Amor Em Família- Prólogo - Capítulo 1: O Protagonista

Um conto erótico de Allan Grey
Categoria: Heterossexual
Contém 1474 palavras
Data: 07/09/2025 12:24:38

Capítulo 1: O Protagonista

Acordei com aquele peso clássico no peito. Vinte anos. Vinte. Uma idade que, teoricamente, já deveria ter me transformado em... sei lá... alguma coisa além desse rascunho confuso de homem que eu sou.

Virei no colchão, olho pro teto, suspiro. Minha cama range. Claro, até ela me julga. E, pra variar, meu pau acordou antes de mim. Erguido. Firme. Ostentando aquele desprezo silencioso pelo fato de, até hoje, ninguém além da minha mão conhecê-lo intimamente.

Parabéns pra mim.

Sabe quando a vida parece um grande meme de "expectativa vs realidade"? Então. A expectativa era ser aquele cara. Descolado, seguro, que coleciona histórias e corpos como quem coleciona ingressos de shows. A realidade? Bom... filho de mãe superprotetora, criado sem referência masculina, emocionalmente tão funcional quanto um Windows XP em 2025.

Levanto. Espelho. Não vou mentir, sou bonito. Na medida certa. Magro, definido, com aquele cabelo bagunçado que grita "não ligo", mas que na verdade é puro esforço para parecer casual. Visto minha samba canção verde-água com estampas de flamingos rosas — um clichê que complementa desse esforço de parecer despretensioso.

Mas... tem sempre esse maldito "mas". O olhar. Tem algo no meu olhar que me entrega. Algo entre timidez e... sei lá... uma malícia que não sabe se assume ou se foge. Talvez seja reflexo da bagunça que virou minha cabeça desde que meu pai nos deixou. Sim, aquele mesmo que largou a gente pra viver com a amante — que, ironicamente, virou minha madrasta. Cresci sem saber muito bem como funciona esse jogo entre homens e mulheres. Sem referência. Sem manual. E, cá entre nós, tô sempre na dúvida se avanço... ou se corro.

Deitei na cama e abri o Instagram. Vai que, agora com vinte anos, minha sorte começa a mudar, né? Penso que, talvez, alguma alma bondosa do universo — ou do meu feed — finalmente se compadeça da minha situação lamentável e resolva me ajudar a consertar esse déficit.

O algoritmo, claro, sabe exatamente como me torturar. O primeiro story? Alice. Filha da minha madrasta. De biquíni, minúsculo, branco, quase transparente de tão molhado. Senti um nó no estômago só de ver.

Ela estava sentada na borda da piscina, uma perna cruzada sobre a outra, exibindo aquele quadril largo que desenha a cintura fininha, perfeitamente moldada como se alguém tivesse esculpido. Minha garganta secou. A pele clara, reluzindo sob o sol, contrastava com o cabelo loiro platinado, longo e ondulado, que escorria encharcado, grudando no colo e deslizando pelos seios médios, bem desenhados, que pareciam ainda mais empinados pela posição. Porra.

E aquele rosto... olhos azuis hipnóticos, sorriso torto, malicioso, de quem sabe exatamente o efeito que causa. Lábios finos, perfeitamente delineados, mordidos no canto como se dissesse 'Eu sei que você tá me olhando'. E eu? Fingindo que não percebo a ereção ficando mais teimosa, quase latejando de tão evidente.

E é aí que me pego pensando — seria, no mínimo, uma baita ironia da vida se, depois de vinte anos de seca, eu perdesse a virgindade justamente com uma gostosa como Alice. Mas, claro, eu sei que isso não vai acontecer. É muita areia pro meu caminhãozinho. E, além de tudo, tem aquele pequeno detalhe chamado trauma: ela jamais ficaria com o filho do homem que destruiu a família dela.

Rolei mais. E lá estava ela. Marcelinha. Minha prima. Quase uma versão mais jovem da mãe dela — Márcia —, só que com aquele olhar que mistura insegurança e provocação. O short jeans, absurdamente curto, parecia mais uma faixa de tecido agarrada naqueles quadris largos e coxas torneadas, lisas, bronzeadas, que pareciam até brilhar sob a luz do espelho. O top branco colado marcava não só o volume dos seios médios, bem desenhados.

A câmera estava posicionada levemente de baixo pra cima, acentuando ainda mais o arco da cintura, que afinava de um jeito quase irreal antes de abrir no quadril perfeito. Ela mordia o canto do lábio, segurando o celular com uma mão, enquanto a outra pousava na lateral da coxa, os dedos deslizando de forma tão natural quanto provocante. O olhar? Meio desafiador, meio perdido, como quem não sabe se quer ser desejada ou dominada.

