A porta da casa bateu com um estrondo que ecoou pelos cômodos vazios, como um tiro de advertência. Bruna entrou com os saltos arrastando no piso de mármore, a bolsa pendurada no ombro como um peso morto. O cheiro de jantar queimado ainda pairava no ar, misturado ao perfume caro que ela usara para disfarçar o suor e o sexo da tarde. Não adiantara. Os olhos de Marcos, vermelhos de raiva ou de lágrimas contidas, a esperavam na sala, fixos nela como facas.
— Onde você esteve? — Sua voz era baixa, mas cada sílaba cortava como lâmina. Não era a primeira vez que ele perguntava, mas dessa vez havia algo diferente no tom, uma certeza envenenada que gelou o sangue de Bruna.
Ela engoliu em seco, os dedos tremendo ao largar a bolsa no sofá. — Trabalhando. Você sabe como é. — A mentira saía automática, mas soava oca, até para ela.
Marcos riu, um som seco, sem humor. — Trabalhando. — Ele repetiu, como se provasse a palavra na boca. — Engraçado. Porque o cheiro de outro homem em você não é o mesmo do escritório. Seus passos foram lentos, predatórios, enquanto se aproximava. — E esses arranhões no seu pescoço?
O coração dela disparou. Ele sabia. Não havia mais espaço para negação. As paredes pareciam se fechar, o ar pesado como chumbo nos pulmões. — Marcos, por favor—
— Não me chame assim! — Ele gritou, a mão batendo na mesa de centro com um baque que a fez estremecer. — Não depois do que você fez. — Você acha que eu sou idiota? Que não vi as mensagens?
Bruna recuou até encostar na parede, as pernas fraquejando. — Eu… eu posso explicar. — Mas não havia explicação. Nenhuma desculpa que apagasse as imagens do corpo dela retorcido em prazer sob as mãos de João Paulo, ou os gemidos que escapavam quando Carol a forçava a joelhos. — Não é o que você está pensando.
— Não? — Ele se aproximou, tão perto que ela sentiu o hálito quente e amargo em seu rosto. — Então me diz, Bruna. O que é? — Sua mão subiu, dedos enrijecidos roçando seu queixo, não com carinho, mas com posse, como se ainda tivesse direito sobre ela.
As palavras foram como socos no estômago. Bruna sentiu as lágrimas ardendo nos olhos, mas se recusou a chorar. Não aqui. Não para ele. — Eu não... — A voz saiu fraca, quebrada.
— Mentira. — Marcos sorriu, um gesto torto, cheio de desdém. — Você é uma vadia, Bruna. É isso que você é agora. — Ele recuou, como se o cheiro dela o enojasse.
Ela queria negar. Queria gritar, bater, arranhar aqueles olhos que a julgavam com tanto nojo. Mas as palavras morriam em sua garganta, porque uma parte dela — uma parte doente, torcida — sabia que era verdade. O calor entre as pernas, a umidade que encharcava sua calcinha só de lembrar das mãos de João Paulo em seu cabelo, forçando-a a engolir até a última gota… Era isso que a excitava. Essa vergonha. Essa queda.
— Eu não… — Sua voz falhou. — Eu não queria que fosse assim.
— Mas foi. — Marcos balançou a cabeça, o desprezo estampado em cada traço. — E sabe o que é pior? Que eu ainda te quero. Mesmo sabendo de tudo, mesmo você sendo essa coisa… eu ainda sinto falta de você. — Ele riu novamente, um som vazio. — Isso sim é patético, não é?
Bruna sentiu o chão sumir debaixo dos pés. Não eram as acusações, não era a raiva — era isso. A admissão de que, mesmo destruída, mesmo traída, ele ainda a desejava. E ela… ela não sentia nada. Nenhum remorso. Nenhuma saudade. Só alívio. Alívio por não precisar mais fingir, por não precisar mais ser a esposa perfeita, a mulher imaculada. Porque a verdade era que ela preferia ser a puta de João Paulo. Preferia a dor, a vergonha, o prazer sujo que a fazia tremer.
