Eu estava prestes a lavar o paletó do meu marido quando, por hábito, chequei os bolsos. Ele sempre esquece coisas ali - moedas, recibos, pedaços de papel. Mas naquele dia, meus dedos encontraram algo diferente: um cartãozinho vermelho de cantos já gastos, com letras douradas descascadas.
"Império do Prazer - A melhor casa de massagem de Santos", dizia a impressão borrada. No verso, escrito à mão com caneta azul: "Thaís - relaxamento completo - R$120/hXXXX-XXXX (ligar após 19h)".
Meu coração congelou por um segundo.
Raul nunca foi bom em esconder as coisas, sempre deixou rastros. Eu até desconfiava de algumas escapadas dele, mas agora era concreto. Uma prova física de que ele me traía, e nem se deu ao trabalho de esconder direito. Um puteiro. Ele foi a um puteiro, ou pior: talvez mais de um.
Senti a raiva subir como uma labareda quente queimando minhas bochechas. Pensei em gritar, esperá-lo chegar do trabalho e enfiar aquele cartão no meio da cara dele, com um discurso pronto sobre respeito, dignidade e vergonha na cara. Mas então, algo dentro de mim mudou. Um estalo. Uma frieza racional tomou conta dos meus pensamentos. Confrontar? Pra quê? Ele negaria, ou pior, diria que era “só massagem”.
Não.
Se ele queria brincar, eu saberia jogar esse jogo muito melhor.
E foi então que me lembrei do Fábio, o vizinho do 8º andar.
Um negão de presença. Alto, forte, com aquele sorriso que hipnotiza. Corpo de quem malha todos os dias, braços definidos, peito largo. Sempre muito educado, simpático e... observador. Trocamos olhares algumas vezes na academia do prédio. Uma vez, na praia, ele me ajudou a montar o guarda-sol e deixou escapar um elogio sobre meu biquíni que me deixou molhada por dentro o dia inteiro. Até então, eu nunca havia pensado seriamente em fazer nada, mas agora... agora havia um propósito.
Era o meu momento.
No dia seguinte, resolvi ser ousada — bem ousada. Decidi ir à piscina do prédio; era cedo e, naquela hora, provavelmente não haveria ninguém. Mas, antes, resolvi parar no andar do meu vizinho Fábio, que fica um andar abaixo do meu. O idiota do meu esposo havia ido para a casa do pai fazer alguma coisa — ele até me falou, mas nem dei importância — e levou nosso filho com ele.
Rapidamente, cheguei ao andar do meu vizinho. O elevador parou, as portas se abriram, e eu saí sem hesitar. Caminhei até a porta dele e toquei a campainha. Alguns segundos se passaram até que ele atendeu.
Fábio surgiu na porta sem camisa, vestindo apenas uma bermuda daquelas coladas que os homens costumam usar para malhar. Estava com uma toalha branca enrolada no pescoço, ainda úmida, como se tivesse acabado de sair do banho ou da academia.
Ele era muito gostoso — sempre achei. Corpo definido, aquele peitoral largo, veias saltadas nos braços e aquele sorriso sacana no canto da boca. Confesso que já tinha pensado nele de forma mais íntima, algumas vezes, mas sempre guardei isso só pra mim. Respeitava meu marido…, mas, depois do que descobri, acho mais do que justo dar o troco. Não vou bancar a santa enquanto ele frequentava puteiro pelas minhas costas.
Estava vestida de propósito com um maiô cavado, preto, que realçava meu corpo. Por cima, um vestido leve e curto, meio transparente. Nada de sutiã, claro. Meus mamilos marcavam discretamente sob o tecido. No rosto, um leve brilho do protetor solar e aquele olhar de quem sabia exatamente o que estava fazendo.
Ele me olhou com um sorriso malicioso e, com os olhos descendo lentamente pelo meu corpo, disse:
— E aí, vizinha... como posso ajudá-la?
Retribuí o olhar, firme, segura. Cruzei os braços devagar, empinando o peito sem parecer forçada, e respondi, jogando charme em cada palavra:
— Bom... estou indo para a piscina do prédio. Não gostaria de me acompanhar?
Fiquei olhando diretamente nos olhos dele, com aquele olhar de quem quer mais do que uma simples companhia. Ele pareceu surpreso, hesitou por um segundo e perguntou, meio desconfiado:
— Ué, e o seu marido?
