O PAI PELUDO DO MEU MELHOR AMIGO

Um conto erótico de Marcos Bear
Categoria: Gay
Contém 8243 palavras
Data: 14/09/2025 16:46:18

Algumas verdades a gente esconde até de nós mesmos. Medo, talvez. Ou a simples e covarde preguiça de lidar com o mundo. Eu, Fernando, aos 23 anos, carregava uma dessas verdades bem guardada. Meus amigos mais próximos, um grupo seleto que incluía Thiago, sabiam. Eles aceitaram com uma naturalidade que eu mesmo ainda não possuía. Para o resto do mundo, eu era apenas um cara normal: altura mediana, corpo sem marcas de academia, um pouco peludo, vivendo a vida sem grandes estridências.

A homossexualidade era m fato íntimo, não algo explícito. Meus desejos eram particulares, e eu os cultivava em silêncio. Homens mais velhos, fortes, peludos… uma atração tão específica que a julgava inalcançável, quase uma fantasia de outro mundo. Algo que vivia apenas nas telas do meu computador, em histórias anônimas e em sonhos secretos.

Até aquele sábado.

Até Marcos.

Marcos, o pai do Thiago, nosso vizinho, uma figura que sempre esteve à margem da minha vida, como uma paisagem familiar que você nunca para realmente para observar. Um homem de 47 anos, presença sólida e impositiva, daqueles que preenchem uma sala sem precisar dizer uma palavra. Eu nunca o havia olhado com aqueles olhos. Ele era apenas o pai do meu amigo.

O calor do dia ainda impregnava o ar noturno da área de lazer da casa de Marcos. A festa do Thiago estava no auge, música animada, gente conversando, risadas altas. Eu estava à vontade, cercado de amigos, mas preferi ficar na beirada, observando, com uma cerveja fria na mão.

A piscina era o centro das atenções. Foi então que Marcos surgiu da água.

Ele usava uma bermuda de banho escura, colada ao corpo pelo peso da água. O tecido molhado delineava cada curva de seu tronco largo e poderoso. A água escorria em filetes por seus ombros amplos e braços musculosos, seguindo o caminho da densa pilosidade escura que cobria seu peito, seu abdômen proeminente e arredondado. Os pelos, encharcados, pareciam mais escuros ainda, formando uma tapeçaria selvagem e masculina sobre sua pele clara. A luz dos refletores da piscina brilhava sobre ele, criando pequenos pontos de luz na água que insistia em permanecer em seu corpo.

Meu olhar, inevitavelmente, foi atraído para o volume generoso que a bermuda molhada moldava entre suas pernas grossas e igualmente peludas. Mesmo em estado flácido, o formato era nítido, impressionante, uma promessa de peso e volume que fez minha boca secar instantaneamente. Ele riu de algo que alguém disse, e o movimento fez seu corpo sacudir de uma forma tão… visceral. Uma atração primitiva, que eu nunca havia sentido por ninguém, muito menos por ele, me atingiu como um choque.

Precisei me afastar. A intensidade daquele desejo repentino era assustadora. Murmurei um "vou ao banheiro" para ninguém em particular e escapei para dentro da casa.

O corredor estava mais silencioso, abafando o som da festa. Abri a porta do banheiro social e o susto quase me fez engasgar.

Marcos estava lá, de costas para a pia, segurando uma toalha. Ele não estava mais molhado, apenas úmido. E estava sem camisa. A visão de tão perto daquela mata de pelos no peito, daquela barriga forte e peluda, foi quase violenta. Mas pior foi o que vi mais abaixo.

Ele estava se arrumando, ajustando o pacote volumoso dentro de uma cueca escura de algodão. Por uma fração de segundo, antes que ele se acomodasse completamente, eu vi. O pênis, flácido, era espesso, com a glande mais escura visível. Os testículos, pendentes, cobertos por uma pele enrugada e franjada por pelos escuros. Foi um flash, mas foi o suficiente para gravar cada detalhe na minha mente.

"Desculpa! Eu… não sabia que…", gaguejei, corando furiosamente.

Ele nem se abalou. Um sorriso pequeno e sereno apareceu sob a barba cheia. "Tranquilo, Fernando. Pode entrar. Já estou terminando." Sua voz era um baixo calmante.

Ele fez exatamente o que dissera. Ajustou-se com uma naturalidade desconcertante na minha frente, puxou a bermuda e deu um último aperto na toalha na nuca. Meu coração batia tão forte que eu temia que ele pudesse ouvir. Eu juro que ele demorou um segundo a mais do que o necessário, como se quisesse ter certeza de que eu tinha visto. Como se estivesse me mostrando.

Ele passou por mim para sair, e seu braço peludo roçou no meu.

Fiquei paralisado, a porta ainda aberta, a imagem do seu corpo e do seu membro queimando na minha retina. E uma certeza incômoda: ele tinha percebido meu olhar. Ele tinha visto o meu interesse, meu embaraço, minha fascinação pura e simples.

O resto da festa se transformou em um jogo de tensão silenciosa. De onde quer que eu estivesse, eu sentia seu olhar. Eu o encontrava em todos os lugares: perto do churrasqueiro, no sofá da sala, no corredor de volta para o jardim. Seus olhos escuros, que antes eu nem notava, agora pareciam me perseguir, pesados, expressivos, carregados de um mistério que eu desesperadamente queria decifrar. Não era um olhar invasivo ou ameaçador. Era… avaliador. Curioso. Intencional.

A sensação era deliciosamente angustiante. Um fio de energia elétrica conectando nós dois no meio da multidão, um segredo que só nós dois compartilhávamos. Eu me senti exposto e poderoso ao mesmo tempo. O mundo comum da festa continuava, mas para mim, tudo tinha virado de cabeça para baixo.

Alguns dias se passaram. A imagem de Marcos não saía da minha cabeça. A tensão daquele olhar persistia em minha memória, um eco constante.

Foi quando Thiago veio me encontrar.

Estávamos no shopping, tomando um sorvete, conversando sobre nada, quando ele deu uma tragada no shake e falou, sem rodeios:

"Cara, o que aconteceu na festa lá em casa?"

Meu sangue ficou gelado. "Por quê? Aconteceu o quê?"

"Meu pai não para de fazer perguntas sobre você."

Tentei disfarçar, dando uma colherada lenta no meu sorvete. "Perguntas? Que tipo de perguntas?"

Thiago encolheu os ombros, mas seu olhar era intrigado. "Sei lá. Coisas aleatórias. Se você tá namorando alguém, se eu sei do seu tipo, se você costuma ficar com alguém do seu círculo de amigos… um interesse súbito e bem específico, pra ser honesto."

