Relações familiares delicadas

Um conto erótico de FRED
Categoria: Gay
Contém 1047 palavras
Data: 30/09/2025 08:23:52

PRÓLOGO

O sol já estava alto na minifazenda Boa Esperança em Serra da Mesa Mato Grosso, quando Micael, homem branco de 38 anos, com 1,86 m, musculoso devido ao trabalho na roça, olhos verdes e calvo, bem estilo militar, empurrou a porta de madeira da varanda, coçando a barba rala e soltando um bocejo preguiçoso lembrando, com um sorriso no rosto, da noite devassa no puteiro San Matin, onde comeu duas mulheres com sua pica de 21 cm, grossa e cabeçuda. O cheiro de terra molhada vinha da horta, onde algumas folhas de alface brilhavam com o orvalho.

— Pai, cê não vai levantar nunca? — gritou Arthur, o filho de dezoito anos, com 1,76 m, olhos verdes como pai e um cabelo castanho claro ondulado, com a barriga trincada e o braços musculosos quase não cabendo na sua camisa xadrez, quase uma copia do pai, já com o chapéu de palha na cabeça e a enxada encostada no ombro.

Micael olhou para o rapaz e riu.

— Tu parece mais velho que eu, moleque. Já tá acordado desde que horas?

— Desde as cinco, ué. Alguém tem que cuidar das vacas. — Arthur falou sério, mas com um meio sorriso.

Micael esticou os braços.

— E alguém tem que viver também, né? Não é só trabalho, trabalho, trabalho.

Arthur bufou.

— Viver... você chama viver o que? Beber pinga na venda e ficar comendo buceta de mulher casada e puta de esquina?

O pai estreitou os olhos, mas não perdeu o tom leve.

— Ó, cuidado com a língua, menino. Eu não meto a pica em ninguém que não queira receber meu pau (disse isso conçando o saco e mostrando o volume bem grande da rola que mostrava na sua calça surrada).

— Sei. Igual a mamãe te procurava, né? — Arthur rebateu, batendo a enxada na terra seca.

Um silêncio caiu. O nome da mãe era como uma ferida que nunca cicatrizava.

Micael suspirou fundo.

— Tua mãe não aguentava essa vida. Era da cidade, do brilho das luzes, queria luxo e dinheiro, depois que achou um playboy rico, foi com ele para São paulo e nunca mais voltou, reza as más bocas que até filho ela tem. Ela nunca gostou da gente, não tinha nada a ver com a gente aqui.

— Com a gente, não — Arthur corrigiu, amargo. — Não tinha nada a ver com o senhor que é um galinha de primeiro, quando vê um rabo de sai já que meter a rola. Eu teria ficado com ela se pudesse, pois o senhor só pensa em safadeza e esqueça do filho que tem.

Micael encarou o filho, o rosto endurecendo.

— Tá me culpando? Sua mãe nuca ligou ou vei lhe ver, posso ser safado, mas nunca lhe abandonei e sempre estive aqui para você.

Micael se aproximou, tirou o chapéu de palha do filho e bagunçou-lhe o cabelo.

— Tu fala como se fosse homem já. Mas ainda tem muito chão pra entender o que é ser adulto.

Arthur afastou a mão do pai, irritado, por mais que amasse o pai, sentia muita falta da mãe, aquela que nem lembra que ele existe.

— Eu sou mais homem que o senhor, pelo menos eu não fujo das responsabilidades.

Aquela frase doeu em Micael. Mas, em vez de retrucar, ele deu uma risada nervosa.

— Responsabilidade? Moleque, eu botei comida na mesa tua vida inteira. Se não fosse eu, tu tava passando fome.

— Comida não é tudo, pai. Eu cresci sem mãe, sem carinho, e com o senhor chegando em casa fedendo a sexo, todo sujo de gala e ainda por cima bêbado quase caindo.

O pai ficou sério, encarando o filho com os olhos marejados.

— Tu acha que foi fácil pra mim? Eu fiquei sozinho também. A tua mãe foi embora e levou meu coração junto. Só sobrou tu, o meu bem mais precioso, o meu pedacinho de mundo.

Arthur engoliu seco, se sensibilizando com as palavras do pai, Micael era seu mundo também, mas não queria demonstrar fragilidade e buscava mudanças do pai.

— Então por que não cuidou direito do que sobrou?

Micael suspirou fundo, com a voz meio embargada, se sentou no banco de madeira e passou a mão no rosto.

— Porque eu não sou perfeito, Arthur. Eu erro. Eu erro muito. Mas nunca deixei de te amar.

O filho ficou em silêncio por alguns segundos, sabendo que seu pai não era um cara mal. Depois, encostou a enxada e sentou ao lado do pai.

— Eu sei que me ama... mas às vezes parece que ama mais a vida lá fora que a mim.

— Não, meu filho. — Micael colocou a mão no ombro dele, assombrado com o que o Arthur falou. — A vida lá fora é só um jeito de esquecer os problemas e aliviar o tesão incessante do pai. Mas tu és a única coisa que me mantém vivo, meu filho, eu te amo demais.

Arthur olhou para o horizonte, as montanhas verdes se destacando sob o céu azul.

— Às vezes eu penso em ir embora também...

Micael arregalou os olhos, com um aperto no coração.

— Ir embora? Pra onde?

— Pra cidade. Estudar, trabalhar. Ter uma vida que não seja só essa mesmice.

O pai respirou fundo, tentando controlar a angústia e o aperto no coração.

— Se for pra ser feliz, eu não vou te prender. Mas não me abandona de vez, não. Eu já perdi uma vez... não quero perder de novo.

Arthur olhou o pai nos olhos, sabendo que o seu pai, por mais safado que seja, sempre esteve ali por ele.

— O senhor não vai me perder, por mais que seja um velhote safado e pirocudo que não aguenta ver um rabo de saia, eu te amo muito.

Micael passou a mão no cabelo do filho, desta vez sem resistência.

— Velho é meu pinto, sou muito bom de cama, quem experimenta sempre pede biz viu, dou mais caldo que muito novinho por ai seu moleque molenga, na sua idade já comia bucetinha todos os dias.

Arthur: __ Vai cuidar da tua vida velhote e me deixe em paz (abraçou o pai aos risos), te amo muito meu coroa.

E ali, no meio da varanda simples, os dois ficaram em silêncio, escutando apenas o mugido distante das vacas e o farfalhar das árvores, enquanto cada um lutava com suas próprias dores.

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