Por causa do Rex

Um conto erótico de Rick
Categoria: Heterossexual
Contém 3362 palavras
Data: 08/09/2025 04:09:50
Última revisão: 08/09/2025 19:04:22

Eu não conseguia prestar atenção na aula, só pensava no Rex, meu dog, um vira-lata puro sangue, que eu havia resgatado de uma queimada na mata, perto do “point” onde eu costumava surfar, junto com sua mãe e outros cinco filhotes, cinco anos atrás.

Meus amigos me chamaram de louco, quando eu calcei o tênis me enrolei numa toalha e entrei no meio do fogo para retirar os bichinhos, mas eu não podia suportar aqueles chorinhos, e os ganidos da mãe. Consegui enfiar os cinco num saco, e a mãe veio atrás de mim, levei todos para uma veterinária amiga, que costumava resgatar animais de rua, tratar e deixar para adoção, ela atestou que estavam bem, sem queimaduras, nem problemas aparentes, mas eram muito pequenos e ainda nem desmamados.

Voltei algumas vezes, para ver como estavam, a mãe sempre vinha fazer festinha, e o Rex, o mais espevitado, vinha atrás, pulando, latindo, rosnando e mordendo minha mão.

Depois de desmamados minha amiga ficou com a mãe, e eu levei o Rex para casa.

Ele cresceu bem mais que imaginávamos, tinha porte de um pastor alemão grande, e a pelagem parecia uma mistura de pastor belga com Rusky siberiano, era um cão forte, inteligente e muito brincalhão.

Se tornou meu parceiro, corria como um furacão atrás de mim na bicicleta, tentando morder meu pé no pedal, ficava na beira da água enquanto eu estava surfando e entrava na água atrás de mim quando eu estava saindo, quando eu pulava das pedras, ele pulava atrás e me acompanhava nadando até a praia.

No dia anterior, minha mãe resolveu dar banho nele, com um sabão inseticida, antipulgas, não sei por que cargas d’água, nos distraímos e à noite ele comeu toda a barra de sabão.

De manhã ele estava vomitando sem parar, ficou mole, que nem conseguia ficar de pé.

Corri com ele para a veterinária, que fez uma lavagem estomacal, e ficou internado, tomando soro, estava muito debilitado.

À noite, durante a aula na faculdade, eu não conseguia me concentrar. Aproveitei o intervalo e liguei para casa, do orelhão da lanchonete, para saber notícias, mas na balbúrdia da lanchonete não consegui ouvir nada.

Comprei mais fichas e fui até o laboratório de informática, do outro lado do prédio, onde costumava ficar mais calmo, liguei novamente, e assim que a voz de mulher atendeu, achei que era minha irmã e já fui perguntando.

— Alô, como está o cachorro?

— Qual deles? Eu tenho quatro.

Uma voz feminina diferente da que eu esperava me respondeu.

Percebi que a ligação tinha caído em número errado, e respondi frustrado.

— Desculpe, foi engano.

E bati no gancho.

Peguei outra ficha para ligar de novo e ao repor o fone no ouvido, ouvi a mesma voz.

— Coitado parecia preocupado com o cachorro, e tinha uma voz tão bonitinha.

A ligação não havia caído. Fiquei curioso, a voz não me parecia estranha, e continuei ouvindo, sem falar nada.

— Desliga esse telefone e deixa fora do gancho, nem sei por que atendeu.

Ouvi outra voz, grave, de homem, parecendo bem mais velha.

— Podia até ser minha mãe.

A garota falou.

— Você acha mesmo que ela ia te ligar a essa hora? Saiu para curtir o aniversário de casamento com teu pai, avisou que ia passar a noite fora. Deve é estar fodendo a essa hora.

Ouvi uma gargalhada da garota, e o cara falou.

— Volta aqui, vem mamar, vem.

Ouvi uns ruídos úmidos, de lambidas e chupadas.

— Uuuhh, que boquinha gulosa, isso, engole tudo, vai.

O barulho da chupada ficou cadenciado, as vezes um som de engasgo.

Eu podia imaginar o cara segurando a cabeça da garota e fodendo sua boca com força.

— Para, para, senão vou gozar na sua boca. Quero te comer muito ainda. Vira vai, vou meter feito a cachorrinha que você é.

Ouvi barulho da cama rangendo, lençóis farfalhando, coisas molhadas batendo e deslizando, gemidos excitados.

E a voz dengosa da garota.

— Ai... Isso é tortura. Mete logo, vai.

— É pau na buceta, que você quer, é, safadinha?

A menina com voz pastosa, gemendo respondeu.