Ele riu, como se fosse a coisa mais aleatória do mundo. Para mim, aquelas palavras eram como fósforos jogados em um rastro de gasolina. O coração disparou dentro do meu peito. Cada pergunta era um código que apenas eu e Marcos poderíamos decifrar. Ele estava investigando. Ele estava tentando entender. Aquele olhar na festa não tinha sido imaginação minha. A tensão não era unilateral.

"Seu pai… perguntou isso tudo?", minha voz saiu um pouco mais estridente do que eu gostaria.

"Pois é, mano. Foi estranho. Tipo, ele nem é de se meter na minha vida, muito menos na dos meus amigos." Eu respirei fundo. A tentação de guardar aquilo para mim era enorme, um segredo só meu para saborear e me angustiar em particular. Mas a necessidade de compartilhar, de ter a confirmação de que eu não estava ficando louco, era maior.

"Thiago…", comecei, hesitante, brincando com a colher no pote. "Preciso te contar uma coisa. E promete que não vai ficar puto ou achar que eu tô maluco."

Ele franziu a testa, interessado. "Fala."

"Na sua festa… eu…", como diabos se fala isso? 'Acho que seu pai, tava me dando mole'? "Eu notei que seu pai… me olhava. Muito. E não era um olhar normal, saca?"

Thiago parou de chupar o canudo. "Como assim?"

"É difícil explicar. Era um olhar. E teve uma situação no banheiro…" Eu relatei, com um calor subindo pelo pescoço, o incidente no banheiro, sem os detalhes mais gráficos, mas deixando claro que havia uma energia estranha, um convite não dito no ar. "E depois disso, eu sentia que ele sempre estava me observando. E agora, com essas perguntas…"

Para minha surpresa, Thiago não explodiu. Não ficou bravo. Seus olhos arregalaram de pura e simples surpresa. "Caralho, Fernando… sério?"

"Juro. Tô ficando maluco com isso."

Ele assobiou baixo, olhando para o nada, processando. "Porra… faz sentido, agora que você falou. As perguntas foram muito específicas. Mas… meu pai? Cara, eu sabia que ele dava uns fletes desde que se separou da minha mãe, mas sempre foram mulheres. Mulheres novas, inclusive. Eu nunca… nem passou pela minha cabeça que ele pudesse curtir… caras também."

Ele não disse isso com nojo ou preconceito. Era genuína curiosidade, um quebra-cabeça sendo montado na frente dele. "Você… você sente alguma coisa por ele?", a pergunta foi direta, mas não foi julgadora.

Eu senti o rosto queimar. Era a pergunta de um milhão de dólares. "Eu… nunca tinha pensado nele assim. Mas na festa, vendo ele… assim… cara, ele é exatamente o meu tipo. Tudo me deixa nervoso e excitado ao mesmo tempo."

Thiago ficou em silêncio por um momento, então um sorriso lento e malicioso se formou em seus lábios. "Cara, que doideira. Mas se é isso… quem sou eu pra julgar? Ele é adulto, você é adulto." Ele pensou mais um pouco. "Quer saber? Da próxima vez que ele vier com essas perguntas, eu finjo que é recíproco. Falo que você também fez umas perguntas sobre ele. Que também pareceu interessado. O que você acha?"

Meu coração deu um pulo. Era arriscado. Era praticamente jogar gasolina na fogueira. Mas a possibilidade de que Marcos soubesse que o interesse não era unilateral… era tentadora demais.

"Acho… que pode ser interessante", respondi, tentando soar mais calmo do que me sentia.

Os dias se seguiram com uma agonia deliciosa. Cada notificação do celular me fazia pular. Cada vez que eu via o carro de Marcos na rua, meu estômago embrulhava. A expectativa era um constante zumbido sob a minha pele.

Até que, num sábado tranquilo e ensolarado, a mensagem chegou.

Não era de Thiago. Era um número não salvo, mas eu sabia de quem era. O coração disparou antes mesmo de meu cérebro processar as palavras.

"Fernando, boa tarde. É o Marcos, pai do Thiago. Tudo bem? Preciso de uma ajuda aqui em casa com o computador, está dando um problema besta, mas eu sou um zero. Thiago não está, viajou com uns amigos. Você teria um tempinho para dar uma olhada?"

A mensagem era polida, inocente. Um pedido de ajuda de um vizinho. Mas para mim, cada palavra era um código. Minhas mãos suaram enquanto eu digitava uma resposta, apagava, e digitava de novo.

"Boa tarde, Marcos! Tudo bem, sim. Claro, sem problemas. Que horas é melhor para você?"

A resposta foi quase instantânea.

"Maravilha. Agora mesmo, se você estiver livre. Te espero."

Aquelas duass palavras finais ecoaram na minha mente como um tambor. Tomei um banho, vestir uma camiseta limpa e uma bermuda pareceu o ritual mais importante da minha vida. Tentei me arrumar, parecer casual, mas por dentro eu era um emaranhado de nervos e antecipação.

A porta se abriu.

E lá estava ele. Marcos. Não era o pai do meu amigo, o vizinho robusto. Era o homem da piscina, do banheiro. Ele usava uma camiseta branca simples, justa o suficiente para destacar a largura de seus ombros e a densa mata de pelos que escapava pelo decote. Um short de algodão que deixava suas pernas poderosas e peludas à mostra. Ele cheirava a sabonete masculino e algo mais terroso, algo que era apenas dele.

"Fernando, obrigado mesmo por vir. Me salva", ele disse, com um sorriso que chegava até seus olhos escuros, que me olhavam com aquela intensidade familiar.

"Imagina, Marcos. Não é nada." Minha voz soou estranha, um pouco rouca.

Ele me fez sinal para entrar. A casa estava silenciosa, em uma paz absoluta.

Ele me levou até o escritório, um cômodo modesto com uma escrivaninha onde um computador desktop piscava com um erro qualquer. Ele puxou a cadeira.

"Pode sentar. O problema é esse aqui, vive aparecendo…"

Eu me sentei, tentando me concentrar na tela, mas minha percepção estava totalmente nele. Ele não se afastou. Ficou ao meu lado, tão perto que o calor do seu corpo irradiava contra o meu braço. Sua respiração era calma, mas eu conseguia senti-la. O aroma dele era intoxicante de tão perto.

Enquanto eu mexia no computador, fingindo saber o que estava fazendo, eu sentia o olhar dele queimando o lado do meu rosto. Não era mais minha imaginação. Era pesado, deliberado. Ele não estava olhando para a tela. Estava olhando para mim. Para as minhas mãos trêmulas, para a nuca, para a minha boca.

E naquele momento, naquela sala silenciosa, com a desculpa frágil do computador entre nós, eu tive a mais absoluta certeza: alguma coisa ia acontecer. E eu queria que acontecesse. Cada fibra do meu corpo, cada fio de nervosismo, estava gritando por isso. O jogo de olhares da festa estava prestes a terminar. E algo muito mais tátil e intenso estava para começar.

