Depois de uma das gozadas mais intensas da minha vida, meu corpo pesou e eu apaguei.
No entanto, acordei de um sono raso ao som de batidas na porta — primeiro fracas, depois mais insistentes. Quis ignorar, voltar a afundar nos lençois, mas uma voz grave rompeu o torpor:
— Javier! Acorda, garoto! Vai dormir o dia todo?
Abri os olhos devagar, acostumando-me à luz que escapava pelas frestas da cortina. Lá, no pé da cama, recortava-se a silhueta alta do meu pai.
— Pai? — murmurei, manhoso, enrolado nos lençois. — Como o senhor entrou? A porta estava trancada.
Ele arqueou as sobrancelhas, um sorriso contido no canto da boca.
— Até parece que você não me conhece. Você acha mesmo que eu não saberia abrir uma porta?
O calor subiu no meu peito. Foi então que percebi o detalhe que me deixava vulnerável: a coberta me cobria apenas até a cintura e eu ainda carregava os sinais da noite anterior — marcas, respiração presa, e um estado que denunciava minha excitação.
Ele cruzou os braços, a expressão mais séria.
— Pelo que sei, ainda sou seu pai, e tenho todo o direito de acordar meu filho. Além disso, andei preocupado com os acontecimentos de ontem. Levanta, se arruma e me encontra na empresa. A gente conversa lá.
Antes que eu pudesse raciocinar, ele puxou a coberta com firmeza. Segurei a ponta, pela reação instintiva de quem quer esconder o que está exposto.
— Espera! Eu tô pelado! — protestei, a voz falha.
Ele soltou um riso baixo, tentando aliviar a tensão com ironia.
— Tá com vergonha do pai? Não tem nada aí que eu não tenha visto antes.
Aquelas palavras, ditas em tom de brincadeira, surtiram um efeito inesperado.
Em vez de recuar,senti uma faísca atravessar o meu corpo — a mesma coragem indecifrável que a lembrança de certas conversas havia acendido. Talvez houvesse mais camadas naquela relação do que eu imaginava. Talvez eu pudesse virar o jogo.
— Já sou homem, tenho vinte e cinco anos — falei, tentando soar firme, ainda que um fio de provocação tivesse escapado.
Ele riu, num som curto e complacente.
— Pra mim você sempre vai ser meu eterno filhinho… minha minhoquinha.
A provocação veio como um desafio. Fiz que me ofendesse só para puxar a coberta mais frouxa, como quem se rende.
— Ah é? Então olha aqui a sua “minhoquinha” — disse, num tom que misturava safadeza e cálculo.
Ele abriu a boca, surpreso por um instante, antes que a expressão voltasse ao controle habitual. Num movimento rápido, puxou a coberta de vez. O instante foi cortante: fiquei exposto, e o ar entre nós ficou pesado demais para respirar.
O olhar dele percorreu meu corpo, demorando-se por segundos que pareciam eternos. Em vez de vergonha pura, senti uma estranha mistura de triunfo e receio: eu tinha plantado uma imagem na cabeça dele, e não sabia o que aquilo provocaria.
Ele suspirou, ajeitou o paletó com um gesto automático e, antes de virar-se para sair, murmurou com a mesma firmeza que adotara no início:
— Se arruma e me encontra na empresa. Tem coisa que a gente resolve pessoalmente.
A porta se fechou atrás dele, deixando no quarto apenas o eco dos passos. Fiquei ali, parado, com o coração disparado, sentindo a pele arder com o calor de tudo aquilo. Aquela imagem, uma vez plantada, não sairia tão cedo. E eu sabia, com uma certeza que me deixou atordoado e excitado, que o dia que vinha estaria longe de ser comum.
Depois que meu pai saiu do quarto, deixando aquele ar carregado de provocação, fiquei alguns segundos imóvel, encarando o teto. Meu coração ainda batia acelerado, e eu não sabia se era por vergonha ou por excitação. Talvez pelos dois. A verdade é que a imagem dele ali, alto, imponente, malicioso, tinha ficado impregnada em mim.
Levantei devagar, tentando não pensar demais, mas cada movimento parecia carregar um resto daquilo que tinha acontecido. Fui direto ao banheiro. A água fria do chuveiro bateu forte na pele, mas não consegui apagar o calor que latejava dentro de mim. Fechei os olhos e encostei a testa na parede molhada, respirando fundo, como se quisesse lavar não só o corpo, mas também os pensamentos.
Depois do banho, fiquei um tempo em frente ao espelho, secando o cabelo, observando meu reflexo. Havia algo diferente no meu olhar — uma mistura de desafio e desejo. O rastro daquela manhã ainda queimava em mim.
