A Submissão de Thiago- Parte 10- A hora da verdade (+ Me plagiaram na cara dura!)

Um conto erótico de Rafa Porto
Categoria: Gay
Contém 4287 palavras
Data: 05/09/2025 01:00:45
Última revisão: 05/09/2025 14:25:48

Opa, pessoal!

Antes de ler a continuação da série do Thiago, peço que leiam o relato a seguir:

Um sujeito com o nick "PutinhoSub" republicou minhas histórias, sem autorização, no site Casa dos Contos CNN.O sujeito postou lá, entre o fim do mês passado e, as Partes 1, 2, 3 e 4 de " A Submissão de Thiago", como se fossem dele! Quem me acompanha sabe que só posto por aqui, e que esses contos foram publicados na Casa dos Contos HÁ MAIS DE UM ANO! Olha lá o link do fulano: https://contoseroticoscnn.com/autor/putinhosub.

Enfim, já escrevi para o CNN tratando do caso. Mas para quem curte o meu trabalho e quiser ajudar, peço que escreva também pro CNN (naquela parte "Contato"), ou nos comentários dos contos lá mesmo, expondo a situação. Não precisa xingar o cara nem nada, mas, realmente, seria bom deixar claro que ele republicou minhas histórias sem autorização. Além disso, para os autores mais experientes que talvez já tenham passado por essa experiência, se tiverem alguma dica, só comentar por aqui ou me mandar um e-mail!

Sei que talvez seja bobeira ficar bolado assim por causa disso, mas quem escreve sabe que é uma baita empenho que a gente bota nisso. E o foda é que se o sujeito só tivesse entrado em contato e pedido autorização para republicar, mas deixando meu nome como autor, eu provavelmente teria deixado. Mas sacanagem demais postar assim, na maior cara dura, como se o conto fosse dele!

Enfim, é isso! Na dúvida, fiquem com o original! Agora, finalmente, vamos ao conto!

ATUALIZAÇÃO: Felizmente, o CNN já retirou o perfil que me plagiou do ar! Um obrigado especial para quem ajudou! De toda forma, acho bom deixar registrado o que ocorreu, pra galera ficar ligada que esse tipo de coisa, por pior que seja, acontece.

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Naquelas semanas depois da minha “libertação”, o assunto da galera do fut era um só: o início copinha da facul. Os moleques não calavam a boca de tanta animação, confiantes de que a gente tava a ponto de bala de levar o tri. Incrível como a porra de um campeonato universitário pode ter tanta importância quando a gente tá nessa idade!

Quem trombasse comigo pelos corredores da facul, ou em alguma festa de república, também acharia que essa era a minha única preocupação. Mas a verdade é que desde aquela “visão” que tive no banheiro com a Ju, eu ainda evitava de me olhar no espelho pelado. Tinha medo que, no reflexo, me deparasse com uma verdade que eu lutava tanto para esconder… mas que ao mesmo tempo, me revirava a mente de tanto tesão!

Pra minha sorte, o Yuri continuava sumido por aqueles tempos. Se ele continuasse a rondar pela facul, não serei se seria capaz de segurar a onda. Mas, por outro lado, comecei a ficar com a pulga atrás da orelha: por onde será que o malandro tava andando? Não sei se ele ainda tinha alguma matéria pra fazer na facul, mas se sim, logo as faltas iam se acumular e ele ficaria em uma situação complicada. É, o Yuri ainda permanecia um mistério pra mim…

Mas, como se tudo isso não bastasse, ainda tinha uma outra situação que me fazia tirar o sono: que porra eu iria fazer com o traíra do Bernardo?

Pois é... depois do meu mês em castidade, decidi dar um belo de um gelo no Bê. Se antes a gente se falava todo dia, passei a demorar cada vez mais para responder as mensagens dele, até chegar ao ponto de ignorar o garoto sem dó. Também passei a ser mais seco quando a gente se encontrava pessoalmente, sempre criando alguma desculpa pra encerrar logo o papo. Ele, que sempre me procurava como um cachorrinho atrás do dono, começou a ficar cada vez mais desesperado com a minha nova postura.

