O Hétero curioso do bairro

Um conto erótico de feminive
Categoria: Gay
Contém 1266 palavras
Data: 24/09/2025 16:44:52
Assuntos: Gay, Trans

A coisa que eu mais odiava era andar tranquila, distraída com minhas próprias coisas, e de repente sentir o peso de um olhar sujo. Bastava um escroto qualquer aparecer do nada e, sem nem ao menos me dar o direito de existir, soltar em voz alta: “quanto é o programa?”. Essas palavras me cortavam por dentro, misturando raiva e medo, porque eu já sabia como era — depois da negativa, quase sempre vinha a violência, o xingamento, a ameaça. Ser travesti não era para amadores, era para quem aprendia a transformar dor em armadura.

No meu bairro, porém, tinha um carinha que destoava. Lindo de um jeito quase irritante, sorriso fácil, namorada de vitrine, amigo de todo mundo. Ele falava comigo numa boa, a gente até trocado telefones depois de uns caras terem falado uma merda para mim. Eu vou dizer, às vezes ele se engraçava, mas era uma coisa meio de brincadeira, e nunca saia disso.

Ele era o tipo mais hétero do mundo, o tipo que meu gaydar nunca acusaria. Mas quando me olhava nos olhos, algo em mim disparava — não o alarme, mas o desejo, um arrepio quente, um tesão quentinho que eu engolia em silêncio. Até que um dia, num sábado à tarde, eu estava em casa, descabelada, com skin care no rosto e o cabelo enrolado numa toalha, quando o celular vibrou. Era ele. A mensagem não tinha pé nem cabeça, puxando um papo estranho, falando sobre o “mundo das travestis”, como se quisesse mostrar que entendia, que sabia, mas no fundo soava mais como tentativa de se aproximar de mim do que qualquer outra coisa. Eu já estava acostumada com isso — gente que não é preconceituosa, mas que só consegue me abordar por esse assunto, como se minha vida girasse em torno disso e nada mais.

Mas tinha algo no jeito dele escrever que me pegou de surpresa. Não era julgamento, não era aquela curiosidade suja que já senti de outros, parecia mais… excitação escondida. Ele fazia perguntas inocentes demais, como quem tenta parecer casual, mas no fundo deixava escapar um interesse diferente, um brilho que não combinava com a imagem de namorado perfeito que exibia no bairro. E só de imaginar que talvez aquele cara, tão hétero, tão intocável, estivesse me mandando mensagens porque me desejava, eu senti minha pele arder ainda mais debaixo da máscara facial, como se o calor viesse de dentro, não de fora.

Eu ri e mandei logo: “Se a sua namorada não se importar, passa aqui que eu te explico essas coisas.” Minha filha, eu odeio furar o olho das irmãs, mas esse aí valeria muito a pena cometer o crime. E para surpresa nenhuma, ele disse que viria mais tarde. Dei um berro alto de alegria que ecoou pela casa e comecei a me preparar. Me montei de menina suburbana casual, como quem só está de bobeira em casa: cabelo hidratado e solto, pele macia e cheirosa, aquela make “eu sou naturalmente assim, só passei um batonzinho” e pronto. A roupa foi escolhida como quem arma uma armadilha — um top justo valorizando meus peitos — paguei caro por eles, eu mostro mesmo — e, fechando tudo, um short tão curto e apertado que deixaria ele com dúvida pelo resto da vida se eu era ou não operada.

Eu tremia quando ele chegou, nervosa, dividida entre o medo dele só querer ser “amigo esclarecido” ou pior, me usar como fetiche. Mas naquele dia eu estava para jogo, meus hormônios gritavam, e se o hetero quisesse me fetichizar, eu seria a boneca dele com o maior prazer. Abri a porta e ganhei logo de cara um elogio que desmontou minhas defesas.

— Que mulher cheirosa! — disse ele, e eu ri genuinamente, sem graça, mas já com o coração disparado.

