O que é pior, ser falido ou ser corno? PARTE 2

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Heterossexual
Contém 2031 palavras
Data: 08/09/2025 19:01:51

PARTE 2

Ele então embarcou no carro e seguimos rumo ao meu apartamento. Assim que chegamos, percebi o quanto o rapaz ficou impressionado — era impossível esconder. Seus olhos varreram o ambiente como se tentassem absorver cada detalhe.

Era um apartamento espaçoso, moderno, na cobertura de um prédio com vista para o mar do Rio de Janeiro. A banheira na sacada dava um toque quase cinematográfico. Ele soltou um espontâneo:

— “Uau… que apê maneiro.”

Flávia sorriu com orgulho e, com a simpatia de sempre, perguntou se ele não queria tomar um banho. Apontou o caminho até o banheiro e disse que enquanto isso iria arrumar o quarto para ele.

Saiu leve, quase saltitante, deixando no ar aquele clima de receptividade misturado com admiração.

Poucos minutos depois, ouvimos a voz dele do banheiro:

— “Ei… tem toalha?”

Ela gritou do quarto de hóspedes:

— “Pega uma na área de serviço!”

Fui até lá procurar, mas não achei nenhuma de imediato. Fiquei vasculhando por uns dois minutos, até que Flávia apareceu atrás de mim, rindo:

— “Você ainda não levou a toalha pro rapaz? Homens…”

Abriu um armário, encontrou uma toalha dobrada e foi direto em direção ao banheiro. Bateu na porta com um toque leve.

Só que ele, achando que era eu, abriu a porta de supetão, sem pensar.

A cena foi rápida, mas constrangedora. Flávia deu um passo para trás, com o que viu, ryan estava completamente nu e molhado em sua frente, mas o que chamou a atenção dos seus olhos foi a ferramenta do rapaz, um penis enorme, devia ter uns 23cm, ela nunca tinha visto algo assim, corou no mesmo instante, levou a mão à boca em choque, mas ficou ali parada, encarando. Ele arregalou os olhos, tentou se cobrir com as mãos e gaguejou um “desculpa, desculpa” repetidamente.

Ela saiu dali sem dizer nada, apenas se abanando, balançando a cabeça e murmurando:

— “Meu Deus…”

Ele saiu do banheiro vestindo apenas uma bermuda e comentou, meio sem jeito, que só tinha as roupas do trabalho. Respondi que não havia problema algum. Pouco depois, Flávia apareceu na sala, ainda com um ar um pouco desconcertado. Avisou que o quarto de hóspedes já estava pronto, mas como ainda era cedo, sugeri que tomássemos uma cerveja na sacada. Os dois toparam na hora.

Antes de se juntar a nós, Flávia disse que iria tomar um banho rápido. Fiquei conversando com o rapaz na sacada, trocando ideias sobre assuntos triviais enquanto bebíamos. Alguns minutos depois, ela reapareceu, agora usando uma camisola preta de cetim — simples e discreta. Parecia ter escolhido pela praticidade e conforto.

Ela se acomodou num dos banquinhos ao meu lado e comentou que ainda estava um pouco sensível por conta do sol do dia anterior. Seguimos ali, entre goles e risadas, até que o clima foi ficando mais solto. Quando decidi pegar mais algumas cervejas para a saideira, fui até a cozinha. Assim que abri a geladeira, meu celular tocou — era um fornecedor cobrando um boleto atrasado. Passei alguns minutos explicando a situação e prometi regularizar tudo na semana seguinte.

Voltando, retomei a conversa com os dois. A música ainda tocava, e todos estávamos mais relaxados. Depois da saideira, fomos para os quartos — Flávia e eu para o nosso, e Ryan para o de hóspedes. Ela deu boa noite e comentou que no dia seguinte queria ir à praia.

Acordei e notei que Flávia já não estava mais na cama. Me levantei, meio sonolento, e fui até a cozinha. Ela estava ali, preparando o café da manhã, concentrada como sempre. Do outro lado da bancada, sentado, estava Ryan. Ele me cumprimentou com um “bom dia”, mas parecia distraído, focado em observar Flávia enquanto ela terminava de arrumar as coisas.