— Eu sinto muito. — As palavras saíram mecânicas, sem emoção. — Mas não vou pedir perdão.
Marcos a olhou como se ela tivesse crescido uma segunda cabeça. — O quê?
— Você ouviu. — Bruna endireitou os ombros, uma faísca de algo — ódio? determinação? — acendendo em seu peito.
Marcos cuspiu no chão, entre eles, como um ponto final. — Vá se foder, Bruna. — Ele se virou, as costas rígidas. — Vou pegar minhas coisas e sumir da sua vida. Não quero mais ver sua cara.
Ela deveria sentir algo. Dor. Arrependimento. Medo. Mas tudo o que havia era um vazio quente, um formigamento na pele, como se seu corpo já soubesse o que viria a seguir. Como se já estivesse ansioso.
________________________________________
O prédio do escritório estava vazio naquela hora, as luzes dos andares superiores apagadas, deixando só o brilho frio das lâmpadas de emergência. Bruna não se deu ao trabalho de ligar as luzes da sala de João Paulo. Deixou a porta bater atrás de si, o som ecoando no silêncio como um aviso.
Ele estava sentado atrás da mesa, os dedos entrelaçados, os olhos fixos nela com uma calma que a arrepiou. Não havia surpresa em seu olhar. Nem raiva. Só… expectativa.
- Olha quem apareceu. Isso é saudades ou veio chorar nos meus ombros?.
Bruna cerrou os punhos, as unhas cravando nas palmas. — Não vim chorar. — Ela avançou, os saltos batendo no chão como marteladas. — Vim dizer que acabou, João Paulo. Não preciso mais das suas chantagens. Não preciso mais de você. — A mentira queimava em sua língua, mas ela a cuspiu mesmo assim, enquanto contava a ele o que acabara de acontecer.
Ele riu ao escutar toda a história. Um som rico, profundo, que reverberou em seu peito como um toque.
— Ah, Bruna. — Levantou-se devagar, contornando a mesa como um predador que sabe que a presa já está encurralada. — Você acha que eu precisava chantagear você? — Parou a centímetros dela, o cheiro de seu perfume caro — algo amadeirado, masculino — invadindo suas narinas. — Você veio até mim por prazer, não por obrigação. Desde a primeira vez que te fiz gozar com a porta aberta, você soube que era isso que queria.
— Cale a boca. — Ela tentou recuar, mas suas costas bateram na parede. João Paulo colocou a mão ao lado de sua cabeça, aprisionando-a.
— Não. — Seu hálito quente roçou seu ouvido. — Você vai ouvir. — Os dedos dele desceram, traçando a linha de seu maxilar, depois o pescoço, até pousarem sobre o botão superior de sua blusa. — Você é minha, Bruna. Não por causa de fotos, não por causa de vídeos… — Com um puxão seco, o botão saltou, expondo a renda preta do sutiã. — Mas porque você quer ser. — Outro botão. E outro. A blusa se abriu, revelando a pele pálida, os mamilos duros pressionando o tecido. — Porque nenhuma outra coisa te faz sentir tão viva quanto estar de joelhos para mim.
— Eu não… — Sua voz tremia. Não de medo. De vontade.
— Mente. — Ele segurou seu queixo, forçando-a a encará-lo. — Seu marido te expulsou de casa, não foi? — Bruna congelou. — Sim, eu sei. — João Paulo sorriu, um gesto cruel. — E sabe o que isso significa? — Sua outra mão desceu, agarrando seu seio com força, os dedos beliscando o mamilo até ela gemer. — Que agora você não tem nada. Nenhum marido. Nenhuma desculpa. — Os lábios dele roçaram os dela, quase um beijo, quase uma mordida. — Só eu.
Ela deveria empurrá-lo. Deveria cuspir em seu rosto, arranhar aqueles olhos que a viam tão claramente. Mas suas mãos, traidoras, subiram, agarrando os ombros dele, as unhas cravando através da camisa.