— Vem, entra… — respondi, querendo que ele entrasse era em mim.

A conversa começou boba, com cerveja e uns mini sanduíches improvisados. Ele falava sem parar sobre o “mundo trans”, jogava referências de RuPaul, cantoras travestis e até comentou de uma apresentadora trans famosa na China — novidade até pra mim. Eu sorria, mas por dentro só esperava a brecha, o momento certo de virar a chave. Então criei coragem.

— Vem cá, gato… eu acho que você tem uma curiosidadezinha de saber como é. Tou errada? — soltei devagar, quase em sussurro, como quem sabe que pode espantar a presa se apertar rápido demais.

Ele respirou fundo e começou aquele discurso, tentando se justificar, falando de “todo homem já pensou nisso”, as voltas morais que eu já conhecia de cor. Mas eu nem dei ouvidos. Enquanto ele falava, eu só pensava no golpe que ia dar quando a boca dele finalmente calasse.

— E… — soltei, olhando direto nos olhos dele, que esperavam só uma deixa — por que sei lá você não me beija pra ver como se sente?

O mundo parou de girar nesse instante. Por alguns segundos eu não consegui ler nada, a cara dele ficou travada, tentando manter um sorriso falso, a expressão tremia como quem lutava contra si mesmo. Meu coração batia no pescoço. Então, arriscando levar uma porrada, fui de gatinha, me inclinando da posição em que estava no sofá, e encostei a minha boca na dele. Lenta. Calma. Quase inocente.

Ele não recuou. Aceitou. E o beijo, que começou suave, foi se alongando, nossas bocas se encontrando como se já esperassem por isso. A respiração dele ficou quente contra a minha, a língua dele pediu passagem e eu deixei, o sabor da cerveja misturado com o calor do desejo que ele tentava negar. O beijo ficou mais profundo, mais urgente, as mãos dele finalmente se soltaram do colo e tocaram meu rosto, depois meu pescoço, e eu me derreti inteira naquele gesto carinhoso que escondia a fome de homem reprimido. A cada segundo, o beijo deixava de ser teste e virava loucura.

Eu estava suando já, coração martelando, e fui direto pro colo dele. O jeito como ele me recebeu não deixou dúvida: as mãos vieram firmes, me agarrando com força, apertando minha bunda como se tivesse esperado a vida inteira por aquilo. O tesão estampado na cara. A blusa, nem sei como, já tinha saído de mim, e de repente meus peitos estavam expostos diante daquela boca faminta.

Ele não perdeu tempo. Abocanhou um seio com força, sugando fundo, fazendo estalos molhados que me arrepiavam inteira. A língua dele girava em círculos no meu mamilo, depois ele mordia de leve, puxava, lambia como se fosse me devorar. Eu gemia alto, enfiando os dedos no cabelo dele, segurando sua cabeça contra mim, implorando sem palavras para que não parasse. A cada chupada eu sentia meu corpo inteiro estremecer, como se minha pele fosse corrente elétrica.

Minha piroca latejava embaixo, prensada contra o jeans dele, pedindo ar, pulsando com cada movimento de quadril que eu dava sem nem perceber. O atrito do tecido contra mim já era tortura deliciosa, e eu sabia que se não soltasse logo aquilo ia acabar dolorido depois por horas. Ele por sua vez estava imenso eu sentia aquilo embaixo de mim.

Eu me levantei e fui para o meio das pernas dele, abaixei a bermuda junto com a cueca e o pau saltou, branco, rosado na cabeça, de tamanho mediano, respingando um fio de gozo em mim quando se libertou. Eu até esperava mais, pelo volume parecia maior, mas não era um pau de se jogar fora não — era só um boy sacudo.

— Vou fazer uma coisinha, tá? — falei safadinha, encarando ele de baixo, e ele apenas sorriu, nervoso mas excitado.

Continua… Quer ler mais? https://feminivefanfics.com.br Quer falar comigo @feminivefanfics no instagram

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