Eu e Minhas Irmãs - 1 - Valentina

Um conto erótico de Dante
Categoria: Heterossexual
Contém 3681 palavras
Data: 30/09/2025 03:14:18
Última revisão: 30/09/2025 03:21:43

Esse é meu primeiro conto aqui no site. E já vou avisando que o desenvolvimento será um pouco lento. Então tenham paciência e aproveitem o conto. Obrigado.

***

A noite estava fria, o que não é muito comum por aqui nessa época do ano, mas suponho que seja por já estar acostumado com o clima aqui do Paraná, mas o vento está particularmente gelado, a ponto de eu que quase nunca uso blusas, estou com minha jaqueta.

Estaciono o Ford Focus preto, na garagem de casa, quando ouço uma risada ao meu lado.

“Fra, olha isso aqui” - ela diz me mostrando um meme no celular, que alguém enviou no grupo de sua sala da faculdade, “Direito Sofrência 5 Semestre”, zoando uma de nossas professoras, mostrando a cara dela no corpo da dragão do shrek.

Essa é minha irmã mais nova, Valentina, 20 anos, cabelos pretos lisos chegando ao começo das costas herdados de nossa mãe, e os olhos azuis do nosso pai, a única entre os irmãos que herdou isso. Ela estuda direito, 5 semestre.

Meu nome é Dante, tenho 23 anos, sou um cara relativamente bonito eu diria, cabelos castanhos claros, olhos castanhos claros, óculos (tenho uma miopia braba), 1,77 de altura, pele bem branca (na escola meu apelido era Gasparzinho), corpo definido e é isso. Estudo direito, 8 semestre.

Termino de estacionar o carro, e descemos conversando, enquanto rimos do meme, afinal aquela professora é uma das mais odiadas, pois dá muito conteúdo, faz provas extremamente difíceis, e ainda leciona uma matéria incrivelmente chata que é processo civil. Eu particularmente acho ela gente boa, apesar de detestar a aula dela, já Valentina a detesta com força, pois já pegou DP na matéria dela 3 vezes até agora, os únicos dela até o momento.

Entramos na casa escura e silenciosa, um contraste com quando voltamos da faculdade em dias normais. Mas o resto da família está viajando, foram para o interior de São Paulo, na fronteira com o MS, para a cidade natal do meu pai, um primo meu vai se casar, meus pais e minha outra irmã foram na frente, eu e Valentina iremos apenas amanhã, nossos trabalhos não permitiram que fossemos antes. Eu já estou trabalhando como assistente jurídico em uma empresa de construção e ela é estagiária nessa mesma empresa.

Eu entro e me jogo no sofá da sala, enquanto jogo a mochila no chão. Imediatamente uma bola de pelos sobe em cima do meu colo no sofá fazendo festa. Esse é Argos, o cachorro da família, é um Border Collie, eu e minhas irmãs tivemos que implorar a nossa mãe para adotar ele, pois ela não queria outro cachorro depois que o último se foi.

Eu faço um carinho nele, enquanto me recosto no sofá e fecho os olhos. Alguns instantes depois Valentina que havia ido para seu quarto se trocar, passa por mim indo até a cozinha, posso dizer isso pois com o silêncio da casa é possível ouvir seus passos descalços.

“Ei Val, aproveita que já tá aí na cozinha e arruma meu prato pra mim” - Falo sentado no sofá sem nem abrir o olho, enquanto que Argos ouvindo Valentina mexer na cozinha, já se levanta e corre até lá, cachorro esganado, parece morto de fome.

“Vem pegar seu folgado” - Ela retruca, e ouço ela repreendendo Argos, parece que ele pulou nela para tentar beliscar alguma comida hahaha.

“Vai Val, tô cansado. Falando nisso, o que é que tem para comer?”