Foi ele quem quebrou o silêncio, sua voz um pouco mais baixa, mais íntima do que antes. "Thiago me disse uma coisa interessante esses dias."

Meu coração deu um salto. "É mesmo? O que foi?"

"Disse que você também tinha feito algumas perguntas... sobre mim." A pausa foi calculada. O ar parecia sair mais denso de seus pulmões. "Fiquei curioso. Que tipo de perguntas seriam essas?"

Eu travei. O combinado que Thiago e eu havíamos combinado parecia ridículo agora, diante daquela investida direta. Eu engoli seco, sentindo o suor formar uma fina camada na minha testa. "Ah, eram... coisas aleatórias. Nada demais."

Ele se inclinou um pouco, apoiando a mão na mesa, ao lado do monitor. Seu braço peludo ficou a centímetros do meu. O cheiro dele, agora inescapável, era uma mistura de limpo e algo profundamente masculino. "Coisas aleatórias", ele repetiu, como se saboreasse as palavras. "E na festa... aquele incidente no banheiro. Você saiu de lá tão rápido. Fiquei pensando se eu tinha feito algo que te deixou desconfortável."

Ele estava me encurralando com uma cortesia perigosa. Eu me vi balbuciando, completamente perdido. "Não, não... foi só... constrangimento mesmo. Eu não queria invadir seu espaço."

Ele observou meu desconforto por um longo segundo. E então, algo em sua expressão mudou. A postura provocativa se dissolveu, substituída por uma seriedade genuína. Ele se endireitou, criando uma pequena distância.

"Fernando, escuta...", ele começou, sua voz agora carregada de um peso diferente. "Peço desculpas. Eu devo estar lendo as coisas completamente erradas. Sou um velho besta criando caso. Esquece o que eu disse, por favor. Vamos só resolver esse computador e fim de papo."

A retirada dele foi tão repentina quanto o avanço. E foi pior. A ideia de que aquela tensão toda, aquele fio de esperança, iria se dissolver em um mal-entendido constrangedor foi como um balde de água gelada. Não. Eu não podia deixar aquilo acabar assim.

"Marcos, espera." A voz saiu mais firme do que eu esperava.

Ele parou, olhando para mim, suas sobrancelhas cheias levemente arqueadas.

"Você não leu errado", eu disse, olhando diretamente para seus olhos escuros. "E você não é um velho besta. Longe disso." Respirei fundo, reunindo toda a coragem que não sabia que tinha. "O que aconteceu na festa... eu reparei. E eu gostei. E sim, fiz perguntas ao Thiago sobre você. Porque eu também fiquei curioso."

Vi o choque percorrer seu rosto, seguido por um brilho rápido e intenso em seus olhos. Ele abriu a boca para dizer algo, mas eu continuei, impulsionado por uma ousadia recém-descoberta.

"Somos dois adultos, Marcos. Não há nada de errado nisso. E pra deixar absolutamente claro..." Minha voz baixou para um sussurro quase rouco. "Se rolar alguma coisa... qualquer coisa... pode ter certeza de que rola por mim."

O silêncio que se seguiu foi eletrizante. Marcos me observou, e pela primeira vez, vi a máscara de seriedade se quebrar completamente. Um sorriso lento, genuíno e incrivelmente sensual se abriu sob sua barba escura. Seus olhos escureceram ainda mais, perdendo qualquer resquício de neutralidade. Era pura vontade.

"É mesmo?", ele perguntou, a voz agora um rosnado baixo e sedoso.

"É." Minha resposta foi um sopro só.

Ele não disse mais nada. Apenas acenou com a cabeça em direção à porta. "Então vamos... para um lugar mais confortável."

Meu estômago embrulhou de pura expectativa. Levantei-me, minhas pernas um pouco fracas, e o segui pelo corredor silencioso. Ele parou diante de uma porta fechada, a seu quarto. Ao abri-la, um novo universo se descortinou.

O quarto era amplo, dominado por uma cama larga e convidativa, com lençóis escuros. O cheiro aqui era ainda mais forte, era o cheiro dele: uma mistura inconfundível de seu shampoo, seu desodorante, seu suor seco, algo masculino, que era a essência do homem.

Meus olhos percorreram o ambiente rapidamente. Uma cadeira encostada na parede, sobre ela, um par de jeans e uma camiseta. E no canto, um cesto de roupas semiaberto. De dentro, eu podia ver a ponta de cuecas escuras de algodão e meias enroladas. Roupas íntimas sujas. A visão deveria ser mundana, banal. Mas naquele contexto, naquele momento, foi profundamente erótica. Era a prova da realidade daquele homem, da sua vida íntima, da sua masculinidade crua e terrena. Aquilo não era uma fantasia distante. Era real.

A porta se fechou atrás de nós com um clique suave e definitivo. O som pareceu ecoar no quarto silencioso.

Marcos se virou para me encarar... Ficou parado, me avaliando, deixando que eu desse o próximo passo.

Eu fechei a distância entre nós em dois passos. Ele não se moveu, apenas sua respiração pareceu se aprofundar. Levantei as mãos, hesitante por um segundo final, antes de colocá-las firmes em seu peito.

A sensação foi um choque. Mesmo através do algodão da camiseta, eu senti a solidez de seu torso, a textura densa dos pelos que eu sabia que estavam lá. Minhas palmas se achataram contra aquele muro quente e vivo de músculo e pelo. Ele suspirou fundo, e seus olhos se fecharam, como se meu toque fosse um alívio imediato para uma tensão de semanas.

Encorajado, deixei minhas mãos deslizarem. Para baixo, sobre a cintura larga, sentindo a curva de seu abdômen proeminente sob o tecido. Meus dedos encontraram a barra da camiseta. Olhei para seu rosto, seus olhos ainda fechados, sua expressão serena e expectante.

Agarrei o tecido com as mãos e comecei a puxar para cima. Ele não hesitou. Levantou os braços, obediente, facilitando meu trabalho. A camiseta saiu sobre sua cabeça, e ele a jogou de lado sem abrir os olhos, como se estivesse se entregando completamente àquela experiência, às minhas mãos.

O espanto me tirou o fôlego. A realidade daquele corpo era muito mais avassaladora do que qualquer fantasia ou visão rápida. Seu peito era amplo, coberto por uma densa floresta de pelos escuros e encaracolados que se estreitavam em uma linha espessa que descia pelo abdômen. Seus músculos, definidos sob a camada de gordura e pelo, falavam de uma força latente, poderosa. Sua pele clara contrastava violentamente com a escuridão de sua pelagem. Eu não resisti.