Dei um sorrisinho, meio debochado, e respondi com naturalidade:
— Ele saiu com o nosso filho. Foram visitar o pai dele. Só voltam mais tarde.
Mesmo assim, Fábio pareceu um pouco inseguro. Seus olhos diziam que ele queria, mas o cérebro dele ainda tentava entender o que estava acontecendo. Ele franziu o cenho e falou:
— Sei... sei..., mas você não acha meio estranho me chamar pra ir à piscina com você?
Coloquei o dedo indicador na boca, passei a língua de leve e depois o tirei lentamente. Sorri e disse:
— Vamos lá... qual é o problema? Quero apenas a sua companhia. Ou minha companhia não é agradável?
Ele riu, passando a mão na nuca, meio sem jeito:
— Claro que é... muito agradável, por sinal.
— Então pega uma camiseta e vamos! — falei, me virando de costas lentamente, como quem sabe o que tem atrás.
Ele pediu só um instante, entrou rapidamente em seu apartamento e voltou vestindo uma camiseta justa, que ainda deixava à mostra os braços fortes e a parte do peitoral. Pensei que fosse me convidar pra entrar — confesso que estava preparada pra isso —, mas ele não disse nada. Não tem problema, pensei... tudo ao seu tempo.
Descemos juntos até a piscina. Como eu imaginava, não havia ninguém por lá. Nos sentamos lado a lado em espreguiçadeiras. Tirei o vestido com um movimento calculado, deixando o maiô colado no meu corpo à mostra.
Notei os olhos dele percorrendo cada curva minha.
Fingi não perceber.
Estiquei as pernas devagar, arqueando a coluna, e soltei um suspiro leve, como se estivesse relaxando, mas com a intenção clara de provocar. Cruzei uma perna sobre a outra e deixei os dedos dos pés quase encostarem na perna dele.
— Tá calor, né? — falei, pegando o protetor solar. — Me ajuda a passar nas costas?
Virei de costas pra ele, sem esperar a resposta. Puxei o cabelo todo para o lado e deixei o maiô deslizar um pouco nos ombros. Senti os dedos dele tocarem minha pele com delicadeza. Eu me arrepiava por dentro, mas mantinha a expressão de quem não está pensando em nada demais.
— Suas costas são... bem definidas — ele comentou.
— Você também malha, né? Dá pra ver... — Olhei por cima do ombro, sorrindo com malícia.
Conversamos amenidades, mas eu não parava de provocá-lo. Me inclinava demais, deixava o busto balançar, mexia nas alças do maiô, cruzava as pernas como quem não sabia o efeito que isso causava.
Até que comentei, fingindo surpresa:
— Nossa, esqueci de trazer minha toalha...
Fábio riu e falou:
— Eu também... nem pensei nisso.
Parei, olhei bem nos olhos dele, com um sorrisinho no canto da boca e disse:
— Bom, vamos até meu apartamento pegar uma, ou melhor duas?
Ele me olhou por um instante. Sabia que não fazia sentido. Eu podia ir sozinha, claro. Mas não era esse o ponto. Aquele convite, do jeito que eu disse, carregava algo a mais. Fábio entendeu.
Nos levantamos juntos.
O clima estava carregado de tensão sexual. Aquele silêncio entre a gente, no caminho de volta, era puro desejo não verbalizado. O som dos nossos passos no corredor parecia marcar o ritmo do que viria a seguir.
Ao chegarmos no meu apartamento, abri a porta devagar, olhei pra ele por cima do ombro e disse:
— Entra... vai ser rápido.
Mas no fundo, nem eu queria que fosse tão rápido assim.
fechei a porta, e quando fechei ele me agarrou, me prensou ali mesmo, falando no meu ouvido:
— se você queria dar pra mim, não precisava desse joguinho todo.
respondi na hora, com a voz já carregada de tesão:
— precisava sim, só pra instigar, deixar você louco.
ele me pegou no colo com facilidade, como se eu fosse leve, e começou a me beijar com tanta vontade que minha buceta já pulsava. puta que pariu, que beijo gostoso da porra! quente, molhado, com pegada.
ele ia me levar para o sofá, mas eu disse:
— não. no sofá não. quero que você me coma na cama onde eu durmo com o corno do meu marido.
ele soltou um riso sacana e disse:
— se você prefere...
Chegamos ao quarto como dois animais famintos. Ele me colocou no chão e deu um senhor tapa na minha bunda. Mal fechei a porta, e ele já me fez tirar toda a roupa — e ele também tirou a dele.
