Parte 2 – Entre Nós: Um Final de Semana Inesquecível

Um conto erótico de suelen
Categoria: Heterossexual
Contém 1419 palavras
Data: 26/09/2025 14:09:51

O sol da manhã atravessava as frestas da cortina com delicadeza, tingindo o quarto com um brilho dourado suave. O silêncio era reconfortante. Um tipo de silêncio que só existe quando os corpos já disseram tudo o que precisavam — com toques, com olhares, com entrega. Eu abri os olhos devagar, sentindo ainda a respiração calma de Suelen ao meu lado. Ela dormia de conchinha em mim, o rosto sereno, os cabelos úmidos ainda cheirando ao banho da noite anterior.

Meu marido estava do outro lado da cama, deitado de lado, o olhar quieto, mas acordado. Nossos olhos se encontraram sem pressa. Não houve palavras — apenas aquele entendimento silencioso de que algo havia mudado. Algo dentro de nós três. Um novo espaço tinha se aberto, e, por mais estranho que pudesse parecer, tudo parecia certo.

Suelen se remexeu devagar, despertando aos poucos. Quando percebeu onde estava, e como estava, não demonstrou susto. Ao contrário, sorriu de leve, os olhos ainda fechados.

— Achei que tinha sonhado… — ela murmurou, com a voz rouca de sono.

— Se foi um sonho... — respondi, sorrindo também, — ...eu não queria acordar.

Ela soltou um risinho baixo e se aconchegou mais em mim, como se aquele gesto fosse a confirmação de que, sim, o que havia acontecido entre nós não era só um impulso de uma noite. Era algo mais.

Meu marido se aproximou por trás dela, passando o braço pela cintura dela, nos envolvendo às duas com um carinho que me deixou com o coração leve. Pela primeira vez, vi Suelen entre nós, relaxada, sorrindo, como se pertencesse àquele espaço — não como uma visita, mas como parte de algo.

O toque das mãos dele em nós não era apressado. Era cuidadoso, como se estivesse saboreando o momento com atenção, respeitando o espaço, mas também se permitindo. Suelen virou um pouco o rosto para trás, e eles se olharam de novo. Era estranho — não havia ciúmes, nem confusão. Só desejo e aceitação.

Nos levantamos aos poucos, ainda nus sob os lençóis, com o corpo leve e uma calma que contrastava com a intensidade da noite anterior. Suelen usou minha camisa, meu marido desceu só de cueca. Rimos juntos quando passamos pela cozinha improvisando um café da manhã, como se fôssemos um casal... ou melhor, um trisal.

Havia carinho em cada gesto. O toque de Suelen na minha cintura enquanto passava por mim, os dedos dele roçando os dela ao pegar a xícara... Tudo simples, mas carregado de algo íntimo.

Depois do café, o silêncio confortável se espalhou pela sala. Nos sentamos no sofá, os três juntos, e quando menos percebemos, ela deitou-se no meu colo, com os pés apoiados nas pernas dele. Ele fazia carinho em seu tornozelo. Eu, nos seus cabelos.

E foi ali, naquela simplicidade, que Suelen falou:

— Eu devia estar surtando agora… Mas não tô. Só… bem. Estranhamente bem.

Olhei pra ela. Meu marido também. Nenhum de nós disse que seria simples. Mas todos sabíamos que o que tínhamos vivido na noite passada não era apenas um momento de impulso. Era uma libertação. Uma descoberta. E agora, estávamos navegando aquilo com o cuidado que merecia.

Eu me inclinei devagar, beijei sua testa, depois desci até sua boca. Ela correspondeu com um beijo calmo, mas cheio de intenção. Quando nos afastamos, foi ele quem se inclinou, e a beijou também. Sem pressa. Sem culpa. Só desejo.

O calor voltou a se acender entre nós. Mas agora era diferente — era mais profundo. Os toques não eram urgentes, eram cuidadosos. Não era mais sobre o ato em si, mas sobre o prazer de estar junto, de explorar, de viver aquilo sem máscaras.

Suelen subiu no meu colo, e me beijou com mais intensidade, como se quisesse me sentir de novo. Meu marido se aproximou, passando as mãos em nossas pernas, explorando com o olhar antes de com as mãos. A manhã se desenrolava como se o tempo tivesse esquecido de passar — e nós três parecíamos saber exatamente o que fazer, como se já nos conhecêssemos há muito mais tempo.

Ali, naquela sala, descobrimos um novo ritmo. Um novo tipo de intimidade. Não era só prazer — era conexão.

E enquanto o mundo lá fora seguia em sua rotina, dentro de casa estávamos criando algo que ninguém mais entenderia. Mas nós entendíamos. E isso era tudo que importava.