— Eu te odeio. — O sussurro saiu entre dentes, mas soou como uma prece.
— Não. — João Paulo mordeu seu lábio inferior, puxando até ela sentir o gosto de sangue. — Você me ama. — Sua mão desceu, rasgando a saia justa, o som do tecido se partindo alto no silêncio. — E vai provar.
Bruna não resistiu quando ele a virou, pressionando seu corpo contra a parede, a barriga dela contra o vidro frio da janela. Não resistiu quando as mãos dele arrancaram sua calcinha, deixando-a exposta, molhada, pronta. Não resistiu quando ele murmurou no seu ouvido:
— Um contrato, Bruna. Seja minha para sempre. — Os dedos dele deslizaram entre suas coxas, dois deles afundando em sua boceta com um movimento brusco que a fez arquear. — E eu te darei tudo. Dinheiro. Prazer. A humilhação que você tanto deseja. — Um terceiro dedo se juntou aos outros, esticando-a, fazendo-a gemer. — Ou… — Ele retirou os dedos de repente, deixando-a vazia, tremendo. — Você pode ir embora. Agora. Eu te pago uma rescisão gorda, uma recomendação, e a liberdade para ser a santinha que nunca foi.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Bruna podia ouvir sua própria respiração ofegante, o batimento acelerado do coração, o som úmido de seus lábios se separando.
— E se eu disser não? — Ela perguntou, mas já conhecia a resposta.
João Paulo riu, baixo, enquanto a mão dele subia, agarrando seu cabelo com força, puxando sua cabeça para trás até o pescoço dela doer. — Você não vai. — Sua outra mão voltou a tocá-la, desta vez com mais força, os dedos batendo em seu clitóris com uma precisão que a fez ver estrelas. — Porque você precisa disso. Precisa de mim te tratando como o lixo que você é. — Os dedos dele afundaram novamente, desta vez com o polegar pressionando seu ânus, ameaçando invadi-lo. — Precisa de alguém que te faça sentir algo, mesmo que seja vergonha.
Bruna fechou os olhos, as lágrimas escorrendo, mas não de tristeza. De alívio. De desejo.
— Sim. — A palavra saiu como um suspiro, uma rendição. — Eu assino.
João Paulo não sorriu. Não a parabenizou. Em vez disso, sua mão deixou seu cabelo, desceu até a cintura, e a virou de frente para a janela novamente. — Prove. — Sua voz era um comando. — Goze para mim. Agora.
Ela não teve tempo de protestar. Os dedos dele voltaram a trabalhar, três dentro de sua boceta, o polegar pressionando seu cu com uma insistência que a fazia tremer. — Agora, Bruna. — Ele ordenou, a outra mão agarrando seu seio, beliscando o mamilo até doer. — Ou o acordo está cancelado.
O orgasmo a atingiu como um trem, violento, arrasador. Ela gritou, as pernas cedendo, mas João Paulo a segurou, mantendo-a em pé enquanto seu corpo tremia, a boceta se contraindo em torno dos dedos dele, jorrando seu suco quente em suas mãos.
— Boa garota. — Ele murmurou, enquanto com a outra mão abria o zíper da calça, libertando seu pau, duro, latejando. — Agora abra essa boquinha.
Bruna obedeceu antes que ele terminasse a frase. Ajoelhou-se, as coxas ainda trêmulas, os lábios inchados de tanto morder para não gritar. Ele segurou sua cabeça, guiando-a até a ponta de seu pau, já escorrendo pré-gozo. — Tudo. — Ele ordenou, empurrando sua cabeça para frente até ela sentir a glandula bater no fundo de sua garganta. — Engole cada gota. Ou eu te faço engolir até você vomitar.