— Anhhh, anda, mete logo, vai.

Um ligeiro silêncio, seguido de um gemido longo.

— uuhhu, ahhhh meu Deus, que pauzão.

Nesse momento eu já estava de pau duro e meti outra ficha no orelhão para não cortar a ligação.

— Tinha certeza de que você era uma putinha safada, mas não imaginei que fosse tão gulosa assim. Essa bucetinha tão lindinha e pequenininha, engoliu meu pau todo.

— Meu Deus, nunca senti um pau tão fundo assim, tá empurrando meu útero.

— Tá gostando cadelinha? Vou te foder feito uma puta.

— Ai, que delicia, me fode vai, me fode.

— Assim vou gozar, e encher essa sua buceta gulosa de porra, sua puta.

Quem estava quase gozando era eu só de ouvir aquela safadeza.

— Pode gozar que eu tomo anticoncepcional.

Então os barulhos de corpos se chocando, os gemidos da garota, e os grunhidos do cara, tomaram conta da ligação.

Meu pau parecia que ia explodir, e eu apertava por cima da calça, ali ao lado da secretaria do laboratório de informática da faculdade.

Então, do nada a ligação caiu, a segunda ficha tinha acabado.

Meu saco doía, a calça estava melada de pré-gozo. Apesar da preocupação com o Rex, corri para o banheiro e bati uma punheta para me aliviar. Gozei intensamente. Não tinha a menor possibilidade de voltar para a aula, decidi ir para casa e saber notícias do Rex.

Peguei o carro e voltei. No caminho, a cena daquele foda intensa, apenas ouvida, ganhava formas vívidas na minha cabeça, porém as fisionomias dos personagens eram indistintas.

Minha mãe se assustou quando cheguei, mais de uma hora antes do horário normal.

Para minha alegria, Rex veio me receber na porta, ainda meio lerdo e grogue.

Minha mãe falou que ele tinha passado por uma desintoxicação, e a medicação ia deixá-lo assim a noite toda, mas estava bem.

Fiquei sentado no chão acariciando seu pelo, a cabeça dele deitada no meu colo.

Minha mãe falou que já que eu estava em casa, para ir tomar uma sopa.

Mais tranquilo por saber que Rex estava bem, jantei e fui tomar um banho.

Debaixo da ducha quente, relaxado, lembrei daquela ligação, me excitei imediatamente, minha mente voltou a dar formas aquelas palavras.

Uma garota novinha, corpo esbelto e bronzeada, trepando feito puta com um cara mais velho, o cara gozando tanto dentro dela que chegava a escorrer, mas a fisionomia dos dois eram indefinidas.

Acabei me masturbando de novo.

Nos meses que se seguiram, aquela cena ouvida foi ganhando contornos de filme erótico, imaginava a ninfeta ajoelhada mamando o coroa, levando gozada na cara e nos peitos, deitada na cama com a cabeça para fora levando pirocada até a garganta, cavalgando feito alucinada, com o pau atolado na buceta, de quatro, levando tapas na bunda e pau no cu, e dando gargalhada, gozando feito louca. Sendo fodida de todo jeito.

E eu me acabava na punheta imaginando cenas cada vez mais pesadas com a ninfeta.

Nas férias de verão, encontrei com a Manu, minha ex-namorada, na praia.

Havíamos terminado nosso namoro de quase cinco anos, quando, no início do ano, Manu confessou que um professor da sua faculdade a estava azarando, e ela estava se sentindo atraída por ele.

Fiquei revoltado, esbravejei, perguntei se ela estava querendo me trair.

Manu ficou brava, respondeu que não tinha nada de traição, muito pelo contrário, estava sendo honesta e sincera, me revelando o que sentia.

Respondi que aquilo era conversa fiada de quem estava querendo dar para outro, e perguntei se eu não a satisfazia.

Manu respondeu que esperava uma reação diferente minha, que ela sempre abriu o coração para mim, e se eu não confiava nela, era melhor terminarmos.

Eu quase aos berros disse que ela é quem não sabia o que sentia, e era melhor mesmo terminarmos assim ela podia ficar com o cara, e ter certeza do que sentia.

Ela na hora a revoltada, se levantou, alegando que eu não cuidava dela como devia, saiu sem olhar para trás.

Eu achei que ela precisava de um tempo para entender seus sentimentos, e preferi me afastar.

A rotina de faculdade, e trabalho novo ajudaram a ocupar meu tempo e meus pensamentos.

Até onde eu fiquei sabendo, ela não ficou com o professor, assim como eu também não fiquei com ninguém nesse período.

