As Turbulências De Uma História De Amor #19

Um conto erótico de Fernanda
Categoria: Lésbicas
Contém 2332 palavras
Data: 12/09/2025 12:30:08

Há alguns meses, eu não imaginava o que estou vivendo agora; às vezes, parece algo surreal. Mas é verdade: minha vida mudou muito. Agora, tenho uma namorada incrível e minha rotina não se resume mais a ir de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Eu ainda faço isso, mas não volto para a mesma casa, não passo as noites sozinha e nem a maioria dos finais de semana vendo séries. Agora, vou a boates, passeio no shopping e estou sempre acompanhada. Minha vida de solidão ficou para trás, tudo graças à chegada de Sabrina.

Ela é perfeita. Até aquele momento, não havia percebido nada nela que me deixasse preocupada ou que eu não gostasse. Ter um relacionamento assim é raro, e por isso decidi fazer terapia. Eu sabia que, no fundo, a insegurança que demonstrei na frente da Sabrina a incomodava. Nunca quis sentir aquilo, mas simplesmente aconteceu, e me senti péssima por isso. Eu confiava na Sabrina, acreditava no nosso relacionamento e no amor que ela dizia sentir por mim. Porém, naquele desconfiança boba, minha insegurança apareceu. Eu realmente precisava mudar isso.

Sabrina, como sempre, foi um amor comigo e até fez uma pesquisa para encontrar uma profissional que ela achasse competente o suficiente para eu ir. Era fofo o cuidado que ela tinha comigo, mas sem ser controladora. Ela sempre me deixava tomar minhas decisões e as respeitava.

A psicóloga que ela me indicou parecia ser uma ótima opção. Depois de marcar uma hora com ela e ter uma conversa que me agradou muito, decidi agendar minhas primeiras sessões. Uma das coisas que mais me agradou foi o fato de ela abrir um horário depois do expediente, assim eu poderia trabalhar e depois ir ao consultório. Depois de tudo acertado, me senti mais leve. Eu teria a chance de me livrar daquela insegurança de vez; isso seria essencial para ter um relacionamento ainda mais sólido.

Na semana seguinte, tive minha primeira sessão e, sinceramente, gostei bastante. Acho que nunca havia falado sobre esse problema tão abertamente com ninguém, nem mesmo com Sabrina, mas já na primeira sessão me abri completamente. Eu sabia que isso era muito importante para a terapia dar resultado, e eu queria muito isso. Porém, percebi que não era só eu que estava empenhada em me curar da insegurança. Na mesma semana, Sabrina parecia bem mais disposta a me fazer feliz. Não que ela não fosse antes; eu não tinha reclamações nesse sentido, mas foi nítido seu esforço extra. Primeiro, ela preparou um jantar romântico em uma plena quinta-feira. Foi tudo perfeito e terminamos a noite na cama nos amando muito. No domingo, ela me levou a um motel em vez de para o nosso apartamento; foi mais uma noite memorável que passamos juntas. Apesar de ter que trabalhar morrendo de sono na segunda-feira, valeu muito a pena.

Depois de uma segunda-feira difícil no trabalho, fui direto para o conforto do meu lar. Precisava urgentemente dormir. Assim que cheguei à porta, percebi que meu sono teria que esperar um pouco mais. Reconheci a voz da Marina e, ao abrir a porta, vi ela e Sabrina sentadas no sofá da sala. Tentei abrir meu melhor sorriso, mas acho que minha cara de sono era bem visível. Assim que cumprimentei as duas, Sabrina já pediu para eu tomar um banho e descansar, dizendo que mais tarde levaria algo para eu comer se eu acordasse. Antes que eu pudesse protestar, Marina disse que minha cara estava de dar dó. Ela disse que já estava quase saindo e me disse para descansar sem problemas. Prometeu que voltaria depois para conversarmos. Achei melhor não discutir com elas, e realmente estava com muito sono. Não queria correr o risco de desmaiar como da última vez, então me despedi de Marina e fui para o quarto.

Tomei um banho rápido e me joguei na cama. Nem percebi quando apaguei, mas só fui acordar às duas e pouco da manhã. Estava morrendo de fome e resolvi ir até a cozinha procurar algo para comer. Levantei com cuidado para não acordar Sabrina, que dormia ao meu lado. Quando cheguei à cozinha, vi um prato sobre o fogão, coberto com um pano, e um pequeno bilhete. Sabrina havia deixado um prato feito para mim e um bilhete avisando que, se eu acordasse com fome, era só colocá-lo no micro-ondas, ou se quisesse algo mais leve, ela havia deixado um pequeno sanduíche montado na geladeira. Sorri sozinha ao ler o bilhete; ela realmente era um amor comigo. Resolvi comer o sanduíche, já que era mais leve. Coloquei-o no micro-ondas e, em pouco tempo, o devorei e voltei para a cama para dormir mais um pouco. Demorei um pouco, mas consegui dormir novamente.

