Mestre Gabriel - O Declínio sob o Sol Poente [Capítulo 20]

Um conto erótico de EscravoDele
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 791 palavras
Data: 04/09/2025 10:07:42

Júnior desceu da mesa de sinuca, as pernas bambas, a virilha ainda latejando e a memória daquela tortura pulsando em sua mente. Ele viu Gabriel e seus amigos se dirigirem novamente para a área da piscina. O sol ainda estava alto, mas o calor abrasador da tarde começava a ceder, prometendo um final de dia menos intenso. Os amigos se espalharam pelas espreguiçadeiras, reclinando-se com suspiros de alívio, enquanto Júnior, como sempre, permaneceu de pé, aguardando a próxima ordem. Seu corpo, ainda suado e sujo do jogo de futebol e da sinuca, ansiava por um descanso, mas sua mente estava programada para servir.

João Guilherme, estirado em uma das espreguiçadeiras, suspirou.

— Ahh, que dia! Meus pés estão moídos de tanto jogar. — ele estendeu uma das pernas, olhando para Júnior. — Cadela! Meus pés estão cansados. Venha aqui e massageie-os. E faça direito.

Júnior não hesitou. Caminhou até João Guilherme e se ajoelhou na grama ao lado da espreguiçadeira. Com as mãos, começou a massagear os pés do amigo de Gabriel, aplicando pressão nos pontos certos, usando os polegares para amassar a sola. O cheiro de suor e grama grudado na pele de João Guilherme era forte, mas Júnior já estava acostumado a aromas semelhantes.

Enquanto massageava, João Victor, que estava na espreguiçadeira ao lado, com três garrafas de cerveja vazias no chão e uma cheia na mão, resmungou.

— Essa espreguiçadeira não tem lugar para pôr a cerveja. — ele olhou para Júnior, que estava curvado massageando os pés de João Guilherme. — Ei, cadela! Firme-se aí. Quero que você sirva de mesa para minhas garrafas.

Júnior, mesmo ocupado com a massagem nos pés de João Guilherme, tentou se ajustar. Ele esticou um dos braços para trás e se contorceu, buscando a posição mais estável possível para que João Victor pudesse apoiar suas garrafas em suas costas. A dor em sua coxa e virilha, somada à posição forçada, era incômoda, mas ele se manteve firme, a prioridade sendo a conveniência de seus mestres. João Victor, com um sorriso satisfeito, empilhou as garrafas na parte inferior das costas de Júnior, usando-o como uma bandeja improvisada.

— Perfeito! — exclamou João Victor. — Agora sim, conforto total!

Júnior sentiu o peso das garrafas contra suas costas, a pressão de um corpo cansado agindo como um móvel. Ele massageava o pé de João Guilherme com uma mão, enquanto a outra se esforçava para manter o equilíbrio, a cabeça abaixada, concentrado em sua dupla função.

Em um dado momento, Thiago, que observava a cena, pegou um gole de sua cerveja. Com um sorriso de escárnio, ele se inclinou e, com um som úmido, cuspiu nas costas de Júnior, bem sobre o ombro. O líquido pegajoso escorreu pela pele, deixando uma marca escura e pegajosa.

— Essa é para a cadela que não para de babar por aí! — zombou Thiago, e os outros riram.

Júnior sentiu o escarro escorrendo, um arrepio de nojo percorrendo seu corpo. Ele se encolheu, mas não se moveu. O ato não foi violento, mas a humilhação, a percepção de ser tratado como um objeto sem sensibilidade, era um golpe direto em sua já frágil dignidade.

Com o passar do tempo, o sol, que havia sido tão implacável, começou a desenhar sombras mais longas e alaranjadas na grama. A pele de Júnior, exposta durante todo o dia sem protetor solar — ao contrário de seus mestres, que ele próprio havia untado com o creme protetor —, estava visivelmente avermelhada. O contraste entre a pele bronzeada e impecável de Gabriel e seus amigos e a sua própria pele queimada era gritante.

João Guilherme notou.

— Nossa, cadela! Você está parecendo um camarão! — ele riu. — Não te passou protetor, foi? Que incompetente! Eu te dei tanto protetor e você não usou em si mesmo?

Júnior sentiu o ardor em sua pele, o toque do sol em sua queimadura, e agora, as palavras afiadas de João Guilherme.

— P-perdão, senhor... Eu... eu estava preocupado em proteger os senhores. — murmurou Júnior, a voz fraca.

— É, a cadela é boa em proteger os outros, mas esquece de si mesma! — ironizou João Victor, inclinando-se para Júnior para mover uma das garrafas, enquanto deixava cair uma gota de cerveja sobre o ombro queimado do contador.

Gabriel, que observava tudo de sua espreguiçadeira, sorriu. Ele não acrescentou nenhuma palavra à zombaria de seus amigos, mas seu olhar satisfeita era o suficiente. Aquele era o auge de sua dominação.

O sol continuou sua descida, pintando o céu de cores vibrantes, enquanto a brisa da noite se tornava mais fresca. Júnior, ainda massageando os pés de João Guilherme e servindo de mesa para João Victor, sentia o cansaço esmagador e o ardor em sua pele. As risadas de Gabriel e seus amigos eram a trilha sonora de sua anulação. A noite prometia ser longa.

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Comentários

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Tô amando essa saga dos contos, mas esses dois últimos cap não teve tanta emoção ou tesão de fato

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