Mas, por mais que eu me esforçasse, era difícil não topar com ocara. Afinal, a gente estudava no mesmo curso, na mesma facul, e vivia na mesma cidadezinha de interior. Por exemplo, teve um dia que em nos encontramos em uma churras na casa da Andressa, a namorada do Otávio. A família dela tinha uma puta casona em um bairro mais afastado da cidade, com piscina, churrasqueira, forno de pizza e tudo o mais. E como os pais da Dessa tava viajando, a gente sabia que a festa seria da hora!

Tava com a galera do fut perto da churrasqueira. Entre uma breja e outra, a gente resenhava sobre o time que iria enfrentar na copinha. Quando, mais uma vez, o Bernardo se enfiou no meio, querendo conversar comigo. Até então, nem tinha percebido que ele tava na festa.

- Ei, Thi!... a gente pode trocar uma ideia? – ele chegou com a voz baixa.

- Que foi, Bernardo? Porra mano, não é sobre a Jessica de novo, né?- só então abaixei os óculos de sol pra falar com ele - Já te falei, parça: mulher como aquela é areia demais pro seu caminhãozinho!

Nunca que eu tinha sido totalmente escroto com o Bernardo antes. Mas ali, na frente de toda a turma do fut , me senti confiante pra colocar meu amigo nerd no seu devido lugar.

- O quê? O Bê tá afim da Jessica, na moral?- o Otávio perguntou segurando o riso, enquanto os outros moleques já nem se importavam de rir alto.

O Bernardo ficou vermelho de vergonha ao ver que a paixonite dela pela Jessica tinha virado motivo de piada. Meu amigo vivia me pedindo ajuda pra chegar nela, umas das minas mais gatas da facul. Mal sabia o Bê que eu já tinha traçado aquela ruivinha rabuda várias vezes no banheiro do quarto andar, enquanto eu enrolava ele, sempre dizendo “na semana que vem troco uma ideia com ela!”...

- Thi, é sério... – ele insistiu– preciso conversar contigo…

- Tá bom… - falei com um ar de superioridade, me afastando do restante da turma e chegando mais perto da piscina – o que você quer, Bernardo?

- Pô, Thi, qual foi? Você tá todo estranho comigo, me evitando… o que foi que eu te fiz?

“Arrombado você sabe muito bem o que você fez”, pensei enquanto assistia ao Bê lutando pra segurar o choro:

- Sério que tu acha isso, Bê? – decidi me fazer de desentendido – tô focando no campeonato que vem aí, só isso!

– Nem vem, Thi – ele limpou os olhos e me encarou, com a voz firme – isso aqui não tem a ver com essa merda de futebol! Você tá esquisito já tem tempo… desde quando tu foi negociar minha dívida com o Yuri!

Ah, mas era muita cara de pau daquele moleque vir falar comigo sobre o Yuri, como se não soubesse de nada! Mas apesar de querer estraçalhar o Bê, fiquei frio. O que eu tinha vivido durante aquele mês Yuri tinha ficado no passado. E não seria o imbecil do Bernardo que me faria voltar atrás!

– Tua dívida com o Yuri tá paga, Bernardo… e a minha contigo também. Final feliz pra todo mundo! Agora vê se esquece essa história, falou?

Subi meus óculos escuros mais uma vez, pronto pra dar meia-volta e deixar meu ex-melhor amigo falando sozinho. Mas ele não arredou o pé:

– Caralho, Thi...sérião que vai ser assim? Cara, certeza que o Yuri fez algo que mexeu com tua cabeça! Me diz aí, pô, sou teu amigo!