Minhas mãos voltaram a tocar, agora na pele. Era quente, levemente áspera pela passagem dos pelos. Alisei seu peito, sentindo os músculos contraírem sob meus dedos, os mamilos se endurecerem contra minhas palmas. A necessidade foi maior que a admiração. Eu enterrei meu rosto naquele peito, minha boca encontrando a pele salgada e o cheiro intenso e masculino.

Foi como mergulhar em algo primordial. Minha boca e minha língua exploraram aquela terra nova, lambendo, chupando, mordiscando levemente. Eu sentia seus gemidos baixos vibrarem contra meus lábios. Ele arqueou as costas, oferecendo-se mais. Suas mãos, que até então estavam ao lado do corpo, subiram e ele entrelaçou os dedos atrás da própria nuca, expondo-se completamente. A confiança total daquele gesto me deixou tonto.

Minha jornada continuou. De seu peito, minha boca seguiu para o lado, beijando a lateral de seu torso, até chegar à sua axila. O aroma lá era mais concentrado, absolutamente viciante. Enterrei o nariz e depois a língua naquele emaranhado escuro, perdendo-me no tabu e no êxtase daquela descoberta. Marcos gemeu mais alto, seus dedos se apertando atrás da cabeça.

Minhas mãos, enquanto isso, desciam. Percorreram a trilha de pelos que levava ao umbigo, alisaram a barriga redonda e macia, até que meus dedos encontraram o elástico grosso de sua bermuda.

Olhei para cima. Seus olhos estavam abertos agora, fixos em mim, cheios de um fogo intenso e aprovador. Com dedos que tremiam de excitação, desfiz o botão e a fechadura. A bermuda, solta, caiu facilmente pelos seus quadris poderosos e pelas coxas peludas, formando uma pilha no chão ao seus pés.

Ele ficou de pé diante de mim, gloriosamente reduzido a uma cueca branca de algodão, justa e abarrotada.

O contraste era obscenamente excitante. A cueca clara, quase branca, servia como uma moldura vulgar para aquele pacote volumoso que ela mal conseguia conter. A forma do seu membro, mesmo meia bomba, era nítida e impressionante, um peso pesado repousando contra a coxa. E em torno dela, escapando por cima do elástico e pelos lados, os pelos pubianos escuros e densos explodiam, um quadro selvagem contra o tecido branco e inocente.

Eu estava hipnotizado, minha boca seca, minhas próprias calças absurdamente apertadas. Estava prestes a me ajoelhar, tocar, explorar com a boca, quando sua voz grave quebrou o silêncio, rouca e carregada de desejo.

"Agora você", ele respirou, seus olhos percorrendo meu corpo. "Deixa eu te ver, Fernando. Posso?"

Meu consentimento foi um aceno mudo, a cabeça movendo-se quase que independente do meu corpo, que estava paralisado pela antecipação e por uma vulnerabilidade deliciosa. Ele se aproximou, e seus movimentos eram deliberados, lentos, como se eu fosse algo precioso e frágil. Suas mãos, grandes e fortes, com dedos robustos e veias salientes, subiram até a barra da minha camiseta. Seus olhos, escuros e intensos, não desgrudavam dos meus, lendo cada microexpressão, cada contração de nervosismo ou prazer.

Ele pegou o tecido com um cuidado que me comoveu. "Levanta os braços", ele instruiu, sua voz um rosnado suave. Eu obedeci, e ele puxou a camiseta para cima, sobre minha cabeça, descartando-a sem nem olhar para onde ia. Seu olhar agora percorria meu torso nu, desprovido da musculatura definida dele, mais macio, mas ainda assim coberto por uma camada de pelos mais claros e finos.

"Que tesão", ele murmurou, mais para si mesmo do que para mim. Suas mãos pairaram no ar por um instante, como se ele estivesse hesitando. Então, suas palmas quentes e ásperas finalmente encontraram minha pele.

Um arrepio violento percorreu minha espinha. Seus dedos exploraram meu peito, meus mamilos, minha barriga, com uma mistura de curiosidade e admiração que era incrivelmente excitante. Ele não tinha pressa. Cada toque era meticuloso, como se estivesse memorizando cada centímetro.

Então, seus dedos encontraram o botão da minha bermuda. Ele manteve o contato visual enquanto desabotoava, a intensidade do seu olhar me prendendo mais do que qualquer força física. A fechadura ecoou no quarto silencioso. Ele se ajoelhou lentamente diante de mim, sua altura robusta agora reduzida, e isso foi surpreendentemente íntimo e poderoso.

Ele agarrou a barra da minha bermuda e da minha cueca ao mesmo tempo. "Levanta um pouco", ele pediu. Eu me apoiei em seus ombros largos, sentindo a textura de seus pelos sob meus dedos, enquanto ele puxava tudo para baixo, num único movimento fluido, até meus tornozelos.

Eu estava completamente exposto, meu membro ereto pulsando contra o meu abdômen. Seus olhos escuros se arregalaram, e um suspiro audível escapou de seus lábios.

"Caralho, Fernando...", a palavra saiu como um gemido. Sua mão grande e peluda se aproximou, pairando por um segundo antes de envolver meu pau com uma delicadeza que eu nunca imaginaria que aquelas mãos fortes poderiam ter. O contraste foi eletrizante: a pele áspera de suas palmas, a suavidade do seu toque, a temperatura quente da sua mão contra a minha pele sensível. Um gemido escapou da minha garganta, e meus joelhos quase cederam.

Então, ele fez algo inesperado. Com uma pressão suave em meu quadril, ele me virou de costas.

Minhas costas, meu traseiro, tudo estava exposto à sua vista. Eu senti um frio na nuca, uma vulnerabilidade ainda maior. Mas não havia vergonha, apenas uma excitação aguda e quase dolorosa.

Suas mãos voltaram a me tocar, agora nas costas. Eles desceram pela minha coluna, fazendo meus músculos se contraírem sob a carícia. Eu senti o peso do seu olhar percorrendo cada curva.

E então, senti algo ainda mais intenso. Seus lábios.

Eles eram incrivelmente macios, um contraste absoluto com a textura áspera de sua barba. Ele começou a beijar minhas costas, partindo dos meus ombros. Beijos lentos, úmidos, cheios de intenção. Sua língua deslizou pela minha coluna, e eu gemi. Suas mãos seguravam meus quadris, mantendo-me firme enquanto sua boca descia, beijando, lambendo, mordiscando levemente as costelas, a base das minhas costas.

Ele estava me adorando. Cada beijo, cada toque de língua, era um ato de reverência ao meu corpo. Eu estava completamente entregue, perdido na sensação daquela boca experiente explorando partes de mim que nunca tinham sido sequer notadas, muito menos beijadas com tamanha devoção.

