O sábado chegou trazendo uma sensação diferente, quase elétrica. Pela manhã, enquanto eu e meu marido tomávamos café, ele recebeu uma mensagem no celular. Era da Suelen, enviada discretamente, como se carregasse um segredo que só ele deveria saber. Aquele texto curto e direto fazia o coração acelerar:
“Não consigo tirar vocês da minha cabeça... Preciso sentir isso de novo, só que só com você.”
Ele mostrou para mim, e senti aquele olhar que sabia tudo: um misto de vontade, desejo e algo ainda não resolvido. Era um convite silencioso para mais um encontro — um encontro que prometia ser diferente.
À noite, Suelen chegou sozinha. O olhar dela trazia um brilho intenso, como se guardasse uma chama prestes a se reacender. Ela entrou devagar, cumprimentou meu marido com um abraço breve, cheio de significado, e depois ficamos só nós três por alguns minutos, em uma conversa que parecia fluir sem esforço, carregada de olhares que diziam mais que palavras.
Mas então, a noite tomou outro rumo. Depois que meu marido se retirou, fiquei só com Suelen. O silêncio entre nós era confortável, quase palpável, como se o ar estivesse carregado de emoções que não podiam mais ficar escondidas.
Ela se aproximou devagar, e o contato foi delicado, quase tímido no começo. As mãos se tocaram, os olhos se encontraram, e uma mistura de calor e ternura preencheu o ambiente. Não era só desejo físico — era uma conexão profunda, um entrelaçar de sentimentos que a gente tentava conter desde a primeira vez.
“Dessa vez, quero que seja só nosso,” ela sussurrou, com a voz baixa, quase um segredo.
E naquele instante, nada mais existia além daquele momento, daquele encontro. Cada gesto, cada toque, era carregado de significado — uma história escrita em silêncio, mas intensa demais para ser ignorada.
A noite avançou, e entre risos, suspiros e confidências, fomos descobrindo um mundo novo dentro do que já conhecíamos. Quente, emocional, delicado e verdadeiro — um espaço só nosso, onde nada precisava ser dito para ser entendido.
O silêncio entre nós parecia mais carregado a cada instante. Suelen não tirava os olhos de mim, e eu sentia cada pequena respiração dela perto da minha pele. Aquele espaço que antes era apenas amizade, ou talvez algo mais discreto, agora estava aberto, vulnerável, esperando para ser explorado.
Ela deu um passo mais perto, e seu olhar era um convite silencioso que eu não resisti. Nossas mãos se entrelaçaram, e o mundo lá fora desapareceu. O tempo parecia desacelerar, e tudo o que importava era a sensação daquele toque — suave, firme, carregado de emoção.
“Você sabe que isso não pode continuar assim, não é?” Suelen disse baixo, como se tivesse medo de que as palavras quebrassem o encanto.
Eu assenti, incapaz de responder. As regras, as dúvidas, tudo parecia distante quando estávamos tão perto.
Ela encostou a testa na minha, e respiramos juntos, tentando guardar aquele momento como se fosse um segredo precioso.
“Mas, por enquanto... deixa a gente aproveitar,” ela completou, com um sorriso tímido, quase inseguro, mas cheio de promessa.
As horas passaram sem que percebêssemos. Falamos pouco, apenas nos permitimos sentir — os gestos, os olhares, as pequenas carícias que diziam tudo. Era quente, sim, mas também delicado, como se cada movimento tivesse o cuidado de não quebrar algo frágil.
Quando finalmente nos despedimos, Suelen deixou no meu celular uma mensagem curta, que parecia ser para seu namorado, mas que eu sabia que era para mim também:
“Hoje foi só o começo. Não sei até onde isso vai, mas sei que quero você perto.”
E com aquela frase, meu coração disparou, sabendo que o que vivemos naquela noite era só o começo de uma história que prometia ser intensa e cheia de emoções — do jeito que a gente nunca tinha imaginado.
Depois que eu e Suelen nos despedimos, a casa ficou mais silenciosa, mas o clima continuava carregado de emoção. Suelen já sabia que logo meu marido chegaria para encontrá-la. Era o próximo capítulo daquela história delicada que estávamos vivendo.
Quando ele chegou, Suelen abriu a porta com um sorriso discreto, um pouco nervoso, mas cheio de expectativa. Eles entraram, agora só os dois naquele espaço que já estava impregnado de energia. A casa parecia testemunhar tudo, guardando cada sentimento que começava a brotar ali.
Eles começaram devagar, com conversas leves, trocando olhares que carregavam perguntas e respostas não ditas. Cada gesto tinha um significado novo, e o silêncio entre eles era tão intenso quanto as palavras.
A troca foi se tornando mais íntima, como se a distância que existia entre eles diminuísse a cada segundo. Suelen, que ainda morava com ele, mas guardava segredos, mostrava um lado vulnerável, enquanto ele tentava entender o que aquela conexão representava para ambos.
