Fazia algumas semanas desde a última vez que Lorenzo tinha aparecido nos jogos do time. Desde aquela noite no apartamento de Bruno, com Ricardo e Tiago, ele havia se afastado, ocupado com faculdade e outras aventuras. Mas a saudade do amigo o trouxe de volta.
O campo estava animado, risadas e provocações de sempre. Bruno, suado e ofegante, sorriu ao ver o loiro encostado na grade, acenando.
— Olha só quem resolveu dar as caras.
— Correria, muita coisa na faculdade — Lorenzo riu, ajeitando o cabelo loiro. — Mas sabe como é, não dá pra ficar muito tempo longe.
Tiago e Ricardo, que estavam ao lado de Bruno riram, cumprimentando Lorenzo.
No intervalo, os demais rapazes brincaram com o aparecimento de Lorenzo, já que não o via a um tempo. Alguns provocaram:
— Sumiu, hein! Aposto que arrumou outro time pra ir ver o jogo.
— É… não quis mais saber da arquibancada – outro falou
Lorenzo respondeu com aquele sorriso malicioso:
— Vocês não fazem ideia da correria. Único jogo que vale a pena aqui é o de vocês, meninos.
As risadas se espalharam, mas o olhar dele não estava focado em nenhum dos velhos conhecidos. Foi então que percebeu o homem novo.
Alto, 1,87, pele bronzeada, corpo definido com pelos discretos marcando o abdômen. Estava sentado, enxugando o suor com a camiseta erguida, revelando a barriga firme. O contraste entre a seriedade do rosto e o corpo de atleta chamou atenção de imediato.
Lorenzo se aproximou de Bruno e, em tom baixo, perguntou:
— Quem é o cara novo?
Bruno riu, balançando a cabeça.
— Já sabia que você ia reparar. Esse é o Bernardo. Advogado, amigo de um dos rapazes daqui. Começou a jogar faz umas duas semanas… e joga bem, viu?
Lorenzo mordeu o lábio, o olhar ainda fixo.
— Advogado, é? Alto, gostoso, cara séria… perigoso.
Bruno arqueou a sobrancelha.
— Melhor nem tentar, Lorenzo. Esse aí é hétero até demais.
O loiro riu, provocativo.
— Ninguém é 100% hétero, Bruno. Não quando a pessoa certa aparece pra provocar do jeito certo.
Bruno deu um tapa leve no ombro dele, rindo junto.
— Você não presta.
Lorenzo não respondeu. Apenas manteve os olhos em Bernardo, observando cada movimento, sem parecer oferecido. Apenas encarava, como quem analisa, como quem provoca em silêncio.
O jogo terminou e os jogadores se reuniram, ainda rindo, trocando brincadeiras. Enquanto falava com os rapazes, não escondia o olhar para Bernardo, que se afastava devagar, limpando o rosto com a camisa. O abdômen suado brilhou sob a luz fraca do campo. Ele ergueu os olhos por um instante, cruzou o olhar com Lorenzo, e depois saiu em direção ao vestiário sem dizer uma palavra.
Lorenzo suspirou, mas não demonstrou frustração. Saiu junto com Bruno, e no estacionamento, como sempre, as provocações viraram mais. Dentro do carro, os dois se agarraram, matando a saudade de um jeito rápido, intenso, como se o campo tivesse reacendido algo.
Nas semanas seguintes, Lorenzo voltou aos jogos. Mas agora, um detalhe havia mudado: seus olhos buscavam sempre o mesmo homem. Bernardo. Não havia pressa, nem abordagens diretas. Apenas olhares longos, fixos, que não pediam desculpa.
Bernardo parecia perceber, mas não reagia. Se limitava a manter a seriedade, focado no jogo, e Lorenzo continuava, semana após semana, testando os limites.
No terceiro jogo, Lorenzo chegou animado, mas notou que Bernardo não estava em campo. Ficou sentado num banco de concreto ao lado da quadra, um pouco frustrado. Ficou ali, observando os passes, o barulho da bola, o suor dos jogadores.
