silêncio, sem levantar os olhos do jornal. A voz saiu grave, quase desinteressada. — Sonhou de novo, não é?

As palavras dele fizeram algo latejar dentro dela. Evelyn piscou rápido, e por um instante flashes atravessaram a mente: o estalo do cinto, uma rola grosso e pulsante, a mão descendo em ritmo cruel. A imagem desapareceu rápido demais, mas deixou o corpo úmido, o coração acelerado.

— Não… — tentou negar, mas a voz falhou, rouca demais.

Cael ergueu os olhos pela primeira vez. O olhar dele a prendeu como lâmina afiada. — Você sempre treme quando mente pra si mesma. — A frase foi solta como constatação clínica, sem emoção.

Evelyn apertou a xícara contra os lábios, tentando se proteger atrás do calor do café. Mas a mão livre subiu instintiva até os cabelos, ajeitando-os com nervosismo, e depois deslizou até o batom borrado, mordendo-o de novo. Cada gesto era traição silenciosa.

— Para com isso, Cael… — disse baixo, irritada, mas sem firmeza. O olhar dele não se moveu, e o rubor subiu em sua pele, denunciando que o corpo já a havia entregue.

O café queimava no estômago, o vinho ainda ecoava no sangue, e as gotas agiam em silêncio. A mistura deixava tudo mole e pulsante, como se até a respiração tivesse se tornado uma confissão

Mais tarde o jantar tinha acabado em silêncio. Cael havia preparado tudo, da carne bem temperada ao vinho aberto com cuidado, como se compensasse a ausência da noite anterior. Evelyn bebeu mais do que devia, outra vez. O corpo estava quente, a mente enevoada, mas os olhos dele — sempre os olhos — pareciam observar cada gole, cada gesto.

No quarto, deitou de lado, o vestido simples substituindo a produção da noite passada. O lençol grudava na pele pelo calor do vinho, e o travesseiro recebeu o rosto cansado. O som distante da água no banheiro dizia que Cael ainda estava acordado, mas o corpo dela não tinha forças para esperar.

Fechou os olhos. Tentou dormir.

— Você acha mesmo que pode apagar? — A voz não era dele. Era feminina, rouca, mas tinha o mesmo timbre que Evelyn ouvia dentro da própria cabeça. — Até deitada, você não engana ninguém.

Evelyn abriu os olhos, assustada. O quarto estava vazio. O coração disparou.

Ela se encolheu, abraçando os joelhos, mas a voz entrou fundo.

— Você viu aquele pau majestoso, não viu? — Velthara continuou, suja, cruel. — Tão grosso, tão vivo, que qualquer uma cairia de joelhos só pra sentir ele rasgando por dentro. Você sonha com ele. Você geme por ele.

— Para… — Evelyn tentou, mas saiu fraco, molhado de choro.

— Para? — A súcubo gargalhou, usando o mesmo timbre da voz dela. — Você mesma não para. Tá com a mão entre as pernas, se apertando, mesmo enquanto diz que não quer. Olha só que santa… de pernas abertas, chorando e molhando o lençol.

Os dedos dela, traidores, já estavam lá. Evelyn mordeu o travesseiro, soluçando.

— Chora mais. — Velthara murmurou, suja, doce. — Teu choro é música. O vinho te deixou mole, mas o corpo arde como brasa. Você geme como cadela e ainda acredita que pode ser esposa certinha.

O som da água do chuveiro enchia o fundo, marcando o tempo. Evelyn arfava contra o tecido, as lágrimas borrando o rosto. Os quadris já se moviam, o toque se tornava ritmo.

— Isso… esfrega esse grelo. Faz direito. — A voz de Velthara vibrou no ouvido dela. — Ele nunca mais vai te olhar do mesmo jeito. Você já é minha. Cada gozo teu é mais um prego no caixão da tua pureza.

Evelyn mordeu o travesseiro até os dentes doerem. O corpo arqueou, o lençol molhado de suor e de culpa. O gemido saiu abafado, mas real, quente, desesperado.

No banheiro, o som da água cessou. O silêncio da casa pesou, cruel.

Evelyn continuava tremendo no escuro, os dedos ainda úmidos, o travesseiro encharcado. Velthara ria baixo, com a voz dela própria, como se fosse a última coisa que restava dentro da mente.

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Comentários

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Agora depois dessas alterações ficou 🔝🔝🔝. A Evelyn vai acabar sendo influênciada ser Velthra a se tornar a escrava do marido sem que ele use qualquer artifício para isso . Até pelo estado em que ela se encontra, é bem capaz dela ser a receptáculo da Velthra

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Esse capítulo não saiu legal , principalmente na parte da Evelyn pois esperava que Cael ao chegar em casa ainda interagisse com ela no jantar, aí o resto viria por consequência ou talvez ele não interagisse fazendo ela implorar. Bom e faltou uma parte intermediária anunciando a transição de cenários ,talvez se acrescentasse alguma frase,antes . Ex:: A sala estava em desordem, duas garrafas de vinho vazias jaziam...

Enquanto isso na casa de Cael ...A sala estava em desordem. Duas garrafas de vinho vazias jaziam

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Bom dia, agradeço a crítica, a parte da transição das cenas vou dar uma revisada, juro que tinha ajustado isso ontem, mas pode ter passado batido.

Sobre a parte Jantar pode ser que eu tenha levantado a bola no capítulo anterior e não aproveitado nesse.

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Eu estranhei mesmo pois você até então não estava deixando nada passar batido

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Samas, muito obrigado pelo apontamento, fiz o ajuste ali na amarração das cenas, realmente tinha ficado muito estranho.

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