Naquele dia na praia, quando Rex viu a Manu sentada na areia, correu em sua direção e pulou com as quatro patas em cima dela, sem que eu tivesse tempo de impedir.

Constrangido, pedi desculpas, mas Manu já estava rolando na areia, as gargalhadas, agarrada com Rex, dizendo que tinha sentido saudades daquele moleque.

Sentei-me ao seu lado sorrindo, e começamos a conversar.

O papo fluiu naturalmente, quase como se nada tivesse acontecido, nem afetado a afinidade e intimidade que tínhamos. Falei do meu trabalho, da evolução na faculdade. Ela falou das suas aulas e de um curso que tinha feito. Mas nenhum dos dois tocou no assunto da nossa discussão e separação no início do ano.

Ela me olhou nos olhos, fez um carinho no meu rosto, e disse com a voz tão suave quanto sua carícia.

— Senti falta de você, também, não só do Rex.

Não segurei uma risada, mas o olhar dela, fundo nos meus olhos, me calou, e aqueceu o peito.

Passei a mão pelos seus cabelos, segurei pela nuca, e fui aproximando meu rosto do dela, sussurrei.

— também senti muito sua falta.

E no segundo seguinte estávamos nos beijando.

A princípio um beijo suave, lento, cuidadoso. Mas logo nos abraçamos e aquele beijo se tornou intenso, como se quiséssemos recuperar os oito meses que ficamos separados.

Ouvi um latido curto.

Me dei conta do espetáculo que estávamos dando no meio da praia, acho que ela também, nos afastamos e olhamos para o Rex, que abanava o rabo, a felicidade e satisfação estampada no focinho.

Nós rimos, e Rex entrou no meio do nosso abraço, nos derrubando na areia.

Nós levantamos e fomos para água, com Rex pulando e correndo à nossa volta.

Voltamos a namorar, como se tivéssemos nos afastado apenas por uma noite.

Apesar do meu trabalho, o ritmo era de férias, e toda noite, arranjávamos um programa com os amigos. Showzinho, cinema teatro, lanchonete, etc...

Na sexta feira seguinte, fomos a um motel. Eu estava ansioso para sentir seu gosto de novo, e assim que entramos no quarto, já fui puxando sua blusa, parei absorvendo a beleza daqueles seios pequenos que me enfeitiçavam. Não resisti mais que cinco segundos e a puxei num abraço, lambendo os biquinhos, mordendo de leve, e chupando forte, enfiando o peito inteiro na boca.

Manu respirava ofegante, e me puxava de encontro ao seu corpo.

— Ai, que saudade que eu estava das suas mãos e da sua boca no meu corpo.

Fui me abaixando passando a boca e a língua pela sua barriga chapada, deslizando as mãos pelas suas costas até a bunda, apertei forte.

Abri sua calça e puxei com calcinha e tudo, deixando-a nua.

Me agarrei nos seus quadris, o rosto enfiado entre suas pernas, inebriado com seu aroma.

Estiquei a língua e pressionei, de leve, entre seus grandes lábios, que já escorria o sumo deliciosamente doce da sua excitação. Deslizei por toda a extensão, até o clitóris, que beijei e suguei suavemente.

Senti seu corpo todo tremer.

— Ai, meu Deus, Rick, assim você me mata.

— Que saudade eu estava desse gostinho, meu amor.

Empurrei-a na cama, e mergulhei entre suas pernas, mordendo suas virilhas, lambendo e chupando os grandes lábios, enfiando a língua na bocetinha, e sugando o clitóris.

Ela delirava com minha chupada, agarrava meus cabelos, e puxava para sua buceta, gemendo e balbuciando.

— Ai, tesão... Ahhhh!!!... Isso, vai, chupa... Uhhh!!!... Ai, caralho, como isso é bom. Uh, uh ,uh, ai vou gozar, vou gozar.

Ela me empurrou, quase gritando.

— vem, vem, mete em mim, mete.

Eu ainda estava completamente vestido, me livrei da calça numa fração de segundo, deitei entre suas pernas, os joelhos apoiados na cama, as mãos ao lado do corpo dela.

Nossos corpos já acostumados um com o outro, se encaixavam e já conheciam o caminho.

Meu pau pincelava a entrada da boceta, já aberta pelas minhas lambidas.

Fui empurrando devagar, pois a primeira penetração sempre era um pouco difícil.

— Uhhh! Meu Deus, como eu amo você entrando em mim, abrindo minhas carnes, forçando as paredes.

E empurrava o quadril para cima, em solavancos, forçando ainda mais a penetração.