Olhei com mais atenção para ela e notei que ela estava se abaixando para pegar uma panela na parte de baixo da pia, com isso sua camisola subia deixando sua bunda completamente exposta. E sim, ela ainda estava sem nada por baixo, ela agia naturalmente e o rapaz ficava em um misto de constrangimento por eu estar ali do lado e um ar de dominador.

Ela tinha preparado algumas rosquinhas de polvilho e, sorrindo enquanto organizava os pratos, brincou:

— O padeiro aqui é você, mas prova minha rosquinha e vê se você gosta!

Ryan riu, olhou para o prato e respondeu:

— Sua rosquinha deve ser uma delícia.

Quando sai da cozinha levei um susto, Flávia estava com a bunda virada para Ryan e com a camisola levantada. Ela falava:

— Olha, ainda está vermelho bem aqui, tomara que não descasque.

Ele olhando com toda a atenção do mundo ficou dando dicas de hidratantes para ela passar no bumbum.

Em seguida, fomos nos preparar para a praia. Ryan mencionou que não iria porque gostava de usar sunga e não tinha trazido nenhuma. Eu já estava comentando que era uma pena, mas Flávia sugeriu que ele usasse uma minha que estava guardada, e que poderia até ficar com ela depois, já que eu nunca a usava.

Ele foi se trocar, e quando voltou, a sunga estava muito apertada por causa da diferença de tamanho, chegava a ser meio engraçado. Mesmo assim, ele levou na brincadeira.

Como ainda era cedo, decidimos ir para Grumari, uma praia mais afastada e tranquila na zona oeste do Rio. Entramos no carro e seguimos até lá. Chegando, montamos o guarda-sol e esticamos as toalhas na areia. Ryan parecia um pouco desconfortável no início, talvez por estar chamando atenção pelo traje improvisado, mas depois relaxou.

Levei um cooler com cervejas, e tomamos algumas. Depois de duas latinhas, Flávia comentou que a cerveja não estava descendo bem e pediu uma caipirinha. Como não havia vendedores ambulantes por perto, me ofereci para procurar uma barraca. Depois de alguns minutos andando, encontrei uma. Pedi uma caipirinha de morango, e o atendente respondeu animado: “É pra já, meu chefe.”

Enquanto ele preparava, me olhou e perguntou:

— Você é o cara que tá com o Ryan ali na praia, né?

Respondi:

— Sim, ele é meu novo funcionário na padaria.

Ele então comentou que conhecia o Ryan desde criança, e que ele era um cara muito gente boa. Mas antes que pudesse completar a frase, alguém o chamou atrás da barraca. Ele apenas deixou a caipirinha pronta no balcão e disse:

— Essa é por conta da casa, uma coisa boa para você parceiro.

Peguei a caipirinha e voltei para onde estávamos. Quando cheguei, vi os dois conversando tranquilamente. Flávia estava deitada de bruços sobre a canga, e Ryan estava sentado ao lado dela, em cima de uma camiseta, sob o guarda-sol. Entreguei a bebida para ela e perguntei sobre o que estavam conversando.

Ela me contou que estava perguntando a ele sobre a família, onde morava e se estava gostando do novo trabalho. Ryan sorriu e, olhando para mim, respondeu com empolgação:

— Esse trabalho é o melhor que já tive. Estou tendo uma oportunidade de ouro com vocês.

Depois de tomar a caipirinha, Flávia, já um pouco animada por causa do calor e da bebida, disse que queria dar um mergulho no mar. Eu me levantei para acompanhá-la, mas ela me pediu:

— Amor, pega outra dessa pra mim? Amei essa caipirinha.

Apesar de não estar muito animado para encarar novamente o caminho até a barraca, concordei. Antes de eu sair, ela se virou para Ryan e falou:

— Vamos comigo, Ry?

Ele assentiu e foi com ela em direção à água. Enquanto isso, fui buscar a bebida.

