A supresa quando cheguei em casa

Um conto erótico de Esposa
Categoria: Heterossexual
Contém 1341 palavras
Data: 26/09/2025 23:10:29

Cheguei mais cedo do que o esperado, sem avisar. A casa estava silenciosa, mas um som sutil escapava do quarto — um ritmo abafado, uma respiração que não deveria estar ali naquele momento.

Abri a porta devagar, o coração apertado sem entender direito o que me esperava.

Ela estava lá, minha esposa, iluminada pela luz quente do abajur. O cabelo preto, longo e liso, espalhado pelo travesseiro, as tatuagens que eu conhecia tão bem pareciam ganhar vida naquela penumbra.

O corpo dela, tão familiar e ao mesmo tempo tão diferente, se movia com uma graça que me arrancava um misto de dor e fascínio. Os seios firmes subiam e desciam lentamente, acompanhando o compasso da respiração.

Ele estava ao lado, um conhecido nosso, alguém que eu jamais imaginaria tão perto dela — tão dentro da nossa casa, tão dentro dela.

As mãos dele deslizavam com cuidado pela pele dela, e ela respondia com um suspiro que parecia tanto um convite quanto uma rendição.

Por um instante, meus olhos se perderam nas curvas do corpo dela, no contorno perfeito do bumbum que eu tanto amava, na pele clara que reluzia sob a luz tênue.

Ela virou o rosto, os olhos encontraram os meus, cheios de uma mistura que eu ainda tentava decifrar — surpresa, culpa, desejo.

O tempo parecia suspenso. Tudo o que eu conhecia estava ali, e ao mesmo tempo se desmanchava diante dos meus olhos.

E eu fiquei ali, parado, entre a dor do que via e o fascínio impossível de ignorar.

Ela não sabia que eu estava ali.

Cada gesto dela, cada suspiro, era entregue ao desconhecido, ao toque que eu jamais imaginaria naquela casa, naquele momento.

Enquanto ela se entregava, meu celular vibrava discretamente no bolso. Sem pensar muito, mandei mensagens simples, aleatórias — coisas do dia a dia, piadas, perguntas sem importância — tudo para que ela não desconfiasse da minha presença ali.

Ela lia e respondia sem saber o quanto eu estava perto, vendo cada gesto, cada suspiro que ela não imaginava que eu pudesse escutar.

Era como se aquelas mensagens fossem um fio invisível, uma ponte que me permitia ficar ali, parado, enquanto ela se deixava levar.

Com cada palavra minha chegando no celular dela, parecia que ela se soltava ainda mais, esquecendo o medo, a culpa, entregando-se de corpo e alma.

E eu, parado naquela porta, sentia o mundo desabar e, ao mesmo tempo, arder dentro de mim.

O tempo parecia dilatar enquanto eu permanecia ali, imóvel, quase invisível. O ar carregado de tensão fazia cada segundo pesar mais do que o anterior. Eu via, sentia, e minha mente tentava compreender como aquela cena, tão proibida, poderia estar acontecendo ali, bem diante dos meus olhos.

Ela parecia alheia à minha presença, entregue ao momento, sem medo, sem dúvidas. O toque dele a fazia estremecer, e o leve sorriso que escapava dos lábios dela era uma mistura de prazer e desafio.

Minhas mãos tremiam, e uma parte de mim queria gritar, interromper tudo, reivindicar aquilo que era meu. Mas outra parte… outra parte queria simplesmente assistir, entender, absorver cada detalhe.

Quando ela virou o rosto para trás, o cabelo negro caindo em mechas desalinhadas, eu pude ver nos olhos dela uma vulnerabilidade que nunca antes tinha notado — um misto de culpa e desejo que me cortava por dentro.

Ela não sabia que eu estava ali, observando. Nem fazia ideia de que eu enviava aquelas mensagens, pequenas iscas para que ela se soltasse, para que ela se perdesse naquela entrega.

E naquela entrega, tão intensa e silenciosa, algo dentro de mim mudou para sempre

Fiquei parado por um instante, o coração em conflito, a mente girando entre a dor e a necessidade de entender.

Respirei fundo, tentando encontrar alguma clareza naquele turbilhão de emoções.

Então, silenciosamente, decidi não entrar no quarto. Não naquele momento. Não ainda.

Saí devagar, fechando a porta com cuidado para não fazer barulho.

Voltei para a sala, sentando no sofá, o olhar perdido no vazio enquanto meu celular permanecia em silêncio ao meu lado.

As mensagens que eu mandava continuavam chegando para ela — simples, aleatórias, neutras — como se nada estivesse acontecendo.

Eu precisava de tempo para processar, para decidir o que dizer, o que fazer.

