A claridade do quarto não me deixava mais dormir. Meu cuzinho, ainda fustigado e com resquício da porra de Alisson me certificavam que tudo o que tinha ocorrido à noite não havia sido um sonho.
E agora? Como olhar meu anfitrião nos olhos sem nem ter a desculpa de estar bêbada pois, por mais que tenhamos bebido um pouco de vinho, estava muito longe de ser o suficiente para me embriagar. Talvez uns dez anos atrás, nas minhas primeiras baladas, mas hoje em dia, sem chance.
Virei-me devagar e, para minha surpresa, Alisson não estava na cama, assim como fora de madrugada.
Levantei-me e fui ao banheiro, mas não o encontrei por lá. Ao sair, parei ao ouvir ruídos metálicos vindo de longe e segui o som até a cozinha onde ele havia preparado uma mesa de café-da-manhã farta e variada.
– Nossa! – fiquei realmente surpresa com sua dedicação – Tudo isso é pra mim?
– Claro, minha gata! Você merece isso e muito mais!
Afastou a cadeira para eu sentar.
– Seu bobo! – foi tudo o que consegui dizer antes de ele me beijar e sentar no lado oposto da mesa.
Servi-me de leite com café e um pãozinho com queijo e, enquanto ele fazia a gentileza de cortar o queijo para mim, fiquei a pensar em como eu estava sendo boba em querer inventar alguma desculpa para o que tínhamos feito na noite anterior.
Nós nos conhecíamos há vários anos. Éramos amigos de irmos para baladas e arrumarmos peguetes um para o outro e agora, além de já termos transado, ele havia descoberto meu segredo e, ao invés de tirar proveito, estava cuidando de mim, usando o que eu mesma havia ensinado a ele, mesmo sem saber quem ele era, para me dar prazer. Não havia mais qualquer razão para eu me esconder. Eu realmente podia ser eu sem qualquer julgamento, tanto dele quanto da sociedade.
Com ele, eu estava livre.
Segui comendo, perdida em meus próprios pensamentos, respondendo monossilabicamente às perguntas e falas de meu anfitrião e já pensando em como agradecê-lo por ser tão hospitaleiro quando seu celular toca e me faz acordar abruptamente de meus devaneios.
– Oi mãe! Tudo bem?
Ele fez sinal com o dedo pedindo um minuto, que eu nem reclamei, mas lembrei na mesma hora de um dia com o Dudu e sua mãe ao telefone em que ele me pediu para chupá-lo. Não resisti a tentação e fui direto para o chão, engatinhando na direção de Alisson, com ele ficando espantando pela minha sem-vergonhice, mas se ajeitando na cadeira, virando e abrindo as pernas.
Como sua rola ainda estava mole, dependurada na beirada da cadeira, precisei empinar bem meu bumbum, abaixar e revirar o tronco e a cabeça para colocar seu cacete flácido em minha boquinha, sugando e sentindo-o crescer com minha língua com a qual dava leves lambidas enquanto fazia pressão com minha chupada.
Alisson revirou os olhos e soltou um leve gemido que foi rapidamente convertido em uma tosse seca para enganar a mãe no outro lado da linha. Precisei tirar o pau da minha boca para rir baixinho e ganhar um olhar de reprovação, mas isso não me desencorajou, na verdade, fez o oposto. Dei uma mordidinha no lábio inferior e, escancarando minha boca ao máximo, fui engolindo seu cacete até o limite, forçando-me a recebê-lo por inteiro, até meus lábios encostarem em seus pentelhos mal aparados e meu nariz ser esmagado contra sua barriga.
Novamente uma onda de tosse tomou conta do rapaz que, ao me ver encará-lo e dar uma piscadinha, levantando o celular e moveu os lábios sem deixar qualquer palavra sair, mas se fazendo entender por completo:
– Cê tá louca?
Eu queria responder “Completamente!”, mas, para não fazer barulho, limitei-me a afastar-me o suficiente para apenas a glande em minha boca, abrir um sorriso sincero, mantendo a cabeça de seu pau entre os dentes em uma mordida que jamais aconteceria e, com seu membro já perfeitamente ereto dei início a um boquete bem profundo, levantando a cabeça ao máximo e descendo até a base, repetindo esse movimento várias vezes, deixando minha boca salivar copiosamente e escorrer pelas pernas de Alisson até a cadeira.