“Eu tô tão cansada quanto você, trabalhamos o mesmo tanto, no mesmo lugar, e fazemos a mesma faculdade. E eu sabendo que você provavelmente ia se esquecer da janta, e decidir pedir um Ifood na hora, eu já pedi o Ifood, vai chegar em… 20 minutos”

“Podemos trabalhar e estudar nos mesmos lugares, mas meu trabalho é mais difícil, e minha faculdade, estando mais avançada, é mais difícil também. E a garota que nem arruma o quarto direito, está bancando a planejadora responsável? E o que você está comendo aí na cozinha se o Ifood ainda não chegou?”

“Não posso argumentar contra nada do que você disse. Mas você também não pode falar nada sobre organização, você por acaso já fez sua mala? E estou comendo algo que você não gosta, então nem vou oferecer”

“Ehh, está comendo o pudim que tava aí? Sabe que já faz uns 4 dias que tava aí né?”.

Nesse ponto, ouço os passos dela — leves e descalços — e as patinhas do Argos vindo da cozinha. Ela se senta ao meu lado, ainda com o prato na mão. O som do garfo raspando no fundo denúncia que já está quase no fim. O cheiro do pudim chega até mim, doce e meio enjoativo. Argos sobe no meu colo de novo, mas não é por carinho — é pra ficar de olho no pudim. Cachorro safado.

“Não vai trocar de roupa?” — ela pergunta, entre uma colherada e outra.

“Jajá.” — Respondo, me afundando ainda mais no sofá.

E acabo pegando no sono.

***

Acordo com um tapinha na nuca e percebo Argos latindo.

“Chegou a comida, vai lá pegar” — diz Valentina.

Ainda meio sonolento, me levanto e vou em direção à porta.

“Por que você não foi pegar? Já tá pago?” — resmungo, meio de mau humor. Meu sono estava tão bom...

“Eu tô de pijama. E sim, já tá pago.”

Mando o Argos calar a boca e saio lá fora. O vento frio me acerta de cheio e me lembra que esqueci a jaqueta. Pego a entrega e volto rápido.

“Pensei que você tivesse pedido lanche.”

Era um balde de frango.

“Eu tava com vontade de comer frango.”

Vou até a cozinha com a sacola, e claro, lá vem Argos e Valentina atrás.

Quando olho para ela, não consigo evitar um suspiro. Valentina é realmente linda. Corpo malhado de academia, curvas perfeitas, pele

branca lisinha, sem nenhuma marquinha. E aquele pijama de seda preto de duas peças — blusinha e shortinho, fininhos e meio folgados.

Meu amigo... só posso dizer que o namorado dela tem muita sorte.

Pegamos o balde de frango, enchemos nossos copos Stanley (cada um aqui em casa tem o seu — ideia da minha mãe pra não ter louça demais. Só sujamos copo de verdade quando tem visita) com refrigerante, e voltamos pra sala.

Ao sentar, reparo na TV ligada.

“O que é isso que você colocou?” — pergunto.

“Parks and Recreation” — responde ela.

“Aquela série dos produtores de The Office, né? Eu procurei em tudo quanto é lugar e não achei pra assistir.”

Falo entre uma mordida e outra no frango. Argos fica só olhando, olhos de pidão, choramingando baixo. Mas infelizmente, meu chapa, fritura empanada não é pra cachorro. Só lamento.

“Uma amiga minha usa VPN, acessou o streaming de outro país e baixou os episódios pra mim. Colocou tudo num pendrive.”

Ela diz isso enquanto tira a casquinha empanada e dá um pedacinho de frango pro Argos. Safado.

“Passa pra um pendrive pra mim depois.”

“Pra quê? Pra assistir sem mim? Nem fodendo.”

“Quero assistir no meu quarto, ué.”

“Ah, se é só isso, não se preocupe.” — ela ri. — “Eu vou assistir no seu quarto também. Sua TV é bem melhor que a minha.”

Rimos de alguma besteira que aconteceu na série — o que, pra quem já assistiu, é uns 90% dela — e eu resolvo provocar.

