O meu nude fez o boy dormir

Um conto erótico de feminive
Categoria: Heterossexual
Contém 1436 palavras
Data: 14/09/2025 13:53:05

Da minha cama, com a luz do abajur fraquinha e um friozinho de leve batendo nos pelos do corpo — sim, porque a gilete tava aposentada fazia uns dias — eu tava ali, de pijaminha furado e tesão nas alturas. A conversa com o boy da academia tava pegando fogo.

Ele tinha um quê de cafajeste educado, sabe? Queixo furadinho, barba bem feita, cabelo cortadinho na régua e um sorriso tão bonito que dava vontade de sentar na cara só pra agradecer. Eu tentava manter a compostura, mas já tava impossível. Os dedinhos, traíras como sempre, foram escorregando devagar entre minhas pernas sem pedir licença.

— Ô porra, Roberta! — Valentina resmungou com voz de quem foi arrancada do melhor cochilo — Eu tava dormindo emboladinha aqui, quieta…

— Tava dormindo nada, garota. Tu já tava ensopada só nas primeiras fotos. Cala a boca e curte.

— Quero é carinho! Mas avisa antes, caralho! Me acordar com dedo entuxando assim é sexo não consensual.

Dei uma risadinha baixa e deslizei os dedos por cima da calcinha. Ela tava molhada como se tivesse tomado chuva.

— Nossa, Roberta… — ela gemeu — O homem nem pelado tá e eu já tô babando feito bebê com dente nascendo!

— O queixo furadinho me pegou, Valentina… Ele tem cara de que chupa bem, sabe?

— Tem sim… E olha o volume ali! Tu viu, né? Ele tá fazendo aquele charminho de homem que “não quer mandar nude”, mas já tá posando de pau duro com a mão dentro da cueca! Pede logo para ver a rola mulher!

— Pera, tô fazendo a sonsa ainda. Falei que não curto muito esse tipo de foto…

— Falsa! Cínica! Tu tá babando mais que eu! Fala a verdade, Roberta: tu quer ver esse pau mais que boleto pago no fim do mês.

Eu ri, mordendo o lábio. Era verdade. Eu queria. E homem que enrola assim pra mandar nude é porque é pauzudo, só esperando a deixa.

— Calma mulher, nem chegou a foto ainda…

— A cama vai virar brejo, Roberta!

Suspirei, abrindo as pernas um pouco mais, massageando de leve por cima do pano.

— Ele tá digitando…

— Enquanto isso digita neu por favor.

Meu celular apitou.

— CHEGOU! — gritou Valentina, histérica.

— Valentina, se acalma, vou abrir…

— ABREEEEE, CARALHO!

Desbloqueei o celular e cliquei na imagem. Por alguns segundos, silêncio. A gente ficou muda. Hipnotizada.

— Roberta… — Valentina falou com a voz embargada — Tu viu o que eu vi?

— Eu vi…

— É UM PAUZÃO, MINHA FILHA! UM PAUZÃO COM VEIA GROSSA E CABEÇA ROSA! EU QUERO! BOTA O DEDO, BOTA AGORA!

Caí na gargalhada. Valentina tava pulsando feito sirene de ambulância em dia de blackout. A calcinha já tinha virado uma compressa quente grudada nela, igual selo de carta molhada. Nem perdi tempo: puxei a lateral e meti a mão com gosto. Era siririca sem miséria. Serviço completo.

Eu tava entregue. Mas aí ele veio com o clássico:

“Agora quero ver você.”

Ai, meu Deus.

Pra quem nunca tentou, deixa eu explicar: a parte mais difícil do sexo virtual pra mulher não é gozar, é tirar selfie de buceta. Ninguém fala disso, mas toda mulher que tentou sabe. Tirar uma foto da própria raba é arte. Agora da pepeca? É guerra.

— Roberta, tu vai mandar minha foto?!

— Vou… tô tentando…

— AI ME MAQUIA PELO MENOS! Me passa um blur, uma correção de cor, uma luz difusa! Me bota numa paleta quente, amor! Eu tô parecendo um maracujá vencido com essa luz branca do abajur!

Suspirei, celular na mão, deitada igual barata tentando encontrar um ângulo que não revelasse nem as dobrinhas da barriga nem os beiços da Valentina de boca aberta, gritando por dignidade.

— Pera, esse ângulo ficou estranho…

— Estranho?! Roberta, tu me deixou com uma cara de que fui atropelada por um cortador de grama! Cadê o respeito por mim?

— Tu é linda, Valentina. Só não fica muito… fotogênica.

— Linda uma ova! Eu tenho um beiço virado pra esquerda, o outro encolhido, pareço um pastel com crise de identidade! E essa luz aqui, hein? Parece que você tirou a foto no necrotério!

— É porque o abajur é amarelo e a tua cor ficou… indefinida.

— Indefinida?! Eu tou cinza! Roberta, nem parece que tem vida aqui dentro! Joga um flash, usa a lanterna, me ilumina como se eu fosse Nossa Senhora da Buceta Desamparada!

