A PESSOA ERRADA
Passei meses na prisão, erroneamente. Fui confundido com um assaltante de pedestres, batedor de carteiras que era parecido comigo e entrei na lista diária da Polícia Militar, com foto atual e descrição física completa. Como transito diariamente pelas ruas do centro, fazendo entregas nos escritórios, fico boa parte do dia no visual do policiamento. Um soldadinho, precisando fazer nome na corporação, achou que tinha visto um bandido na rua e, incontinenti, me prendeu! Levou-me para a delegacia e me entregou para o escrivão que me fez “sujar os dedos” ou “tocar piano” no BO que o soldadinho criou, apesar dos meus protestos de nem saber do que tratava a prisão. O defensor público que me defendeu era um advogado “fake” e nada fez de útil para evitar que eu fosse encarar “o sol nascer quadrado”. Só saí quando prenderam o “alemão” real batedor de carteiras e o juiz comparou as imagens e determinou que eu era inocente. Até isso acontecer, passei um inferno, comi o pão que o diabo amassou com os pés sujos de merda. Mas, recebi uma compensação por isso: o juiz me chamou e falou:
- Desculpe, erramos na identificação, e me deu alvará de soltura.
E ficou por isso mesmo. Mas, saí da cadeia com a cabeça em pé e sabendo que fui injustiçado, vilipendiado, minha vida foi açambarcada por um manto de sujeira e que tinha que trocar de cidade para que os reflexos do erro daquele “soldadinho de merda” não continuassem a me apertar a cabeça. Fui para a fronteira, bem longe da capital, começar vida nova, onde ninguém me conhecesse e me permitissem “tocar o barco” sem interferências. Fui parar em Hortência do Sul, quase na Argentina, e aqui começa a história que aconteceu em novembro de 2002.
Cheguei a Hortência no final de outubro, dias após ser solto e ter ouvido as “desculpas” do juiz que me jogou na penitenciária – filho da puta! Corno! A mulher dele trai ele com o motorista! Minha poupança anterior me permitiu ir pra um hotel, em Hortência, e, de lá, buscar solução para a minha ociosidade. Temporariamente, o Hotel Cruzeiro apart. 801 era o meu endereço. Liguei para meia dezena de empresas, falei com os RH’s, pedi entrevistas, tentei de todas as formas arrumar um emprego que me permitisse sobreviver; depois procuraria algo para começar a viver novamente.
Depois de conectar metade das empresas de Hortência e região em volta, decidi que estava na hora de parar a rotina da punheta; há meses não comia ninguém! Para um homem saudável de 36 anos, a masturbação frequente e contínua era acachapante, causadora de depressão, até! Tá na hora de foder, de comer uma mulher gostosa, de encontrar num corpo feminino o abrigo pra o meu caralho, de dormir aconchegado com um “cobertor de orelhas”, atracado com uma fêmea que me fizesse “gemer sem sentir dor”. Cavoquei com o recepcionista do hotel um telefone de “acompanhantes” de alto nível e liguei, pedindo uma “escort” morena e dei a descrição da mulher que me interessava: mulata, pequena e corpo bem formado, no início da noite.
No meio da tarde, a portaria do hotel me liga e informa que a srta. Wanusa estava na recepção querendo falar comigo, solicitando que eu descesse. Porra, eu pedi para a noite! Mas, vamos lá
- Não vou descer, ela deve subir. E me aprontei para receber a “escort” morena, aquela que ia aplacar meu fogo, apagar minha abstinência de sexo, ser minha redenção de prazer.
Tinha saído do banho, rosto barbeado, perfumado e usava apenas uma bermuda cinza sem camisa, mostrando meu físico privilegiado para quem quisesse ver. Batem na porta e meu pau endurece, imediatamente, na iminência de sair do jejum.
Abro a porta e aparece uma jovem linda, morena, pequena, cabelo curtos e roupa singela, sem adereços. Abri a porta e fiz uma mesura para que ela entrasse no quarto. Entrou e fechei a porta.
- Wanusa, disse ela, estendendo a mão e sorrindo abertamente, muito prazer!
- Carlos, respondi. O prazer é meu, és muito bonita!
