EP 7 - Sorveteria

Um conto erótico de Gabriela
Categoria: Crossdresser
Contém 1217 palavras
Data: 08/09/2025 01:24:09

O ardor da urtiga ainda queimava entre minhas pernas quando o carro parou em frente à sorveteria. Eu já sentia o sal da água seca sobre a pele, a areia que raspava cada dobra, e agora o pano fino do biquíni rosa, encharcado, transparente, marcando a jaula de metal presa no meu pau como se fosse um enfeite vergonhoso.

— Ainda bem que trouxe um biquini reserva, sabia que ia ser mal criada, errei ao te dar liberdade tão cedo. Agora vamos lá no banheiro se trocar – falou pegando uma sacola de marca no porta luvas.

A voz dele cortou o ar. Não havia discussão.

Desci. O vento bateu, gelado, grudando ainda mais o tecido na minha pele. Eu sabia que qualquer um que olhasse veria, não só a jaula, mas o quanto eu já não era mais nada além dela.

A sorveteria estava lotada. Crianças correndo com casquinhas, casais dividindo milk-shakes, idosos olhando o mar pela vidraça. Eu, de biquíni fio-dental, pés sujos de areia, e um queimor que me fazia tremer, era o erro no quadro.

— “Anda, Gabriela. Hoje é dia de sorvete.”

Ele falou como se fosse uma dádiva. Um prêmio!

-Ela pode ir no banheiro se trocar? Enquanto escolho um picolé?

O senhor que atendia o balcão assentiu. Então ele me alcançou a sacolinha e disse

-Se limpa bem.

No momento entendi a mensagem, era pra eu ir aliviar a agonia.

Entrei no banheiro masculino, esquecendo de minha condição, ao entrar na cabine, percebi que para mijar teria que sentar, então o fiz, ao abrir a sacolinha tinham paninhos umedecidos e um biquíni igual o outro, mas branco.

Me limpei com muita agonia e dor, com cuidado consigo aliviar um pouco aquela sensação horrível.

Então ouvi alguém entrando

-Gabriela?

-Oi, estou aqui- falei tentando não demonstrar o medo na voz.

-Abre a porta.

Abri

Está queimando ainda? Falou com aquele sorriso malicioso

Um pouco senhor.

-Touxe um alívio, abre as pernas!

Não exito, sabia que seria pior. Ele pega seu picolé de limão, morde, da uma pequena mastigada, o suficiente para triturar, puxa meu biquíni para baixo e da um cuspe.

Senti um imenso prazer e alívio, o que deve ter transparecido em meu rosto.

-viu, nem sou tão mal. Vamos lá aproveitar.

Só que eu sabia: todo presente dele vinha embrulhado em humilhação.

Voltamos e então percebi que estava bem movimentado, alguns olhares se virarem. O casal na fila me encarou, cochichando. Uma mãe tampou os olhos do filho, tarde demais. O biquíni certamente estava transparente pensei.

Ele caminhou até uma mesa no centro e sentou.

— “Vai até o balcão, pede um cascão. Duas bolas. Cobertura de leite condensado.

O balcão era alto. Tive que me esticar para falar com o atendente, sentindo o biquíni subir mais.

— “Um cascão… duas bolas de chocolate…”

O atendente olhou pra mim, olhou pra baixo. O sorriso dele tinha deboche.

— “Quer com calda?”

Eu hesitei.

— “S-sim…”

Ele pegou a casquinha, colocou a primeira bola. Depois outra. As duas redondas, grandes, equilibradas uma sobre a outra, como uma piada pronta. Derramou calda grossa, branca, escorrendo pelas laterais.

— “Aqui está, senhora.”

Voltei para a mesa, tentando manter a mão firme.

Ao entregar a ele, me disse

— Ajoelha. - apontando para o lado da cadeira.

Eu parei.

— “Aqui?”

Ele sorriu, aquele sorriso que não deixava espaço pra dúvida. Pegou o pequeno lixo de mesa, cheio de guardanapos sujos e restos de sorvete, e virou no chão. “Sem querer”.

Guardanapos molhados, casquinhas quebradas, um restinho de milk-shake grudando no azulejo.

— “Aqui.” ele repetiu.