Continuei tentando. Fiz pose agachada, deitada, encostada na parede… O problema é que sempre vaza alguma coisa: uma dobrinha da pança, um fio do lençol sujo, o umbigo com fiapo. E o pior: foto de boceta não tem filtro. Não dá pra meter Paris, Oslo, nem porra nenhuma. Fica tudo esquisito.

— Acho que consegui uma — disse, ofegante, com a mão tremendo.

— Deixa eu ver… hmmm… ok… olha, ficou honesta. Não tá linda, mas também não tô parecendo que saí do meio do mato. Pode mandar. Mas avisa que essa é só a versão beta, tá? Quando a gente depilar e pegar sol, eu deixo tu tirar uma versão 4K com slow motion.

Suspirei, rindo, e mandei.

— Mandei.

— Agora torce pra ele não dar print e usar isso como foto de grupo no Zap.

— Cala a boca, Valentina!

— Tarde demais. Se o pau dele tiver tão bonito ao vivo quanto na foto, minha filha, essa nossa selfie de periquita já valeu a vergonha.

A demora foi tanta na tentativa da foto que eu nem percebi o tempo passar. O pau do boy já tinha sido devidamente idolatrado, o clima tava fervendo, mas eu sumi. Dez minutos inteiros só tentando uma bendita foto da minha buceta que não parecesse um peixe morto na luz amarela do abajur. Será que ele tinha desistido de mim?

O celular vibrou. Ele visualizou.

— Valentina, ele disse que amou… falou que você é um tesão de buceta!

— Hmmm… gostei desse aí, Roberta. Ele tem olho clínico, sabe reconhecer uma beldade vulvística quando vê. Manda um coração pra ele, vai… não, melhor: manda uma gotinha que eu tô ensopada de orgulho.

Mas claro… o pior momento sempre chega. SEMPRE.

— Opa… temos um problema.

— O que foi agora, Roberta? Cansou os dedos? O vibrador tá sem pilha? Eu falei pra comprar aquele modelo com usina hidrelétrica embutida, o nuclear, pra dar conta do teu fogo!

— Pior… ele quer uma de quatro.

— Hahahahaha! Ele quer ver o Senhor Cu também! Essa é nova!

— Deve ser… vamos tentar?

Olha, não existe posição digna pra isso. Não tem glamour. Eu parecia um animal de zoológico com déficit de atenção. Tentei tirar a foto com o celular por cima, tremendo. Depois por baixo, mas parecia que tava fotografando o próprio AVC. Nada ficava bom.

E claro, eu não tinha espelho. A solução: colocar o celular na cadeira e ativar o temporizador.

Lá fui eu. De quatro. No frio. Com a calcinha no tornozelo e o ventilador fazendo corrente de ar entre as pregas.

— Valentina, diga “xis”.

— Fala isso pro Senhor Cu também, né? Ô, senhor Cu! Preparado pra sua estreia, bonitão? Hoje vai aparecer na foto! Se arruma, empina, mostra esse orgulho anal!

— Cala a boca, Valentina! Eu já tô ridícula o suficiente!

Mas eu ri. Porque não tem como não rir. A situação era simplesmente patética. Eu em cima da cama, de quatro, tentando cronometrar o tempo da câmera com o momento em que a bunda fica mais empinada e as beiças da Valentina menos esticadas.

Na terceira tentativa, a porra do joelho escorregou, bati com a cabeça na quina da cama e caí de lado parecendo uma galinha assada.

— AAAAIII, CARALHO!

— Tu morreu?! Valentina perguntou, preocupada.

— Não… só perdi um pouco da dignidade.

— Um pouco? Minha filha, tu tá de bunda pra cima, com o cu piscando pro abajur e a testa roxa. Dignidade foi embora no primeiro clique!

Finalmente consegui uma pose que não me fez parecer uma aberração. A foto saiu boa. Pelo menos na dúvida: entre o sexy e o zoológico. E eu mandei.

Silêncio.

Nada de resposta. Nem visualização. O pau sumiu. O boy evaporou.

— Roberta… ele te bloqueou?

— Não… mas ele sumiu… acho que… demorei demais pra mandar.

— Ah, não… não me diz que tu posou igual camelo de quatro pra nada?

— Posei. De quatro. No frio. Sozinha. Com o Senhor Cu no estrelato. E o boy me deu ghosting.

— Isso é imperdoável. Pau grande e covarde. Típico. Mas fica tranquila, Roberta. Eu ainda te amo. E o Senhor Cu também.

Deitei de costas, ainda nua, com o celular na barriga e a cara de derrota no travesseiro.

— Ele vai se arrepender.

— Vai sim. Perdeu a oportunidade de pegar uma dupla premiada: Valentina e Cu Ltda.

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Comentários

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Mt legalzinho demais eu mt aqui...

Isso sim é um conto erótico com humor acentuado...

Legal demais parabéns

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