Tivemos uma semana só nossa em uma bela pousada em Campos do Jordão. Era um lugar encantador, parecia que estávamos em algum canto da Europa. No entanto, estava muito frio, eu já esperava por isso, mas mesmo assim me assustei com o quanto frio estava. Na manhã que chegamos, mal conseguimos enxergar o local devido a uma névoa intensa que cobria quase toda a visão. Só mais tarde, quando o sol apareceu timidamente, conseguimos apreciar a beleza do lugar. A pousada era uma construção rústica por fora, mas muito moderna por dentro. Estávamos cercadas por belos campos verdes, mas nosso foco era mesmo o quarto.
Quando escolhemos o local para passar a lua de mel, surgiram várias opções, mas durante o frio, os destinos de praia foram descartados. Eu até sugeri uma viagem à Argentina, mas Fernanda achou que seria desnecessário. Ela disse que não precisávamos ir tão longe nem gastar muito dinheiro. Começamos a pesquisar lugares mais próximos e, então, apareceu essa opção. Fernanda gostou, comentou que poderíamos passar a maior parte do tempo no quarto, fazendo amor, comendo fondue e tomando chocolate quente. De início, não gostei muito da ideia, pois não sou fã de frio e eu sabia que Campos do Jordão estaria gelado naquela época. Mas, aos poucos, fui me acostumando com a ideia, principalmente por falta de opções. Queríamos um lugar tranquilo, longe dos problemas diários e sem preocupações. Esse desejo me fez abraçar a ideia e foi assim que cheguei naquele lugar lindo, porém gelado.
Assim que chegamos, fomos direto para o quarto descansar. A viagem foi cansativa, e o quarto tinha uma cama muito convidativa. Antes, tomamos um banho e, apesar do frio, a água estava ótima. Tinha uma banheira, mas preferimos não arriscar entrar naquele momento; só tomamos um banho para tirar um pouco do cansaço da viagem e nos deitamos debaixo de vários edredons. Nós nos agasalhamos uma na outra, e logo dormimos coladas uma na outra.
Não sei quanto tempo dormi, mas acordei com uma sensação gostosa entre as pernas. Alguém estava me fazendo um oral muito prazeroso. Ao levantar o edredom, vi o olhar provocador de Fernanda, que estava entre minhas pernas, com a língua deslizando suavemente na minha menina. Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos, permitindo que eu sentisse com toda a intensidade o prazer que se espalhava por todo o meu corpo. . Não sei quanto tempo permaneci recebendo aquelas carícias antes de despertar, mas eu estava muito excitada. Provavelmente meu corpo tinha respondido antes, mesmo quando eu ainda estava inconsciente.
Meus gemidos já tomavam conta do quarto, eu segurei o lençol com as mãos, e comecei a movimentar os quadris. Fernanda estava me deixando louca com sua boca; ela sabia muito bem como fazer isso. Seus lábios envolviam meu clitóris enquanto ela brincava com a ponta sua da língua nele, depois ela sugava com intensidade perfeita. Eu estava quase no clímax quando ela penetrou três dedos e começou um vai e vem ritmado. Meu corpo tremia; uma onda de prazer explodiu do meu útero e foi tomando conta do meu corpo. Eu sentia prazer em cada célula do meu corpo. Arqueei os quadris e, senti meus músculos travarem, ela continua me chupando bem gostoso. Os espasmos tomaram conta do meu corpo, uma sensação incrível me dominava, e eu achei que ia morrer de prazer. Aos poucos, meus músculos relaxaram e meu quadril se apoiou na cama novamente. Eu ainda sentia meu corpo tremer, quando minha respiração começou a voltar ao normal. Fernanda escalou meu corpo e veio me beijar. Ela era incrível.
Ficamos nos beijando por um tempo e logo eu estava pronta para retribuir o prazer que ela me deu. Virei-a com cuidado e trocamos de posição; agora, eu estava com meu corpo sobre o dela. Desci minha boca para seu pescoço e depois para seus seios. Brinquei com minha boca em seus mamilos, alternando entre lambidas, sucções e mordidinhas. Logo, desci deixando um rastro de beijos pela sua barriga. Ela já gemia baixinho e se contorcia sobre a cama. Quando cheguei à sua menina, minha língua começou a lamber devagar. Senti seu gosto e aquilo aumentou meu desejo de saborear cada pedaço dela.