Chegando na barraca, o mesmo rapaz de antes começou a preparar a nova caipirinha e puxou conversa:

— A sua esposa ficou ali com o Ryan, né? As mulheres costumam gostar muito dele, os homens nem tanto...

Achei o comentário curioso e perguntei por quê. Ele respondeu apenas que, numa próxima visita, outro funcionário da barraca teria uma história para me contar sobre isso. Antes que eu pudesse insistir, ele finalizou:

— Vai lá, parceiro. Não demora, senão a caipirinha esquenta.

Voltando para onde estávamos, percebi que os dois ainda estavam no mar. Me aproximei da beira da água e observei que eles mergulhavam alternadamente, voltando logo em seguida à superfície, sempre rindo bastante. Pareciam se divertir com alguma brincadeira boba de mergulho.

Essa dinâmica continuou por alguns minutos, até que resolveram sair. Flávia veio caminhando em minha direção, ainda rindo e enxugando o rosto com as mãos.

Quando ela chegou mais perto, percebi que seu peito esquerdo estava todo para fora do biquíni. Apontei e comentei:

— Amor, seu peito.

Ela levou a mão até o local, começou a rir com a surpresa e exclamou:

— Meu Deus! Ryan, você nem pra me avisar, né?

Ela se virou rindo para ele e mostrou o peito para fora, como se estivesse o culpando de brincadeira. Ele deu de ombros e respondeu com um sorriso:

— Achei que o biquíni fosse assim.

Os dois riram da situação, e eu fiquei muito puto com aquilo.

Depois da segunda caipirinha de Flávia e várias cervejas entre nós, o clima já estava bem solto. As risadas vinham fáceis, as conversas fluíam e a tarde ia passando tranquila, com o sol ainda alto no céu. Em um momento de silêncio, Ryan olhou em volta, como quem observa o horizonte, e comentou, com um sorriso meio curioso:

— Não é aqui perto que fica aquela praia famosa?

Levantei o olhar, intrigado, mas sem dar muita atenção, respondi num tom casual:

— Hm... acho que sim. A Praia do Abricó, né? Fica mais adiante, ali depois da curva.

Flávia, que até então estava distraída folheando uma revista que trouxe na bolsa, ergueu o rosto, de repente bem mais animada:

— Qual praia? Ah... aquela? Sério que é aqui perto? Sempre tive curiosidade de conhecer! Nunca tive coragem de ir, mas deve ser no mínimo... interessante.

Ela riu, meio sem graça, mas com um brilho nos olhos. Ryan acompanhou a reação dela com um sorriso maroto e completou:

— Dizem que é bem tranquila, sabia? Muita gente vai só pra relaxar mesmo. E ninguém fica reparando em ninguém.

— É... — comentei, meio rindo, meio pensativo — a vibe é mais naturalista mesmo, pelo que dizem. Nunca fui, mas já ouvi falar bastante.

Flávia então se espreguiçou na canga, esticando os braços para o céu:

— A gente devia ir, nem que fosse só pra conhecer rapidinho. Já estamos aqui mesmo...

Olhei pra ela, depois pra Ryan, e percebi que os dois estavam começando a levar a ideia a sério. O clima era de aventura leve e despreocupada, como se a praia fosse só mais uma curiosidade num dia já cheio de surpresas.

Já estávamos um pouco alterados pela bebida, mas eu ainda mantinha alguma clareza. Resolvi cortar o entusiasmo com uma sugestão sensata:

— Quem sabe em outro dia...

Eles não insistiram. Ficamos mais um tempo na praia, em clima leve, depois recolhemos nossas coisas e seguimos de volta para casa.

Ao chegar, cada um foi para o seu banho. Depois, nos reunimos na cozinha para preparar algo simples e matar a fome que bateu com o fim da tarde. Em certo momento, recebi uma ligação e fui até a sacada para atender, deixando os dois conversando tranquilamente. A chamada se estendeu um pouco, e por alguns minutos fiquei imerso no papo, olhando distraidamente para a rua.