O Bê sempre foi mais ligeiro do que parecia. Ele podia não saber o que tinha rolado exatamente comigo e com o Yuri. Mas ele sabia que ALGO tinha rolado. Difícil que o Yuri tivesse soprado algo. Mas ainda sim, tinha uma chance, mesmo que pequena, do Bê ter descoberto alguma coisa sobre como eu tinha pagado a dívida dele:

– Porra Bernardo, se manca, moleque! Já falei que não aconteceu nada!

A reação dele me surpreendeu. Em vez de subir a voz, partindo pro clima de briga como eu tava partindo, ele colocou a mão no meu braço, olhando fundo nos meus olhos:

– Thi, por favor! Sou eu, o Bê! Teu irmão! Diz aí: o que rolou entre você e o Yuri?

O Bernardo parecia preocupado de verdade. Mas eu não podia baixar a guarda. Quando o Bê botou a mão no meu braço e me encarou, meu impulso foi desviar o olhar para baixo. Foi aí meu erro: bem nesse momento, bati os olhos em uma parte do meu corpo do meu amigo. Uma que eu já conhecia “de vista”, por assim dizer…

Naquele dia quente, o Bê tava usando uma bermuda de tactel branca, exibindo um puta volume na parte da frente. Eu sempre ficava embasbacado como aquele nerd ostentava a porra de uma latona de desodorante no meio das pernas! E isso porque só tinha visto o peru dele mole! Dura, aquela rola devia ser surreal de grande! Um verdadeiro orgulho para qualquer cara!

Era absurdo: sob quase qualquer critério, eu podia me considerar em vantagem com relação ao Bernardo. Mais bonito, mais alto, mais forte, mais popular. Mas, naquele momento, não tinha como mentir: eu estava hipnotizado pelo volumão do meu amigo. A masculinidade dele podia ser menos óbvia, menos escrachada do que a minha, mas estava lá, se apresentando por debaixo do tactel.

Já eu, não podia deixar de pensar que era o oposto: uma fachada de machão, mas com uma vontade insana de ser um putinho submisso por dentro!

Então, da mesma forma que me vi vestindo castidade no espelho naquele dia com a Ju, tive uma outra visão. Era eu na beira daquela mesma piscina, vestindo a roupa do fut: meião, calção, camisa e chuteira. Frada completa!

Estava de joelhos, com a boca aberta, a língua sedenta passando pelos lábios, olhando fixamente para o Bernardo. Ele, com uma cara de mau que eu nunca tinha visto antes, sacava a pica dura da bermuda. Era como eu tinha imaginado: uma rolona enorme, gorda, veiuda. Eu sustentava o olhar pra cima. Sabia que aquele era meu lugar

Eu, o reizinho da facul, o craque do time, de joelhos. Me submetendo ao meu amigo nerd.

“Vem, Thi Thi”, ele me dizia, enquanto segurava meus cabelos, me puxava devagar na direção da virilha dele. Meus lábios se abriam lentamente, certos do seu destino...

Aquela cena, por mais que fosse só imaginação, me deixou atordoado. Foi tão real, tão viva, que parecia quase uma visão do meu futuro, uma certeza do que estava por vir. Meu Deus...o que tava rolando comigo? Precisava me salvar enquanto era tempo!

- BERNARDO, SAI DA MINHA COLA, PORRA!

Quando vi, já tinha feito: meti com força as duas mãos no peito do Bê, fazendo o coitado cair na piscina. Ele mal teve de processar o que tinha acontecido, caindo na água com um “splash” que chamou a atenção da festa inteira.

Sendo sincero? Sei que eu fui babaca. O Bê nunca foi o melhor nadador do mundo, como nossas viagens pra praia já tinham provado. Além disso, os óculos dele acabaram caindo no chão, à beira da piscina. Sem eles, meu amigo não conseguia reconhecer nem a mãe dele. Foi triste de ver: o Bê todo atrapalhado, abrindo os braços como podia, lutando pra não engolir água.