Vesti uma cueca box branca, que se moldava perfeitamente ao meu corpo, depois a calça de alfaiataria escura, a camisa social clara e o relógio que meu pai havia me dado anos atrás. Passei perfume, o suficiente para marcar presença, e me olhei mais uma vez no espelho. Estava pronto, mas sentia que carregava muito mais do que apenas a roupa: carregava um segredo, uma provocação silenciosa que só nós dois conhecíamos.
Desci as escadas em passos lentos. A empregada já havia preparado o café da manhã, mas a ideia de comer me embrulhava o estômago. O cheiro do café fresco pairava no ar, mas não consegui me forçar. Minha fome era outra. Passei reto pela cozinha, peguei apenas a chave do carro e uma pasta com alguns documentos.
A sensação era de que, se ficasse mais alguns minutos ali, perderia o controle. Melhor fugir. Melhor me ocupar. Melhor ir logo para a empresa — onde, ironicamente, meu pai e Matteo me esperavam.
O carro deslizou silencioso pela estrada, o motor ronronando como um predador contido. O motorista à frente dirigia com precisão, deixando-me sozinho no banco de trás, o olhar perdido na cidade que acordava sob o céu nublado. Cada quilômetro parecia alongar o tempo, e a memória de ontem queimava dentro de mim como brasas. O calor do desejo ainda permanecia, latente, pulsando em cada músculo.
Não havia Matteo ali, e isso só aumentava a tensão. Saber que eu só o encontraria na empresa fazia cada segundo no carro se arrastar, a expectativa martelando no peito, misturada com uma ansiedade deliciosa. O silêncio era absoluto, salvo pelo ronco do motor e o ocasional clique do cinto de segurança do motorista.
Ao chegar ao prédio da empresa, respirei fundo, tentando recompor a postura, mas o corpo não colaborava. O calor do beijo, do toque, da pressão de ontem ainda ardia na pele. Saí do carro e caminhei até a entrada, os olhos vagando pelo lobby imponente. Matteo não estava lá… ainda.
Subi as escadas, ou melhor, segui pelo elevador, tentando ignorar o frio que tentava contrabalançar o calor que percorria minhas veias. Cada degrau, cada clique do elevador parecia me levar para mais perto de algo que eu ainda não sabia se estava pronto para encarar.
E então, a porta da sala do meu pai se abriu, e lá estava Matteo, encostado casualmente na parede, aquele sorriso provocador de canto de boca, olhos castanhos claros brilhando com malícia:
— Então, princeso… finalmente nos encontramos — murmurou, aproximando-se com aquela confiança que fazia meu peito disparar. — Preparado para conversar sobre o que aconteceu ontem no galpão?
Meu coração acelerou e um arrepio percorreu meu corpo. A tensão entre nós era palpável,carregada de desejo contido e promessas silenciosas. Não havia mais ninguém para interromper, apenas nós dois e aquele espaço carregado de eletricidade, prestes a explodir.
— Ah, estou mais que preparado. O que aconteceu lá não pode ficar desse jeito, a gente tem que pegar esses caras — disse eu, desviando o olhar dele.
Sei que podem me achar um frouxo, mas não ia dar o gostinho de deixar que ele achasse que podia me dominar só com charme. Confesso: me sinto leigo nesse jogo — ele foi o primeiro homem com quem fiquei, e aquilo mexeu comigo. Pela primeira vez tive vontade de me entregar, embora o receio ainda apertasse no peito. Receio que, eu sabia, passaria rápido como um relâmpago.
— Entendi seu joguinho, princeso. Tenho tempo de sobra para praticar — disse ele, olhando-me de cima a baixo.
— Joguinho? Não sei do que você está falando, Shrek — respondi, arqueando um sorriso e mantendo os olhos presos nos dele, devagar.
Nesse instante meu pai entrou na sala, apressado e visivelmente tenso. — Rapazes, precisamos falar sobre o que aconteceu naquele galpão — disse, sentando-se e encarando-nos com seriedade. — Conte-me tudo, sem omissões.
— Como vocês acabaram trancados naquela sala minúscula? — perguntou ele, a voz ficando dura. — Vocês poderiam não estar vivos agora. Os treinamentos que vocês tiveram, serviram pra quê?
— Não dava para prever que não estávamos sozinhos — respondi. Meu pai franziu o cenho.
— Isso não é justificativa. Sempre estejam dois passos à frente do inimigo — disse ele, e eu senti, novamente, o peso da responsabilidade. Eu sabia que ele falava assim por preocupação — e tinha razão. Não podíamos vacilar.