“Sabe, esse frango tá muito bom, mas você tem que aprender a cozinhar. Onde já se viu, o homem chega cansado em casa e a mulher ainda pede iFood? Coitado do seu futuro marido…”

Mal consigo terminar a frase, seja porque começo a rir alto, seja porque ela tenta me dar um tapa na nuca.

É uma piada interna. Um tempo atrás, ela tentou cozinhar macarrão e queimou tudo — tudo mesmo. Estragou a panela, e a mãe ficou uma fera. Desde então, proibiu terminantemente a Valentina de sequer chegar perto do fogão.

Depois de mais algumas risadas e provocações, comemos em silêncio por uns segundos. Até que eu comento:

“Amanhã a gente vai ter que ir trabalhar de Uber. Saindo de lá, já pegamos outro direto até a locadora. A não ser que você queira dirigir… aí você leva o carro.”

“Não, vamos de Uber mesmo.” — Ela tirou a habilitação recentemente, mas ainda tem medo de dirigir sem mim ou o pai do lado.

“Qual o carro?”

“Um Cronos.”

“Espero que a Nonna faça aquele macarrão dela. Tô com muita vontade. O do pai não fica igual.”

“Ah, eu prefiro o do pai. A Nonna põe muito alho.”

“Você que é muito enjoado. E não esquece de fazer sua mala, hein. Eu vou passar no seu quarto antes de dormir pra ver se você fez mesmo.”

“Tá, minha senhora…”

E seguimos assistindo e comendo, com Argos ainda de olho no frango, como se estivesse esperando um milagre.

***

Após terminar de comer eu tomei um banho, e meu corpo ficou tão relaxado que assim que deito na minha cama, não importa o quanto eu tente, é como se meu corpo se recusasse a se mover.

Eu estou quase pegando no sono, mas sabe quando se sente que falta alguma coisa? E eu sabia exatamente o que estava faltando.

Hoje eu só havia gozado uma vez de manhã, imediatamente tiro meu pau pra fora, eu estava apenas de samba canção, meu pau já estava pronto, duro feito pedra, tem 19cm e é grosso, reto e branco.

Então eu começo os trabalhos, acariciando devagar, e começo a pensar na milf que vi em um vídeo, tenho muito tesão em milfs, mas até agora nunca tive a oportunidade de pegar uma milf gostosa.

Começo a acelerar, e enquanto estou de olhos fechados, pensando naquela milf deliciosa, flashs me vem a mente, de Valentina naquele pijaminha preto, eu quase quis parar, mas já estava quase lá, então na verdade acelerei.

E quando estava quase lá, a porta do meu quarto se abre de uma vez.

“Espero que você esteja arrumado as mal-” - Ela para abruptamente enquanto me olha.

Eu rapidamente guardo meu pau de volta, ainda duro feito pedra. Mas em nenhum momento ela se virou ou saiu do quarto.

“Você não sabe bater não?” - Reclamo.

“Eu avisei que ia vir ver se você arrumou as malas, e outra, desde quando eu bato na sua porta?”

“É tem razão, você simplesmente invade assim sempre.”

“Porquê você está tão envergonhado? Nem é a primeira vez que te peguei fazendo isso, acho que já é a terceira ou quarta.”

Ela está certa, mas ela não tem como saber que estou mais envergonhado pois estava pensando nela. Eu sou realmente um doente.

“Além do mais, é normal, principalmente para você que não pega nem gripe desde que terminou com aquela vadia.” - Ela diz isso, meio rindo meio séria, enquanto entra no meu quarto para começar a arrumar as malas.

A vadia de quem ela fala é minha ex-namorada. Nós éramos amigos desde a época de escola, e a uns 4 anos começamos a namorar. Mas a uns 6 meses eu descobri que ela estava me traindo com um colega de faculdade dela.

“Foda-se, vamos logo arrumar essa mala para eu ir dormir logo” - Digo meio mal-humorado.