A galera do fut, que não tinha visto nada da nossa conversa tensa e do empurrão, logo correu pra beira da piscina. E, claro, racharam o bico, vendo o nerd esbaforido, quase se afogando. O Thiago de antes teria sido o primeiro a pular na água pra socorrer meu amigo. Mas eu, me descobrindo mais vingativo do que imaginava, não movi um dedo para ajudar o Bernardo. Pior: ainda por cima, me juntei aos risos da galera do fut, que apontavam em direção à piscina e batiam na perna de tanto gargalhar.

No final, o Bê acabou conseguindo chegar na escadinha. Ele foi ajudado pela Andressa, a dona da casa, que já veio trazendo uma toalha, a se levantar e sair da água. A gata passou um esporro tremendo no Otávio e na turma pelo fato da gente ter rido da cara do Bernardo:

– Pô Dessa, foi mal! – o Otávio respondeu, ainda se recuperando da risada – mas qual é minha culpa se o moleque também pede!

Um pouco depois, sentado uma cadeira, já com seus óculos de volta, o Bernardo observava nosso grupo de longe. Ele estava sendo paparicado pelas meninas, que tinham ficado com cheias de pena dele por conta do “acidente”. Mas apesar disso, meu amigo não desgrudava os olhos de onde a gente tava. De mim, na verdade.

Mano..nunca vi o Bê com um olhar daquele antes! Parecia uma nova pessoa, sem nada daquele ar de bonzinho que eu conhecia. Pelo jeito, ele não tinha aberto o bico sobre o que eu tinha feito pra ninguém. Mas aquele olhar fixo transbordava de ódio! “Porra, será que ele vai tentar fazer alguma coisa?”, me perguntei. Alguns minutos depois, fiquei aliviado quando soube que ele tinha ido embora da festa

“Ah, que nada!”. O Bê até podia ter sacado que rolou de suspeito entre mim e o Yuri, mas ele não tinha como saber a história toda. Meu amigo sempre foi medroso: nunca que ele teria coragem de conversar com o Yuri pra tentar conseguir alguma informação! “Tomara que esse susto que eu dei nele faça ele largar do meu pé!”, pensei, torcendo para que aquilo fosse verdade.

Mas ainda sim, não deixava de pensar que tinha coisa ali. Eu podia estar pilotando o churras, como se nada tivesse acontecido, mas não conseguia deixar de ficar me perguntando sobre o tanto que o Bernardo sabia do meu caso com o Yuri”. “Relaxa, Thiago! Tá tudo bem, sem neura”, tentava me tranquilizar mentalmente. “Afinal, o que pode dar de errado?”.

A resposta não demoraria para chegar.

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Eu queria relaxar, mas não conseguia. O primeiro jogo da copinha estava marcado para acontecer em um dia. Toda a facul estaria lá para assistir o nosso time. Sempre ficava nervoso quando a data de uma partida importante se aproximava. Mas daquela vez, eu tava demais. Até o Otávio e os outros caras do time tavam achando que eu tava passando do ponto. “Calma ae, Thi”, meu amigo me dizia, “também não é a copa do mundo!”.

Mas bom, não era sem motivo que eu tava canalizando 200% da minha energia pra essa porra de campeonato. Quanto mais eu pensasse no que rolava dentro do gramado, menos tempo eu teria para pensar em tudo o que me atormentava fora dele…

A Amandinha, que sabia como eu ficava tenso nesses momentos, fazia questão de me acalmar mesmo a quilômetros de distância:

- Gato, isso é coisa da sua cabeça! – ouvia a voz suave dela pelo telefone – até parece que você se esqueceu quem você é, Thi!

- Pô Mands, não sei – falei entrando no vestiário vazio da academia. Naqueles dias, tinha mantido a mesma rotina intensa de treino da minha época “engaiolado”. Sentei no banco, me preparando pra tirar a roupa e tomar uma ducha, antes de voltar pra casa – tô sentindo que não tô no meu melhor ainda...