— Tem algo mais que eu precise saber? — insistiu, olhando para nós.
Matteo sorriu, mas o riso sumiu ao ouvir o que eu tinha de dizer. — Além do calor infernal e de um cenário montado pra nos assustar, havia um recado: “Isso foi só um teste. Vocês não têm ideia do que está por vir.” — sua expressão ficou séria.
— Isso não pode ficar assim — meu pai cortou, a voz fria.
— Quem quer que esteja por trás disso não sabe com quem está lidando. Fiquem atentos — ele olhou direto para nós — provavelmente vão tentar de novo. Não quero que ninguém se atire ao perigo sem planejamento.
Matteo me lançou um olhar meio sacana. — Se o princeso não se meter em encrenca, quem sabe eu não consiga atrapalhar os planos deles — disse, num tom de provocação velada.
— Vê se enxerga, Shrek! Pelo que lembro, nós dois fomos pegos lá — rebati, com um sorriso que tentou esconder a tensão.
Meu pai observou, avaliando a troca. — Vejo que ficar presos aproximou vocês. Ótimo, então usem essa sintonia para caçar quem fez isso. — Ele pegou um envelope sobre a mesa. — Tenho uma tarefa: vão a um dos nossos galpões e chequem um possível desvio de mercadoria. Espero estar enganado, porque não gosto de derramamento desnecessário de sangue. Vou mandar as coordenadas e mais detalhes. Estão dispensados — disse, levantando-se.
Saímos da sala com aquele peso no peito e um objetivo claro. Matteo caminhou ao meu lado, o cotovelo roçando o meu, e eu tentei, em vão, fingir que isso não me afetava.
….
As portas do elevador se abriram com um som metálico suave. Diferente dos comuns, esse não era um cubículo sufocante — era amplo, de paredes espelhadas, chão polido de mármore escuro e iluminação indireta que jogava reflexos dourados sobre nossas silhuetas. Entrei primeiro, tentando manter a postura, mas eu sabia que ele estava logo atrás, aquele cheiro inconfundível de homem que me perseguia desde o galpão.
Matteo entrou com a calma de sempre, encostando-se de lado na parede de aço escovado, os olhos me fuzilando como se quisesse me despir ali mesmo. O silêncio foi preenchido apenas pelo leve zumbido da descida.
— Sabe, princeso… — ele começou, com aquele tom carregado de deboche — você até tenta se fazer de difícil, mas ontem, lá no calor daquele inferno, não parecia tão resistente assim.
Engoli seco, desviando o olhar para o painel digital do elevador.
— Tá delirando, Shrek. O calor só deixou a gente irritado, não confunda as coisas.
Ele riu baixo, a risada ecoando no espaço metálico, vibrando no meu peito.
— Irritado? Você quase me devorou com aquele beijo… e, sinceramente, até agora sinto o gosto na boca.
Meu corpo reagiu antes que minha mente pudesse argumentar. O frio do ar-condicionado não conseguia disfarçar o calor que subia pela minha pele. Me mexi, nervoso, mas isso só fez com que nossos reflexos nos espelhos se aproximassem ainda mais, como se até o ambiente estivesse conspirando contra mim.
Ele deu um passo à frente. O elevador era grande, mas naquele momento parecia encolher, encurtando a distância entre nós. Senti seu corpo esquentando o ar ao meu redor, o perfume misturado ao cheiro masculino impregnando meus sentidos.
— Vai continuar fingindo, Javier? — murmurou, a voz grave, carregada de provocação. — Porque, sinceramente, eu não estou com a menor vontade de esperar até a próxima vez que ficarmos presos num lugar apertado.
Nossos olhares se prenderam, e o tempo pareceu parar. Meu coração disparava como se quisesse explodir do peito. Eu tentei manter o controle, mas quando ele encostou levemente a mão em minha cintura, firme, dominadora, meu corpo cedeu.
Sem pensar, o empurrei contra a parede espelhada, e dessa vez não havia mais espaço para recuos ou desculpas. O choque dos nossos corpos fez o elevador tremer de tensão — o frio do metal contra as costas dele, o calor do nosso contato à frente. O volume dele pressionou contra o meu, e um gemido rouco escapou da garganta de Matteo, quebrando qualquer barreira que ainda restava entre nós.
A boca dele encontrou a minha, faminta, sem pedir permissão. Era como se o elevador inteiro tivesse sido projetado apenas para conter aquele momento: nossos beijos urgentes, as mãos explorando, os reflexos nos espelhos nos devolvendo cada movimento, cada provocação, cada tremor.