Aquela pele lisinha, dourada, praticamente implorando pra ser tocada. O cabelo curto, no corte Chanel com franja, dava a ela um ar de menina rebelde, atrevida, que finge não saber o próprio poder, mas usa ele de maneira quase instintiva. As pernas, longas, firmes, cruzadas de um jeito que fazia o short subir ainda mais, quase revelando o que, tecnicamente, deveria continuar escondido.

Meu coração disparou. Meu pau pulsou. E, naquele segundo, toda e qualquer noção de certo ou errado virou pó.

— Cá entre nós… — continuei, mordendo o lábio inferior — você seria uma ótima candidata, prima. Afinal… proximidade a gente tem, né? Intimidade, então, nem se fala.

Sempre rolou aquele… climazinho. Só que, sei lá, eu sempre hesitei. Primos, né? Meio esquisito… ou pelo menos parecia esquisito. Mas… dado o nível de desespero, sinceramente? Foda-se.

Sim, eu sei. É errado. É doentio. É surreal. E, adivinha? É exatamente isso que me excita.

Desci a mão. Lento. Segurei na base. Quente. Latejando. Fechei os olhos e deixei minha cabeça fazer o que ela faz de melhor: me sabotar.

Pensei na Alice mordendo o lábio, passando a mão pelos próprios seios, arqueando as costas na borda da piscina, olhando diretamente pra mim. Depois, sem nenhum controle, Marcelinha surge, empinada, olhando por cima do ombro, rindo com aquele ar de "acha que não sei o efeito que causo?".

Minha mão já tava ritmada. Apertando. Subindo. Descendo. A respiração ficou pesada. O corpo inteiro tensionado. O quarto, quente. Meu corpo, mais ainda.

E, no ápice daquele momento em que eu tava prestes a gozar, aconteceu.

— Miguel?!

Parei. Congelei. Minha mão segurando o pau, o corpo travado, o cérebro recusando processar qualquer coisa além da palavra que eu acabei de ouvir.

Devagar. Muito devagar. Virei o rosto.

Ela tava na porta.

Marta.

Minha mãe.

Ela segurava uma cesta — provavelmente com roupas limpas e passadas — e o olhar dela... Deus. Aquilo não era só surpresa. Era choque, confusão e... mais alguma coisa. Algo que eu não consegui decifrar. Algo que queimou no meu estômago de um jeito estranho. Perigoso.

Ela não disse nada nos primeiros segundos. Só ficou ali. Olhando. A boca semiaberta, como se as palavras estivessem empacadas na garganta. O olhar desceu. Sim, ela olhou. Rápido, mas olhou. Como se o cérebro dela se recusasse a processar, mas os olhos não tivessem recebido o memorando.

O silêncio era sufocante. Eu devia ter coberto. Devia ter... sei lá... feito qualquer coisa. Mas não. Fiquei parado. Como se minha própria vergonha tivesse sido desconectada do corpo.

Ela pigarreou. Seco. Quase cortando o ar.

— Eu... eu ia... — balançou a cabeça, piscando rápido — ia te dar os parabéns.

Ela colocou a cesta na cômoda, evitando — ou tentando evitar — olhar pra mim de novo. Mas a cada desvio de olhar, parecia que ela se traía. Como se, sem querer, os olhos dela voltassem exatamente pro mesmo lugar.

— Achei que... que ainda estivesse dormindo — a voz dela saiu mais baixa. Quase um sussurro. E, juro, tinha um tremor ali que não combinava com bronca. Não parecia raiva. Parecia... outra coisa.

O clima era irreal. Meu pau... ainda meio duro. Minha mão... ainda meio posicionada, meio perdida. Meu corpo... queimando. Mas não de vergonha. Não só. Tinha outra coisa. Algo que eu nunca senti na vida. Algo que me arrepiava, mas não do jeito certo. Ou talvez fosse exatamente do jeito certo.

Ela respirou fundo, ajeitou o cabelo atrás da orelha, cruzou os braços. A blusa verde que ela usava, meio solta, deixava escapar o contorno dos seios. E, pela primeira vez na vida, eu percebi. Eu vi.

— Toma um banho... — disse, mas soou mais como um pedido do que como uma ordem. — Depois... depois a gente conversa.

Virou. Saiu. E deixou a porta encostada.

Fiquei alguns segundos ali. Parado. O peito subindo e descendo, como se eu tivesse corrido uma maratona. A mão tremendo. A cabeça? Um completo caos.

O que foi isso?

Juro... eu queria me enterrar de vergonha.

O dia do meu aniversário mal tinha começado. E eu já sabia. Nada — absolutamente nada — na minha vida ia ser como antes.

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