Ela não teve escolha. Não que importasse. Quando o primeiro jato quente de esperma atingiu sua língua, ela gemiu, a garganta trabalhando para engolir tudo, as lágrimas misturando-se ao salgado de seu sabor. João Paulo não a soltou, continuando a gozar dentro dela, cada jato acompanhado por um gemido gutural, até que finalmente recuou, deixando-a ofegante, o esperma escorrendo pelos cantos de sua boca.
— Perfeita. — Ele passou o polegar em seu lábio inferior, espalhando o resto de seu gozo em sua pele. — Amanhã você assina os papéis. E então… — Seu sorriso foi lento, perverso. — Vou te mostrar o que realmente significa ser minhaOutro dia se passou. O ar-condicionado do escritório de João zumbia baixo, quase imperceptível, enquanto Bruna cruzava a soleira da porta com passos hesitantes. A madeira escura do piso rangeu levemente sob seus sapatos de salto, o único som além da respiração controlada que ela forçava a manter. João estava sentado atrás da mesa de mogno, os dedos entrelaçados sobre a superfície polida, os olhos fixos nela com uma calma que a fazia tremer por dentro. Seu sorriso era lento, quase predatório, como se já soubesse o desfecho daquela conversa antes mesmo que ela começasse.
— Sente-se, Bruna — ele disse, a voz suave, mas carregada de uma autoridade que não admitia recusa. O gesto que fez em direção à cadeira de couro preto à sua frente foi mais uma ordem do que um convite.
Ela obedeceu, as pernas levemente trêmulas enquanto se acomodava, as coxas pressionadas uma contra a outra como se pudesse conter o calor que já começava a se espalhar entre elas. O vestido justinho que usava — um tecido cinza-claro que grudava em seus seios e quadris — havia sido escolhido com cuidado naquela manhã, mas agora parecia ridículo, quase obsceno, sob o olhar penetrante de João. Ele não desviou os olhos enquanto ela se sentava, como se estivesse avaliando cada centímetro de pele exposta, cada curva que o tecido mal conseguia disfarçar.
— Acho que nesse ponto você deve suspeitar que eu não estou sozinho nisso. — João começou, inclinando-se levemente para frente, os cotovelos apoiados na mesa. — Ou talvez já saiba.
Bruna engoliu em seco, os dedos apertando a bolsa sobre o colo. A memória de Carol — seus lábios vermelhos, o modo como a havia tocado no banheiro feminino, os dedos deslizando entre suas coxas enquanto sussurrava coisas sujas em seu ouvido — queimava em sua mente. Ela não era boba. Sabia que aquilo não havia sido casual.
— Carol… — ela começou, a voz mais fina do que gostaria.
João riu, um som baixo e rouco, como se ela tivesse acabado de confirmar algo que ele já sabia há tempos.
— Exatamente. — Ele pegou um documento sobre a mesa, deslizando-o na direção dela com um movimento lento, deliberado. — Ela foi um teste. Um muito revelador, devo dizer.
Bruna olhou para o papel, as letras pretas e nítidas no topo: CONTRATO DE SUBMISSÃO VOLUNTÁRIA. Seu estômago revirou. Não era uma proposta. Era uma sentença.
— Você gosta de ser humilhada, Bruna — João continuou, como se estivesse lendo seus pensamentos. — Gosta de ser usada. De ser forçada a admitir o quanto é uma vadia necessitada. Carol só confirmou o que eu já suspeitava.
Ela sentiu o rosto queimar. Era verdade. Cada palavra era como uma faca, cortando através das mentiras que ela tentava se contar. A maneira como seu corpo havia respondido àqueles dedos, àquela boca. Tudo isso a envergonhava e, ao mesmo tempo, a excitava de um jeito doentio.
— O que… o que é isso? — ela perguntou, embora já soubesse.
— Seu futuro. João recostou-se na cadeira, os dedos brincando com uma caneta de prata. — Seis meses. Um aumento de quarenta por cento no seu salário — bloqueado até o fim do contrato, é claro. Qualquer gasto pessoal passa por mim. Você não terá acesso ao dinheiro até cumprir cada cláusula.