O beijo se intensificou, e já não havia mais ar entre nós. A boca dele era quente, urgente, dominadora, mas também deixava espaço para que eu respondesse com a mesma fome. Nossas línguas se enroscavam como se estivessem em guerra e, ao mesmo tempo, em perfeita sintonia. A cada segundo, eu me perdia mais naquele sabor — era como se tivesse esperado a vida inteira por isso.
Matteo me prensava contra o espelho, o vidro frio nas minhas costas contrastando com o calor que queimava entre nós. Suas mãos eram firmes, explorando cada pedaço do meu corpo, subindo pela minha cintura até o meu peitoral, apertando forte como se quisesse marcar território. Um arrepio me percorreu inteiro, e um gemido escapou da minha garganta, baixo, mas impossível de esconder.
— É isso, princeso… — ele murmurou contra a minha boca, a respiração quente me arrepiando a pele. — Para de fingir que não quer, teu corpo já me contou tudo.
E tinha razão. Meu corpo traía minha mente, colado ao dele, sentindo o volume rígido pressionar contra mim. O atrito nos fazia arfar, e cada movimento era uma explosão de prazer, como dinamite pronta para estourar.
Sem me dar tempo de pensar, Matteo desceu a boca pelo meu pescoço, mordendo e sugando, deixando marcas que queimavam. Uma de suas mãos deslizou pela minha nuca, puxando meu cabelo, me fazendo arquear o corpo contra o dele. A outra desceu lentamente, provocando, até segurar minha cintura e me arrastar mais para perto, colando ainda mais nossos volumes.
— Porra… — soltei entre os dentes, sentindo a pressão aumentar, o tesão subir a níveis absurdos.
Ele ergueu o olhar, um sorriso safado estampado nos lábios molhados:
— Eu poderia te foder aqui mesmo, sabia? Esse elevador é grande o suficiente… e pelo jeito você adoraria ser visto nesse espelho.
A provocação me pegou em cheio. O reflexo mostrava nossas silhuetas coladas, os corpos enormes se chocando, o desejo transbordando sem freio. Minha respiração estava pesada, o coração martelando como louco, e tudo em mim gritava para me entregar.
Sem aguentar mais, fui eu quem o empurrei, invertendo a posição, esmagando Matteo contra o espelho. Agarrei seus pulsos e ergui os braços dele acima da cabeça, prendendo-o. Ele riu, ofegante, olhando fundo nos meus olhos, como se tivesse encontrado exatamente o que queria.
— Assim, princeso… mostra que também sabe jogar sujo.
Nossos quadris se chocaram forte, e o atrito fez ambos gemermos alto. Era impossível esconder. O elevador inteiro parecia vibrar com nossa intensidade, como se as paredes espelhadas fossem cúmplices do pecado que estávamos prestes a cometer ali dentro.
Eu o mantinha contra o espelho, firme, até que finalmente soltei seus pulsos e empurrei sua cabeça para baixo, obrigando-o a se ajoelhar. Matteo caiu de joelhos diante de mim, os olhos ainda carregados de desafio, mas agora havia outra coisa ali: curiosidade faminta.
— Então é assim que você quer jogar, princeso? — ele provocou, lambendo os lábios enquanto me encarava de baixo para cima.
Soltei um sorriso torto, segurando firme seu queixo.
— Vai entender que aqui quem manda sou eu.
Com calma provocativa, abri o cinto e desabotoei a calça. O zíper desceu devagar, e assim que puxei a cueca para baixo, o olhar de Matteo mudou completamente. Ele arregalou os olhos, soltando uma risada nervosa misturada com um gemido.
— Caralho… — sussurrou, mordendo o lábio. — Não é possível que você guarde esse canhão aí.
Seu tom debochado agora estava misturado com admiração genuína. Ele passou a língua pelos lábios e riu baixinho:
— Agora entendi por que você tem tanta confiança, princeso… isso aí pode derrubar qualquer um.
A fala dele me incendiou por dentro. Segurei seus cabelos, aproximando seu rosto ainda mais.
— Menos fala, mais ação. Quero ver você engolir cada centímetro.
Matteo passou a mão pela extensão, como se ainda testasse se era real, e soltou um gemido rouco:
— Porra… só de segurar estou ficando ainda mais duro!
Sem esperar mais, abriu a boca e começou a trabalhar. O calor da língua dele me fez arfar alto, a sucção molhada ecoando pelo elevador. A cada movimento, o choque de vê-lo de joelhos, impressionado e submisso, me fazia perder mais o controle.