Fomos para a cama. Ele se deitou, e eu ajoelhei-me entre suas pernas musculares, minhas unhas vermelhas contrastando com a pele escura de suas coxas. Aquela rola negra e grossa pulsava diante de mim, veias saltadas formando um mapa de desejo que eu estava ansiosa para explorar.
Envolvi a base com uma mão, sentindo o calor e a textura áspera da pele enquanto minha outra mão massageava suas bolas pesadas. Minha língua fez um caminho lento - primeiro na veia saliente que corria ao longo do lado inferior, depois em círculos lentos ao redor da cabeça inchada, recolhendo a gota de pré-gozo que já escorria.
"Vai engolir tudo, sua puta?" ele rosnou, seus dedos se enrolando em meus cabelos.
Respondi engolindo-o até a garganta, meu nariz pressionando contra a pele suada de seu ventre. Quando comecei a mover minha cabeça para cima e para baixo em um ritmo constante, meus lábios formavam um anel apertado enquanto minha língua massageava a parte inferior a cada descida.
Ele gemeu quando usei uma técnica especial - sugando com força enquanto retirava, depois batendo levemente a cabeça contra minha língua. Minhas mãos não ficaram ociosas - uma continuou a massagear suas bolas enquanto a outra apertava e deslizava ao longo da parte que minha boca não alcançava.
Antes que eu pudesse terminar, ele me levantou como uma boneca de pano e me jogou na cama. Seus olhos escuros queimavam com fome enquanto ele espalhava minhas pernas com força bruta.
Vamos ver quão molhada você ficará com o negão aqui, ele zombou antes de mergulhar seu rosto entre minhas coxas como um homem faminto.
Sua língua foi uma revelação - larga, áspera e implacável. Ele começou com longas lambidas desde meu ânus até o clitóris, fazendo meu corpo se contorcer. Quando encontrou meu ponto mais sensível, ele se concentrou ali como um laser - sugando, mordiscando levemente, depois batendo rápidas vibrações com a ponta da língua.
Seus dedos entraram em jogo - dois primeiro, torcendo para dentro enquanto sua palma esfregava meu clitóris. Quando acrescentou um terceiro dedo, eu quase saltei da cama, a sensação de estar sendo esticada me levando à beira do orgasmo.
"Não tão rápido", ele sussurrou, retirando os dedos subitamente e saboreando meu gosto com um sorriso perverso. "Quero ouvir você implorar."
Ele então demonstrou seu verdadeiro talento - alternando entre sugar meu clitóris como se tentasse extrair minha alma e penetrar profundamente com sua língua, imitando o movimento que seu pau faria em breve.
Sem aviso, ele me virou como um saco de batatas. Minhas costas arqueadas, meu rosto pressionado contra o colchão, eu senti suas mãos grandes agarrando meus quadris.
"Essa buceta vai ser minha agora", ele rosnou, e então senti a cabeça enorme de seu pau pressionando minha entrada.
Ele entrou com um único empurrão brutal que me fez gritar. A dor e o prazer se misturavam enquanto ele começava a se mover, cada socada mais forte que a anterior.
O som era obsceno - a pele batendo, meu suor escorrendo, nossos gemidos abafados. Ele encontrou um ângulo perfeito que fazia seu pau esfregar em pontos dentro de mim que eu nem sabia existirem.
"Gosta de ser fodida pelo vizinho, sua puta?" ele perguntou, aumentando o ritmo até a cama bater contra a parede.
Eu só conseguia gemer em resposta, minhas unhas rasgando os lençóis enquanto ele me dominava completamente. Quando senti seu aperto em meus quadris ficar mais forte, sabia que ele estava perto.
"Vou gozar nessa buceta gostosa", ele ameaçou.
Minha resposta foi rápida: Sem camisinha, sem gozada dentro, entendeu?
Ele praguejou, mas puxou para fora no último segundo, sua porra quente jorrando nas minhas costas enquanto meu próprio orgasmo me consumia.
Deitados lado a lado, ofegantes, eu soltei: "O troco está dado."
Ele virou a cabeça, confuso. "Que troco?"
Sorri, fria. "Meu marido. Traindo com prostitutas. PROSTITUTAS." Minha voz quebrou de ódio. "Agora ele não é o único."
Ele ficou em silêncio. Depois riu, longo e alto.
"Carol, você é foda."
E eu sabia que, no fundo, ele tinha adorado cada segundo daquela vingança.
Fim.