Bruna pegou o contrato, os dedos tremendo enquanto folheava as páginas. As letras dançavam diante de seus olhos, mas algumas frases saltavam, gritando:
— A Submissa vestirá apenas o que o Dominante determinar. No escritório, não será permitido o uso de roupas íntimas.
— A Submissa terá relações sexuais com o Dominante e com quaisquer pessoas por ele designadas, sem recusa.
— A Submissa tratará o Dominante e Carol por "Senhor" e "Senhora", respectivamente.
— Orgasmos só serão permitidos com autorização expressa do Dominante.
— O ânus da Submissa é de uso exclusivo do Dominante. Ela usará um plug anal diariamente para preparação.
— Dentro deste escritório, a Submissa só poderá gozar após receber uma gozada em alguma parte do corpo.
Cada linha era um soco no estômago. Cada palavra a fazia molhar mais a calcinha.
— Isso é… — ela começou, a garganta seca. — Isso é loucura. Ela sabia que aquilo não tinha validade legal e nem era sobre isso. Aquilo era algo para degrada-la.
João sorriu, como se estivesse saboreando sua hesitação.
— Não. É negócio. — Ele cruzou as pernas, o tecido da calça social esticando sobre as coxas musculosas. — Você ganha dinheiro. Muito dinheiro. Eu ganho uma submissa obediente, disposta a satisfazer cada um dos meus desejos. E Carol… — seus olhos brilharam com algo perigoso — bem, Carol ganha uma nova brinquedinho para treinar.
Bruna sentiu o coração bater tão forte que doía. Ela deveria se levantar. Sair correndo. Jogar aquele papel no rosto dele e nunca mais olhar para trás.
Mas não fez nenhuma dessas coisas. Em vez disso, seus dedos apertaram o contrato com mais força, como se temesse que ele fosse sumir.
— E se eu disser não? — ela sussurrou, embora já soubesse a resposta.
João inclinou a cabeça, como se estivesse considerando a possibilidade pela primeira vez.
— Aí você volta para a sua vida medíocre. Como eu te disse, te pago uma boa rescisão e te dou uma recomendação para um novo trabalho. Dessa vez será sua escolha. Você poderá voltar para os homens que nunca vão te foder do jeito que você realmente quer. — Sua voz era suave, quase gentil. — Para a solidão de saber que você é uma vadia, mas nunca ter coragem de assumir.
As palavras doíam porque eram verdadeiras. Bruna fechou os olhos, sentindo as lágrimas ardendo atrás das pálpebras. Não era justo. Não era certo. Mas, Deus, como ela queria.
— E se eu assinar? — ela perguntou, a voz tão baixa que mal se ouvia.
João sorriu, um gesto triunfante. — Aí, Bruna, você finalmente vai ser feliz.
Ela abriu os olhos, olhando para o contrato novamente. As cláusulas eram brutais. Humilhantes. Perfeitas.
Seus dedos tremiam enquanto pegava a caneta que João deslizou na sua direção. O peso do objeto em sua mão parecia o peso de sua própria rendição.
— Tem… — ela engoliu em seco. — Tem algo que eu precise saber antes?
João riu, um som rico e satisfatório.
— Sim. — Ele se levantou, contornando a mesa com passos lentos, como um predador circundando sua presa. — Que a partir de agora, você não goza sem permissão. E hoje… — ele parou atrás dela, as mãos descendo sobre seus ombros, os polegares pressionando a base de seu pescoço — você não vai gozar.
Bruna arfou, sentindo o calor de seu corpo tão perto, o cheiro de seu perfume caro invadindo seus sentidos. Ele era tão presente, tão dominante, que ela mal conseguia pensar.
— Mas… — ela começou, a voz falhando.
— Mas nada. — João inclinou-se, os lábios roçando sua orelha. — Você assina, e então me prova que é digna desse contrato.
Ela não tinha escolha. Nunca teve. Com um suspiro trêmulo, Bruna pressionou a caneta contra o papel.