Todas as vezes que eu levantava o olhar eu via suas múltiplas expressões de tesão desesperadamente contido. Ele ansiava por gemer com meu trabalho oral excepcional, mas ele não podia deixar qualquer som sair de sua boca, exceto as milhões de tossidas e pigarreadas que ele soltava para não ser descoberto e para que os sons líquidos que a quantidade de saliva produziam não chegasse ao ouvido de sua mãe. Além disso tudo, ele não podia desligar o telefone na cara de sua mãe, o que seria incrivelmente desrespeitoso, então, tudo o que ele pode fazer, foi aguentar o maior tempo possível minha deliciosa tortura até sua mãe finalmente dar-se por satisfeita e desligar o telefone, isso não sem antes convencer seu filhinho do coração a fazer uma promessa:
– Tá bom, mãe! – ele falou com a mão a tapar os olhos para ver se aguentava mais um pouco de minha chupada – Eu prometo que vou fazer o almoço! Tchau!
Mal desligou o celular, já soltou:
– Puta que o pariu! Piranha do caralho!
Parei o que estava fazendo e, com a maior carinha de sonsa, disse em tom de pergunta:
– O que foi?
Sem nem pensar, Alisson agarrou-me pelos cabelos:
– Quem mandou parar de chupar, vagabunda!
Com vontade, puxou-me em sua direção e só tive tempo de abrir a boquinha novamente para receber sua rola até o fundo. Não bastasse esse boquete surpresa, ele ainda travou minha cabeça e soltou tudo o que havia segurado durante a ligação:
– Chupa, vagabunda! É rola que cê quer, sua puta? Então toma!
Me segurando pelos dois lados da cabeça, Alisson começou a controlar meus movimentos, puxando minha cabeça para baixo sem qualquer preocupação, até seu pau começar a acertar minha garganta, me dando acessos de ânsia a cada golpe e, por puro reflexo, levei as mãos até seu pau, ou minha boca, entre os dois, melhor dizer, mas fui repreendida com uma veemência desmedida:
– Tira a mão, sua cadela!
Fiquei tão assustada que obedeci de pronto e o deixei descarregar todo seu tesão livremente.
– Era isso que você queria, Carol? Que eu fudesse essa sua boca de puta?
Após mais algumas bombadas, ele parou, ficou de pé, agarrou e puxou meu cabelo para trás, mas sem deixar sua piroca escapar de dentro de minha boca, além de me contorcer toda a coluna para trás, em uma posição de total sujeição, e berrou:
– Olha pra mim, vagabunda!
Levei as mãozinhas até sua coxa para tentar me aprumar, mas fui repreendida novamente:
– Mandei tirar as mãos, vagabunda!
Afastei-as como se tivesse levado um choque.
– Mãos nas costas!
Eu havia entendido a ordem, mas algo em mim não queria obedecer.
– Olha pra mim, sua puta! Abre essas merdas de olhos!
Com dificuldade por conta do medo, abri.
– Bota as mãos nas costas, cadela!
A respiração estava bem difícil a essa altura e tive que ceder sem lutar. Tendo conseguido o que queria, finalmente ele me libertou. Segurou seu cacete lambuzado e esfregou por todo meu rostinho:
– Tá gostando, puta? Tá gostando?
Eu mal conseguia abrir os olhos por conta da quantidade de saliva que os cobria, mas, com uma pequena brecha deixada pela pálpebra esquerda, pude vislumbrar a insanidade em seus olhos e, ao ser questionada outra vez, não hesitei:
– Tá gostando, sua vagabunda? Responde!
– Tô! Tô sim!
Enrolando meus cabelos em sua mão, ele prendeu minha cabeça e enterrou sua rola novamente em minha boca.
– Então toma, sua cadela boqueteira!
Desse ponto em diante, eu descobri um novo Alisson. Um tarado de marca maior, completamente pervertido e dominador, que exteriorizou de vez seu monstro depravado interior.