Me virei de supetão, surpreendendo-o. Seus olhos, turvos de desejo, me fitaram questionadores. Sem dizer uma palavra, coloquei minhas mãos em seus ombros largos e o empurrei com uma suave firmeza em direção à cama. Ele cedeu com um grunhido surpreso, mas complacente, seu corpo grande e pesado afundando no colchão com um som abafado. Ele ficou deitado de costas, respirando profundamente, um monumento de carne e pelo contra os lençóis escuros.

A visão era de tirar o fôlego. Ele estava recostado, apoiado nos cotovelos, suas pernas abertas e ainda cobertas pela cueca branca, que agora parecia uma obscenidade triunfante. O volume sob o tecido era ainda mais pronunciado dessa posição, uma montanha imponente delineada pelo algodão claro, ladeada pelos densos pelos escuros que escapavam pelas pernas. Era um convite mudo e primitivo.

Mas eu não iria direto ao ponto. Não ainda. Eu queria explorar cada centímetro daquele homem. Queria reverenciá-lo como ele havia feito comigo.

Comecei pelos seus pés. Ajoelhei-me ao pé da cama e tomei um deles em minhas mãos. Era um pé grande, masculino, coberto por alguns pelos, com dedos fortes e unhas bem cuidadas. A pele era mais áspera na sola, mas o peito do pé era coberto por uma fina camada de pelos escuros. Levei o pé à minha boca.

Ele emitiu um som de surpresa, tentando se erguer. "Fernando, você não precisa..."

"Quero", interrompi, minha voz saindo mais firme do que eu sentia. "Fique deitado."

Ele recostou a cabeça no travesseiro, um gemido escapando de seus lábios quando minha língua começou seu trabalho. Lambi a sola do seu pé, sentindo a textura áspera contra a suavidade da minha língua. Beijei o peito do pé, onde os ossos eram mais proeminentes, e depois prendi cada um de seus dedos na boca, chupando-os com uma devoção que me surpreendeu. O sabor era limpo, salgado, intensamente masculino. Marcos se contorcia na cama, seus músculos abdominais contraindo, suas mãos agarrando os lençóis.

Minhas mãos começaram uma massagem, subindo dos tornozelos para as panturrilhas. Seus músculos eram densos, poderosos, e eu os amassei com força, sentindo a tensão ceder sob meus dedos.

Continuei subindo, pelas canelas, até chegar às coxas. As coxas de Marcos eram grossas, fortes, uma verdadeira armadura de homem. Meus dedos se perderam na floresta densa e escura de pelos que as cobriam. A sensação era incrivelmente erótica, áspera e macia ao mesmo tempo. Eu me inclinei para frente e enterrei meu rosto na parte interna de sua coxa, beijando e mordiscando a pele sensível, sentindo os músculos poderosos se contraírem sob meus lábios.

O calor que emanava dali era intenso, um calor vivo e úmido. A pressão da sua carne musculosa contra o meu rosto era avassaladora. O cheiro, agora mais concentrado, era intoxicante: suor, homem, puro desejo. O tecido da cueca esfregava contra minha bochecha, úmido já da minha saliva e do seu próprio suor, um lembrete tátil do prêmio que estava tão perto.

Eu estava enlouquecido de excitação. Meu próprio membro latejava, ignorado, todo o meu foco estava naquela região proibida e gloriosa. Eu esfregava meu rosto entre suas pernas, como um animal em êxtase, perdido no calor, na pressão, na textura dos seus pelos e no tecido molhado que separava minha boca do que eu realmente queria.

Foi quando minhas mãos, quase que por vontade própria, encontraram o elástico da cueca. Meus dedos se enrolaram nele. Eu olhei para cima, encontrando seu olhar. Seus olhos estavam escuros como carvão, sua respiração era ofegante, seu peito subia e descia rapidamente.

Com uma lentitude deliberada, que fazia cada segundo valer uma eternidade, comecei a puxar a cueca para baixo.

Primeiro, o elástico passou pela cintura, revelando a linha densa de pelos pubianos que subia do umbigo. O tecido branco desceu, centímetro a centímetro, revelando mais e mais daquela selva escura e encaracolada. A base do seu membro surgiu, impressionantemente grossa mesmo na raiz, enterrada nos pelos.

E então, finalmente, a cueca passou por cima do ponto de não retorno.

Seu pênis saltou para fora, livre do confinamento.

Era uma visão de tirar o fôlego. Mesmo em estado semi-ereto, era espesso, uma coluna de carne vascularizada, com veias azuladas serpentando por seu comprimento. A pele era mais escura que o resto do corpo, e o prepúcio cobria parcialmente a glande, deixando apenas a ponta mais escura e úmida à vista. Era pesado, repousando majestosamente sobre um saco escrotal grande, pendente e intensamente peludo. A pele dos testículos era enrugada e coberta por pelos escuros e crespos, um visual brutalmente masculino e visceral.

Eu simplesmente fiquei ajoelhado ali, por um momento, admirando aquele pedaço cru e poderoso de masculinidade. Era a personificação física de todo o desejo, toda a tensão e todo o mistério que havia culminado naquele momento. E ele era todo o homem que eu desejava. A visão do membro de Marcos, finalmente liberto, era hipnótica.

Minhas mãos tremeram levemente quando se aproximaram. Primeiro, toquei a base, sentindo a pele incrivelmente macia sobre a rigidez que crescia sob meus dedos. Um longo gemido saiu de Marcos, seus quadris arqueando-se levemente para cima, um movimento involuntário de busca por mais contato.

Encorajado, baixei minha cabeça. Meu primeiro contato não foi com seu pau, mas com seu saco. Esfreguei meu rosto naquela pele enrugada e densamente peluda, sentindo a textura áspera contra minha pele, o calor intenso, o peso dos testículos contra minha face. O cheiro era concentrado e me embriagou completamente. Minha língua saiu, lamendo um caminho lento e deliberado por aquela superfície irregular, saboreando o salgado único da sua pele.

Marcos resmungou algo ininteligível, suas mãos agarrando os lençóis com força, seus músculos abdominais contraindo violentamente.

De lá, minha língua subiu, como uma cobra explorando um novo território. Segui a veia proeminente que corria pela parte inferior do seu membro até a base da cabeça. A pele aqui era como veludo, quente e pulsante. Cheguei à junção onde a cabeça começava, ainda parcialmente escondida pelo prepúcio.

Com a ponta da língua, fiz um movimento circular, pressionando suavemente. Eu senti a cabeça endurecer ainda mais sob o toque, e o prepúcio recuou lentamente, revelando a glande completamente. Era mais escura, quase roxa, lisa e lustrosa, com uma gota de líquido claro já brotando da fenda minúscula no topo.

Não resisti. Levei a ponta da língua até aquela gota, saboreando seu sabor salgado e levemente adocicado, um sabor puramente masculino que fez meu próprio pau latejar de necessidade. Então, abri a boca e envolvi a cabeça.