O risco do nome dela — Bruna Sofia Mendes — foi como um gemido. Como uma confissão. João não perdeu tempo. Assim que ela terminou, ele arrancou o contrato de suas mãos, jogando-o de lado como se já não importasse. O que importava era ela.
— Tire o vestido — ele ordenou, a voz rouca de desejo.
Bruna obedeceu, os dedos tremendo enquanto desabotoava o tecido, deixando-o escorregar pelos ombros, cair no chão em um amontoado de seda. Ficou ali, em frente à mesa, apenas de calcinha e sutiã, a pele arrepiada sob o ar-condicionado, os mamilos duros pressionando contra a renda.
João a observou por um longo momento, os olhos percorrendo cada curva, cada tremor.
— Tudo — ele disse, simplesmente.
Ela tirou o sutiã, depois a calcinha, sentindo o ar frio beijar sua pele quente. Estava nua. Totalmente exposta. E, pior, molhada. O cheiro de seu próprio desejo enchia o ar, uma prova inegável de como aquelas palavras, aquelas regras, a excitavam.
— De joelhos — João ordenou.
Bruna caiu, os joelhos afundando no tapete macio abaixo da mesa. Olhou para cima, vendo-o desabotoar a calça, libertando o pau já duro, grosso, as veias pulsando sob a pele escura. Ela lambeu os lábios sem pensar, o corpo respondendo antes mesmo que sua mente pudesse processar.
— Abra a boca — ele comandou, segurando a base do membro com uma mão, a outra afagando seu rosto.
Ela obedeceu, a língua já saindo para lambê-lo antes que ele pudesse empurrar para dentro. O gosto salgado, masculino, explodiu em sua boca, e ela gemeu, as mãos subindo para agarrar suas coxas, como se isso pudesse ancorá-la à realidade.
— Isso — João grunhiu, empurrando mais fundo, forçando-a a engolir até sentir a cabeça dele bater no fundo de sua garganta. — Você foi feita para isso, não foi? Para ser minha putinha obediente.
Ela não conseguia responder, não com a boca cheia, mas seus olhos lacrimejantes, o nariz pressionado contra a base de seu pau, davam a resposta que ele queria.
João começou a foder sua boca com movimentos lentos, controlados, cada investida fazendo seus olhos arderem, a saliva escorrer pelos cantos dos lábios.
— Você vai aprender, Bruna — ele disse, a voz áspera. — Vai aprender a me servir. A me adorar. E quando esse contrato terminar… — ele segurou seu cabelo com força, puxando sua cabeça para trás até que seus lábios se soltassem com um pop obsceno — você vai implorar para renová-lo.
Ela ofegou, o peito arfando, a boca escorrendo saliva e pré-gozo.
— Sim, Senhor — ela sussurrou, sem nem precisar pensar.
João sorriu, satisfeito.
— Bom começo.
João aproveitou cada segundo daquela chupada e por vim retirou o pau da boca de Bruna e gozou em sua cara. Um gesto de humilhação que ele sabia que Bruna adorava.
Por fim ele pediu que ela beijasse a cabeça do seu pau.
- Como você foi uma boa garota eu vou deixar você gozar. Pode se masturbar, mas com uma condição. Eu não quero você mentindo depois dizendo que essa assinatura é falsa ou que eu te chantageei. Então nada melhor do que uma prova gravada.
João Paulo sacou o celular do bolso e fez Bruna de joelhos se masturbar enquanto ela dizia que assinou o contrato por livre e espontânea vontade e que ela era sua escrava por ser uma putinha safada!
A cada palavra que saia, Bruna se afogava numa humilhação e excitação sem fim.
Ela estava ali de joelhos, com o rosto cheio de porra, no chão frio daquele escritório, de um homem poderoso. Ela estava submissa falando aquelas palavras enquanto se tocava até se irromper no melhor orgasmo de sua vida, enquanto caia no chão humilhada.
Agora seria uma nova vida. Um novo começo, mas ela estava animada demais para essa nova vida.