“Dormir ou voltar ao seus exercícios de calistenia com um braço só?” - Ela pergunta rindo. E eu jogo uma camiseta dobrada na cara dela.

Nos provocamos um pouco enquanto arrumamos as minhas malas. Após terminarmos ela volta para seu quarto, e eu me deito na cama, penso em retomar minha atividade de calistenia como ela disse, mas acabo só pegando no sono.

***

No dia seguinte, estávamos esperando o Uber na frente da empresa, eram 15h e acabamos de sair do trabalho.

Eu desligo o telefone, e caminho até Valentina, que estava sentada numa mureta alí perto. Me sento ao lado dela.

“Deixa eu adivinhar, era a Giulia, né?”, diz ela, rindo.

Giulia é nossa irmã mais nova, ela tem 18 anos.

Eu confirmo que se tratava da Giulia no telefone, e ela diz - “Sabia, você quer apostar quanto, que assim que chegarmos lá, ela vai correr direto para você parecendo um cachorrinho com saudades do dono, e vai me ignorar?”

“Não quero apostar nada, eu não vou perder meu dinheiro. Além do mais, que culpa eu tenho de ser o melhor irmão do mundo, e ser amado pela minha irmã mais nova preferida.” - Respondo rindo da cara que ela fez quando eu disse que Giulia era a preferida.

“Então é assim, né? Tá bom então. Vou assistir Parks and Recreation sozinha a partir de agora.”

“Isso é chantagem hein, você é aluna de direito, devia saber que isso é crime.”

“Também sei que você não tem como provar, portanto, técnicamente, sou inocente.”

Eu apenas dou risada, e pouco tempo depois o Uber chega.

***

Dentro do carro, Valentina puxa assunto.

“Você já começou o seu TCC?”

“Não, ainda nem sei o tema, acho que vou pedir algumas ideias para alguma inteligência artificial, mas tenho que fazer logo, preciso encontrar um orientador, pois já no semestre que vem eu tenho que entregar o projeto de pesquisa.”

Ela então digita algo no celular e vira a tela para mim. Tinha procurado no ChatGPT, ideias de temas interessantes para monografia de direito.

“Manda para mim essa lista, depois eu vejo isso.” - digo eu.

“Você sempre deixando tudo para última hora.”

“Porque fazer algo agora se posso deixar para depois.” - eu digo, rindo.

“Você adaptou um ditado popular só para sua preguiça, realmente tenho que tirar meu chapéu para você.” - ela responde, rindo.

“Aiii, já estou exausto só de imaginar ficar 8 horas dirigindo, você bem que podia dirigir um pouco, né.”

“Eu acho melhor dormirmos um pouco quando chegarmos em casa, e só depois sairmos, ao invés de já irmos direto.” - diz ela.

“Tentando desconversar porque eu disse para você dirigir, né. Mas eu concordo.”

Logo chegamos a locadora de veículos, fizemos todos os procedimentos, e saímos de lá já com o Cronos alugado para a viagem.

Sinceramente, que baita carro. O pai não me deixa nem chegar perto do volante do seu HRV, então o único carro que já dirigi — tirando o Mobi da auto-escola, que sinceramente era uma caixa de fósforo desconfortável — foi o Focus 2008, que o pai usa para trabalhar. Sendo assim, estou completamente encantado por esse carro.

Atrás do volante daquela beleza, eu me dirijo ao mercado.

***

Assim que passamos pelas portas automáticas do mercado, já bateu aquela incrível sensação de alívio por conta do ar-condicionado geladinho lá dentro. Ontem a noite estava gelada, mas hoje o sol está fritando.

Em compensação a sensação gostosa do ar-condicionado, bate junto aquele cheiro enjoativo de mercado, não sei explicar, acho que é uma mistura de desinfetante com plástico, sei lá.

Nos encaminhamos para a seção de salgadinhos, eu pego uma batata, daquelas que vem em uma lata vermelha, nunca lembro o nome, mas o gosto é delicioso, também pego um biscoito de polvilho. Mas quando olho para Valentina, ela está pegando salgadinho de cebola.