De repente, fui interrompido por um grito vindo da cozinha:

— Tá louco, garoto?!

Era a voz da Flávia. Em seguida, ouvi o Ryan responder, nervoso:

— Desculpa, desculpa, eu me empolguei...

Entrei imediatamente, sentindo o coração acelerar.

— O que aconteceu? — perguntei, tentando entender a cena.

Flávia, ainda visivelmente indignada, respondeu:

— Ele disse que queria me beijar. Falei que sou casada, que ele estava passando dos limites...

Virei para Ryan, completamente atônito. A decepção pesava mais do que a raiva naquele momento.

— É assim que você retribui tudo o que fiz? Te dei emprego, te trouxe pra minha casa... e você desrespeita minha esposa?

A tensão explodiu. Num impulso, perdi o controle e acertei um soco nele. Ryan recuou, surpreso e sem reagir.

— Vai embora. E nem pense em aparecer perto da minha padaria de novo — disse, com a voz firme e definitiva. — Senão vai se arrepender.

Ele saiu cabisbaixo, sem dizer mais uma palavra. E eu fiquei ali, tentando entender como tudo tinha chegado àquele ponto tão rápido.

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Comentários

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Não sei não,.mas está me cheirando a armação, Flávia estava muito piranha pro lado do Ryan e de repente se sente ofendida com a investida do rapaz?, acho q ela quer o rapaz longe do corno, pra dar muito pra ele sem ter o risco de ser descoberta, afinal ela já deu todos os sinais de ser uma vadia, não recuaria assim tão fácil depois de se oferecer ao moleque, nesse mato tem Coelho

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A julgar pelas atitudes da Flávia,ela está se insinuando para o Ryan e quando essa avançou( típico dos jovens ) pois percebeu que ela estava dando mole para ele ,ela recua . Essa daí só quer o dinheiro do marido e provavelmente não esperava que Ryan fosse tão afoito. Ela se parece com uma mulher que eu conheço,vivia reclamando do namorado para min ,se insinuava mas quando eu dizia para ela largar o namorado,pulava fora !

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Gostei até aqui, espero que não vire um conto comum,tipo corno manso.

Até aqui tá bom de ler

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Caraca que conto excelente.

A narrativa é excelente também, agora olhando o título da pra perceber de verdade .um dilema muito desafiador , falir ou ser corno ? Eis a questão

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Que estranho esse final e me surpreendeu!

Eu achei achei que a Flávia tava dando mole pro Ryan. Era muito claro. Parecia questão de tempo rolar algo. E do nada, Ryan tenta beijar, ela grita, ele fica arrependido, leva um soco, fica na merda com culpa e é expulso do apto. Surpreendeu!

Dando o meu chutometro baseado no título da história: a padaria vai de mal a pior, Flavia sugere perdoar Ryan, ele volta, situações aconteceram e ele vai achar que é só bobagem, e Ryan e Flávia vão tá se pegando enquanto a Padaria melhorará consideravelmente.

E quando ele descobrir o caso, vai ficar num puta dilema entre a padaria e a honra. O correto pra mim, se esse cenário que estou imaginando tiver certo, é ele terminar com flavia e manter o Ryan na padaria, até pq ele precisa da grana e do negocio funcionando.

Enquanto isso, ele procura arrumar outra pessoa pro lugar do Ryan ou vender o local e investir noutro negócio, longe do traidor Ryan (a Flavia já foi dispensada antes).

Espero que o caba tenha honra.

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Acho que você está se precipitando no que se refere a Flávia,pois veja que ela diz " Tá louco garoto"! E ele diz que se empolgou. Se ele se empolgou foi porque ela já tava da dando mole para ele desde o dia que ele dormiu na casa e logo depois na praia

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Eu ate vejo que um lado vc tem razão, mas pode ser que esse carinho dela é pq o menino pode salvar o esposo da falência

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Caraca que comentário hein rs

Adorei a parte que ele larga a esposa e fica com o padeiro , adorei

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