— Isso… — murmurei entre gemidos, puxando seus cabelos para ditar o ritmo. — Quero ver você engolir tudo, putinho…
Ele tentou acomodar mais, mas engasgou, soltando um som abafado que reverberou no espaço metálico. Ao afastar a boca, os olhos úmidos, a saliva escorrendo pelo queixo, Matteo sorriu sujo:
— Você vai me matar com esse pau, Javier… mas que jeito gostoso de morrer.
Não deixei ele descansar. Empurrei de volta, forçando-o a engolir mais fundo, e o gemido dele vibrou contra mim, me arrancando um grito rouco. O reflexo nos espelhos nos mostrava de ângulos diferentes: eu, dominador, a mão firme em sua cabeça; ele, de joelhos, sugando com fome, a arrogância desmontada em pura devoção.
Apertei ainda mais os cabelos dele e empurrei sua cabeça contra mim, fazendo Matteo engolir fundo, a garganta dele vibrando ao redor do meu pau. O som molhado ecoava pelo elevador, cada estalo me deixando mais insano.
— Isso, porra… engole, seu marrento. Quero ver até onde você aguenta. — grunhi, controlando o ritmo, mais rápido, mais fundo.
Matteo gemia com a boca cheia, os olhos marejados, mas não recuava. Ao contrário, parecia cada vez mais excitado, as mãos apertando minhas coxas, como se quisesse mais. Puxei sua cabeça de volta, deixando meu pau escapar com um estalo, brilhando da saliva dele.
Sem dar tempo, bati de lado na cara dele, forte, fazendo o som seco ressoar. Matteo riu, a boca suja de baba.
— Vai me usar assim, princeso? É isso que você quer?
Dei outro tapa com a rola, mais forte, e ele gemeu como um animal.
— Cala a boca e mama.
Segurei firme na base e bati várias vezes na cara dele, estalando contra a bochecha, contra os lábios, até ele abrir de novo. Enfiei até a garganta, sentindo o calor sufocante. Ele se engasgou, mas não parou.
— Tá engolindo direitinho, olha só… — falei, rindo com crueldade. — Nunca pensei que veria você assim, todo obediente.
Ele tentou falar algo, mas tudo que saiu foi um gemido abafado pela minha pica. Puxei a cabeça dele de novo, arrastei pelos lábios, e desci mais, forçando-o a chupar minhas bolas.
— Vai, lambe tudo. Quero sentir essa língua suja em cada parte. — pressionei, empurrando contra o rosto dele.
Matteo obedeceu. Primeiro chupou uma, depois a outra, com a língua quente passando pelas bolas pesadas. Olhou pra cima, os olhos brilhando de luxúria, e sorriu com a boca cheia.
— Isso… assim que eu gosto. — bati mais uma vez com o pau molhado na cara dele, estalando contra a barba cerrada. — Agora volta e engole de novo.
Matteo arfou, saliva escorrendo pelo queixo, e murmurou rouco:
— Caralho, Javier… você vai me viciar nessa porra
— Essa é a intenção!
Ele voltou a mamar como se aquilo fosse a ultima coisa que ele iria fazer, e como um sonho bom que acaba rápido ….
O elevador estremeceu, sinalizando que já havíamos chegado ao andar desejado.
Minha respiração ainda estava pesada, e Matteo, ajoelhado diante de mim, arfava, com a boca suja de saliva e os olhos brilhando de luxúria.
Eu segurava seus ombros, sentindo a pele quente sob minhas mãos e a submissão dele como uma corrente elétrica atravessando meu corpo.
— Parece que vamos ter que guardar o resto, Shrek… — murmurei, minha voz rouca, encostando meu rosto no dele por um instante. — Mas não pense que vou esquecer… da próxima vez, vai ser ainda mais intenso.
Ele ergueu os olhos, cheios de fome, como se implorasse por mais, mesmo sem palavras.
O peito dele subia e descia rápido, o corpo vibrando pela tensão do que havia acontecido e do queainda estava por vir.
Segurei firme suas costas quando ele começou a se levantar, obrigando-o a encarar meus olhos. A sensação de controle me deixava insano.
— Só estou segurando o melhor para você, Shrek… — sussurrei, com um sorriso malicioso. — Vai ter que esperar para receber tudo de uma vez.
Matteo respirou fundo, ainda excitado, e eu pude ver o arrepio atravessando seu corpo.
O elevador agora estava completamente aberto, convidando-nos a sair, mas dentro de mim a certeza queimava: estávamos apenas começando.
Continua….