— “Ou prefere lamber o chão pra limpar primeiro?”

Ajoelhei. O chão estava frio, pegajoso. Sentia os respingos sujos nas canelas, o azulejo grudando na pele.

Foi impossível não ver.

A bermuda dele estava larga, e ele não usava cueca. Ao me inclinar, meus olhos caíram direto ali, no volume que escapava pela abertura do tecido.

Eu nunca tinha visto.

E agora, ajoelhada, a visão me paralisou.

O pênis do meu Dono.

Pesado, grosso, pendendo como uma sentença. A glande rosada, quase brilhante, com uma veia grossa descendo pela lateral. O cheiro quente de homem subiu, misturado com o sal do mar e o suor.

Meu corpo reagiu antes de eu pensar.

Um calor vergonhoso subiu pelo peito. Uma pressão latejou contra a gaiola. A dor do metal apertando meu pau minúsculo foi como um lembrete cortante: eu nunca teria aquilo. Nunca sentiria aquilo. Nunca seria digna daquilo.

Tentei desviar o olhar, mas não consegui.

Era um altar.

Eu, de joelhos, olhando para o único deus que me restava.

Ele percebeu.

Claro que percebeu.

— “Não adianta olhar, cadela,” ele disse, a voz baixa, venenosa.

Apontou com o dedo para o ferro da gaiola. “Isso aqui… não deixa. Nem vai deixar.”

E só então encostou o cascão nos meus lábios, como se fosse uma bênção invertida.

A primeira bola de chocolate derretia, escorrendo. Ele inclinou mais, e o sorvete caiu no meu queixo, pingando no peito, descendo até a jaula. O frio do sorvete me dava prazer

— tenta não tremer tanto, parece que vai gozar só com chocolate.

Ele fez questão de falar mais alto:

A segunda bola começou a ceder. Ele empurrou o cascão inteiro contra a minha boca. Sorvete sujou meu nariz, entrou nos cantos, escorreu pelo queixo. Um fio grosso desceu pelo meu peito até o biquíni, manchando o branco com marrom.

Ele pegou um guardanapo, fingiu secar, e jogou o papel sujo no meu peito.

— Se lambuza. É pra isso que serve.

Alguém riu alto atrás de mim. Um adolescente pontou:

— “Mãe, por que ela tá no chão?”

— Porque algumas pessoas… gostam de se comportar assim - a mãe disse, seca, tentando esconder o constrangimento.

-Vamos embora, já foi útil!

Os rottweilers, presos perto da porta, latiam, farejando o cheiro do sorvete e de mim Mesmo de longe.

— Nem os cães acreditam que você está aqui lambendo isso enquanto eles esperam lá fora. - ele disse, mordendo um pedaço da casquinha e deixando cair os farelos na minha testa.

Eu só conseguia pensar no sorvete gelado no meu clitóris.

Ele filmava. Não escondia. O celular apontado para mim, para a boca lambuzada, para o peito sujo, para a jaula manchada de calda.

— Sorria pra câmera, Gabriela. O grupo inteiro vai adorar ver isso.

A humilhação não estava só nos olhares. Estava no barulho do sorvete pingando, no cheiro doce misturado ao sal do suor, no riso contido dos outros clientes, no azulejo sujo grudando nos meus joelhos.

Ele terminou o cascão, mastigando devagar. Olhou para mim como se estivesse entediado.

— pode levantar. Vai pagar a conta.

Levantei com dificuldade, as pernas trêmulas, os joelhos vermelhos. Fui até o caixa, sorvete escorrendo entre os seios, a jaula aparecendo por baixo do biquíni transparente.

Entreguei o dinheiro.

O atendente, segurando o riso, perguntou:

— “Vai querer notinha, senhora?”

Antes que eu pudesse responder, o Dono disse em voz alta, cortante:

— Não precisa. Qualquer erro no pagamento, depois desconto nela.

E a sorveteria inteira ouviu.

Saímos da sorveteria e o ar da rua parecia mais frio, cortante. Ele pegou as guias, e fomos até o carro.

O sorvete ainda escorria por minha pele, misturado com suor do prazer.

Espero que tenham gostado, demorei pra continuar, mas tentarei ser mais assídua nos textos, meus Reis.

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