O gemido que saiu de Marcos foi gutural, animal. Seus quadris se levantaram da cama, mas ele controlou o impulso de enfiar-se fundo, mantendo-se relativamente imóvel, entregue à minha exploração.

Minha boca desceu, devagar, tomando mais dele. A sensação de preenchimento foi imediata e avassaladora. Eu senti a espessura dele alongando meus lábios, a cabeça roçando no céu da minha boca. Meus lábios se fecharam firmemente ao redor do seu eixo, e eu comecei a mover minha cabeça para cima e para baixo, estabelecendo uma cadência.

Eu era um homem possuído. Minhas mãos seguravam sua base, sentindo as veias pulsarem sob meus dedos enquanto minha boca trabalhava. Meus olhos estavam fechados, todos os meus sentidos focados naquela única tarefa: sugar-lhe com devoção. Eu descia até sentir os pelos pubianos esfregarem no meu nariz, inalando profundamente seu aroma, e depois subia lentamente, minha língua fazendo um movimento espiralado na parte sensível inferior da cabeça antes de quase liberá-lo, só para descer novamente.

A cadência era lenta no início, meticulosa, saboreando cada centímetro, cada textura. Mas à medida que os gemidos de Marcos se tornavam mais urgentes, seus dedos se enterrando no meu cabelo sem força, apenas guiando, minha velocidade aumentou. O som úmido e obsceno do meu trabalho enchia o quarto, uma trilha sonora para o nosso êxtase.

Eu me perdi naquele ritmo, no sabor dele, no peso de seu saco contra meu queixo, nos sons que ele fazia. O mundo fora daquela cama, fora daquela boca, deixou de existir. Havia apenas eu, Marcos, e a cadência úmida e perfeita que nos unia.

A necessidade de sentir mais dele, de cobrir cada centímetro daquele corpo com minha boca, tornou-se uma obsessão. Lentamente, parei o movimento de vai-e-vem, deixando meu membro escorregar para fora dos meus lábios com um som úmido que fez Marcos estremecer. Ele soltou um grunhido de protesto, mas ficou em silêncio quando minha língua começou uma nova jornada.

Subi pelo seu púbis, lambendo a base espessa, perdendo-me novamente na floresta escura de seus pelos. Minha língua traçou um caminho lento e molhado pela linha média do seu abdômen, explorando a profundeza do seu umbigo, sentindo os músculos contraírem sob a carícia úmida. Continuei subindo, pela barriga macia e peluda, até chegar ao peito.

Lá, dediquei-me a cada mamilo, chupando-o até ficar duro como uma pedra, mordiscando-o levemente, ouvindo os gemidos roucos que escapavam de sua garganta. Suas mãos grandes encontraram meu cabelo, não guiando mais, apenas segurando, como se eu fosse uma tábua de salvação.

Não consegui mais me manter ajoelhado. A necessidade de sentir aquele corpo todo contra o meu era maior. Subi pelo seu torso, me encaixando sobre ele, nossa pele finalmente se encontrando por completo.

O impacto foi eletrizante. Meu corpo mais magro e menos peludo afundou contra a robustez quente e peluda dele. Era como ser engolido por uma fornalha viva de masculinidade. Seus braços me envolveram, poderosos, puxando-me para ainda mais perto. Suas pernas peludas se entrelaçaram nas minhas. Senti seu membro, agora completamente ereto e pulsante, pressionado contra minha barriga.

Nós nos beijamos. Foi um beijo selvagem, desesperado, saboreando o gosto um do outro, um gosto que já era familiar e ainda assim incrivelmente novo. Nossas mãos percorriam costas, ombros, cabelos.

Foi então que uma de suas mãos desceu, passou pela curva das minhas costas e se agarrou à minha nádega com uma posse que me fez gemer contra sua boca. Seus dedos grandes e fortes massagearam a carne, apertando, puxando-me contra seu quadril, fazendo seu pau roçar entre as minhas pernas.

A sensação foi tão intensa, tão diretamente proposital, que quebrou algo em nós dois. Com um rosnado, Marcos rolou, levando-me com ele, até que ficamos de lado, frente a frente, ainda entrelaçados.

Ele me olhou, seus olhos eram poços de escuridão e desejo puro. Sem quebrar o contato visual, ele pegou minha perna que estava por cima e a ergueu, dobrando-a sobre seu quadril. O movimento foi surpreendentemente suave, mas sua intenção era clara como cristal.

A nova posição abriu-me completamente. Meu traseiro, já sensível pela sua massagem, estava agora exposto. O ar gelado do quarto atingiu a fenda entre minhas nádegas de uma forma nova, íntima, fazendo-me estremecer. Meu próprio membro, preso entre nossos corpos, latejou violentamente.

Foi a visão final que Marcos precisava. Seu olhar percorreu meu corpo, da minha perna levantada sobre seu quadril, passando pelo meu torso contraído, até encontrar meus olhos novamente. A expressão nele era de posse, de fome, de uma determinação absoluta.

"Fernando...", sua voz saiu como um rasgo de tecido, áspera e carregada de promessa. "Eu quero você."

Minha resposta foi um aceno, meu cérebro incapaz de formar palavras, meu corpo já dizendo 'sim' de todas as formas possíveis.

Ele se moveu com uma eficiência que falava de experiência. Alcançou a mesa de cabeceira e abriu a gaveta, tirando um pequeno frasco de lubrificante e uma camisinha. O som da tampa se abrindo pareceu o mais barulhento do mundo. Ele derramou um fio generoso do líquido gelado em seus dedos.

Seus olhos nunca deixaram os meus enquanto sua mão, agora lubrificada, desceu pelas minhas costas, sobre a curva da minha nádega. Eu fechei os olhos, enterrando o rosto em seu peito, sentindo o cheiro dele, preparando-me. Seus dedos não foram direto ao ponto. Massagearam a região, apertando, acariciando, até que um dedo, suave mas firme, começou a circular meu centro.

A sensação foi de um choque íntimo. Eu me contraí instintivamente, mas sua outra mão estava nas minhas costas, firmando-me, acalmando-me.

"Relaxa, garoto", ele sussurrou, seu hálito quente no meu ouvido. "Só vou te preparar. Vou te fazer sentir tão bom..."

Seu dedo pressionou gentilmente, e com um pequeno estímulo, a resistência cedeu. A intrusão foi lenta, meticulosa, dando-me tempo para me acostumar com a sensação de preenchimento. Era estranho, mas não doloroso. E então, ele começou a mover o dedo, para dentro e para fora, numa simulação lenta e deliberada do que estava por vir.