Foi então que sentiu a sombra se aproximar. Olhou para o lado e lá estava ele. Bernardo. O moreno se sentou ao lado, a toalha sobre o ombro, respiração pesada.
— Tá me procurando? — perguntou, em tom baixo, quase despretensioso.
Lorenzo arregalou os olhos, surpreso, mas logo deixou o sorriso de canto aparecer.
— Claro que tô. Sem você o time fica sem graça. Não é todo dia que se encontra um homem gato como você por aqui.
Bernardo riu, balançando a cabeça.
— Você não perde tempo mesmo, né?
— Não costumo. — Lorenzo respondeu rápido, olhando nos olhos dele.
O advogado respirou fundo, ainda com o sorriso discreto.
— Eu percebi os olhares, carinha, não vou mentir. Mas eu sou hetero. Não tenho interesse em homens.
Lorenzo inclinou o corpo levemente para frente, os olhos brilhando com malícia.
— Você pode repetir isso mil vezes, gatinho… mas seu jeito já me contou outra coisa.
Bernardo riu mais alto dessa vez, passando a mão no cabelo suado.
— Você é impossível.
— E você está gostando disso. — Lorenzo completou, sem piscar.
O silêncio que se seguiu não foi desconforto, mas tensão. Bernardo, apesar da firmeza, parecia se divertir com o jogo. O sorriso dele, contido, era a prova de que as provocações de Lorenzo não estavam passando despercebidas.
Na semana seguinte, durante o intervalo do jogo, Lorenzo comentou em voz baixa só para ele:
— Esse short não ajuda, viu? To babando só de olhar pra você com ele.
Bernardo riu, balançando a cabeça, mas não escondeu o olhar rápido que escorregou até a bunda empinada de Lorenzo dentro do short colado. O loiro percebeu e sorriu de canto, satisfeito.
Na outra semana, depois do jogo, foram para um barzinho. Mesas cheias, pagode rolando, cerveja gelada. Lorenzo se sentou ao lado de Bernardo e aproveitou a distração dos outros para provocá-lo.
— Vai continuar bancando o durão? — sussurrou. — Porque eu vou acabar desistindo.
— Já falei, não gosto de homem. — Bernardo respondeu seco.
— Então por que ficou encarando minha bunda hoje? — Lorenzo rebateu, sem piedade.
O advogado se engasgou, desviou o olhar e tomou outro gole de cerveja sem responder. Lorenzo riu baixo.
— Relaxe, doutor. Ninguém precisa saber de nada. Vai ficar só entre nós.
Bernardo pigarreou, tentando manter a pose.
— Quem disse que vai acontecer alguma coisa?
— Eu disse. — Lorenzo sorriu. — Você tá com cara de quem precisa de ajuda pra relaxar… e eu sou a pessoa ideal pra isso.
Bernardo ficou em silêncio, os dedos batendo no copo de vidro, o rubor discreto denunciando a fraqueza.
— Vou embora. Vou estar no carro na esquina. Você pode ir me encontrar em cinco minutos e jorrar todo esse leite dentro da minha garganta, tudo no sigilo, ou pode ficar aí remoendo a vontade que tá de me foder – Falou no ouvido dele.
Lorenzo se levantou, se despediu dos rapazes e saiu sem olhar para trás.
O tempo parecia arrastar. Mas poucos minutos depois, Bernardo apareceu. Entrou no carro sem jeito, colocando a bolsa no banco de trás. Não disse nada.
Lorenzo ligou o carro, deslizando a mão pela coxa dele.
— Relaxa, doutor. Aqui a gente começa leve.
Dirigiu por poucos minutos até estacionar num canto escuro perto da quadra. O silêncio só foi quebrado quando a mão de Lorenzo entrou pelo short folgado e segurou o pau quente e pesado. Bernardo suspirou fundo, já duro, incapaz de disfarçar.
— Tá vendo? Nem começamos e você já tá duro..
Bernardo fechou os olhos por um instante, como se lutasse contra si mesmo. Mas não afastou a mão.