Eu tentava controlar seu ímpeto, e ia mantendo a pressão, enfiando pouco a pouco, num movimento continuo, até estar inteiro dentro dela.

Ela se contorcia, e movimentava os quadris em círculos, gemendo, e balbuciando.

Deitei, deixando meu corpo colado no dela, sentido o calor do seu corpo, a pressão dos seios pequenos não meu peito. Nossos corpos pareciam feitos um para outro, se encaixavam perfeitamente.

Mas Manu, ansiosa com sempre, girou o corpo, sem deixar meu pau escapar, montou por cima de mim, as mãos apoiadas no meu peito, e passou a movimentar a pelve, se atochando toda, e roçando o grelo na base do meu pau.

Ela foi aumentando o ritmo, até começar a gozar, gritando.

— vem comigo, vem, goza pra mim amor, goza comigo, vem goza.

Eu sentia sua boceta pulsando como se estivesse sugando meu pau, mas seus movimentos agora descompassado, perdendo as forças.

Girei novamente passando para cima, e passei a meter fundo forte, rápido, até explodir num orgasmo intenso, junto com ela.

Relaxei o corpo e fiquei deitado em cima dela.

Ela sempre gostou do meu peso em cima dela.

Ficamos alguns minutos ofegantes em silêncio curtindo o gozo recuperando o fôlego.

Levantei um pouco o tronco, e ficamos nos olhando sorrindo, sem falar nada.

Manu acariciou meu rosto, se virou me derrubando ao lado dela, e me olhando séria disse.

— Eu te amo, nunca duvide disso.

Eu sabia que aquela fala era a ponta de um iceberg, uma conversa que eu não sabia se queria ter naquele momento.

Então, apenas sorri, beijei sua boca suavemente, respondi.

— Também te amo, e deitei aconchegado nos seus braços.

Ela abraçou minha cabeça e respondeu baixinho.

— Eu sei, e é por isso que estamos aqui, agora.

Ficamos calados aconchegados um no outro e acabamos dormindo.

Acordamos cerca de uma hora depois, famintos.

Ela foi tomar uma ducha enquanto eu pedia lanches e refrigerantes pelo interfone.

Desliguei, e fui para o banheiro, ela estava saindo do box, pegou a toalha e começou a enxugar os cabelos, me olhando pelo espelho, com cara sapeca.

Eu tinha uma visão total do seu corpo nu, o cabelo castanho descendo até o meio das costas, a cintura fininha, os quadris um pouco largos, a bunda redondinha com a marquinha do biquíni, acima do rego, e coxas roliças ligeiramente afastadas.

Pelo espelho eu podia ver os seios pequenos e as minúsculas marcas do biquíni. Descendo num pouco os olhos, via a bocetinha, lisinha, coroada por um pequeno triângulo de pelinhos bem aparados, emoldurados pela minúscula marca do biquíni.

Meu Deus, que mulher maravilhosa. Eu tinha muito orgulho da minha namorada gostosa.

Tentei abraça-la, mas ela me empurrou e mandou eu tomar logo meu banho, antes que os lanches chegassem.

Tomei uma ducha rápida, e quando estava me secando a campainha tocou, e ouvi a porta abrindo, barulho de louça sendo depositada na saleta e a porta fechando.

Sai do banheiro enrolado na toalha, e levei um choque ao perceber que não havia fechado a porta da saleta para o quarto, onde Manu estava deitada na cama, nua.

Olhei para ela surpreso, e perguntei.

— Ele te viu assim?

— O que você acha?

Manu respondeu com cara que nitidamente simulava irritação. E perguntou

— Você deixou as portas destrancadas de proposito?

— Claro que não. Você acha que eu faria uma coisa dessa?

— Não duvido, você sempre gostou de me exibir, quase como um troféu.

— Gosto de te ver sensual, não me importo que outros vejam também, mas isso é bem diferente.

Manu fez um maneio com a cabeça, dando o assunto como encerrado.

Levei a bandeja com os lanches para a cama, e tive o cuidado de fechar a porta.

Comemos, apenas comentando sobre o lanche.

Ao terminar, levei tudo de volta para a saleta

Voltei para o quarto, e Manu estava de pé na cama, fazendo poses sensuais.

Fiquei alguns momentos admirando aquela performance, até que não resisti, a agarrei pela cintura, e acabamos transando novamente, um papai e mamãe, suave, olhando nos olhos um do outro.

Já estava ficando tarde, tomamos outra ducha, nos arrumamos e fomos embora.