Aos poucos, a estranheza deu lugar a uma nova onda de prazer, uma sensação de estar sendo aberto, preparado, cuidado. Meus gemos eram abafados contra seu peito peludo. Quando um segundo dedo se juntou ao primeiro, alongando-me ainda mais, um gemido mais agudo escapou. A pressão era maior, mas a promessa contida no movimento, a reverência com que ele fazia aquilo, transformava qualquer desconforto em pura antecipação.

Ele estava me moldando para ele. E eu me entregava completamente, sabendo que aquela preparação era o prelúdio para me tornar inteiramente dele.

Meu corpo estava relaxado, aberto, e latejava com a memória dos seus dedos. Quando ele os retirou, uma sensação de vazio instantâneo me invadiu, seguida por um frio súbito que foi rapidamente dissipado pelo calor do seu corpo.

Ele se posicionou entre minhas pernas, que ainda estavam envoltas em torno de seus quadris. Meus olhos estavam fechados, toda a minha existência concentrada naquele ponto de contato íntimo. Eu senti a cabeça do seu membro, quente e lubrificada, pressionando contra o meu anel.

Era uma sensação de pressão imensa, um volume que os dedos, por mais que tivessem me preparado, não poderiam ter simulado completamente. A cabeça, larga e lisa, massageou a entrada com uma paciência infinita, roçando, estimulando, mas não invadindo. A escuridão dos meus olhos fechados foi preenchida pela imagem mental daquela peça monumental de masculinidade, prestes a me possuir.

O atrito dos seus densos pelos pubianos contra a minha pele sensível era um estímulo adicional, áspero e primitivo, uma constante lembrança da virilidade do homem que estava sobre mim.

"Relaxa, Fernando", sua voz era um rosnado suave, carregado de uma tensão controlada que era incrivelmente excitante. "Vou devagar... só relaxa para mim."

Eu respirei fundo, soltando o ar lentamente, tentando conscientemente abrir-me ainda mais para ele. E então, com uma pressão firme, ele começou a entrar.

A sensação foi de um rompimento e um preenchimento simultâneos. Um gemido rouco e involuntário escapou da minha garganta. Não era de dor—ele tinha sido tão cuidadoso—mas de um espasmo de puro impacto. Era enorme, preenchendo-me de uma forma que eu nunca tinha experimentado, alongando-me por dentro de um modo que beirava o doloroso, mas que era, fundamentalmente, intensamente prazeroso.

Ele parou, completamente imóvel, assim que a cabeça passou pelo ponto mais tenso. Seu corpo estava trêmulo sobre o meu, seu suor pingando no meu peito. "Tudo bem?", ele sussurrou, sua voz carregada de preocupação.

"Sim...", ofeguei, minha voz estranha. "Não para... por favor, não para."

Encorajado, ele continuou. Lentamente, centímetro por centímetro, ele se afundou em mim. Eu sentia cada veia, cada contorno dele dentro de mim, um preenchimento tão completo que eu sentia que não caberia mais nada no universo a não ser ele. O calor que emanava do seu corpo e do meu próprio interior era sufocante, uma fornalha compartilhada. Nossos suores se misturavam, tornando nossas peles escorregadias, grudadas.

Os sons eram obscenos e lindos: nossa respiração ofegante e sincronizada, o som úmido e baixo do movimento, o rangido discreto da cama.

Ele estabeleceu um ritmo lento e profundo. Cada investida era uma afirmação, uma reconquista do espaço que ele havia aberto. A sensação era avassaladora. Com cada movimento para dentro, eu sentia uma onda de prazer que começava no meu centro e se irradiava para todo o meu corpo, fazendo meus dedos formigarem e minha cabeça girar. Com cada movimento para fora, uma sensação de perda que só aumentava o desejo pela próxima penetração.

Meus braços o puxaram para mais perto, minhas unhas cavando suas costas largas. Meus gemidos eram abafados contra o seu ombro peludo. Eu estava perdido em um mar de sensações: o peso do seu corpo, o cheiro do nosso suor, o som da nossa união, e a sensação inacreditável de tê-lo dentro de mim.

Mas logo, a passividade não foi mais suficiente. A necessidade de ter mais controle sobre a profundidade e o ângulo do prazer tornou-se urgente. Eu queria conduzir a dança. Eu queria cavalgá-lo.

Com um esforço, empurrei seu peito. "Para... para um pouco", ofeguei.

Ele parou imediatamente, seus olhos cheios de preocupação novamente. "Machucou?"

"Não...", eu disse, respirando fundo. "Eu quero... eu quero por cima."

O entendimento, seguido por um brilho de pura luxúria, acendeu seu olhar. Com um grunhido, ele se deitou de costas, seu membro saindo de mim com um som úmido que me fez estremecer de saudade instantânea. Ele ficou lá, imponente contra seu abdômen peludo, brilhante com nosso lubrificante misturado.

Eu me coloquei sobre ele, minhas pernas tremendo de excitação e nervosismo. Coloquei uma mão em seu peito para me equilibrar e com a outra, guiei a cabeça do seu membro de volta para a minha entrada. Olhando diretamente para seus olhos, eu me abaixei.

Dessa vez, eu controlei a descida. Foi mais lento, mais agonizante. Eu senti cada milímetro do meu corpo se abrindo para recebê-lo novamente, uma sensação incrivelmente erótica. Quando ele estava completamente dentro de mim, eu parei, ofegante, me acostumando com a sensação de tê-lo tão profundamente a partir dessa nova perspectiva.

E então, comecei a me mover.

A nova posição me deu um controle total, uma perspectiva vertiginosa. De cima, eu podia ver tudo: o corpo robusto de Marcos afundado na cama, seu peito largo e peludo subindo e descia rapidamente, o suor escorrendo em filetes por seu pescoço forte e escorrendo pelos sulcos entre os músculos do seu abdômen. Meus joelhos estavam firmes ao lado de seus quadris, minhas mãos plantadas em seu peito, sentindo os pelos molhados e a poderosa batida do seu coração sob minhas palmas.

Comecei a me mover, um movimento lento e circular da minha cintura, sentindo cada centímetro dele dentro de mim se mover em ângulos diferentes. Meus olhos estavam fechados, minha cabeça jogada para trás, perdida na sensação. A cada descida, minhas nádegas roçavam nas coxas grossas e peludas dele, um atrito áspero e delicioso. Meu saco, tenso e cheio, esfregava contra a densa mata de pelos pubianos dele a cada subida, enviando choques de prazer até a base da minha espinha.

As mãos de Marcos não paravam. Eles percorriam meu corpo como se estivessem memorizando cada curva. Agarravam minha cintura, me guiando, depois subiam para apertar meus peitos, beliscar meus mamilos endurecidos, para depois descer e se agarrar às minhas nádegas, seus dedos afundando na minha carne, puxando-me para baixo com mais força a cada investida.