- Mas como assim, Thi? Aconteceu alguma coisa nesse tempo que eu tô fora?

“Pô gata, se tu soubesse...”, pensei. Em momentos como aquele, sabia que a Amandinha também sacava que tinha alguma parada estranha rolando comigo. Mas apesar de querer desabafar com ela, como eu sempre fazia, não tinha escolha a não ser vago, falando qualquer coisa genérica como “tô sentindo que não tô no meu melhor ainda”.

- Ah, nada demais…tu tem razão, deve ser noia da minha cabeça mesmo…

- Fica tranquilo, Thi. Tenho certeza que você vai arrasar, como sempre! Lembra do que eu te contei, que me apaixonei por você na primeira vez que te vi jogando?

- Claro que eu lembro, gata – ri, todo orgulhoso– meti um gol lindão de cobertura naquela partida!

- Pois é, Thi! E foi nesse dia que eu perguntei pruma amiga quem você era, e ela me falou: “aquele do topete? É o Thiago de economia! Ele é o sonho de todas as meninas da facul”

– Sim gata… e foi nesse dia que você decidiu que iria namorar comigo!

– Isso, Thi! E não é que eu consegui?

Cara, se tem uma coisa que eu não posso reclamar da Amandinha, é que ela sempre sabia como levantar meu ânimo! Claro que ela já te me contado aquela história um milhão de vezes. Mas eu adorava que ela repetisse. Demos risada, lembrando da história de “começo” do nosso namoro. Era tão bom se lembrar daquela época...tempos mais simples, em que minhas únicas preocupações eram jogar bola e pegar mulher!

– Sim, Mands, conseguiu! – respondi já mais leve – bom, tenho que ir agora! Mas a gente se fala mais tarde, beleza?

– Tá bom, gatão... te amo, Thi!

“Também te am…”. Antes que eu pudesse terminar, ouvi um puta barulhão. Era a porta do vestiário se abrindo.

Não precisava nem ver quem tinha chegado para saber quem era:

­– Olha só, o senhor Thiago! – aquela voz profunda do Yuri parecia fazer as paredes do vestiário do tremerem – como tá a namoradinha?

Foi a primeira vez que vi o Yuri desde aquela vez na república dele. Nesse meio tempo em que não nos vimos, me perguntava como seria minha reação quando rolasse nosso reencontro. Uma parte de mim dizia que eu não tinha que ter medo. “Você já viu o Yuri tantas vezes, Thiago”, eu pensava, “por que dessa vez seria diferente?”

Ah, mas era óbvio que seria diferente! Não sei se foi minha imaginação, mas o físico Yuri me pareceu ainda mais imponente do que me lembrava. Apesar do Yuri ser forte pra cacete, ele não era como os outros marombas da academia. Os músculos dele eram definidos, mas sem aquele ar artificial de super-herói da Marvel. Não era um corpo esculpido por estereoides e anabolizantes, mas pela disciplina do dia-a-dia, durante anos de exercício. O Yuri, como eu sabia muito bem, levava uma vida de soldado!

Naquele dia ele usava uma regata que valoriza o peitoral enorme, deixando anda as axilas peludas à mostra. Sem falar naqueles puta brações, com as veias saltadas no tríceps e no bíceps. E bom, quando meus olhos desceram mais um pouco…ah, mano! A pistolona do Yuri continuava bem guardada, marcando em uma calça de moletom indecente.

O Thiago de poucos segundos atrás, que tava saindo com a confiança renovada depois do papo com a minha mina, tinha evaporado. Em choque, eu mal conseguia juntar uma palavra com a outra:

- Oi, Y-Yuri...porra, quanto tempo mesmo! Onde tu tava?

- Ah, tive que viajar por uns tempos, resolver umas paradas – ele me disse, com aquele ar de mistério. Clássico do Yuri – mas voltei a tempo da volta do time do “Thiagão” do futebol...