Já na porta da sua casa, ainda dentro do carro, Manu se ajeitou bem de frente para mim e falou séria.

— Amor, preciso te contar uma coisa.

Meu coração falhou, mas eu sabia que não podíamos simplesmente fingir que nada aconteceu, e não tinha mais como evitar aquele assunto, apenas assenti com a cabeça, e ela continuou.

— Eu não fiquei com o Jorge, o professor.

Olhei para ela surpreso, e com alívio evidente. Mas sem me dar tempo de respirar, Manu continuou.

— Não naquele período.

Foi como se ela tivesse jogado um balde de gelo na minha cabeça.

Manu continuou.

— Depois da nossa discussão, eu fiquei mal, me fechei, não dei margem para nenhuma aproximação dele, até mesmo porque ele era meu professor.

Balancei a cabeça em compreensão, sabendo que ela não tinha acabado.

— Nas férias, depois do fim do período, fui a um evento de queijos e vinhos, onde rolou um show, eu já tinha bebido mais que devia, e de repente encontrei com ele lá. Já fazia quatro meses que tínhamos terminado, e eu não tive mais notícias suas, as aulas já tinham acabado, e ele não era mais meu professor, ele veio falar comigo, eu alegrinha, fui receptiva, e acabamos nos beijando.

Eu apenas olhava. Já esperava por aquilo, mas na época não estávamos namorando, e eu não tinha direito de reclamar de nada e não interrompi.

— Ele me levou em casa, meus pais tinham saído para comemorar o aniversário de casamento, e eu acabei ficando com ele em casa. Mas foi só aquela vez.

Em choque, perguntei.

— O aniversário de casamento dos seus pais é dia 28 de junho, não é?

Ela me olhou surpresa, tinha acabado de revelar que tinha ficado com o professor, e minha pergunta era sobre a data do aniversário de casamento dos pais dela.

— É sim, porque?

Não consegui responder, o entendimento do que tinha acontecido naquela data desabou feito uma enxurrada na minha cabeça.

Na preocupação com o Rex internado, instintivamente liguei duas vezes para o número para o qual eu ligava habitualmente, a casa da Manu.

Eu bem tinha achado a voz conhecida, mas talvez pela embriaguez estivesse um pouco diferente.

Agora a protagonista daquelas cenas que há meses vinham inspirando minhas punhetas, ganhou um rosto, o da Manu, minha namorada, a mulher que eu amo.

Me dei conta que a imagem que eu havia construído do corpo da ninfeta, também era do corpo da Manu.

E pior, eu não senti repulsa, ou raiva, ou nojo, mas ... Um tesão enorme, lembrando as coisas que eu tinha ouvido minha namorada fazer com aquele cara. E como um filme acelerado, as diversas outras cenas, que eu havia imaginado, vieram à mente, a ninfeta agora com a face e o corpo da Manu, transando com outros caras e até mais de um, passavam pela minha mente.

Percebendo um movimento na casa, Manu falou.

— Preciso entrar, amor, meu pai já apareceu na janela.

Trocamos mais um selinho e ela desceu.

No caminho de volta para casa, uma verdadeira avalanche de coisas passavam pela minha cabeça.

É verdade que eu tinha orgulho da minha namorada gostosa, e até gostava de vê-la sensual, e ser admirada por outros caras. Mas nunca imaginei ela com outra pessoa... até aquele momento.

Agora aquelas cenas, com personagens indistintas voltavam a minha cabeça, porém as feições de Manu eram muito claras, e até os caras ganharam personalidade, eu imaginava amigos nossos, e até mesmo colegas de trabalho transando com minha namorada, e o que me deixava abismado, é que eu me excitava com aqueles pensamentos.

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Comentários

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Nossa gostei bastante parabéns, três estrelas.

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Eu gostei muito do conto. É o próprio "número errado" que caiu certo. Uma única observação: Você usa traço de hífen nos inícios de diálogos em vez de travessão. Um erro muito comum aqui na CDC por muitos "autores". Não custava nada usar o sinal gráfico certo já que é um conto tão bem escrito. mas vale as estrelas. Excelente para o desafio.

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Obrigado pela observação, Leon.

Editar texto pelo celular as vezes pode ser bem complicado, e sem tantos recursos.

Correções efetuadas.

Foi o errado que deu certo, ou o tão falado "ATO FALHO".

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Eu ia citar exatamente isso. Eu uso aspas nos meus textos exatamente por que esse erro é devido aos teclados.

Em sua maioria não tem o travessão correto tornando necessário comando específico, geralmente no celular click duplo.

Nem todo mundo sequer sabe disso.

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