“Ah não, você não vai pegar cebolitos não.”, reclamo eu.

“Porque não?”, ela me pergunta com uma cara que só posso descrever como uma mistura de dúvida com irritação.

“Porque salgadinho de cebola fica cheirando, a gente vai ficar 8 horas trancado naquele carro, e não quero deixar cheiro de cebola lá, pega uma batata também, ou sei lá, um fandangos.”

Ela a contragosto concorda e também pega uma batata de lata. E seguimos para pegar algumas caixinhas de suco e latas de refrigerante.

“Temos que pegar ração para o Argos.”, eu digo.

“Sim, a Nonna dá comida para aqueles cachorros dela.”

“Pois é, eles são cachorros raíz, o Argos é mimado, só come ração premium, e se não for da marca que ele gosta ele não come.”, eu falo enquanto faço uma cara e alguns gestos de deboche. E ela ri.

“E quem foi que deu esse mal costume para ele, hein? Me lembra mesmo, quem foi que comprava só ração premium para ele?”, ela diz, rindo.

“Meu maior erro.”, eu falo em um tom que mistura deboche com desânimo.

Enquanto caminhamos pelo mercado, eu avisto uma prateleira com aromatizadores para o carro, e um me chama atenção, se chama literalmente “cheiro de carro novo”, eu pego pois o cheiro de carro novo é muito melhor do que aquele enjoativo de lavanda que a locadora colocou.

Nos encaminhamos para o caixa, e ao lado do caixa tem uma geladeira com energéticos, eu pego uma lata para tomar no caminho, pois dirigir 8 horas é complicado, quem sabe assim eu não crio asas e voo o resto do caminho hahaha. Eu digo essa piada e Valentina diz que eu sou muito novo para fazer piadas de tiozão.

***

Ao chegar em casa, Argos vem fazendo festa nos cumprimentar, eu faço um carinho rápido na cabeça dele, e peço desculpas por não poder passear com ele hoje, e digo que amanhã ele vai poder correr bastante no sítio da Nonna.

Deixo as sacolas em cima da mesa da cozinha e vou tomar um banho.

Feito isso visto uma camiseta e um short confortável, ligo o ventilador de teto da sala - eu me acostumei a dormir com o barulhinho de ventilador, como uma espécie de ruído de fundo, se não tiver esse ruído eu fico incomodado - me deito no sofá, e rapidamente começo a cochilar.

Em algum momento sinto alguma coisa pesada sobre mim, imagino que seja o folgado do Argos.

***

Acordo com meu celular tocando, levo a mão na direção do toque ainda de olhos fechados, mas minha mão esbarra em alguma coisa.

Abro os olhos, e percebo que é Valentina quem está deitada em cima de mim, fazia anos que ela não fazia isso. O problema é onde está minha mão, bem na bunda dela, e através do shortinho fininho de algodão que ela está usando eu posso sentir quase tudo.

E caralho, que bunda! Tem a combinação perfeita entre firmeza e maciez, sinceramente a bunda da minha ex nunca poderia se comparar a isso. Em um impulso eu decido acordá-la dando uns apertões.

Eu dou uns dois apertões, quando ela finalmente acorda, e pergunta o que foi, eu digo que o celular estava tocando e não conseguia pegar com ela em cima de mim, ela nem sai de cima só estende o braço e pega o celular para mim — a essa altura já tinha parado de tocar.

Era meu pai ligando, provavelmente para perguntar se já estávamos na estrada. Olho as mensagens e realmente tem algumas dos meus pais e de Giulia, perguntando a mesma coisa, eu respondo para os 3 contando que resolvemos dormir um pouco antes de ir.

Olho as horas, e são 18h, resolvo dormir mais um pouco, e assim eu e Valentina voltamos a dormir, exatamente na mesma posição.