"Fernando...", ele gemeu, sua voz um rosnado rouco. "Você é... incrível."

Seus elogios me incendiaram. O movimento circular deu lugar a um vai-e-vem mais direto, mais rápido. O som dos nossos corpos se encontrando, úmidos de suor, encheu o quarto. Meus gemidos se tornaram mais altos, mais agudos, ecoando os grunhidos guturais que saíam dele. Eu estava me movendo com um frenesi agora, usando seu corpo para meu próprio prazer, cavalgando-o com uma necessidade animal.

Foi quando suas mãos se firmaram com força nos meus quadris, parando meu movimento abruptamente.

"Vou gozar...", ele anunciou, sua voz tensa, seus olhos arregalados e fixos em mim, cheios de um aviso e uma permissão ao mesmo tempo. "É agora."

A declaração foi como um comando. Não queria distância. Queria o oposto. Queria sentir tudo.

Me curvei para frente, abandonando a posição vertical, e desci sobre ele. Meu peito colou contra o dele, suor sobre suor, pele sobre pele, meus pelos mais finos se misturando aos seus densos e encaracolados. Enterrei meu rosto no pescoço dele, inalando profundamente seu cheiro intenso, agora intoxicante com o aroma do sexo e do esforço. Nossas respirações se misturavam, ofegantes e quentes.

Minha cintura, no entanto, não parou. Continuei me movendo, agora com pequenos, curtos e profundos movimentos circulares, massageando-o por dentro, querendo levá-lo até o limite.

"Goza dentro de mim", sussurrei contra sua pele, minha voz rouca e implorando. "Me enche."

Foi a gota d'água. Com um rugido abafado no meu ouvido, ele explodiu.

Eu senti. Tudo.

Primeiro, foi uma contração violenta dentro de mim, um espasmo poderoso que fez todo o meu corpo estremecer. Depois, veio o calor. Um jato intenso e escaldante que inundou meu interior, onda após onda, cada uma mais quente que a anterior, preenchendo-me de uma forma profundamente íntima e primitiva. Eu conseguia sentir cada pulsação dele, cada jato de sua essência sendo liberado dentro de mim, uma sensação de posse e entrega tão completa que me fez chorar silenciosamente contra seu pescoço.

O calor, as pulsações, a sensação de estar sendo preenchido por ele, foi o estímulo final que meu próprio corpo precisava. Meu membro, preso e esfregando entre nossas barrigas suadas, pulsou violentamente, jorrando meu próprio prazer quente sobre sua pele, nossa mistura de fluidos se unindo em uma poça pegajosa em seu abdômen.

Nós permanecemos assim, unidos, por um tempo que pareceu eterno. Aos poucos, as pulsações dentro de mim diminuíram, a respiração ofegante de Marcos contra meu ouvido foi se acalmando, tornando-se mais profunda e regular. A única sensação era o calor—o calor do seu corpo sob o meu, o calor do seu sêmen dentro de mim, o calor do nosso suor nos unindo.

Nenhum de nós se moveu para se separar. Eu estava exausto, completo, preenchido de uma forma que ia muito além do físico. Era um silêncio pesado e doce, quebrado apenas pelo som da nossa respiração sincronizada e das batidas dos nossos corações lentamente voltando ao normal. Estávamos entregues, fundidos, um só.

Com um movimento lento e quase doloroso, eu me levantei, me separando dele.

A sensação foi imediata e visceral. Uma onda do seu sêmen, quente e espesso, escorreu instantaneamente das minhas entranhas para fora, descendo pela minha coxa em um fio branco e pegajoso. Eu soltei um suspiro ofegante ao sentir aquele fluxo íntimo, uma prova tangível e crua do que havíamos feito. Olhei para baixo, vendo a marca obscena e deliciosa escorrendo por minha pele e manchando os pelos da minha perna. No abdômen peludo de Marcos, meu leite estava espalhado, uma pintura branca sobre a floresta escura.

Nós nos olhamos. Não havia vergonha, não havia constrangimento. Havia apenas uma cumplicidade profunda e silenciosa. Os olhos escuros de Marcos, antes flamejantes de desejo, agora estavam serenos, cheios de uma afeição tranquila e surpresa. Um sorriso pequeno e cansativo surgiu sob sua barba suada.

Ele não disse nada. Apenas estendeu a mão, pegando uma cueca que estava jogada na cama e a ofereceu para mim, com um gesto simples e prático de cuidado. Usei para me limpar rapidamente, enxugando o que escorria da minha perna e limpando o que eu podia do meu interior, num ato de intimidade pós-sexo que era tão revelador quanto o próprio ato. Ele, por sua vez, pegou a bermuda do chão e fez o mesmo, limpando seu abdomen e o próprio membro, agora flácido e satisfeito.

Sem uma palavra, ele abriu os braços. Eu me deitei ao seu lado, e ele me puxou para perto, meu corpo se encaixando perfeitamente contra o dele, de lado. Seu braço forte me envolveu, sua mão grande repousando em meu peito, sobre meu coração que ainda batia acelerado. Minha cabeça encontrou um lugar confortável no vão do seu ombro.

Nossos corpos estavam um melado. Ele colocou um beijo molhado e cansado no meu ombro. "Tá bem?", sua voz era um sussurro rouco, carregado de uma preocupação genuína.

"Mais do que bem", respondi, minha voz igualmente rouca, mas cheia de uma paz que eu nunca tinha sentido. "Você?"

Ele riu baixinho, um som que vibrou em seu peito contra as minhas costas. "Estou ótimo. Melhor que ótimo."

Ficamos em silêncio por um longo tempo, apenas ouvindo a respiração um do outro, sentindo as batidas dos corações se acalmarem em uníssono. Não eram mais o pai do meu amigo e o amigo do seu filho. Éramos apenas dois homens, dois amantes, dois corpos que haviam encontrado um refúgio e um prazer profundo um no outro. O mundo lá fora podia esperar. Naquele quarto, naquela cama, naquele emaranhado suado e satisfeito de membros, existia apenas aquela paz silenciosa e completa, forjada no fogo do desejo e consolidada no calor daquela tarde.

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Comentários

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UAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU. SE FERNANDO SE CASAR COM MARCOS VAI SER PADRASTO DE THIAGO. RSSSSSSSSSSSSSSSSS UM EXCELENTE CONTO. PORÉM TEM UMA FALHA IMPERDOÁVEL. SE MARCOS PEGOU O GEL E CAMISINHA, PRESSUPÕE-SE QUE USOU A CAMISINHA, ENTÃO COMO FERNANDO AFIRMA QUE O SEMEM DE MARCOS VAZOU PELAS SUAS PERNAS? REVEJA ISSO MAS ISSO NÃO DESMERECE EM NADA O CONTO. CONTINUE,,,

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