Era nítido que ela tinha se surpreendido com minha estampa, meu físico trabalhado na academia da cadeia e começou a “jogar charme” pra cima de mim. Mas eu não queria charme, queria xana, xota, buceta quente pra penetrar. Convidei-a para uma taça de espumante e ela aceitou, conversamos dois minutos de amenidades e abracei a Wanusa; taquei-lhe um beijo na boca, sem dar chance de escapar. Ela quis retroceder, parecia não querer o beijo mas meus braços não permitiram sua escapada e continuei beijando e a apertando contra meu corpo; aos poucos, ela foi afrouxando, relaxando e se entregando ao beijo, e retribuindo. Nossas línguas entraram em acordo de luta e travaram uma guerra por espaço nas nossas bocas. Ela me abraçou pelo pescoço e a mão direita passou a fazer carinhos na minha nuca. Eu alisava suas costas, sua nuca, cabelos e desci as mãos pelos dois lados de seu corpo acariciando a lateral dos seios, cintura e quadris. Mordisquei sua orelha e seu ombro, ouvindo um gemido e um suspiro da Wanusa.
Quando minhas mãos subiram, trouxeram junto a barra da saia da mulher e os dedos já vinham acarinhando a pele das coxas roliças e duras daquela pequena, que já começava a tremer e a ter calafrios, apertada que estava contra meu pau duro como pedra, saudoso de uma buceta. Ele empurrava o tecido da bermuda para a frente e pressionava a cintura da mulher. Minhas mãos se encheram de carne apertando as nádegas dela que gemia e suspirava a cada aperto na bunda se entregando à volúpia do momento. Minha mão direita buscou o púbis dela e encharcou-se no meio de suas pernas; ela já estava pronta para o primeiro orgasmo. O indicador afastou a calcinha e o dedo do meio encontrou uma fenda molhada e foi se intrometendo cova a dentro. Eu estava gostando da atitude da Wanusa que parecia estar adorando a masturbação, o que não é comum numa garota de programa; eu estava adorando e, naquele momento, era só o que me importava – por isso, pagava!
Wanusa começou a tremer, a estremecer todo o corpo e escancarou as pernas; meus dedos se enterraram em sua vagina altamente lubrificada e ela deu um grito, e disse que estava gozando, estava muito bom, que era uma tesão doida, delícia, e por aí afora. Deitei-a na cama e trouxe sua calcinha para baixo, preparando a penetração. Desabotoei sua blusinha e descobri seios cor de café com leite com picos de chocolate, deviam ser deliciosos. Minha boca engoliu uma teta e a língua acarinhava o mamilo, lambendo e sugando; a morena suspirava e se remexia na cama gostando do tratamento que estava recebendo. Tirei minha bermuda e deitei sobre a pequena me encaixando no meio de suas pernas, A penetração estava iniciando.
Rocei a cabeça do caralho na porta da xana do Wanusa para frente e para trás, lubrificando o pau e apontando-o na entrada da gruta, da cratera do vulcão prestes a explodir em erupção e despejar sua lava quente. Um pouco de pressão fez a chapeleta entrar levando atrás alguns centímetros de carne roliça e firme, mais dura que coxão de fora, numa metida para me fazer feliz, me trazer de volta à vida normal. Peguei a mulher pelas nádegas e a trouxe para mim, num golpe seco, enterrando o caralho todo na buceta escancarada abaixo de mim: Wanusa urrou de prazer. Comecei a bombar e socar pesado na xana da mulher e ela rebolava embaixo de mim, mostrando que estava gostando; eu estava adorando! Logo, minha urgência transformou-se em emergência, apressei o entra-e-sai, Wanusa trançou suas pernas na minha cintura e ergueu os quadris empurrando seu corpo contra o meu ... e gozou de novo, teve um orgasmo explosivo junto com o meu! Enchi a buceta dela de leite quente, de líquido da vida, de porra ... Deitamos lado a lado, abraçados, com a cabeça dela repousando no meu peito.
- Carlos, que delícia de trepada, amei te conhecer ... e levantou-se preparando sua saída. Quando começou a se vestir, eu disse:
- Não vai embora, não! Quero que fiques esta noite comigo!
- Não posso, tenho que fazer o jantar para minha mãe, doente, e meu filho e, amanhã cedo, tenho que estar na fábrica. Gostaria que estivesses lá, amanhã à tarde, para uma entrevista, isso é, se ainda estiveres interessado pelo emprego.
Cai sentado de bunda no chão! De bunda! Confundi a Wanusa, RH de uma fábrica de motores, com a acompanhante que eu tinha contratado. Por isso ela chegou cedo ... aí, a ficha caiu ... que risco corri de levar uma bofetada, dela chamar a segurança, a polícia e eu ir parar na prisão, de novo ... por assédio sexual!
- Claro, Wanusa, amanhã de manhã estarei lá. Procuro por ti?
- Sim, diz pro porteiro que vais falar com a gerente de RH e ele te acompanha até minha sala.
- OK, tem um horário melhor?
- Quanto mais cedo, melhor.
Vestida, penteada, abraçou-me, deu mais um beijo cálido e saiu. Fechei a porta. Que confusão! Comi a pessoa errada!