Parte 1: A Chama Reacende (Expandida)A noite pulsava com a energia crua da cidade, o asfalto ainda úmido da chuva de mais cedo refletindo as luzes de neon da balada. Mas ali, no beco esquecido, o único som era o da nossa respiração ofegante, um contraponto à batida distante da música eletrônica. Meus braços envolviam a cintura de Isabella, nossos corpos pressionados contra a parede fria e áspera, uma âncora em meio ao turbilhão de sensações que nos consumia. O eco dos nossos gemidos, uma sinfonia proibida, ainda pairava no ar, um testemunho da paixão que explodiu sem aviso.Isabella ergueu a cabeça do meu ombro, seus cabelos escuros grudados na pele suada. Seus olhos, profundos e enigmáticos, encontraram os meus. A malícia que a levou a me puxar para aquele beco havia se dissipado, dando lugar a uma intensidade crua, uma vulnerabilidade que eu não via há cinco longos anos. Era a Isabella que eu conhecia, a Isabella que eu amei, despida de suas armaduras."Lucas..." A voz dela era um sussurro rouco, um fio de som que se perdeu na imensidão da noite. Meu nome em seus lábios, depois de tanto tempo, era uma melodia agridoce, uma canção de ninar para a minha alma inquieta.Eu a apertei mais contra mim, um medo irracional de que ela pudesse desaparecer como uma miragem. "Isabella." O calor do seu corpo, a maciez da sua pele, a forma como nossos quadris se encaixavam com uma familiaridade assustadora... tudo era uma lembrança dolorosa e deliciosa de um tempo em que éramos um só.Ela se afastou um pouco, apenas o suficiente para que a luz fraca da rua iluminasse seu rosto. Um sorriso pequeno e incerto brincou em seus lábios, um misto de culpa e satisfação. "Isso... isso foi...""Inesperado?" completei, e ela assentiu, o sorriso se alargando um pouco. "E necessário", adicionei, e o brilho que eu conhecia tão bem voltou aos seus olhos, um brilho de desafio e desejo.Não precisávamos de palavras. O desejo que nos consumiu era uma força da natureza, um elo que o tempo e a distância não conseguiram romper. A balada, com suas luzes estroboscópicas e sua música ensurdecedora, agora parecia um mundo distante, um mero catalisador para o inevitável."Vamos sair daqui", ela disse, e a sugestão não era mais para um beco escuro, mas para um refúgio, um lugar onde poderíamos nos perder um no outro sem a urgência do momento, sem o medo de sermos descobertos.Eu a guiei para fora do beco, nossos dedos se entrelaçando instintivamente, uma conexão silenciosa que falava mais do que mil palavras. Meu apartamento era o destino óbvio, um santuário onde poderíamos desvendar os mistérios daquela noite. No caminho, o silêncio no carro era confortável, preenchido pela expectativa e pela lembrança vívida do que havíamos compartilhado. A cada semáforo, a cada curva, a tensão sexual se reconstruía, não com a mesma urgência selvagem de antes, mas com uma promessa de intimidade e exploração.Ao entrar no apartamento, a luz fraca da sala de estar revelou um espaço que era familiar e, ao mesmo tempo, estranho para Isabella. Ela passou os dedos pela estante de livros, um gesto que me lembrou de como ela costumava fazer isso, como se estivesse lendo a minha alma através dos títulos que eu escolhia. Enquanto eu trancava a porta, o som do clique foi um selo, um convite para o que viria a seguir.Eu me aproximei dela por trás, meus braços envolvendo sua cintura, meu rosto se aninhando em seu pescoço. O cheiro dela, uma mistura de jasmim e da sua própria essência, agora se misturava ao cheiro do meu apartamento, criando uma nova fragrância que eu sabia que associaria para sempre àquela noite."Senti sua falta", sussurrei em seu ouvido, a confissão escapando antes que eu pudesse contê-la, uma verdade que eu havia negado a mim mesmo por anos.Ela se virou em meus braços, seus olhos marejados, a vulnerabilidade exposta. "Eu também, Lucas. Mais do que você imagina."Nossos lábios se encontraram novamente, um beijo mais lento, mais terno, mas ainda carregado de uma paixão profunda. As mãos dela subiram para o meu cabelo, puxando-me para mais perto, enquanto as minhas desciam para as suas coxas, erguendo-a. Ela envolveu minhas pernas com as suas, e eu a carreguei para o quarto, onde a cama nos esperava como um altar.Na penumbra do quarto, iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela, nossos corpos se despiram lentamente. Cada peça de roupa que caía era um obstáculo a menos entre nós, uma barreira a menos para a intimidade que tanto ansiávamos. Eu observei Isabella enquanto ela se despia, cada curva, cada contorno, uma obra de arte que eu já havia admirado, mas que agora parecia nova, redescoberta. A maturidade havia lhe dado uma nova confiança, uma nova sensualidade que me deixava sem fôlego.Deitamos na cama, nossos corpos se tocando, pele contra pele. Não havia pressa, apenas o desejo de sentir, de explorar, de saborear cada momento. Meus lábios traçaram o caminho do seu pescoço até o seu seio, minha língua provocando seus mamilos endurecidos. Ela arqueou as costas, um gemido suave escapando de seus lábios, um som que era música para os meus ouvidos.Minhas mãos desceram por sua barriga, explorando a maciez de sua pele, até chegarem à sua virilha. Os pelos macios e úmidos me convidavam, e meus dedos se perderam entre eles, encontrando o clitóris pulsante. Ela se contorceu sob meu toque, a respiração acelerando, seu corpo se entregando ao prazer."Lucas..." ela murmurou, seu corpo tremendo de antecipação.Eu me posicionei entre suas pernas, sentindo o calor úmido que emanava dela. Meus olhos encontraram os dela, uma conexão profunda que transcendia o físico. Com um movimento lento e deliberado, comecei a penetrá-la. A entrada foi suave, mas firme, e ela soltou um suspiro profundo quando meu membro se aninhou dentro dela. A sensação era de pertencimento, de um encaixe perfeito que o tempo não havia desfeito.Não havia a urgência selvagem do beco, mas uma profundidade e uma intimidade que eram ainda mais poderosas. Eu me movia devagar, sentindo cada centímetro, cada contração de sua vagina ao meu redor. Ela me abraçava com força, suas pernas envolvendo minha cintura, seus quadris se movendo em um ritmo lento e sensual, uma dança que nossos corpos conheciam de cor."É tão bom", ela sussurrou, a voz embargada pela emoção. "Tão... certo."Eu beijei seus lábios, sua testa, seu pescoço, saboreando cada gemido, cada suspiro. Nossos corpos se moviam em uma sinfonia de prazer e redescoberta. A cada estocada, eu sentia que estava preenchendo não apenas um vazio físico, mas também um vazio emocional que eu não sabia que existia. O clímax veio em uma onda suave, mas poderosa, nossos corpos se contraindo em uníssono, o prazer se espalhando por cada fibra do nosso ser, uma explosão de luz em meio à escuridão.Deitamos ali, ofegantes, nossos corpos ainda unidos, o suor misturado, o cheiro de sexo preenchendo o ar. O silêncio era preenchido pela nossa respiração pesada e pela batida dos nossos corações. Eu a apertei mais contra mim, sabendo que aquela noite era apenas o começo de algo novo, algo que eu estava ansioso e, ao mesmo tempo, aterrorizado para explorar.
Parte 1: A Chama Reacende
Um conto erótico de Contador de contos
Categoria: Heterossexual
Contém 1218 palavras
Data: 19/09/2025 08:02:52
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