O Yuri então tirou a regata, revelando aquele corpão que eu conhecia tão bem. A barriga sequinha, os gominhos marcados do abdômen, o V da cintura delineado em forma de seta, o peitoral peludo. Puta que pariu, que vontade de lamber aquele homem inteirinho!

– Ah, você vai assistir o jogo amanhã então?- perguntei, tentando não entregar que fiquei animado com a possibilidade dele ir me ver– nunca te vi na arquibancada antes…

– É Thiago, talvez seja um choque pra você, mas algumas pessoas têm mais o que fazer do que ir em um jogo besta de faculdade – ele me respondeu se olhando no espelho, flexionando os braços – mas quem sabe dessa vez eu não abro uma exceção.

Enfim, ele se virou pra mim. O brilho naqueles olhos negros não escondiam como ele amava me provocar:

– Assim eu mato um pouco da saudade de ver esse rabão quicando!

Ah, mas por que caralhos o Yuri foi falar daquele jeito? Depois daquele tempo todo, ele ainda se achava no direito de falar como se eu fosse a porra de uma garota de programa. Meu corpo reagiu na hora: os pelos da minha nuca de arrepiaram, meus mamilos endureceram por debaixo da camiseta, enquanto senti uma sensação engraçada passando pelo meu cu, como uma coceira, uma piscadela. Ou um desejo desesperado por vara!

– Tá doido, Yuri? – me levantei, fazendo o maior esforço do mundo para manter a pose – já falei que não é pra você falar assim comigo!

– Vish, ainda nessa, Thi Thi? – ele retrucou rindo – caralho, o poder da negação é sinistro mesmo! E outra, tu acha mesmo que eu seria o único cara na arquibacanda que não ficaria de olho na tua rabeta?

Óbvio que não deixei transparecer na hora, mas só de pensar na ideia de outros caras admirando meu rabo durante o jogo fez meu cuzinho piscar de novo!

– Ok, Yuri! – abandonei a ideia de tomar a ducha no vestiário. Peguei minha mochila de academia. Precisava meter o pé – bom te ver!

– Boa sorte com seu joguinho amanhã, Thi Thi… – ele brincou enquanto tirava a calça de moletom, ficando só de cueca. Era uma boxer preta, que deixava o pacotão dele ainda mais sensacional– hmmm, e bom ver que teu amigão não tá te deixando na mão, hein?

Me virei pra baixo. Meu pau tava tinindo de duro, marcando no calção. Onde ficava a cabeça da rola, uma manchinha de pré-gozo aparecia.

Meu, impressionante como eu sempre dava um jeito de passar vergonha na frente do Yuri!

Corri para a saída, ansioso para me ver livre daquela situação. No caminho, quando passei pelo Yuri, baixei a cabeça e fechei os olhos. Fiquei com medo de que se eu visse aquele puta homão, peludo, forte, tão perto de mim, cairia na tentação! Mas mesmo de olhos fechados, o cheiro do Yuri não me escapou. Era absurdo como aquela essência de macho me atraía. Me fazia lembrar as aulas de biologia, em que os animas exalam um cheiro próprio na época de acasalar…

Por pouco, mas muito pouco mesmo, não me joguei nos braços do Yuri ali mesmo.

- Tá chegando a hora da verdade, hein, Thi Thi? – ouvi a voz dele à distância, quando já tinha saído do vestiário.

Tentei apagar aquele encontro na minha mente. Não podia deixar que nada me tirasse o foco do jogo. Mas o meu rival, que era mestre em farejar as minhas inseguranças, tinha razão: a famosa “hora da verdade” tava mesmo chegando!

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O árbitro apitou o fim do primeiro tempo. Comecei a caminhar até o vestiário de cabeça baixa. Não precisava nem levantar o rosto para sentir o clima de decepção que vinha da arquibancada.

Cacete, aquele primeiro tempo foi uma merda!