Meu peito ardia com uma mistura amarga de traição e desejo, e a casa parecia maior, vazia e cheia do que eu tinha acabado de ver.

E ali, naquele silêncio que parecia gritar, eu percebi que nada seria mais como antes.

Cada som que vinha do quarto penetrava direto na minha mente — o suspiro dela, o ritmo dos corpos, a entrega silenciosa.

Não consegui me controlar.

Fechei os olhos e, involuntariamente, as imagens voltaram vívidas: a tatuagem nas costas dela, iluminada pela luz tênue; a forma como ele segurava a cintura dela, firme e segura; a pele clara dela contrastando com o toque dele.

Era uma cena que queimava na minha memória, um fogo que eu não conseguia apagar.

E mesmo sentindo a dor da traição, meu corpo reagia de um jeito confuso, entre o choque e o desejo.

Ali, no meio daquele silêncio carregado, eu estava preso entre o que via e o que sentia — e não conseguia, nem queria, fugir daquela mistura.

Enquanto eu tentava me recompor no sofá, uma notificação silenciosa brilhou na tela do meu celular.

Era uma mensagem dela.

Uma imagem delicada, como se tivesse acabado de sair do banho — a pele luminosa, gotas de água deslizando suavemente, e um sorriso que parecia guardar mistérios e provocações.

A mensagem parecia feita para despertar algo dentro de mim, um convite silencioso que misturava a ternura com um toque de desafio.

Do quarto ao lado, os sons chegavam claros e intensos — a voz dele, baixa e segura, murmurava palavras que eu não precisava entender completamente, mas que traziam uma ordem calma: para que ela se mostrasse natural, sem levantar suspeitas.

E, junto disso, o som dos beijos, suaves e profundos, preenchendo o espaço, criando uma atmosfera carregada de desejo.

Meu corpo reagiu antes da minha mente poder controlar, sentindo o calor da situação, mesmo enquanto minha mente lutava contra a tempestade de emoções que se formava.

Era uma mistura intensa — o peso da traição, o calor da atração, o fogo do ciúme que ardiam juntos dentro de mim.

Fiquei ali, dividido entre o que sentia e o que via, preso naquela dança silenciosa de entrega e desejo

Eu estava ali, preso entre a vontade que crescia e a dor que queimava no peito. A imagem dela no celular — aquela pele úmida, a aura de quem acabara de sair do banho — parecia quase um convite silencioso, um desafio disfarçado.

Ela queria que eu acreditasse na normalidade daquela cena, que eu não percebesse o que realmente acontecia por trás daquele sorriso tranquilo.

Mas eu escutava, mesmo sem querer, cada sussurro vindo do quarto ao lado. Palavras que pareciam cortar o silêncio como lâminas suaves, porém afiadas.

Ela dizia, com uma voz quase indiferente, um tom misto de provocação e entrega:

“Ele sempre quis ser corno gostoso... e vai demorar…”

O som dos beijos, a respiração acelerada, tudo se misturava naquele instante — criando um turbilhão dentro de mim que eu não conseguia controlar.

Meu corpo reagia de forma contraditória, preso entre o ciúme que me consumia e o desejo que me inflamava.

Era uma dança perigosa, onde cada toque e cada palavra me levavam para mais perto do limite.

E eu ali, observando, sentindo, querendo — mesmo sabendo que aquele desejo carregava consigo a dor da traição.

Respirei fundo, tentando domar aquela tempestade interna, e me levantei devagar, sem fazer barulho.

Enquanto a casa permanecia envolta naquela atmosfera carregada, segui até a porta, sentindo cada passo como um peso, uma decisão dolorosa, mas necessária.

Antes de sair, olhei mais uma vez para o quarto — para ela, para ele, para tudo aquilo que eu nunca pensei que veria ali.

O desejo ainda pulsava, a vontade queimava, mas escolhi o silêncio, a distância.

Fechei a porta atrás de mim, levando comigo a dor e o fogo daquela noite.

E saí, sem que eles sequer percebessem.

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Comentários

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Que conto misterioso, ficou só de Voyeur, e o resto da história, fale mais da sua esposa.

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O cara entra vê a situação e fica parado . Devia só menos ser sarcástico e dar os parabéns ao casalzinho se não queriam um lanche para repôr as energias 🔥🔥

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Putz, vai ter continuação? Não acredito que vai ser mais um corno manso.

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Pelo jeito mais um conto de .corno manso só tem isso agora Aki esse conto tem tudo para ser diferente mais lendo os outros contos desse autor já vi que não

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E aí, vai ter continuação? Não entendi se o corno saiu de vez, ou se vai voltar.

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