***

Acordamos por volta das 19:30, eu digo que é melhor irmos logo porque os nossos pais já estão enchendo o saco.

Ela concorda e vai arrumar suas coisas, mas diz que temos que comer antes de ir. Eu digo que vou fazer um pouco de massa frita. Ela concorda.

Para quem não sabe e quer tentar fazer, é basicamente uma massa de pão, vai água, sal e trigo, você mistura, estica, corta em quadradinhos e frita em olho quente. Nossa vó sempre faz quando eu vou a casa dela, pois sabe que eu adoro. E fica uma delícia com café, pena que não temos café agora pois nem eu nem Valentina sabemos fazer — Valentina como já disse anteriormente é um desastre na cozinha, e eu só sei fazer massa frita e ovo frito.

Eu estou terminando de esticar a massa quando levo um tapa na bunda e Valentina me abraça colocando o queixo no meu ombro, olhando o que estou fazendo.

“Achou que eu não senti você apertando minha bunda, seu safado?”, diz ela, sorrindo.

“Eu sei que você sentiu, mas como você vive dando tapas na minha bunda presumi que não se importaria. E mesmo que se importasse, isso ia fazer você se levantar, que era minha intenção inicial, então de qualquer forma eu saio no lucro.”, eu digo, sorrindo.

“Mas eu não me levantei, então acho que não deu certo.”

“É, mas isso mostra que você não se importou, ou seja, eu apertei uma bunda gostosa dessa e saí impune, portanto saí no lucro.”, eu digo, enquanto viro o rosto para mostrar a língua para ela.

Ela ri, solta do abraço e me dá mais um tapa na bunda enquanto se afasta - “pegando na bunda da própria irmã, pervertido” - ela diz, rindo.

E eu continuo meu trabalho com a massa. O pior é que ainda nem terminei e o Argos já está sentado ali no canto me encarando com cara de quem caiu da mudança.

***

Eu termino de fritar a massa, e comemos, acompanhado do refrigerante que sobrou de ontem, e após isso, vou me trocar para a viagem. Valentina já está pronta, se trocou enquanto eu fazia a massa.

Escovo meus dentes, e começamos a levar as malas para o carro. Duas malas da Valentina — pra quê tanta coisa? Eu não sei, mas enfim — e uma mochila minha, travesseiros, a caminha do Argos e um isoporzinho para colocarmos as bebidas e manter elas geladinhas.

Abro a porta de trás do carro e chamo o Argos, e ele já entra, é um cachorro safado, mas muito esperto.

Quando estou quase entrando no carro, me lembro de que minha mãe sempre diz que é melhor levar blusas dentro do carro em viagens, eu nunca dei muita bola, mas é a primeira vez que estou de fato viajando sozinho, então resolvo seguir com isso, e peço a Valentina que estava terminando de trancar a casa, para pegar duas blusas.

Assim que ela volta com as blusas e tranca a casa, partimos nessa viagem.

Confesso que estou um pouco ansioso de forma desconfortável, nunca gostei de lugares lotados, e ainda mais com um monte de parente que eu quase nem tenho contato e gente que eu não conheço.

Mas… se eu soubesse o que me aguardava nessa viagem, talvez eu tivesse ficado animado. Ou talvez ainda mais ansioso.

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Comentários

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Ela é uma boa personagem, pela descrição é muito bonita, bem humorada e sensual.

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Gostei. Achei os diálogos bem naturais, mas ao mesmo tempo meio parados, fica muito diálogo sem nada acontecer. Mas no geral, muito bem escrito. Deu já para ter uma boa noção da personalidade dos dois personagens. E adorei o cachorro, um bom alivio cômico, não tão comum aqui no site.

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Agradeço o comentário Toppo. Eu gosto de escrever esses diálogos meio banais, acho que mesmo que nada aconteça acaba dando mais vida e personalidade para os personagens. E as vezes eu posso soltar como quem não quer nada algo mais relevante nessas conversas.

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