Concentrei-me em proporcionar o máximo de prazer para ela naquele oral; queria retribuir a altura tudo o que ela me fez sentir. Usei minha língua em cada lugar que eu sabia que ela gostava. Cada toque e movimento era feito exclusivamente para dar prazer a ela. O resultado disso foi um orgasmo intenso que deixou minha boca toda melada. Ouvir seus gemidos e sentir cada tremor do seu corpo me deixou realizada. Quando voltei meu olhar para ela, e vi que ela estava exausta pelas sensações de prazer que proporcionei , sorri de satisfação. Aquilo era tão gratificante que me deixava em êxtase.
Ficamos grudadas na cama por um tempo. O quarto tinha ar-condicionado, o que ajudava a espantar o frio. Já era quase início da noite e decidimos tomar um banho de banheira. Esse banho durou mais de uma hora e saí de lá com as pernas bambas. Fernanda estava tão excitada que nem a água da banheira conseguiu apagar o fogo dela; quase morri de prazer naquele banheiro. Pedimos nosso jantar no quarto e, após a refeição, assistimos alguns filmes na TV. Nossos dias ali seguiram mais ou menos como planejado; saímos do quarto poucas vezes. Estava muito frio e, além disso, estávamos amando ficar juntas, sem nada para atrapalhar.
Das poucas vezes que saímos, fomos até a cidade fazer compras, basicamente lembranças para nossas amigas e família. Não recebemos nenhuma ligação até o quarto dia. Talita ligou para nos dar os parabéns pelo casamento e pedir desculpas por não ter ido. Ela estava viajando com a família para o interior de Minas, onde a maioria da família do marido morava. Ela já havia nos avisado, mas mesmo assim ligou para se desculpar pela ausência. Fernanda conversou com ela por um tempo, disse que não precisava se desculpar, mas que sentiu falta dela. Talita não sabia da nossa viagem e nem que tínhamos pedido para só ligarem em caso de emergência. No fim, só ela ligou; os outros nem mensagens mandaram; cumpriram o combinado perfeitamente.
Nossos dias ali foram incríveis. Achei que não poderia amar mais a Fernanda, mas voltei para casa amando-a ainda mais. Foram dias perfeitos, em que curtimos bastante uma à outra. No fim, acho que foi a melhor escolha ter ido para aquela pousada. O clima frio ajudou a nos manter mais juntas, aproveitando momentos só nós duas, fazendo amor sem pressa e cultivando nosso amor ainda mais.
Mas tínhamos que voltar para nossas vidas, pois também tínhamos obrigações e planos a pôr em prática. Assim que cheguei, comecei a procurar uma casa para nos mudarmos. Eu amava meu apartamento, mas não queria criar meus filhos ali. Fernanda gostou da ideia de mudarmos para uma casa, mas já havia adiantado que não queria nada exagerado, algo que não precisasse de muita manutenção. Concordei com ela; nós duas não tínhamos preguiça de fazer trabalho doméstico e não queríamos ninguém na nossa casa atrapalhando nossa liberdade. Pelo menos, não por enquanto, porque meu plano era de aumentar a população da casa, mas Fernanda ainda não precisava saber disso.
Depois de três dias olhando em páginas de imóveis, encontrei três casas que me interessaram. Mostrei as opções para Fernanda e ela gostou muito de uma delas. Era de tamanho médio, com garagem para três carros, jardim na frente e quintal cimentado. Ficava perto de onde morávamos, no bairro vizinho, e ambas gostávamos dali, principalmente por ser um lugar mais seguro. Achei bom porque não precisaríamos mudar muito nossas rotinas para ir para o trabalho da Fernanda ou para a boate. Decidimos fazer uma visita ao imóvel no sábado; se a casa fosse realmente igual às fotos, iríamos ficar com ela.
Na sexta-feira, estava na boate no início da noite quando Fernanda me ligou, dizendo que tinha acabado de chegar à porta da boate e precisava conversar comigo. Senti uma certa tensão na voz dela e perguntei o que havia acontecido. Ela disse que provavelmente era algo bom, e precisava da minha opinião. Fiquei mais aliviada; não era algo ruim pelo jeito que ela falou, porém fiquei tão curiosa que fui esperar ela na porta do escritório. Ela não demorou a aparecer no corredor, vindo em minha direção com passos largos e rápidos. Aquilo era sinal de que tinha algo muito importante para me contar.
Assim que entramos, depois de trocarmos um beijo rápido, nos sentamos no sofá e ela começou a falar:
Fernanda— Amor, lembra que eu disse que seu irmão queria falar comigo algo sério depois da nossa lua de mel?
Sabrina— Sim, é sobre isso que você quer me falar?