Lorenzo riu baixo, puxando o elástico do short e soltando o membro para fora.
— Caralho, doutor… isso aqui merece atenção especial.
Mesmo suado do jogo, Lorenzo não hesitou. Se inclinou, encostando os lábios e, em segundos, engoliu o *** todo, sugando com vontade.
Bernardo ofegou, a mão indo instintivamente à cabeça dele, mas recuando em seguida, como se ainda tivesse medo de assumir o prazer.
— Puta que pariu… — murmurou baixo, já sentindo a respiração acelerar.
A cada movimento, o advogado relaxava mais. A rigidez inicial cedia, substituída pela excitação crescente. O corpo respondia sem resistência, cada vez mais ereto, cada vez mais entregue à boca quente e molhada de Lorenzo.
No silêncio da rua escura, apenas os gemidos contidos e o som da mamada preenchiam o ar. Bernardo, nervoso no começo, agora se deixava levar, como quem finalmente aceitava a provocação que vinha negando por semanas.
Bernardo passou a mão na alavanca ao lado do banco e o reclinou até quase deitar. O corpo relaxado se espalhou no assento, mas o olhar fixo em Lorenzo denunciava a mistura de medo e desejo.
O loiro não perdeu tempo: continuou lambendo e sugando cada centímetro do *** grosso e quente, a boca trabalhando firme, arrancando gemidos baixos do advogado. O tempo parecia suspenso ali — só a respiração ofegante, o som molhado e o carro embebido em tensão.
Bernardo fechou os olhos, deixando o prazer tomar conta. As mãos fortes, antes tensas, finalmente deslizaram para a cabeça de Lorenzo, enroscando-se nos fios loiros. Com um movimento mais decidido, segurou firme e empurrou, fazendo o mastro grosso sumir garganta adentro.
Lorenzo deu uma leve engasgada, os olhos lacrimejando, mas não recuou. Quando Bernardo puxou de volta, o loiro recuperou o ar, soltando um riso rouco, quase desafiador, antes de se abaixar de novo.
— Isso… — Bernardo murmurou, a voz grave, já sem resistência. — Continua… não para.
E Lorenzo não parou. A boca quente o engolia com força, o vai e vem ritmado ficando cada vez mais intenso. Bernardo arqueava o quadril, gemendo baixo, até que a tensão acumulada não pôde ser contida.
Com um gemido arrastado, segurou firme nos cabelos de Lorenzo e gozou fundo, enchendo a garganta dele. O loiro engoliu sem hesitar, sugando até a última gota, antes de limpar o membro com a língua, lento, provocador.
Bernardo respirava pesado, suado, o corpo ainda estremecendo. Lorenzo sorriu de canto, guardando o membro dentro do short do advogado com um cuidado quase carinhoso.
— E aí, doutor? — disse em tom provocativo. — Vai dizer que não gostou… ou vai admitir que acabou de relaxar de um jeito que mulher nenhuma ia conseguir te dar?
Bernardo fechou os olhos por um instante, tentando recuperar a calma, mas o sorriso discreto que surgiu nos lábios entregava tudo.
— Você venceu, moleque… — murmurou, olhando de lado. — Foi a melhor mamada da minha vida.
Lorenzo inclinou a cabeça, os olhos brilhando de malícia.
— Ainda tô com tesão...puta merda — Bernando admitiu.
O loiro sorriu, satisfeito.
— Então continua. Eu não vou te forçar a nada, gatinho. Só me diz o que quer fazer.
Bernardo suspirou, sério.
— Não vou em motel e moro muito longe daqui.
— Tudo bem. — Lorenzo respondeu, firme. — A gente pode ir para o meu apartamento. O importante é você querer.
Bernardo assentiu, mas evitou encará-lo. O silêncio ficou pesado, a respiração dos dois preenchendo o carro parado. Lorenzo então passou a mão devagar pelo rosto dele, obrigando-o a levantar o olhar. — Mas antes… — murmurou, hesitando. — Eu quero uma coisa.