Fazia tempo que não passava por aquilo. Não é o time tivesse ruim, pelo contrário. Toda a equipe tava jogando exatamente como tinha que jogar: defesa fechadinha, meio-campo articulado. Mas mesmo assim, a gente tinha levado três gols do time adversário. E quando a equipe mais precisava que o ataque funcionasse, como é que eu tava? Meu Deus… era só eu tocar na bola que um desastre acontecia. Nenhuma das jogadas que eu pensava funcionava. Meus chutes a gol, então, foram um mais ridículo que o outro. Sem falar na porra dos zagueiros do outro time: uns puta de uns armários, que me aniquilavam na bola dividida!

– Porra, Thi! O que tá rolando? – o Otávio logo veio reclamar comigo depois do fim do primeiro tempo – tá com a cabeça na lua, irmão?

Mesmo o Otávio, que sempre costumava ser um dos caras mais tranquilões do time, parecia estar nervoso com um desempenho tão ruim meu. E ainda mais depois de eu ter passado todas aquelas semanas treinando! Sem falar que como capitão do time, todo mundo ali me tinha como referência. Se eu me mostrasse perdido, como é que eu conseguiria inspirar ânimo na galera?

Mas bom… era foda focar no jogo quando minha cabeça voava para longe do gramado! Desde o meu reencontro com o Yuri, não conseguia pensar em outra coisa. Minha sede por sexo - mas não por qualquer sexo, e sim por aquele que o Yuri tinha me apresentado, forte, intenso, misterioso- só aumentava, me devorando por dentro. Não restava energia para mais nada. Durante o jogo, às vezes procurava por ele nas arquibancadas, esperando que tivesse mudado de ideia e ido me assistir. Nem sinal. Mas por mais que não achasse o Yuri, ainda sim, por algum motivo, sentia que aqueles olhos de diabo dele acompanhavam cada passo meu em campo:

– Pô, Thi, diz aí o que tá pegando! – o Otávio insistia que eu respondesse. Já esperava que no vestiário todo o time faria perguntas daquele tipo.

– Não se, velho! – rebati irritado, sabendo que não iria conseguir falar a verdade – hoje não tá encaixando, sei lá!

Antes de entrar no vestiário, passamos em uns banquinhos onde a gente deixava os celulares. Nunca gostei de usar o celular durante uma partida, mesmo durante o intervalo. Mas, daquela vez, esqueci desse hábito e resolvi checar minhas mensagens, esperando que aquilo fosse me distrair da tragédia que tinha rolado em campo.

Tinha algumas da Amandinha, outras da Ju. Mas uma delas, a mais recente, tomou toda a minha atenção:

“Capitão! Passa aqui no quartinho nos fundos do campo onde vocês guardam as bolas ”

Ah, era ele! Bizarro como o Yuri parecia ler minha mente. Ele que era o verdadeiro jogador de futebol, sempre sabendo antecipar cada jogada minha!

“Yuri, tô no intervalo. Não dá tempo”. Estava explodindo de vontade de ver o cara, mas meu autocontrole ainda conseguiu falar mais alto. Pelo menos por uma última vez,

A resposta foi rápida:

“Então você tem que fazer valer a pena”

E logo depois:

“15 minutos, campeão. É agora ou nunca”

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Espero que tenham curtido! Para os fãs da saga do Eduardo: mal a demora, mas é que estou trabalhando ainda na continuação! Vou dar um gás aqui para ver se não demora muito pra sair :)

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Comentários

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Um conto mais foda que o outro! O foda são os intervalos entre os contos e séries, dois meses em cada série. Em tempos de stream, controlar a ansiedade por continuação é foda. De todo modo, parabéns pela escrita! 👏🏼

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Preciso do Bernardo comendo o Thiago de cintarralho,os dois de castidade

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Que fdp esse cara do plágio! Pqp!

E muito incrível esse capítulo, Rafa!! Quero muito ver o que aguarda o Thi nesse quartinho heheheh

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