O Dudu e o tio Osmar já tinham tentado fazer algo assim comigo, mas eu nunca gostei muito então logo eles começavam a fuder minha boca, eu já os parava. Porém, com Alisson estava tudo diferente. Eu estava com medo, mas excitada. Excitada por estar com medo. Por estar sendo dominada daquela maneira.
Acho que por sermos família, eu ainda conseguia me impor, mas com Alisson era novidade. Ele havia lido sobre todos os meus segredos, minhas taras, meus gostos e desgostos, como ele mesmo havia pontuado, e estava fazendo questão de me submeter a uma situação que sabia que eu não gostava, mas não ligou. Aproveitou que eu mesma o havia instigado e soltou-se como eu jamais achei que pudesse se soltar.
– Isso, vagabunda! Essa tua boquinha agora é minha!
A cada uma de suas frases, ele ficava ainda mais exaltado e mais rápido e mais forte seus quadris se moviam.
– Vou transformar essa boquinha numa buceta do tanto que vou te fuder!
Ao anunciar suas intenções, ele tirou a rola da minha boca, puxou minha cabeça para trás, aproximou o rosto do meu e perguntou por perguntar, pois o que ele fazia ali era demonstrar sua dominância, sua lei.
– Entendeu?
– Entendi… – sussurrei em resposta.
– ENTENDEU, PUTA! CADELA! VOU TE FODER TODINHA, SUA PIRANHAZINHA!
Meu corpo todo se tremeu e arrepiou.
– Entendi! Entendi, sim!
E voltou a castigar minha boquinha com sua insaciável rola, porém, para a sorte do meu maxilar que já formigava, do meu couro cabeludo que doía, de meu corpo que estava exausto, e, travando minha cabeça novamente, começou a jorrar sua porra direto na minha garaganta, me fazendo ficar sem ar e engasgar ao mesmo tempo. Mesmo comigo empurrando-o e dando soquinhos em suas pernas, ele não me soltou até ficar saciado, que foi quando finalmente amoleceu os braços e eu fui para trás com tudo, caindo de bunda no chão.
Alisson ficou parado, de pé, na minha frente, imponente com sua rola a pingar porra e saliva, me encarando com um ar de superioridade que eu nunca tinha visto, pelo menos não nele, até que, do nada, seus olhos se arregalaram e ele quase caiu em cima de mim, me pedindo mil desculpas, que tinha exagerado, que não sabia o que tinha acontecido com ele, que nunca tinha pensado em fazer nada daquilo.
– Me ajuda a levantar.
Pedi secamente e ele ajudou de pronto.
Já de pá, dei um soquinho em seu peito e falei:
– Não tem como você colocar a culpa no álcool como fez no carnaval, né?
Não aguentamos e caímos na gargalhada. Vi, então, que o relógio da cozinha já marcava quase dez horas da manhã. Falei que iria para casa e ele disse que me levaria. Recusei, mas ele foi insistente. Mesmo comigo falando que e ele tinha prometido para a mãe fazer a comida, ele não cedeu.
No carro parecíamos dois namorados a nos beijar, até que, na metade do caminho, pedi para ele parar o carro.
Eu havia falado para minha mãe que dormiria na casa de uma amiga e não de um amigo. Não que eu não pudesse, mas minha mãe é muito certinha e se me visse chegando com um homem, iria fazer mil perguntas. Alisson até deu a ideia de eu falar que era o irmão da amiga, mas, além de ela conhecer a minha amiga, a história iria para outro lado, com ela perguntando se eu não achava que ele poderia namorar comigo ou algo assim.
Alisson teve que ceder, parou o carro e eu fui para o banco de trás, como se tivesse em um uber, o que foi a minha sorte. Conforme nos aproximamos da casa, meus pais, que estavam voltando da feira, me viram no carro e começaram a balançar as mãos até eu mandar Alisson parar o carro. Desci e agradeci, como se fosse um completo desconhecido. Peguei o carrinho da mão do meu pai enquanto o carro foi afastando ela rua até sumir dobrando a esquina.
PS.
Eu sei que você vai ler esse texto, filho da puta! Saiba que você é um filho da puta de primeira, mas eu adorei tudo. Sei, também, que vai querer repetir. Seu puto! Tô doida pra isso.
caroldorabogrande@gmail.com