Fernanda— Sim. Ele me chamou hoje para uma reunião no seu escritório, e seu pai já estava lá esperando por nós. Eles querem me colocar temporariamente como uma das diretoras da empresa.
Sabrina— Sério?
Fernanda— Sim, muito sério. Mas não sei se devo aceitar.
Sabrina— Por que não? Seria um salto e tanto na sua carreira, amor.
Fernanda— Porque talvez eles me chamaram só porque sou da família agora.
Sabrina— Acredito que ser da família seja um bom motivo, mas duvido que seja só por isso. Conheço meu pai e sei que ele é bastante sério em relação aos negócios. Se ele concorda, pode apostar que não é apenas pela sua relação familiar. Me conta exatamente como foi essa proposta.
Fernanda— Bom, a proposta é bem mais complexa do que simplesmente eu me tornar uma diretora temporária. Eu vou praticamente ocupar o lugar do seu irmão por seis meses; se me sair bem, ele me colocará como vice-presidente. Você tem noção do que isso significa?
Sabrina— Não tenho, na verdade, fiquei confusa agora. E meu pai? E o vice-presidente atual que está lá desde o início?
Fernanda— Seu pai quer se aposentar e deixar tudo nas mãos do seu irmão. Ele já discutiu isso com a diretoria. O vice-presidente também vai se aposentar. Seu irmão vai ficar no lugar do seu pai, ele tem se preparado para isso há muito tempo. Ele disse que quer alguém ao seu lado que pense como ele em relação aos negócios, que tenha ideias inovadoras e que possa confiar totalmente. Ele acredita que eu preencho todos esses requisitos. Só me falta experiência, por isso ele quer me colocar no lugar dele para ver como eu me saio e para ganhar essa experiência.
Sabrina— Agora entendi por que ele sempre te arrastava para falar de negócios quando a gente visitava a casa dele. Mas o que você acha disso? Você se sente capaz de fazer isso?
Fernanda— Sinceramente, acho que tenho capacidade, mas não sei se devo aceitar uma responsabilidade tão grande. Outra coisa, não fui a primeira opção do seu pai.
Sabrina— Então você está insegura por isso?
Fernanda— Um pouco, sim. E ainda mais porque a opção do seu pai era a mais justa.
Sabrina— E quem foi a primeira opção do meu pai?
Fernanda— À Talita. Ele disse que é porque ela tem mais experiência e está na empresa há mais tempo.
Sabrina— Faz sentido. Então você está com medo de roubar a oportunidade da sua amiga?
Fernanda— Não, ela não aceitou e me indicou para o lugar dela.
Sabrina— Acho que o pessoal que trabalha na empresa do meu pai é meio doido. Kkkk
Por que ela não aceitou?
Fernanda— Seu pai disse que ela falou que só faltam dois anos para se aposentar, que já dedicou muito da vida ao trabalho e quer aproveitar a família. Que ela e o marido já têm uma condição financeira estável e já está velha para encarar um desafio desse.
Sabrina— E a Camila? Ela está lá há mais tempo do que você.
Fernanda— Então, a Camila não é o tipo de funcionária exemplar; tem muitas faltas, atrasos. Não leva a vida a sério.
Sabrina— Bom, se a Camila não é de confiança, se a Talita não quer, se meu irmão te acha perfeita para a vaga e meu pai assina embaixo, só falta você aceitar.
Fernanda— Eu só não aceitei na hora porque me bateu uma insegurança por ser da família e porque não tinha falado com você antes. Queria muito saber sua opinião.
Sabrina— Meu amor, eu vou te apoiar, seja qual for sua decisão. Quanto a você ser da família, acho que é uma neura sua. Se meu irmão acredita que você é capaz, é porque ele confia em você. Além disso, eu nunca me meti nos negócios do meu pai, mas na falta dele, eu vou ser uma das donas daquela empresa, espero que isso nunca aconteça, mas se acontecer, ter você na empresa para cuidar do que é meu, seria uma mão na roda.
Fernanda— Obrigada, amor, por acreditar em mim e pelo apoio. Vou pensar com cuidado; tenho alguns dias para decidir se aceito ou não.
Sinceramente, não esperava isso, mas fiquei feliz e muito orgulhosa do meu amor. Outra coisa que pensei na hora é que, com certeza, o salário dela irá aumentar bastante, e ela não poderá mais usar a situação financeira como desculpa para esperarmos um pouco mais para aumentar a família. Acho que os deuses estavam do meu lado; meu sonho se tornava a cada dia mais próximo de ser realizado.
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper