Melhor amigo (Quase sendo forçado a fazer sexo com meu ex amigo)

Da série Melhor amigo
Um conto erótico de R Valentim
Categoria: Gay
Contém 2677 palavras
Data: 13/09/2025 20:07:08

QUASE SENDO FORÇADO A FAZER SEXO COM MEU EX AMIGO

(O conto a seguir tem alerta de gatilho e pode conter acontecimentos fortes, se você tem problemas com temas sensíveis por favor não leia esse conto)

Zé tinha tentando me separar do Di, mas seu tiro saiu pela culatra, pois suas tentativas só serviram para tornar meu relacionamento mais sério — e gostoso também — ele achou que contando para todos que eu era gay faria o Di querer se afastar de mim para manter sua imagem de comedor entre a galera, porém depois disso meu namorado queria era abrir para todos que estávamos namorando sério e que eu não era a puta que o Zé havia me pintado.

Meu ex amigo só queria era palco e não conseguiu. Convenci o Di a deixar para lá e manter nosso segredo, não me importava com o que falassem de mim desde que ele soubesse a verdade. Depois do que ele fez Di resolveu isolá-lo de tudo, Zé não era mais bem vindo nos rolês e aos poucos nossos amigos que sabiam do nosso namoro foram se afastando dele também, meu namorado até trocou de galera no racha só para não cruzar mais com ele.

Nos meados de Dezembro nem a Nat aguentava mais ele e eles acabaram terminando, aparentemente esse término mexeu com ele, porque depois disso ele até tentou uma reaproximação comigo para me pedir desculpas. Cortei todo e qualquer contato que pudesse ter com ele, mas Janna advogou pela causa dele e no fim ela convenceu a galera a dar uma segunda chance para ele — eu não quis e muito menos o Di, mas pelo bem de todos resolvi só ficar na minha. Zé passou a se comportar pelo menos, parecendo que finalmente tinha virado a página, isso pelo menos até o natal, onde ele mostrou que não tinha mudado tanto assim.

Perto do natal tive a triste notícia de que Di viajaria para Recife com seu pai, sua família paterna era toda de Recife e pelo que ele me disse ele e o pai iam todos os anos passar o natal com eles. Não queria que ele fosse, mas não era justo, Di só via os parente uma vez por ano e tinha a avó dele — Di era louco por essa avó. — Sua família não sabia sobre mim e não era o momento de contar também, por isso nem chegamos a pensar na possibilidade de eu ir também, acabou que seria mais fácil ele ir sozinho e eu ficaria esperando por ele para passarmos o ano novo juntos — ele me prometeu que voltaria nem que fosse sozinho para passar o ano novo comigo.

Ao todo seriam cinco dias sem meu namorado — o maior tempo que passaria sem trepar com ele — demos um jeito de ficar juntos um dia antes dele viajar, só não deu para dormir com ele porque seu voo estava marcado para madrugada. Cinco dias longe do Di, foram bem mais difíceis do que pensei que seria, não tinha vontade de fazer nada, só fiquei em casa esperando pelas oportunidades que ele tinha de me ligar. Não fiquei ligando para ele — por mais que eu quisesse — para também deixá-lo curtir sua família um pouco, então ficava esperando que ele me ligasse.

Lucas até tentou me arrastar para alguns rolês, mas sem o Di não tinha muito sentido sair para esses lugares, só não passei o natal sozinho em casa porque a Janna me convidou para passar com ela e o Binho na casa dele. Os dois a essa altura já eram bons amigos meus. Minha mãe e eu nunca fomos de comemorações mesmo então iria só para não preocupar o Di também, se ele soubesse que tinha recusado sair para passar o natal sozinho ficaria chateado comigo.

A casa do Binho era um duplex enorme, não esperava menos de gente que tinha uma casa de praia, ainda sim achei todos muito humildes e gentis, me receberam para o jantar em família deles sem nenhum problema. Nunca tinha visto uma ceia de natal tão farta na minha vida, era tanta opção de comida que tinha coisas que nunca tinha nem provado. Depois do jantar Binho abriu o portão da garagem, ligou uma caixa de som enorme e colocou uma quantidade considerável de cervejas em um isopor com gelo. A galera foi brotando aos poucos e pronto o rolê estava rolando como de costume. Os pais do Binho não pareciam se importar com a comemoração do filho — normalmente as festas era na casa do Di, acho que por isso eles não reclamaram, uma vez na vida não mata ninguém né?

Tudo ia bem até o Zé chegar, realmente não queria que ele fosse, mas como já tinha um tempo que ele não aprontava nada — e ainda parecia estar sofrendo pelo seu término — Janna teve pena ou algo assim e o convidou também. Eu sei que a intenção era selar a paz no grupo, mas não era uma pessoa tão evoluída assim ainda para colocar uma pedra nesse assunto, então só me mantive longe dele. Todo mundo estava bebendo, menos eu, tipo não sou de beber e sem o Di até isso parecia sem graça. Acho que por conta da bebida e do clima descontraído que estava rolando, Zé se aproximou de mim na primeira brecha que teve, estava saindo do banheiro quando ele me abordou.

— O Di te trocou, foi? — Não gostei do seu tom, mas fiquei na minha para evitar qualquer estresse.

— Não! Ele foi para Recife passar com a família.

— Tu acha mesmo que o Diogo te leva a sério? Ele só quer te comer Fábio — tive de respirar fundo antes de responder, mesmo assim não consegui manter minha paciencia e lhe dei uma resposta a altura de sua provocação.

— Não vejo problema nisso, não foi você quem falou que eu dou para qualquer um?

— Eu já pedi desculpa, é que — ele não chega a terminar.

— É o que o que cara?

— Porra Fábio, tu disse que a gente ficaria e depois tu sumiu e ainda descubro que tu ta dando pro o meu amigo, o que tu queria que eu fizesse? — É a primeira vez que ele realmente fala comigo, se ele tivesse tido a ideia de ter essa conversa comigo antes, teria evitado muita coisa.

— José tu estava com a Nat, eu que te pergunto o que tu queria que eu fizesse? — Zé é pego quase de surpresa pela minha resposta, ele só podia mesmo pensar que me enrolava, queria ficar na minha, mas já que ele veio querer falar merda, despejo tudo que estou instalado para cima dele — queria que eu fosse tua amante e que ficasse à sua disposição esperando um dia que a Nat não quisesse te dar e aí seria minha vez?

— Eu te falei que eu não tinha como ter nada sério, você concordou e depois pulou fora e nem me contou que virou a puta dos meus amigos.

— Eu pensei que você tinha mudado, mas não adianta falar com você, tipo você não entende que tu tinha namorada e que eu não queria ser seu amigo colorido, eu realmente gostava de você.

— Gostava? Agora que virou puta de outros, parou de gostar da única pessoa que te valorizava, vem cá essa tua amizade com o Binho é o que? Você tá dando para ele também, eu fiquei sabendo que ele tem um pau grande você deve ter ficado doido para dar pra ele, né? — Meu sangue fervia de ódio, queria matar o Zé, mas não daria o gosto a ele de me rebaixar e cair em sua pilha.

— Sai da minha frente, por favor!

— Qual é, tu falou que eu tava namorando, agora estou solteiro e meu pau é mais gostoso do que o do Diogo eu tenho certeza, vamos relembrar os velhos tempos e ficar de boas?

— Tu tá me zuando, né? Tu me chama de puta e depois de tudo tu ainda acha que eu quero ficar contigo, e outra é melhor você parar de falar do Diogo porque ele é muito mais homem do que você!

Meu último comentário despertou uma fúria nos olhos do José e ele me empurrou para dentro do banheiro de novo, tentei resistir, mas ele me deu um empurrão muito forte, entrou no banheiro e trancou a porta.

— José que porra é essa? Abre essa merda e me deixa sair agora!

— Isso continua fingindo que você não quer — ele tinha acabado de perder o pouco de juízo que lhe faltava.

José veio na minha direção me pondo contra a parede tentando me beijar, não acreditava que aquilo estava acontecendo, a uns meses isso era o que eu mais desejava, mas naquele momento eu só senti medo e nojo. tentava empurra-lo e desviava meu rosto de suas investidas, lutava com todas as minhas forças, mas ele era mais forte, não vi outra escolha senão gritar por socorro, entretanto com o som alto da garagem os meninos não podiam me ouvir.

Estava chorando de chegar a solução, mas nada o comoveu, Zé estava tomando por uma fúria que nunca tinha visto, seus olhos só tinham escuridão, continuava resistindo, mas era muito díficil, Zé tinha mais força. Estava com medo do que aconteceria comigo ali naquele banheiro, era a primeira vez que me via em uma situação como aquela, era totalmente diferente das fantasias que fazia com Di.

Gritava desesperado por socorro, mas ninguém aparecia para me ajudar, cheguei a perder a razão de tanto medo e gritar pelo Diogo mesmo sabendo que ele não poderia vir me salvar — ainda sim desejei com todas as minhas forças que ele estivesse alí para tirar o Zé de cima de mim. Zé me mandava parar de resistir, falava coisas asquerosas que me faziam tremer de medo e até de nojo dele.

— Socorro! Por favor! Não, não Zé — as lágrimas escorriam pelos meus olhos sem controle, o medo era nítido nos meus olhos, mas isso só parecia o excitar mais — Di, por favor.

Minha voz já falava embargada pelas lágrimas e o tremor presente no meu corpo inteiro. Quando Zé se deu conta que era o nome do Di que eu gritava isso o fez perder qualquer resquício de humanidade, ele me acertou um soco certeiro na boca do estômago que levou embora o resto de ar que eu tinha para respirar. Sem forçar por conta do soco era meu fim, seria abusado e traumatizado para sempre, só consegui fechar meus olhos e rezar para que ele fosse breve. Sentia seu hálito quente na minha pele, no meu pescoço, na minha boca, sua língua áspera tentando entrar na minha boca. Só conseguia sentir nojo, raiva e medo, tudo junto em uma mistura incapacitante.

Meu cérebro começava a se desligar em uma última tentativa de fuga, mas foi aí que ouvi muito longe uma voz, primeiro pensei que fosse a voz do Di, mas não era, era outra voz, também familiar — eu conhecia a voz, já tinha ouvido ela antes — uma voz que havia me marcado justo por sua ausência de palavras. Ryan o mesmo cara caladão da casa de praia batia na porta e perguntava o que estava rolando, vi nesse momento minha última chance de salvação, então reuni todas as forças que nem sabia mais que tinha e gritei até sentir meus pulmões arderem.

— RYAN, ME AJUDA!

Depois disso foi só flashes, a porta se abriu — só depois foi que fiquei sabendo que o Ryan arrombou a porta de um chute, só na adrenalina mesmo — Ryan não era nem um pouco bombado como o meu namorado, na real ele até parecia mais magro que o Zé, mas acho que só não tinha olhado muito para ele até aquele momento. Ele arrancou o Zé de perto de mim como se não fosse nada e por um segundo me vi sozinho dentro do banheiro com minha blusa toda amarrotada e meus braços cheio de marchas rochas.

Meus ouvidos estava zumbindo e as vozes dos outros pareciam distantes, Janna foi a primeira a vir em meu amparo, me abraçando e tentando me acalmar, me trouxeram água, só aí consegui recobrar a fala e me apressei a tentar me defender, eles precisavam saber que não era minha culpa, pois não era.

— Gente, eu não fiz nada, eu juro, ele me atacou, eu eu eu — com a voz tremula e gaga eu repetia isso sem para.

— Calma Fabim, você está bem, está tudo bem, estou aqui com você — Janna continuava tentando me acalmar.

— Porra o que esse merda tem na cabeça, se não fosse o Lucas e o Binho eu ia matar ele velho — não tinha me dado conta de como o Ryan gostava de mim até aquele momento, aliás foi a primeira vez que percebi que os amigos do Di agora eram meus amigos também.

— Eu não fiz nada — repetia quase como um mantra.

— Nós sabemos Fabim, relaxa a Anna ouviu vocês conversando e ela foi atrás do Lucas só que ele tinha ido com o Binho comprar mais bebida, foi aí que ela falou pro Ryan que o Zé estava brigando com você no banheiro.

— Vamos na polícia Fabim — Ryan sugeriu completamente puto, acho que ele nunca tinha falado comigo diretamente antes, ainda mais me chamando de Fabim, na verdade todos estavam me chamando de Fabim e o Di não estava ali, isso me fez parar de tremer e voltar a me sentir seguro.

— Não, por favor, eu não posso expor o Di, e minha mãe e todo mundo.

— Porra! — Ryan esmurrou a parede e isso me deu um susto, não estava esperando.

— Tá bom Fábim, se acalma, você está seguro agora, o Binho levou o Zé para casa.

— Sério, eu quero matar ele de porrada, eu tenho certeza que o Binho só não deixou porque os pais dele estavam aqui — Ryan estava inconformado.

— Ninguém sabe o motivo da briga, Fabim pode ficar tranquilo — Janna tenta me acalmar.

— Gente, por favor não contem para o Diogo, ele vai querer fazer uma besteira se souber — minha preocupação agora era com meu namorado, quando ele soubesse disso temia que perdesse a razão, se Ryan tinha ficado desse jeito, não queria nem pensar no que o Di faria.

— Agora é tarde, foi a primeira coisa que o Lucas fez quando acabou tudo — Janna me conta encolhendo os ombros.

— Meu celular, preciso falar com ele — preciso falar com ele — digo tateando no meu bolso atrás do meu aparelho.

— Calma eu já falei com ele, disse que você tá bem e que não aconteceu nada — Janna está certa, se eu falasse com ele no estado em que estava só iria piorar as coisas, então esperei que o susto passasse para poder ligar para ele.

Di chegou no dia seguinte, do aeroporto mesmo ele foi na casa do Zé antes de qualquer coisa, só que para minha sorte Zé já tinha fugido para a casa da sua madrinha no interior, não quero nem pensar no que o Di faria com ele se o tivesse o encontrado. Quando saiu da casa do Zé ele finalmente veio me ver, dava para ver na sua cara o sofrimento, Di se desculpou várias vezes, até chorando no meu colo, ele estava completamente arrasado por ter permitido que eu passasse por isso, mas a culpa não era dele. Poder sentir seu cheiro e calor do seu corpo para mim já bastava para superar esse susto de uma vez, isso era mais importante para mim que qualquer vingança.

Passado o susto do natal, Binho nos convidou para passar o ano novo em uma casa de praia em Canoa Quebrada. Querendo evitar o que tinha acontecido no feriado anterior acabaram resolvendo que só iria a galera mesmo, ninguém a mais, assim Di e eu poderíamos ficar bem vontades e sem nenhuma surpresa. Janna e Binho foram na frente um dia antes. A lista de convidados se resumiu ao Lucas, Anna, Ryan, Bia que agora era irmã da Anna e a nova ficante do Ryan, Diogo e eu, uma lista pequena, porém boa de pessoas para ter um ano novo tranquilo.

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