Acordei no dia seguinte bem mais animada. Saí do apartamento para trabalhar, e Sabrina, como sempre, ficou dormindo. Deixei o café dela pronto e um bilhete agradecendo pelo cuidado que ela teve comigo. Meu dia correu muito bem e, do trabalho, fui direto para minha sessão de terapia. Antes de entrar no consultório, mandei mensagem para Sabrina avisando e ela respondeu que talvez chegaria mais tarde, pois iria ajudar Marina com os preparativos de uma festa para os pais dela.

Mais uma vez, falei mais do que ouvi na terapia. A psicóloga me fez várias perguntas e procurei responder a todas o mais honestamente possível. Saí de lá mais uma vez me sentindo mais leve. Apesar da maioria dos tópicos serem algo que eu não gostava de lembrar ou falar, me sentia bem; era como um desabafo que aliviava meu peito. Não sei até quando faria terapia, mas em apenas duas sessões já pensava em continuar, nem que fosse mensalmente, mesmo se meu problema fosse resolvido.

Quando cheguei ao meu apartamento, Sabrina ainda não havia chegado, mas como ela já tinha avisado sobre seu atraso, não me preocupei. Tomei um banho e fui preparar um jantar para nós duas. Sabrina chegou quando eu estava quase finalizando o jantar, veio à cozinha me dar um beijo e foi tomar banho. Quando saiu, veio direto para a cozinha para jantarmos. Ela me perguntou como foi meu dia e como foi a terapia, e eu fui contando tudo a ela. Depois, ela me contou que os pais da Marina iriam completar 50 anos de casados e que Marina pediu para ela ceder a boate na quinta-feira para fazer uma festa de bodas de ouro para os dois. Ela disse que, além de emprestar a boate, estava ajudando Marina a organizar tudo depois que terminava seu trabalho lá. Achei muito legal da parte dela e fiquei feliz quando ela disse que Marina fazia questão da minha presença, pois os pais dela gostaram muito de mim. Eu, claro, disse que iria sem falta.

Naquela noite, fizemos amor antes de dormir, e na quarta acordei muito bem disposta novamente. O dia correu bem e, quando voltei para o apartamento, Sabrina chegou quase junto comigo. Ela disse que já estava quase tudo pronto para a festa e pediu para eu não esquecer de ir. Perguntei se ela não iria comigo e ela explicou que a festa começaria às vinte horas, já que era meio de semana e muitos teriam que trabalhar no dia seguinte. Então, ela levaria uma roupa para o escritório, tomaria banho e se arrumaria lá depois de ajudar Marina com os preparativos. Eu disse que fazia sentido, que iria sozinha e encontraria ela lá.

Ela agradeceu pela compreensão e pediu para eu caprichar no visual, pois era uma festa mais social. Eu disse que isso seria um problema, pois não tinha nenhum vestido muito chique; na verdade, eu tinha poucos vestidos. Ela se ofereceu para escolher um vestido para mim, se eu confiasse nela para fszer isso, eu disse que confiava sim e concordei, mas pedi para ela não comprar nada caro demais. Ela concordou e assim encerramos o assunto.

No dia seguinte, saí do trabalho o mais rápido que pude e fui direto para casa. Quando fui entrar, o porteiro disse que havia uma moça no meu apartamento me esperando, que tinha deixado entrar com ordens da Sabrina. Perguntei se ele a conhecia e ele disse que nunca a tinha visto ela antes, mas que ela entrou com uma bolsa enorme e parecia ser profissional de alguma área, mas não sabia me dizer de qual. Subi pensando em quem poderia ser, mas não fazia ideia. Quando entrei no apartamento, vi uma mulher de uns 30 anos mexendo em uma bolsa. Quando ela me viu, abriu um sorriso cordial e se apresentou. Seu nome era Celina, ela era cabeleireira e maquiadora. Disse que minha namorada havia pedido para ela cuidar de mim. Fiquei parada sem saber o que dizer, mas ela não me deixou pensar muito e já começou a me arrastar para o meu quarto dizendo que estávamos atrasadas.

Dali, fui para o banho pensando que minha namorada era meio exagerada às vezes, mas ao mesmo tempo fiquei feliz por ela ter pensado em tudo, até porque eu não teria tempo de ir a um salão arrumar o cabelo e, sinceramente, eu não era muito boa em me maquiar. Primeiramente, eu não era fã de maquiagem, além de um batom básico e, às vezes, uma base para disfarçar algumas linhas que teimavam em aparecer no meu rosto. Fazer uma maquiagem para uma festa chique definitivamente não era meu forte.