— O quê? — Arqueou a sobrancelha.
— Um beijo. — respondeu de forma direta, quase seca, como se fosse difícil admitir.
Bernardo arregalou os olhos por um instante. — Um beijo?
— É. — Lorenzo sorriu. — Se já provei você de um jeito, quero provar por completo.
O advogado hesitou. Desviou os olhos, respirou fundo, mas as mãos nervosas denunciavam o conflito. Lorenzo não recuou. Ficou ali, próximo, a respiração quente misturando-se à dele.
Depois de alguns segundos que pareceram eternos, Bernardo ergueu a mão e a passou pelo rosto de Lorenzo, como se buscasse permissão. E então, num impulso, cedeu.
O beijo começou tímido, inseguro, mas bastou Lorenzo abrir um pouco mais os lábios para que Bernardo perdesse a linha. Agarrou a nuca do loiro e puxou-o com força, a língua invadindo, faminta. O ar do carro ficou pesado, abafado, cheio de suspiros.
Quando se afastaram por um instante, Bernardo estava ofegante, os olhos ainda arregalados.
— Caralho… isso é errado.
Lorenzo riu baixo, mordendo o lábio inferior dele.
— Errado é você fingir que não queria.
Bernardo não respondeu — apenas voltou a ceder quando Lorenzo o puxou de volta, com ainda mais força.
O carro parou na garagem do prédio de Lorenzo minutos depois. Eles subiram sem trocar muitas palavras, apenas beijos apressados e mãos que não se desgrudavam. Assim que a porta do apartamento se fechou, a sala virou palco da entrega: camisas puxadas, cintos desfeitos, a respiração quente misturada a risos nervosos.
Bernardo ainda parecia um pouco tímido, tentando não pensar demais no que estava prestes a fazer. Mas cada vez que Lorenzo grudava os lábios nos dele, o corpo respondia sozinho, esquecendo de resistir.
Foram tropeçando entre beijos e roupas caindo pelo chão até chegarem ao quarto. Lorenzo o empurrou levemente sobre a cama, fazendo-o deitar. O corpo bronzeado do advogado se revelou por completo, nu, ainda tenso, como se não acreditasse no que estava acontecendo.
Lorenzo subiu por cima dele, apoiando as mãos firmes no peito largo. Olhou nos olhos dele e sorriu de canto.
— Relaxa, doutor. Aqui ninguém precisa saber de nada. Vai ficar só entre a gente.
Bernardo respirou fundo, fechando os olhos. Quando voltou a abri-los, já não havia mais resistência — apenas desejo.
O loiro guiou o momento, encaixando devagar, deixando o advogado entrar. Um gemido rouco escapou de ambos, e Lorenzo passou a sentar lentamente, rebolando no ritmo certo, os olhos semicerrados de prazer.
Bernardo não aguentou muito tempo passivo. Segurou forte na cintura dele e começou a possuir com intensidade, o quadril subindo com força, cada estocada mais funda. Os gemidos ecoaram pelo quarto. Mordidas no ombro, tapas na bunda, puxões de cabelo — o advogado parecia liberar, de uma vez, tudo o que vinha reprimindo.
Lorenzo se arqueava, provocando ainda mais, gemendo alto a cada investida.
— Isso… é assim que eu quero. — murmurava, incentivando.
O clímax chegou bruto. Bernardo segurou a cintura de Lorenzo com firmeza e gozou fundo dentro dele, o corpo inteiro tremendo de prazer. Lorenzo caiu ao lado, ofegante, suado, o coração disparado.
O silêncio durou alguns segundos, até que Bernardo soltou uma risada baixa, quase incrédula.
— Foi a maior loucura que eu já fiz. — confessou, olhando para o teto. — Eu nunca nem tive curiosidade por homem… mas você… é um demoninho cara.
Lorenzo riu, virando o rosto para ele, os olhos ainda brilhando de malícia.
— E agora que eu despertei, doutor… não vai ter mais volta.
Bernardo sorriu de canto, sem negar, apenas deixando o silêncio responder por ele.