Era um momento quente, sim, mas também cheio de emoções que iam além do físico. Eles estavam descobrindo algo, tentando encaixar sentimentos e desejos num espaço que parecia desafiador, mas ao mesmo tempo, verdadeiro.
Naquele encontro, só deles, o que havia começado como curiosidade se transformava em algo mais profundo — uma mistura de carinho, vontade e respeito que ninguém mais poderia compreender.
Eles ficaram ali, conversando baixinho, como se cada palavra tivesse que ser guardada com cuidado. Ele olhava para Suelen com um misto de curiosidade e carinho, tentando decifrar o que estava acontecendo dentro dela — e dentro dele também.
A atmosfera entre eles era carregada, mas calma, quase como um segredo compartilhado. Suelen se sentia dividida entre a segurança do que já conhecia e a novidade que surgia ali, naquele momento só deles.
Ele se aproximou devagar, hesitante, querendo ter certeza de que tudo ali era real, e que não era só um impulso. Suelen respondeu ao olhar dele, e o silêncio foi quebrado por um toque suave, quase tímido no começo, mas cheio de significado.
Cada gesto parecia carregar a promessa de algo novo, um sentimento que eles ainda estavam descobrindo juntos, sem pressa, mas sem medo. Ele segurou a mão dela com firmeza, mostrando que estava ali — presente, atento, disposto a explorar aquilo.
O encontro seguiu assim, entre olhares, sorrisos tímidos, e toques que eram mais do que físicos: eram formas de comunicação que só eles conseguiam entender naquele momento.
Não era só sobre desejo, era sobre algo que nascia ali, no meio daquela noite, com a promessa de que eles iriam se entender, mesmo com as complicações que vinham de fora.
E enquanto a casa permanecia silenciosa ao redor deles, o mundo deles parecia estar inteiro ali, naquele encontro que era só deles — quente, emocional, e cheio de possibilidades.
No dia seguinte, o silêncio entre eles era pesado, quase palpável. O que aconteceu na noite anterior pairava no ar, não dito, mas sentido em cada gesto, em cada olhar trocado durante o café da manhã.
Ele evitava falar demais, tentando organizar os próprios pensamentos, enquanto Suelen se perguntava se havia feito a escolha certa, se aquilo poderia mesmo ser só um momento ou algo que mudaria tudo.
As mensagens trocadas durante o dia eram curtas, mas carregadas de significado. Ele mandava perguntas discretas, querendo entender o que ela sentia, enquanto Suelen respondia com cuidado, ainda temerosa.
O peso da relação dela com o namorado, as dúvidas sobre o que aquilo tudo significava, tudo se misturava dentro dela. Do outro lado, ele tentava não deixar a ansiedade tomar conta, buscando manter a calma, mas a vontade de estar com ela era clara.
Durante a noite, quando finalmente conversaram sem pressa, sem máscaras, abriram espaço para serem honestos um com o outro — sobre o medo, a vontade, e o que esperavam dali para frente.
Nada estava resolvido, mas aquele encontro havia criado uma ponte entre eles, algo que não dava para ignorar.
E assim, pouco a pouco, eles começaram a construir algo novo, com cuidado, sabendo que as escolhas que fariam a partir dali mudariam tudo.
Ele, por sua vez, tentava encontrar um equilíbrio. Sabia que a situação era delicada, que Suelen tinha um namorado e que nada podia ser precipitado. Mas o que sentia por ela crescia a cada dia, e ele não queria mais esconder isso.
Uma noite, ele mandou uma mensagem diferente. Sem rodeios, confessou que aquela noite juntos tinha sido muito mais que um encontro casual para ele. Que sentia algo real, que queria estar ao lado dela, mas respeitava o tempo e o espaço dela.
Suelen ficou em silêncio por um momento, refletindo. Queria ser sincera consigo mesma e com ele. Respondeu que também estava confusa, que precisava entender seus próprios sentimentos, mas que aquela conexão deles era algo que ela não podia ignorar.
Foi o início de uma conversa aberta, onde falaram sobre medos, expectativas, e as possibilidades. Sabiam que o caminho não seria fácil, mas estavam dispostos a tentar, juntos, descobrir onde aquilo poderia chegar.
Enquanto isso, a vida ao redor continuava — o namorado dela, o cotidiano, as responsabilidades. Mas entre eles, algo novo e intenso começava a florescer, devagar, mas com força.
Naquele momento, enquanto o silêncio preenchia a tela do celular, Suelen sentiu uma mistura de medo e esperança invadir seu peito. Não sabia exatamente onde tudo aquilo iria parar, mas pela primeira vez, sentia que estava vivendo algo verdadeiro — algo que valia a pena arriscar.
Ela respirou fundo, respondeu com poucas palavras, mas carregadas de significado:
“Vamos descobrir juntos.”