Quando saí do banho, praticamente virei uma boneca nas mãos da Celina. Ela só não me vestiu as minhas roupas íntimas; o resto ela fez tudo. O vestido que Sabrina comprou era lindo e, depois de vestí-lo, comecei a imaginar o preço. Só de sentir o tecido em meu corpo, já sabia que era um vestido caríssimo, sem contar o par de sapatos de salto, que provavelmente também era caro. Resolvi não pensar nisso para não ficar tensa antes da festa.

Celina arrumou meu cabelo e minha maquiagem; isso demorou bastante, mas o resultado foi incrível. Quando me olhei no espelho grande do closet, realmente me achei linda. Quando a Celina terminou, já eram quase 20 horas e eu estava atrasada. Nem percebi que já era tão tarde; Celina era bem-humorada e conversava bastante, acabei me distraindo e não vi as horas passando. Mas avisei que precisava ir e ela arrumou suas coisas rápido e desceu comigo. Perguntei se podia deixá-la em algum lugar, mas ela disse que estava de carro e que eu poderia ir tranquila para a festa. Nos despedimos e fui para o estacionamento o mais rápido possível pegar meu carro.

Assim que entrei no carro, olhei meu celular e vi algumas mensagens da Sabrina perguntando por mim. Mandei uma mensagem avisando que estava bem e que tudo tinha dado certo. Depois mandei outra mensagem dizendo que ela era maluca, mas que eu a amava muito e que já estava saindo do prédio para a festa. Não esperei ela responder e segui para a boate o mais rápido que consegui. Quando cheguei, percebi que havia poucos carros em frente à boate, então imaginei que seria uma festa mais íntima. Também não ouvi barulho vindo de dentro da boate, o que me fez pensar que com certeza era uma festa mais reservada.

Assim que saí do carro, olhei meu celular e vi uma mensagem da Sabrina dizendo para eu abrir o portão menor e entrar, que todo mundo estava dentro da boate. Ela disse que não tinham acendido as luzes do bar para não chamar a atenção de curiosos. Respondi que já estava entrando e fui em direção ao portão. Quando abri, não enxerguei quase nada; estava bem escuro e não vi sinal das luzes vindo de dentro da boate. Achei estranho, mas entrei e fechei o portão. Tentei me acostumar com a escuridão, mas estava difícil. Segurei o corrimão da entrada e fui caminhando devagar. Quando senti que tinha alcançado o piso do bar, pensei em mandar uma mensagem para a Sabrina para ela vir me buscar. Mas foi aí que tudo aconteceu.

As luzes se acenderam do nada, levei um pequeno susto e fechei os olhos por causa da luz forte que atingiu meus olhos de repente. Quando abri os olhos novamente, vi Sabrina parada a uns 10 metros de mim. Ela estava linda, com um sorriso ainda mais bonito. Atrás dela, vi uma mesa comprida com várias cadeiras e pessoas conhecidas ao redor. Todos estavam de pé olhando em minha direção. Estavam meu sogro, Mariana, Henrique e os filhos. Mas algumas dessas pessoas não eram para estar ali, como Talita, Camila, Diego e meus pais. E o mais estranho é que não vi os pais de Marina. Não fazia sentido eles não estarem ali; meu cérebro trabalhava rápido, mas eu não estava entendendo ainda. Porém, Sabrina caminhou até mim e segurou minha mão.

Sabrina— Até que enfim a convidada de honra chegou. Você está linda, meu amor, mesmo com essa cara assustada. Kkkk

Fernanda— Como assim, convidada de honra? Amor, o que está acontecendo aqui?

Sabrina— Vem comigo que você já vai entender, amor.

Sabrina saiu me puxando pela mão e, enquanto eu a acompanhava meio no automático, fui notando as decorações do local. Havia vários vasos de rosas ao redor e em cima da mesa, balões de ar em forma de corações espalhados pelo teto e em alguns locais das paredes. Vi várias fotos enormes colocadas em lugares estratégicos nas paredes do bar. Todas eram minhas com Sabrina em momentos românticos ou marcantes do nosso namoro. Foi aí que minha ficha começou a cair, e meus olhos já começaram a lacrimejar.

Tudo passou a fazer sentido: a compra do vestido caro, a Celina fazendo minha produção, os convidados que não eram para estar ali, a decoração. Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo; meu coração disparou no peito e achei que era muita emoção para suportar. Porém, o que eu não fazia ideia era que o que viria a seguir me causaria ainda mais emoção.

Continua..

Criação: Forrest_gump

Revisão: Whisper

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Foto de perfil de Forrest_gumpForrest_gumpContos: 410Seguidores: 95Seguindo: 61Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

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