A tarde caiu devagar, tingindo a casa com uma luz morna. Depois do café da manhã, rimos, conversamos, cochilamos. Nossos corpos ainda se procuravam em toques discretos, como se precisassem lembrar que o que aconteceu era real — e seguia sendo. Era como viver num intervalo secreto do tempo. Um espaço só nosso.

Suelen estava no meu quarto, sentada na beira da cama com as pernas cruzadas, usando uma das minhas camisolas. Ela olhava o celular, provavelmente respondendo mensagens do namorado. Mas havia algo diferente no seu rosto: um certo conflito sutil, escondido atrás de um sorriso pensativo.

Me aproximei sem dizer nada, sentei ao lado dela e toquei de leve seu ombro. Ela virou o rosto e apoiou a cabeça no meu. Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que ela sussurrou:

— Eu nunca imaginei viver isso. Nunca.

— Isso… o quê? — perguntei, mesmo sabendo a resposta.

Ela sorriu de canto, como se estivesse tentando organizar sentimentos demais ao mesmo tempo.

— Isso. Você. Ele. Nós três. O jeito que foi natural, sem disputa, sem estranheza… Só desejo, carinho e uma paz que, sei lá, eu não sabia que existia.

Toquei seu rosto com delicadeza, deslizando meus dedos pela linha do maxilar até o queixo. Ela fechou os olhos, como se absorvesse aquilo.

— Eu também não. — murmurei. — E ainda assim… é como se tivesse sempre existido, só esperando a hora certa.

Ela me olhou, os olhos marejados, mas firmes.

— Eu tô com medo de voltar pra minha vida e sentir que nada lá me encaixa mais.

— Então não volta agora. Fica aqui. Fica com a gente. Só esse final de semana. Só mais um pouco.

Ela hesitou, depois assentiu. E quando se jogou nos meus braços, soube que não havia mais espaço pra dúvida.

Nos beijamos com calma, mas o calor voltou a crescer. Ela se deitou, e eu fiquei por cima. Beijei cada pedacinho de sua pele, sentindo seu corpo reagir, suas mãos segurando as minhas, os olhos fixos nos meus. Ela se abriu de um jeito diferente agora. Menos fome, mais entrega.

Meu marido entrou no quarto em silêncio. Ele nos observou por alguns segundos, e não havia ciúme — havia desejo. Ele se aproximou, sentando-se à beira da cama. Suelen olhou pra ele e estendeu a mão, puxando-o para perto.

— Vem. Fica com a gente. — disse ela, quase num sussurro.

Ele nos beijou, primeiro ela, depois eu. Os três ali, no mesmo ritmo, na mesma sintonia. Era como se tudo tivesse se encaixado.

O resto da tarde foi uma sequência de toques, gemidos abafados, beijos molhados e corpos entrelaçados. Revezamos posições, ritmos, e sensações. Às vezes só nos olhávamos. Outras, falávamos baixo, palavras que não precisavam de sentido completo — apenas presença. Havia momentos em que eu e Suelen parecíamos ser uma só, outras em que era ela e ele, outras ainda em que nós três estávamos misturados, sem início ou fim.

E o mais incrível era que tudo fluía com respeito, com cuidado e com prazer. Não era sobre performar. Era sobre viver aquilo com verdade. Cada suspiro era compartilhado. Cada toque era retribuído.

Num dos momentos, Suelen estava montada sobre mim, os cabelos soltos, os olhos brilhando. Meu marido a segurava por trás, beijando seu pescoço, enquanto ela gemia baixo, os olhos fixos nos meus. Ela segurou meu rosto com as duas mãos e disse, sem pensar:

— Eu me sinto... inteira aqui com vocês.

Eu a puxei pra um beijo profundo, e soube que aquela frase não era só desejo. Era verdade. E doía um pouco, porque sabíamos que aquilo tinha prazo. Mas isso só tornava tudo ainda mais intenso.

À noite, nos deitamos juntos de novo. Eu ao centro, com ela de um lado e ele do outro. Os três exaustos, nus, mas em paz. Suelen adormeceu com a mão entrelaçada na minha. Ele acariciava meu quadril em silêncio.

— Isso tudo… — ele sussurrou, — ...tá muito além do que eu imaginei viver com você. Mas eu tô feliz por estarmos vivendo juntos.

— Eu também. — respondi. — Não sei onde isso vai dar. Mas eu tô aqui. Por completo.

E, naquele instante, enquanto a noite cobria a casa de silêncio e calor, eu soube que aquele final de semana não seria esquecido. Nunca.

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